segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
Estou de partida
Este fim-de-semana também foi bastante atribulado e não tive tempo para actualizar o meu cantinho. Contudo, não podia passar sem deixar-vos uma mensagem qualquer, por mais pequena que fosse, antes de partir em viagem (de trabalho, não em passeio... como algumas pessoas podem vir para aqui comentar).
Pensei escrever sobre teatro (fui ver a peça "O Senhor Hibrahim e as Flores do Corão", de Erio Emmanuel Schmitt, com encenação de Ernesto Caballero, no Teatro Municipal de Almada, e gostei bastante), mas não tive oportunidade.
Antes, tinha pensado fazer uma notícia sobre o jantar/convívio de 6.ª feira, com tertúlia poética, mas desisti. Depois, julguei que ia conseguir escrever sobre a «Poesia Vadia» de sábado à tarde, mas também não foi possível. Contudo, se quiserem, podem sempre passar no blog dos Poetas Almadenses pois deixei lá umas fotografias para ilustrar o que aconteceu nesses dois eventos.
Acabo, apenas, por deixar-vos uma frase de Fernando Pessoa, para reflectirem durante estes três dias:
«O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inesquecíveis e pessoas incomparáveis.»
Um abraço a todos os que passarem por cá... e não se esqueçam de deixar um comentário (pf). Até 4.ª feira.
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
Zeca Afonso
Faz hoje, precisamente, 20 anos.
Parece que foi ontem... na minha memória Zeca está sempre presente, por isso a saudade da sua voz, da sua música, das letras das suas canções se esbatem por entre os acordes que me enchem a casa de cada vez que oiço os seus álbuns.
E deixo-vos a UTOPIA... um poema que é uma doce melodia de homenagem ao sonho e à liberdade...
Cidade
Sem muros nem ameias
Gente igual por dentro
gente igual por fora
Onde a folha da palma
afaga a cantaria
Cidade do homem
Não do lobo mas irmão
Capital da alegria
Braço que dormes
nos braços do rio
Toma o fruto da terra
E teu a ti o deves
lança o teu
desafio
Homem que olhas nos olhos
que não negas
o sorriso a palavra forte e justa
Homem para quem
o nada disto custa
Será que existe
lá para os lados do oriente
Este rio este rumo esta gaivota
Que outro fumo deverei seguir
na minha rota?
Utopia, José Afonso (Álbum: Como se Fora Seu Filho).
E para mais informações sobre a vida e obra de José Afonso clique AQUI.
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007
Abismo
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007
Ver o mar
sentir o seu perfume,
ouvir o seu cantar.
Quero ir ver o mar…
rebolar na areia,
adormecer ao luar.
Quero ir ver o mar...
Não quero mais nada:
apenas, ir ver o mar!
terça-feira, 20 de fevereiro de 2007
Sobre o comércio local
Não, não se trata de uma qualquer perseguição ao comércio local, nem tão pouco a este ou àquele comerciante cujo estabelecimento aqui fica identificado, como poderão as mentes mesquinhas vir a acusar-me.
Rua Carvalho Frerinha
Rua Elias Garcia
Rua Cândido dos Reis
Rua Carvalho Freirinha
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007
"Esperteza saloia" II
E aqui fica outro abuso... e, mais uma vez, de um comerciante local. Em plena zona de estacionamento condicionado devido às obras do MST, há quem insista em ocupar os poucos lugares existentes para os residentes das mais variadas formas.
No exemplo anterior, socorreram-se das baias metálicas da autarquia e "desviaram-nas", oportunamente, para outros fins... aqui, são os caixotes da fruta que, além de ocuparem o passeio (impossibilitando a circulação, por exemplo, de uma cadeira de rodas ou de um carrinho de bébé), ainda são colocados no meio da estrada para garantir espaço extra para a mercearia e, quiçá, sítio certo para cargas e descargas ou arrumação para o carro do proprietário (e/ou amigos, sabe-se lá), sempre que for conveniente.
E, ao que parece, segundo me informaram alguns moradores, aqueles caixotes ali ficam de dia e de noite, mesmo vazios, não vá o diabo tecê-las e na manhã seguinte algum carro estar a ocupar o sítio.
Será que o comerciante paga uma taxa dupla pela ocupação da via pública? Duvido... até porque não existe qualquer placa sinalizando essa possibilidade ou sequer quaisquer marcas no piso indicando essa hipótese (de estacionamento reservado, pois então).
