

Porque infinita é a vontade de sonhar e chegar sempre mais além… Espaço de convívio e reflexão onde as palavras são sementes que crescem livres de amarras.
E hoje apresentamos o último episódio da saga «Quanto vale uma “boa cunha”», embora contemos a ela voltar mais tarde pois a novela não acabou ainda… digamos que: está a aguardar a realização da segunda série… as cenas dos próximos capítulos estão em preparação na forja.
Ora vamos lá desvendar, então, quem foram as personagens principais deste “romance” às quais, pelo meritório desempenho, vai ser atribuído os prémios a seguir identificados.
(Falta de) Isenção – medalha de diamante:
Eng.º António José de Sousa Matos, Vereador dos Serviços Municipais de Acção Sociocultural, Desporto, Turismo e Habitação, por ter presidido a uma equipa (júri) que produziu um trabalho excelente no sentido de conseguir o objectivo politicamente pretendido.
(In)competência – medalha de platina:
Dr.ª Maria Manuela dos Reis Molha por, apesar de ser Directora do Departamento Municipal de Recursos Humanos, ter conseguido dar o seu aval aos inúmeros erros legais cometidos.
(In)utilidade – medalha de ouro:
Dr.ª Maria Suzel Malveiro António Horta, Chefe da Divisão Municipal de Informação e Relações Públicas, por conseguir a proeza de emitir declarações que não servem para nada.
(I)legitimidade – medalha de prata:
Dr. José Domingos Gaspar, Advogado da Câmara Municipal de Almada. Pelo esforço insistente na tentativa de justificar as ilegalidades cometidas pelos premiados anteriores.
(In)conveniência – medalha de bronze:
João Vasco Correia Branco (neto do escritor almadense Romeu Correia e filho de uma antiga colega da Presidente da Câmara no Banco onde a edil trabalhou até vir a ser autarca);
Inês Antunes Caraça (filha de um empenhado militante do PCP).
Os candidatos para quem o concurso foi preparado e que, mercê das influências familiares, conseguiram atingir o objectivo: um lugar na Câmara Municipal! mesmo que à custa de procedimentos pouco transparentes.
Absolutamente a ler até ao fim, esta resposta de um grego a uma carta enviada para a revista Stern escrita por um alemão que se sente ofendido com o "estilo de vida" grego.
“Carta aberta” de um cidadão alemão, Walter Wuelleenweber, dirigida a “caros gregos”, com um título e sub-título:
Depois da Alemanha ter tido de salvar os bancos, agora tem de salvar também a Grécia.
Os gregos, que primeiros fizeram alquimias com o euro, agora, em vez de fazerem economias, fazem greves
«Caros gregos,
Desde 1981 pertencemos à mesma família. Nós, os alemães, contribuímos como ninguém mais para um Fundo comum, com mais de 200 mil milhões de euros, enquanto a Grécia recebeu cerca de 100 mil milhões dessa verba, ou seja a maior parcela per capita de qualquer outro povo da U.E.
Nunca nenhum povo até agora ajudou tanto outro povo e durante tanto tempo.
Vocês são, sinceramente, os amigos mais caros que nós temos. O caso é que não só se enganam a vocês mesmos, como nos enganam a nós.
No essencial, vocês nunca mostraram ser merecedores do nosso Euro. Desde a sua incorporação como moeda da Grécia, nunca conseguiram, até agora, cumprir os critérios de estabilidade. Dentro da U.E., são o povo que mais gasta em bens de consumo.
Vocês descobriram a democracia, por isso devem saber que se governa através da vontade do povo, que é, no fundo, quem tem a responsabilidade. Não digam, por isso, que só os políticos têm a responsabilidade do desastre. Ninguém vos obrigou a durante anos fugir aos impostos, a opor-se a qualquer política coerente para reduzir os gastos públicos e ninguém vos obrigou a eleger os governantes que têm tido e têm.
Os gregos são quem nos mostrou o caminho da Democracia, da Filosofia e dos primeiros conhecimentos da Economia Nacional.
