quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A (des)união das freguesias!


Assim como que quase às escondidas, de forma meio envergonhada, durante a noite de segunda-feira passada, e em suplemento, acabou de ser publicada no Diário da República a Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro, sobre a "reorganização administrativa do território das freguesias"...

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Autarca exemplar? E os outros, porque se calam?



Para isto já António Costa não se queixa da austeridade. A CML tem dois milhões para "oferecer" de subsídio mas não tem cerca de 54 mil euros para os encargos que é obrigada a pagar à Assembleia Distrital de Lisboa nos termos do DL 5/91, de 8 de janeiro, mesmo sabendo que esse crime de violação de lei coloca sérios riscos ao bom funcionamento daquela instituição e coloca em perigo os vencimentos dos seus trabalhadores.

E, depois, querem-nos convencer que isto são posturas de autarca exemplar?

Mas, já agora, o que têm a dizer os restantes vereadores do executivo? É que, apesar de terem sido TODOS contactados, TODOS eles mantêm um silêncio conivente que é por demais confrangedor e, sobretudo, chocante...

Começam a surgir planos B no PS para a Câmara de Lisboa


E eu acrescento:
Comecem a pensar, também, num plano B para que o atual Presidente da Câmara de Lisboa deixe de assumir atitudes prepotentes que configuram crime de violação de lei (como o recusar pagar à Assembleia Distrital de Lisboa os encargos a que estão obrigados nos termos do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 5/91, de 8 de janeiro), à revelia do órgão executivo que lidera, porque um político que comete atos deste calibre não tem perfil para o cargo que ocupa.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Legislativas 2009: as contas dos partidos.


Segundo o Acórdão n.º 346/2012 do Tribunal Constitucional, de entre os partidos com assento parlamentar apenas o Bloco de Esquerda cumpriu todas as regras no que se refere ao financiamento partidário da sua campanha.
E o PCP/PEV foram os que mais prevaricaram, tendo merecido oito advertências por incumprimentos diversos, conforme se pode ler no acórdão citado: 

Depois temos o CDS-PP e  o PS com quatro violações de lei:
E por último o PSD com três:

sábado, 26 de janeiro de 2013

Consequências de um concurso viciado...


Este tipo de crime de que o MP acusa o antigo presidente da CM de Penela e que foi Secretário de Estado da Administração Local até ontem, Paulo Júlio, não é caso único...
Muito pelo contrário.
Concursos à medida, favorecimentos na seleção de pessoal, critérios adequados ao perfil de quem se quer contratar por ser amigo, familiar ou do mesmo partido de quem está no poder executivo, são, infelizmente, práticas comuns em, arrisco mesmo a dizê-lo, todas as autarquias, independentemente de quem as governa ser de esquerda ou de direita.
Existem maus exemplos destes em todos os quadrantes políticos. Até na pretensa esquerda impoluta do “trabalho, honestidade, competência” como é o caso de Almada onde tantas ocorrências deste tipo se vão passando (em particular nos SMAS, como já aqui demos notícia), sem que politicamente se veja qualquer consequência. Os favorecidos lá continuam nos lugares que lhes “ofereceram” e os prejudicados são sempre os mesmos: os munícipes que tudo pagam, os trabalhadores que foram preteridos, os cidadãos que tiveram a ousadia de coligir provas e apresentá-las a quem de direito para as apreciar.
Lamentável é que, na prática, apesar de se saber que as coisas são assim, ninguém acabe condenado e quem denuncia as ilegalidades seja encarado como caluniador e veja cair sobre si não só a fama de mentiroso como, por vezes, processos judiciais por difamação...
É a justiça de "pernas para o ar" e a desresponsabilização dos infratores, incentivando a que continuem impunemente a cometer este tipo de ilícitos por se sentirem protegidos enquanto quem pugna pelo cumprimento da lei acaba quase sempre por desistir perante tantos entraves.



