terça-feira, 5 de novembro de 2013

Do que ele será capaz para chegar onde quer?


«Os nove autarcas que permaneceram na reunião após o abandono dos nove presidentes da CDU decidiram ainda votar as duas vice-presidências do órgão na próxima reunião, marcada para 14 de novembro.
A CDU voltou hoje a abandonar a reunião do Conselho Metropolitano de Lisboa e admite recorrer à via judicial para contestar as decisões deste órgão.
Os 18 presidentes das câmaras que compõe a Área Metropolitana de Lisboa (AML) nem chegaram a votar em conjunto a presidência e duas vice-presidências do Conselho.
A discordância entre os nove autarcas da CDU e os outros nove (seis do PS, dois do PSD e um independente) começou logo na ordem de trabalhos.
A CDU contestou que no primeiro ponto se discutisse o regimento do Conselho, por considerar que deveria ser discutida em primeiro lugar a eleição dos seus dirigentes.
António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, que dirige os trabalhos, recusou alterar a ordem de trabalhos e a CDU voltou a abandonar a sala, como já aconteceu na semana passada.
À margem da reunião, Carlos Humberto, presidente da Câmara do Barreiro, afirmou que a CDU iria analisar os atos que resultem da reunião, onde permaneceram apenas metade dos presidentes da câmara, e recorrer às vias judiciais sempre que o considerar.
O Conselho Metropolitano de Lisboa ia esta manhã voltar a tentar eleger o seu presidente, depois do impasse entre os autarcas da CDU e do partido socialista verificado semana passada.
A CDU considera que deve ocupar a presidência do Conselho por ser a força política com mais câmaras, enquanto os socialistas defendem que António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, deve ocupar o cargo porque o PS foi o partido com maior número de votos na região, sendo as autarquias da CDU menos representativas.
A CDU conquistou a presidência de nove das 18 câmaras da Área Metropolitana de Lisboa (AML), o PS seis, o PSD duas e o movimento independente liderado por Paulo Vistas ficou à frente da Câmara de Oeiras.
Este impasse coloca-se porque a nova lei que regula o estatuto das Áreas Metropolitanas é omissa quanto ao sistema de votação da liderança do conselho.
Os comunistas defendem que a votação deve ser secreta e uninominal, representando cada câmara um voto, o que mesmo assim só lhes dá o mesmo número de câmaras conquistadas por PS, PSD e o movimento independente juntos.
Já os socialistas defendem a votação por voto ponderado, onde cada presidente valeria mais consoante o número de eleitores que constam nos cadernos eleitorais dos respetivos concelhos.»


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