Mas esta gente pensa que tem direito a tudo? Ou agem assim porque sabem que a autarquia fecha os olhos e permite que situações como esta - na freguesia este não é caso único - continuem impunes?
domingo, 18 de fevereiro de 2007
sábado, 17 de fevereiro de 2007
"Esperteza saloia"
Este é um exemplo que, segundo informações recolhidas no local junto de comerciantes e moradores, está a indignar as pessoas: o dono de um restaurante ali da rua, e proprietário do prédio que se vê na foto, resolveu arranjar um meio expedido para garantir sempre dois lugares de estacionamento cativos para si, clientes e/ou amigos: colocou três baias metálicas (que, segundo consta, foram "desviadas" a quando das festas da freguesia e são propriedade da autarquia local) como se as obras do imóvel fossem as de Santa Engrácia (aquelas que começam e nunca mais acabam, conveninetemente) e, por esse motivo, tivesse direito a obstruir a via para estaleiro das ditas.
Contudo, além de não se ver nenhum placar indicando, nomeadamente, o número da licença camarária e o nome do responsável pela obra (como é obrigatório), a partir da hora do almoço é ver os lugares ocupados por viaturas (assim que tiver oportunidade vou fotografar essa ocorrência)... para bom entendedor, não são precisas mais palavras, pois não?
Vamos lá ver se a Junta de Freguesia e a ECALMA, tão céleres a colocar placas de estacionamento pago nas ruas semanas antes de serem colocados os respectivos parquímetros (o que tem deixado residentes e visitantes bastante confusos), vão ser igualmente rápidas a fiscalizar este tipo de situações...
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007
Será só incompetência?
As obras do MST em Almada estão mesmo enguiçadas:
Começaram com dois anos de atraso;
Há que pagar milhões de euros a título de indemnização à concessionária;
Os parques de estacionamento (dissuasores e para os residentes) não foram feitos a tempo;
O traçado tem pontos críticos ainda não totalmente esclarecidos (caso do "triângulo da Ramalha" e do terminal em Cacilhas);
O projecto, na Av.ª 25 de Abril, por exemplo, oferece sérias dúvidas no que toca à circulação de veículos (as linhas ficam no centro da via, em piso sobrelevado, com uma única faixa de rodagem lateral em cada sentido - caso um carro pare, com uma avaria ou por outro motivo qualquer, lá fica o trânsito todo encalacrado… e se for necessário passar uma ambulância?);
O estudo integrado das acessibilidades não é conhecido (conjugando os vários tipos de transportes públicos e os seus percursos urbanos) deixando muitas questões por esclarecer como: se os autocarros vão deixar de circular entre a Av.ª 25 de Abril e a Nuno Álvares Pereira, de que forma se irão fazer as ligações até às Torcatas, Cristo Rei, Pombal, etc. etc.?
Os custos para os utentes são uma incógnita, sabendo-se apenas que o impacto dos preços dos bilhetes antes e depois do MST sofrerá um agravamento substancial na medida em que algumas viagens que hoje se fazem utilizando um único autocarro terão de passar a ser feitas recorrendo ao MST e a carreiras urbanas. Além disso o "passe intermodal", conhecido como "passe social", parece ficar de fora, ou seja, há que ter múltiplos títulos de transporte para circular em Almada?
Pensam que terminou a apresentação das chagas deste projecto? Não!?! Até num acto tão simples como deveria ser o da atribuição de cartões de residente, a confusão está instalada na freguesia de Cacilhas:
Além de pedirem demasiados documentos (só para comprovar a morada são precisos três), não basta que o requerente apresente os originais para que a autarquia confirme a veracidade das informações, ficam com fotocópia dos mesmos mas querem uma declaração de conformidade e, mesmo assim, têm a lata de desconfiar dos moradores e acabam por lhes exigir uma declaração conferindo plenos poderes à ECALMA (a empresa municipal responsável pela gestão dos estacionamentos no concelho) para investigar a veracidade dos elementos fornecidos, como e quando quiser, o que levou vários moradores a apresentarem denúncia na Comissão Nacional de Protecção de Dados a qual, entretanto, já informou uma das queixosas de que fora instaurado um processo de averiguações para apurar o que se está a passar.
Francamente: isto é incompetência a mais, técnica e politicamente falando. Ou trata-se de vícios da arrogância de décadas consecutivas na cadeira do poder?
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007
Cansada de tanto esperar
Acabei por me sentar…
Sonhei que te aproximavas
Num abraço me envolvias…
Afinal, era o vento que soprava
Entre as frias pedras desnudadas.
E assim me deixei ficar
Suspensa do desejo de te ver
Na esperança de chegares
Um sorriso me ofereceres…
Mas, naquela esquina sombria,
Entre a mágoa e a melancolia,
Acabei por, tristemente, perceber
Que acabara de te perder.
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
O Amor é...
Num campo azul
No alto da madrugada.