A propósito da demissão de Paulo Júlio, apenas tenho a dizer que fez muito bem em se demitir. Com a sua idoneidade posta em causa, por mais que ele diga (aliás, dizem-no todos) que se sente de consciência tranquila, foi a atitude correta depois da divulgação destas notícias… Outro comportamento tem o seu colega de partido e de Governo Miguel Relvas, que quanto mais a sua credibilidade é “deitada ao chão” mais ele fica de “pedra e cal” no lugar que ocupa.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Assassinada há anos ressuscita para fintar o Governo...

Fonte: Público, 24-01-2013. 

Depois de ter sido "assassinada" há cerca de seis anos pelo então Presidente da Câmara Municipal de Tavira, hoje de Faro, Macário Correia, eis que a Assembleia Distrital de Faro "ressuscita" e após um silêncio de mais de uma década em que o órgão deliberativo não reunia, primeiro por falta de quórum depois por "morte anunciada", aí temos os autarcas algarvios, que ficaram indiferentes perante as ilegalidades a quando do encerramento dos serviços (Museu Regional do Algarve) e dos atos de disposição patrimonial assumidos por quem não tinha competência para o efeito, a reunirem para fintar o Governo e entregar o património às autarquias... mas será que foi mesmo a Assembleia Distrital que reuniu? ou voltou a acontecer que se confundiu a ADL com a AMAL - Comunidade intermunicipal do Algarve? (na altura era a época da primeira reforma Miguel Relvas e estávamos no âmbito da GAMAL - Grande Área Metropolitana do Algarve)...

Mais notícias sobre a Assembleia Distrital de Faro AQUI.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Uma autarquia preocupada com os trabalhadores?


A propósito destas fotografias disponibilizadas pelo vereador José Gonçalves, responsável pelos recursos humanos da Câmara Municipal e Presidente do Conselho de Administração dos SMAS, alguém escreveu: «uma autarquia que se preocupa com os trabalhadores», como se a realização deste tipo de reuniões fosse sinónimo de uma gestão de recursos humanos exemplar.
Ao que eu comentei: 
«Uma autarquia que se preocupa com os trabalhadores? Peço desculpa mas não posso deixar de perguntar: e o caso do trabalhador despedido ilicitamente, retirado ilegalmente do concurso que vencera, vítima de mobbing?... e os concursos cheios de vícios formais e legais, os regulamentos com uma norma inconstitucional, as irregularidades na aplicação do SIADAP, as dúvidas sobre as habilitações académicas e profissionais dos dirigentes, etc. etc.? serão tudo, mesmo tudo, só calúnias? estarão, então, a Polícia Judiciária e o Ministério Público a ser ludibriados? terão os juízes que redigiram as sentenças que condenaram a autarquia sido enganados? terão as provas apresentadas em tribunal sido forjadas? será tudo uma cabala contra os dirigentes e autarcas da CM/SMAS de Almada?»

Mais informações AQUI.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Teatro Municipal de Almada


Companhia de Teatro de Almada
Temporada 2013
Uma programação de excelência, que pode consultar AQUI.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Até que paguem o que devem, ou que nos silenciem!