Mas, agora, mostram-nos um caminho errado. E chegaram onde chegaram, não vão mais adiante!!!»
Na semana seguinte, o Stern publicou uma carta aberta de um grego, dirigida a Wuelleenweber:
«Caro Walter, Chamo-me Georgios Psomás. Sou funcionário público e não “empregado público” como, depreciativamente, como insulto, se referem a nós os meus compatriotas e os teus compatriotas.
O meu salário é de 1.000 euros. Por mês, hem!... não vás pensar que por dia, como te querem fazer crer no teu País. Repara que ganho um número que nem sequer é inferior em 1.000 euros ao teu, que é de vários milhares.
Desde 1981, tens razão, estamos na mesma família. Só que nós vos concedemos, em exclusividade, um montão de privilégios, como serem os principais fornecedores do povo grego de tecnologia, armas, infraestruturas (duas autoestradas e dois aeroportos internacionais), telecomunicações, produtos de consumo, automóveis, etc.. Se me esqueço de alguma coisa, desculpa. Chamo-te a atenção para o facto de sermos, dentro da U.E., os maiores importadores de produtos de consumo que são fabricados nas fábricas alemãs.
A verdade é que não responsabilizamos apenas os nossos políticos pelo desastre da Grécia. Para ele contribuíram muito algumas grandes empresas alemãs, as que pagaram enormes “comissões” aos nossos políticos para terem contratos, para nos venderem de tudo, e uns quantos submarinos fora de uso, que postos no mar, continuam tombados de costas para o ar.
Sei que ainda não dás crédito ao que te escrevo. Tem paciência, espera, lê toda a carta, e se não conseguir convencer-te, autorizo-te a que me expulses da Eurozona, esse lugar de VERDADE, de PROSPERIDADE, da JUSTIÇA e do CORRECTO.
Estimado Walter,
Passou mais de meio século desde que a 2ª Guerra Mundial terminou. QUER DIZER MAIS DE 50 ANOS desde a época em que a Alemanha deveria ter saldado as suas obrigações para com a Grécia.
Estas dívidas, QUE SÓ A ALEMANHA até agora resiste a saldar com a Grécia (Bulgária e Roménia cumpriram, ao pagar as indemnizações estipuladas), e que consistem em:
1. Uma dívida de 80 milhões de marcos alemães por indemnizações, que ficou por pagar da 1ª Guerra Mundial;
2. Dívidas por diferenças de clearing, no período entre-guerras, que ascendem hoje a 593.873.000 dólares EUA.
3. Os empréstimos em obrigações que contraíu o III Reich em nome da Grécia, na ocupação alemã, que ascendem a 3,5 mil milhões de dólares durante todo o período de ocupação.
4. As reparações que deve a Alemanha à Grécia, pelas confiscações, perseguições, execuções e destruições de povoados inteiros, estradas, pontes, linhas férreas, portos, produto do III Reich, e que, segundo o determinado pelos tribunais aliados, ascende a 7,1 mil milhões de dólares, dos quais a Grécia não viu sequer uma nota.
5. As imensuráveis reparações da Alemanha pela morte de 1.125.960 gregos (38,960 executados, 12 mil mortos como dano colateral, 70 mil mortos em combate, 105 mil mortos em campos de concentração na Alemanha, 600 mil mortos de fome, etc., et.).
6. A tremenda e imensurável ofensa moral provocada ao povo grego e aos ideais humanísticos da cultura grega.
Amigo Walter, sei que não te deve agradar nada o que escrevo. Lamento-o.
Mas mais me magoa o que a Alemanha quer fazer comigo e com os meus compatriotas.
Amigo Walter: na Grécia laboram 130 empresas alemãs, entre as quais se incluem todos os colossos da indústria do teu País, as que têm lucros anuais de 6,5 mil milhões de euros. Muito em breve, se as coisas continuarem assim, não poderei comprar mais produtos alemães porque cada vez tenho menos dinheiro. Eu e os meus compatriotas crescemos sempre com privações, vamos aguentar, não tenhas problema. Podemos viver sem BMW, sem Mercedes, sem Opel, sem Skoda. Deixaremos de comprar produtos do Lidl, do Praktiker, da IKEA.