Vítor Moreira, 9 anos (1959)
in, A Criança e a Vida, de Maria Rosa Colaço
terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
Festa das Artes
E, pela primeira vez, tenho a honra de participar numa exposição. Apresento cinco fotografias, a cores, entre as quais está esta da «Baía do Seixal». Fotografar passou a ser, desde há cerca de três anos, um dos meus hobbies preferidos, quando comprei a minha primeira máquina digital. Mas sempre o encarei apenas como um passatempo, ou melhor dizendo, uma forma de captar imagens para ilustrar os meus blogs. Nada mais do que isso. Quando esta oportunidade surgiu resolvi arriscar... e o resultado está a ser muito gratificante.
Deixo-vos aqui os links para as outras quatro fotos que tenho por lá expostas: «Por entre a folhagem», «Campo de malmequeres à beira-rio», «No fim do arco-íris» e «Nascer do sol no cais». Espero que gostem.
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
Finalmente, Sim!
sábado, 10 de fevereiro de 2007
Nazaré em imagens
Numa tarde chuvosa, de um Inverno frio e cinzento, as cores outonais das ruelas do núcleo histórico (5.ª feira, 08/02/2006).
Monumento à mulher nazarena e a surpresa do pormenor da entrada para duas casas independentes quando o recorte na parede faz parecer apenas uma.
No dia da despedida (6.ª feira, 09/02/2006): as diferentes cores do mar que avisto do local onde trabalho (a Colónia Balnear da Assembleia Distrital de Santarém) e as ondas batendo na areia, de forma enérgica.
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007
Algumas das minhas razões
Porque sou pela dignidade humana, pelo direito a nascer-se desejado.
Porque o direito de optar não significa leviandade da mulher e muito menos promoção ou liberalização do aborto, como os partidários do Não nos querem convencer. Trata-se, apenas, de um acto de liberdade. A liberdade de cada família escolher quando está pronta para receber os seus filhos e não os ter quando a sociedade, a igreja ou os vizinhos acham que deve ser.
Porque votar Não é continuar a esquecer que a decisão de interromper uma gravidez é, quase sempre, decisão do casal mas apenas a mulher é apontada como criminosa. Votar Não é ser conivente com uma abjecta discriminação por género.
Porque o nascimento de uma criança deve ser um acto de amor e não uma imposição legal e, muito menos, uma irresponsabilidade assumida na sequência de um deslize/esquecimento (o desejo às vezes é mais premente que a razão e se errar é humano, lapsos de memória ainda mais e, além disso, as pessoas não são autómatos) ou de uma falha do método de contracepção utilizado (para quem não sabe, os preservativos rompem-se e a pílula nem sempre é eficaz, por exemplo).
Porque é preferível não tê-las do que mais tarde abandoná-las, vê-las sofrer e passar fome, por exemplo. Não será mais cruel e desumano, criminoso até, ter um filho sabendo que não se tem as condições mínimas (económicas, sociais, de saúde física ou psíquica) para prover ao seu sustento e assegurar-lhe uma vida com alguma segurança, carinho e qualidade?
Porque sou contra a violência infantil... uma criança desejada não é, com toda a certeza, vítima de maus tratos, ao contrário de um filho que nasceu contra a vontade de um dos progenitores e não por livre e consciente opção dos pais.
Porque a maternidade deve ser consciente e ponderada, nunca uma forma resignada de acomodação por se temer uma ida para a prisão, julgamentos sociais e/ou religiosos.
Porque nenhuma mulher que interrompe uma gravidez o faz por um qualquer mórbido prazer de abortar nem tão pouco transforma esse acto num vício do qual fica dependente passando a utilizá-lo como método contraceptivo privilegiado.
Porque praticar a IVG a pedido não significa que a mulher o faça apenas porque lhe apetece, sem que por detrás dessa decisão dramática estejam ponderosos motivos justificativos (que devem ser os seus e não os dos outros). Logo, liberalizar o aborto como se fosse um acontecimento banal que se pratica nas horas de ócio, é uma afirmação falaciosa dos defensores do Não que esquecem isso, sim, que muitas mulheres são levadas a essa opção devido, sobretudo, à falta de apoio do companheiro que não quer assumir as suas responsabilidades.
Porque quero salvar vidas! Isso mesmo... as vidas dos milhares de mulheres que, todos os anos, morrem devido às sequelas do aborto clandestino apenas porque não lhes deram a hipótese, sobretudo devido a carências económicas, de serem assistidas e aconselhadas em estabelecimento de saúde adequado.
Porque se o aborto deixasse uma marca na testa, muitas das acérrimas defensoras do Não e cujas carteiras estão bem recheadas, estariam marcadas e talvez deixassem de ser tão hipócritas.