Terminou o prazo de dez dias (úteis) referido no n.º 1 do artigo 14.º da LADA - Lei de Acesso aos Documentos da Administração (Lei n.º 46/2007, de 24 de agosto) para António Costa (Presidente da Câmara de Lisboa) e Fernando Seara (Presidente da Câmara de Sintra) responderem aos requerimentos da CTAD - Comissão de Trabalhadores dasAssembleias Distritais.
Além da gravidade do assunto em causa (dívidas destas duas autarquias à Assembleia Distrital de Lisboa, o que configura o crime de violação de lei pois trata-se de uma obrigação legal - artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 5/91, de 8 de janeiro), cujas consequências recaem sobre os trabalhadores que vivem um quotidiano de grande instabilidade, sem condições logísticas para o exercício das suas funções e sempre com a ameaça constante de não se saber se no mês seguinte há dinheiro para os seus vencimentos (por exemplo: este mês as receitas entradas não chegam a 200€), a atitude destes autarcas é de total desrespeito pelos mais elementares princípios democráticos.
Poderíamos solicitar ao Tribunal que obrigasse António Costa e Fernando Seara a facultar os documentos em causa: propostas e pareceres jurídicos que fundamentem o não pagamento à ADL e atas do executivo onde conste a respetiva deliberação. Bem assim como obter a resposta às perguntas sobre: o impacto orçamental nas contas do município da contribuição para a ADL ou do esclarecimento sobre quais são as intenções para 2013. Mas quem iria suportar os encargos que estas ações acarretariam com advogado e custas judiciais? Os trabalhadores! O que é extremamente injusto...
E, juridicamente, quais seriam os resultados? Sinceramente... penso que seriam nulos. Porquê? Valerá a pena responder?
Mas isto não significa que vamos cruzar os braços. Porque não vamos, não!
Iremos recorrer à CADA - Comissão de Acesso aos Documentos da Administração (que de pouco nos ajudará, é certo, mas que pode acabar por exercer uma "espécie de pressão" pois como lhes cabe desenvolver algumas diligências junto das entidades acusadas de não cumprir as regras da transparência e de acesso aos documentos administrativos, isso pode funcionar como "alerta de consciências" - embora duvide que autarcas que se têm comportado como estes dois a tenham) e enviar uma carta a todos os vereadores e grupos municipais daqueles dois municípios... veremos como se irão comportar os restantes partidos que, até à data, tão silenciosos têm estado apesar das denúncias públicas que temos feito.
E, claro, iremos continuar a divulgar este assunto nas redes sociais online, no twitter e na blogosfera.
Até que consigamos que paguem o que devem, ou que nos silenciem.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Dia 18: há música e poesia... O difícil é escolher!


 Como não posso estar nas duas iniciativas ao mesmo tempo, escolho a que se vai realizar em Cacilhas...
Por razões óbvias:
Moro nesta freguesia e faço parte da Direção da Associação O FAROL.



«É já na Próxima sexta –feira, dia 18 janeiro pelas 21 h, que se iniciam as Noites do Vinil , no “ CHÁ DE HISTÓRIAS” , junto ao Centro Municipal de Turismo, antigo quartel dos Bombeiros, em Cacilhas.

A apresentação deste projecto, que dá continuidade à “MAGIA DO VINIL”,  que foi realizado pela Associação Antigos Alunos da Escola Emídio Navarro, estará a cargo do nosso companheiro e colecionador José António Santos – “Pila”, que para além das suas conhecedoras palavras nos transportará até à  beleza da música através dos discos de vinil, que iremos ouvir ao vivo.

O “FAROL” que participa também nesta viagem musical ….deixa  o CONVITE … Ficamos à sua espera , e traga um amigo também…»

Mais informações AQUI

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Francisco Naia e a Ronda Campaniça


Apresentação do novo trabalho discográfico de Francisco Naia: “Francisco Naia e a Ronda Campaniça” na Loja Doces da Mimi, Rua da Liberdade, n.º 20A, em Almada, a convite da SCALA – Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada. 12 de janeiro de 2013.

Veja os vídeos no YOUTUBE, no meu canal particular.
E as fotografias no FACEBOOK, na página dos Poetas Almadenses.





segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Exposição de pintura de M. Lourdes Vitoriano



De 15 de janeiro a 3 de fevereiro de 2013.
No Café "Erva Limão", no Fórum Municipal Romeu Correia.
Praça S. João Batista, em Almada.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Hoje: venha ouvir boa música e uma voz fantástica!


Venha ouvir Francisco Naia e os seus companheiros
do projecto sobre modas e canções do Alentejo popular e tradicional
(Edmundo Silva, Mário Rodrigues, José Carita, Ricardo Fonseca).

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Que boa gestão é esta?


