Terminado que está o escrutínio eleitoral no concelho de Almada, julgo então ser oportuno endereçar os parabéns à CDU que venceu, com maioria absoluta, as eleições para a Câmara Municipal e também para as Assembleias de três das cinco Freguesias do concelho: Caparica / Trafaria; Almada / Cova da Piedade / Pragal / Cacilhas e Laranjeiro / Feijó. E ainda, mas com maioria relativa, na Assembleia Municipal (mesmo contabilizando os cargos por inerências dos presidentes das Juntas de Freguesia) e na Assembleia de Freguesia da Charneca / Sobreda.
A CDU foi, portanto, a grande vencedora da noite eleitoral. Isso é um facto indesmentível: 39% dos votos validamente expressos, contra os 26% obtidos pelo segundo classificado (o PS) para a Câmara Municipal e 37% para a Assembleia Municipal, contra os 25% conseguidos pelo PS (que ficou em segundo lugar).
A CDU foi, portanto, a grande vencedora da noite eleitoral. Isso é um facto indesmentível: 39% dos votos validamente expressos, contra os 26% obtidos pelo segundo classificado (o PS) para a Câmara Municipal e 37% para a Assembleia Municipal, contra os 25% conseguidos pelo PS (que ficou em segundo lugar).
Mas igualmente relevante é olharmos para os valores da abstenção que se já tinha sido elevada em 2009 (52%) subiu mais 7% e passou para 59% em 2013, em termos médios, mas que atingiu limites nunca antes verificados: 62% nas Freguesias de Caparica / Trafaria e Laranjeiro / Feijó.
Não esquecer, ainda, a subida substancial dos votos em branco e dos votos nulos, o que faz diminuir a percentagem dos votos validamente expressos.
Analisemos, agora, os números absolutos pois eles dão-nos, também, uma perspetiva interessante dos resultados e apresentam uma leitura que não é consentânea com qualquer áurea de vitória. Ou seja, todos os partidos diminuem, de 2009 para 2013, em número de votos (resultado da abstenção):
Não esquecer, ainda, a subida substancial dos votos em branco e dos votos nulos, o que faz diminuir a percentagem dos votos validamente expressos.
Analisemos, agora, os números absolutos pois eles dão-nos, também, uma perspetiva interessante dos resultados e apresentam uma leitura que não é consentânea com qualquer áurea de vitória. Ou seja, todos os partidos diminuem, de 2009 para 2013, em número de votos (resultado da abstenção):
PS menos 8% (-1.398 votos)
CDU menos 15% (-4.055 votos);
PSD menos 23% (-2.537 votos);
BE menos 41% (-2.305 votos);
CDU menos 15% (-4.055 votos);
PSD menos 23% (-2.537 votos);
BE menos 41% (-2.305 votos);
CDS menos 60% (-2.280 votos), no que à eleição para a Câmara Municipal diz respeito, onde a surpresa foi mesmo o fracasso estrondoso do BE e que o levou a perder o lugar na vereação que voltou à CDU e lhe deu, agora por mérito próprio, a maioria absoluta que no mandato anterior fora retirada.
Quanto aos resultados para a Assembleia Municipal, onde a CDU conseguiu apenas uma maioria relativa, importa salientar, mais uma vez, a estrondosa descida do Bloco de Esquerda (menos 45%, o que equivale a menos 3.153 votos) que o faz ficar com apenas dois mandatos em lugar dos três anteriores. Mas pior foi, ainda, a derrota do CDS: menos 60% e apenas um autarca eleito.
Aqui há a assinalar uma outra vitória: a eleição do primeiro mandato do PAN que está, assim, de parabéns também.
Curiosamente é nas Assembleias de Freguesia que os grandes perdedores destas autárquicas (o BE e o CDS) mais sofrem chegando mesmo a perder 75% de votos (CDS na Costa da Caparica) e 44% (BE em Almada / Cova da Piedade / Pragal / Cacilhas).
Aqui há a assinalar uma outra vitória: a eleição do primeiro mandato do PAN que está, assim, de parabéns também.
Curiosamente é nas Assembleias de Freguesia que os grandes perdedores destas autárquicas (o BE e o CDS) mais sofrem chegando mesmo a perder 75% de votos (CDS na Costa da Caparica) e 44% (BE em Almada / Cova da Piedade / Pragal / Cacilhas).
Muito mais há a dizer. Mas por falta de tempo fico-me por aqui. Oportunamente apresentarei uma análise mais pormenorizada à qual tentarei acrescentar a minha opinião sobre o porquê destes resultados.