Porque é uma injustiça continuar a penalizar as mulheres. Mesmo que não esteja nenhuma na cadeia por ter praticado aborto, o certo é que o código penal condena-as e os julgamentos não são ficção, pelo contrário… são uma humilhação cuja barbaridade se acentua ainda mais depois de sabermos o sofrimento que já foi o acto de interromper a gravidez.
Porque os defensores do Não são mentirosos… em nenhum país o número de abortos subiu depois da despenalização: subiram sim, em termos estatísticos, o número de abortos realizados no sistema público de saúde porque deixaram de ser clandestinos. Mas, em termos globais, diminuem. E, principalmente, ganham-se muitas vidas… milhares delas, sim: as da mães que não morrem e de muitos desses filhos que, tivessem as mulheres recorrido ao lugar certo, sem medo ou vergonha do estigma social e da penalização criminal, tivessem sido aconselhadas, apoiadas na sua decisão, se calhar algumas optariam por ver o seu filho nascer.
Sou a favor do SIM por tudo isto e muitas mais razões que me apetecia falar mas como o texto já vai longo, fico-me por aqui. Sou a favor do SIM contra a hipocrisia do Não, por uma vida digna... eu voto SIM.
terça-feira, 6 de fevereiro de 2007
Tejo: do nascer ao por do sol
Por isso não me canso de aqui vos perguntar: como pode alguém considerar um drama esta travessia? Que gozo sentem em ser, voluntariamente, cegos?
A estes amargurados da vida deixo um conselho: abram os olhos e aproveitem estas coisas tão simples como sejam o nascer (1.ª fotografia) ou o pôr do sol (2.ª fotografia)... decerto viveriam mais felizes.
Hoje parto, em serviço, para a Nazaré e só regresso na 6.ª feira à noite. Não sei se terei oportunidade de actualizar este blog, embora possa (vou fazer por isso) passar por cá para receber os visitantes respondendo aos seus comentários. Uma boa semana de trabalho para todos vocês.
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007
Francamente
Estávamos nós entretidos a ver os livros, a conversar sobre os conteúdos, a ponderar as melhores aquisições, às vezes a discutir sobre este ou aquele assunto que fora tema de capa e suscitava o nosso particular interesse, eis senão quando sentimos que, de repente, olhássemos para a esquerda ou para a direita, em frente ou atrás de nós (só no tecto é que não se via nada) e lá estavam eles.
Passeando-se de forma provocadora, aos magotes, todos vestidos de igual, rindo e de peito enfunado, olhando para todo o lado menos para aquilo que, supostamente, teriam ido ali ver.
Juntavam-se aos grupos impedindo que os clientes circulassem à vontade pelos corredores, rodopiavam sobre si para que os vissem bem de diversos ângulos (não fosse algum incauto pensar que as mensagens inscritas nas camisolas eram idênticas) incomodando quem estava e, deliciados com o impacto que estavam a ter, cochichavam alegremente. E lá andavam, com toda a calma que lhes era possível, satisfeitos por terem descoberto maneira de ludibriar a gerência do estabelecimento e fazerem propaganda dentro daquelas instalações apinhadas de gente àquela hora do dia.
Eram adeptos de um (ou vários, não consegui perceber) qualquer desses grupos de cidadãos que apelam ao Não no referendo do próximo dia 11 e traziam estampadas no peito e nas costas das camisolas que, ridiculamente, envergavam por sobre as roupas de Inverno, desenhos de bebés com frases ofensivas do bom senso de qualquer mulher que se preze, querendo fazer-me sentir quase uma assassina por levar na mala um simples e discreto pin do SIM.
Senti-me incomodada com a sua presença mas, felizmente, houve alguém que foi reclamar junto da gerência da loja, que admitiu que aquele acto era uma descarada forma de propaganda, tendo-os "convidado" a sair porque ali era proibida qualquer manifestação daquela natureza. E instantes mais tarde era vê-los concentrados à entrada, a tirar as camisolas e a dispersar no sentido do parque de estacionamento.
Francamente. Depois desta e de outras que tenho verificado nos últimos dias (como o facto de o PSD, que diz não ter posição oficial sobre o assunto, andar a ocupar os tempos de antena na rádio com cópia das intervenções do Não mas dizendo que está a contribuir para esclarecer os portugueses e apesar de nunca apresentar, pelo menos que eu ouvisse até agora, um único argumento a favor do sim) acho que o período de campanha ainda vai aquecer. Ai vai, vai. Com tanta agressividade no ataque duvido que alguns membros do não se fiquem pelas palavras… o que é de lamentar.