Jornal Público, de 10-01-2013

É certo que se trata de uma gota de água no oceano que são as contas desta autarquia, mas a dívida à Assembleia Distrital de Lisboa, no valor de 53.770€, "ajudou" o município a diminuir os designados "custos de exploração"... acontece, porém, que a decisão (que se presume ter sido assumida de forma unilateral pelo Presidente, sem que tenha havido deliberação da Câmara Municipal) de não pagar à ADL as contribuições que são devidas nos termos do artigo 14.º do Decreto-lei n.º 5/91, de 8 de janeiro, é ilegal.
Pergunta-se então:
Quantas mais decisões deste género terão contribuído para a apresentação destes resultados?
Contas desta natureza, que escondem opções políticas sem suporte legal, podem ser consideradas boa gestão?

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Carta a um camarada


Carta enviada a um camarada em 17-07-2011 (já depois de ter renunciado aos cargos autárquicos mas ainda antes de ter saído, definitivamente, do BE) a cujo texto foram, por razões de privacidade, retirados os excertos que poderiam identificar a pessoa a quem se dirigia:

«Dirijo-te esta missiva em virtude de me terem feito chegar uma tua mensagem onde sou citada (dela extrai o parágrafo necessário e que adiante transcrevo). E porquê decidi não ficar calada? Simples: o teu texto, no enquadramento que lhe dás, pressupõe um juízo errado sobre mim que não posso deixar passar sem comentar por ele me parecer o reflexo de uma análise precipitada, quiçá influenciada por formulações opinativas de terceiros, deliberadamente tendenciosas. E porque essa mensagem foi enviada a um conjunto de pessoas, também a elas darei conhecimento desta minha resposta.

Confesso que, sinceramente, não esperava de ti um comentário deste estilo (encerrando na sua formulação preconceitos graves) pois, apesar das tuas muitas ausências (…) sempre te considerei uma pessoa frontal e alguém capaz de pensar pela própria cabeça.

Lembro, a propósito, a tua carta/desabafo de Dezembro de 2006 (que remeteste a vários aderentes do BE Almada, entre os quais eu própria) e onde fazias o balanço da actuação do BE na Assembleia Municipal de Almada, (…), ousando dizer aquilo que muito poucos se tinham, então, apercebido: a inexplicável subserviência do BE em relação à CDU (algo que hoje,  afinal, parece já não te incomodar, muito pelo contrário).

Pese embora houvesse muita matéria que gostaria de comentar, vou focar-me apenas no seguinte parágrafo:
«Tod@s temos direito às nossas opiniões, prova disso foram as propostas construtivas apresentadas já por diferentes camaradas para alteração da composição deste grupo de debate, mas sejamos construtiv@s... primeiro, o problema é a constituição do grupo... depois o problema é o facto de ele não ser abrangente... depois é o facto de não prever quaisquer mecanismos inequívocos de alargamento...  e aparentemente será sempre assim até que todos tenhamos voz de forma deliberativa (mesmo os que, por exemplo, participam de forma activa na blogosfera a apoiar partidos como o CDS-PP e o seu envolvimento na purificação da política concelhia... e sim estou a falar da Ermelinda Toscano, eleita pelo Bloco de Esquerda, para que não restem dúvidas).»

Antes de continuar, todavia, tenho de te deixar um pequeno reparo.  Trata-se da confusão que fazes entre decisão (acto de uma pessoa isolada), deliberação (acto que expressa uma vontade colectiva) e capacidade deliberativa (competência legal dos órgãos colegiais) o que, desculpa a sinceridade (são “ossos do meu ofício” e não consigo deixar de o referir), é imperdoável num autarca com vários anos de experiência como tu e que deveria saber distinguir estes conceitos não os aplicando indevidamente como fazes.

Passando ao conteúdo do teu texto…

Começo por agradecer a tua benevolência em relação à minha pessoa,  dada como exemplo do excepcional pluralismo do BE… que até vai ao ponto de tolerar no seu seio os aderentes a quem acusam de apoiar, activamente, um partido de direita. A seguir, dois pormenores a ter em consideração antes de avançar… Primeiro: é feita uma afirmação grave, dada como um facto consumado, sem que se especifique quaisquer elementos probatórios. Segundo: para sustentar uma certa ideia de democracia incorre-se, na minha opinião, numa incoerência insustentável – a de que faz sentido um partido de esquerda aceitar que uma militante sua possa apoiar activamente (como fazes questão de frisar) um partido de direita sem que seja proposta a sua expulsão.