Mas vocês, Walter, como se vão arranjar com os desempregados que esta situação criará, que por ai os vai obrigar a baixar o seu nível de vida, Perder os seus carros de luxo, as suas férias no estrangeiro, as suas excursões sexuais à Tailândia? Vocês (alemães, suecos, holandeses, e restantes “compatriotas” da Eurozona) pretendem que saíamos da Europa, da Eurozona e não sei mais de onde.
Creio firmemente que devemos fazê-lo, para nos salvarmos de uma União que é um bando de especuladores financeiros, uma equipa em que jogamos se consumirmos os produtos que vocês oferecem: empréstimos, bens industriais, bens de consumo, obras faraónicas, etc.
E, finalmente, Walter, devemos “acertar” um outro ponto importante, já que vocês também disso são devedores da Grécia:
EXIGIMOS QUE NOS DEVOLVAM A CIVILIZAÇÃO QUE NOS ROUBARAM!!!
Queremos de volta à Grécia as imortais obras dos nosos antepassados, que estão guardadas nos museus de Berlim, de Munique, de Paris, de Roma e de Londres.
E EXIJO QUE SEJA AGORA!! Já que posso morrer de fome, quero morrer ao lado das obras dos meus antepassados.
Cordialmente,
Georgios Psomás»
O escândalo da Academia Almadense continua.
Desta feita a colectividade teve as suas contas bancárias (no Montepio e no Banco Popular) penhoradas na sexta-feira passada (dia 4 de Novembro).
O motivo?
Consta que terá sido uma acção executiva interposta por algumas ex-trabalhadoras depois de estarem há quatro meses sem receber a mensalidade acordada com a Direcção quando saíram, salvo erro, no início do corrente ano.
Impedidos de aceder às contas bancárias e necessitando urgentemente de liquidez de tesouraria para fazer frente a despesas inadiáveis – como sejam os salários dos trabalhadores no activo que desde Agosto, incluindo o subsídio de férias, andam a recebê-lo às prestações… cerca de 200 euros por conta dos vencimentos em atraso – desligaram o multibanco e passaram a exigir que todo e qualquer pagamento passe a ser feito em “dinheiro vivo”, como já aconteceu com o aluguer do espaço a uma congregação religiosa no fim-de-semana passado e com os sócios que hoje foram pagar as suas quotas.
E é esta associação falida que continua a recebe centenas de milhar de euros da Câmara Municipal de Almada sem controlo. Sem terem apurado o que a Direcção da Academia fez aos 300.000 euros transferidos pela CMA em 2005 e que desapareceram sem deixar rasto, já este ano lhes foi prometido dar mais 750.000 euros, sendo que uma parte dele foi recentemente acordado transferir no imediato.
Dizem que é para as obras de recuperação do antigo teatro. Tal como em 2005 o disseram… só que o edifício, seis anos depois, continua quase em ruínas.
Algum vez esta colectividade, cujas finanças são um caos devido aos sucessivos erros de má gestão, que está afundada em dívidas e não tem como arranjar receitas, tem condições para liderar um projecto desta natureza? Que tem uma candidatura ao QREN aprovada que prevê uma comparticipação de um milhão de euros? Que exige rigor e transparência na apresentação de contas? Mas alguém vai conseguir confiar nestes dirigentes associativos?
E o que anda a fazer a oposição em Almada para se remeter ao silêncio quando é por demais evidente que há conivência entre o executivo autárquico e a Academia Almadense? Ou não fossem todos camaradas… Lembro-vos que era dirigente da Academia (quando os 300.000 euros se evaporaram) o então (e ainda hoje) assessor da Presidente da Câmara Municipal, Osvaldo Azinheira.
Agora digam lá se isto é ou não é um caso de polícia?