Lamento, contudo, que tenha sido necessário recorrer à deturpação dos factos para sustentares aquela tua tese. Não havia necessidade de o fazer. Ou será que te limitaste a acreditar numa descrição feita por terceiros? Sem a preocupação de ouvir a versão do outro lado? Uma posição que, confesso, esperava de muitos, mas não de ti, por quem tinha bastante consideração… o que não acontece em relação àqueles que, publicamente, na blogosfera e nas redes sociais, me têm apelidado de traidora, cobarde, hipócrita, vendida (umas vezes ao CDS, outras ao PSD e até ao PS, conforme a conveniência do discurso do momento), fascista, pide, merecedora de menos respeito do que as prostituas e por aí adiante, denotando uma grande falta de carácter e um estilo trauliteiro que só serve para denegrir a imagem do BE junto da comunidade e contribuir para afastar os eleitores.

Aquilo a que chamas apoiar activamente o CDS-PP é, tão só e apenas, manifestar a minha concordância com algumas posições do deputado municipal Fernando Pena. Em áreas como a exigência de maior transparência na gestão autárquica, o respeito pelas decisões dos tribunais, mais rigor na justificação da aplicação dos dinheiros públicos ou até a defesa dos direitos dos trabalhadores da CMA, em particular das vítimas de mobbing (como o caso que levou à recente criação de uma comissão eventual da AMA). Não sei se sabes, mas são tudo matérias consignadas no programa eleitoral do BE sufragado em 2009… Ou este foi mais um documento que, apesar de candidato e autarca eleito pelo BE, ainda não leste?... como aconteceu, aliás, com (…) que me confessaste ter votado a favor sem sequer ter lido uma única linha?

Tal como tu, que não quiseste deixar dúvidas quando te referias a mim, também eu quero que todos fiquem cientes de uma coisa: pela parte que me toca, estarei sempre ao lado de todos aqueles que na Assembleia ou na Câmara Municipal de Almada estejam solidários com os trabalhadores da autarquia na defesa intransigente dos seus direitos, contra todas as formas de discriminação. E nunca me calarei só por esses abusos serem cometidos por um suposto partido de esquerda (a CDU). O meu compromisso é com a verdade e a justiça! Não duvides: para mim, não há razões ideológicas e/ou de solidariedade partidária que possam servir para dar cobertura a actos criminosos… por isso, podes crer,  procederia de forma idêntica se na gestão da CMA estivesse o PS, o PSD ou o CDS-PP (até mesmo o BE) e os seus autarcas cometessem os crimes que têm vindo a ser por mim denunciados. Deixo-te esta pergunta: Como actuaria o Bloco de Esquerda se a CDU fosse apenas mais um partido da oposição e não a coligação que, em Almada, está no poder?

Quanto àquilo que designas como o meu “envolvimento na purificação da política concelhia” e que é apresentado como algo condenável: será que te apercebeste como essa confissão dá uma muito má imagem do BE? Faz algum sentido um partido que pretende ser uma espécie de esquerda moral, que diz ter a JUSTIÇA como valor inalienável, preferir ter em Almada uma “política poluída” por um sem número de ilegalidades? A troco de que princípios está o BE em Almada a hipotecar a credibilidade do partido junto da população almadense?

Como a mensagem já vai longa, fico-me por aqui… apesar do muito que precisa, ainda, de ser dito. Talvez um dia tenha oportunidade de to dizer.

Saudações bloquistas.»

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Dúvidas à volta de um orçamento municipal


A câmara municipal X aprovou, no final de novembro de 2012, uma alteração ao orçamento do ano em curso o qual tinha previsto um valor equilibrado receitas/despesas de cerca de 81.000.000€.
A movimentação em causa (14,45% da previsão global do orçamento municipal) destinava-se, sobretudo, a fazer frente a uma despesa inesperada, de montante bastante elevado, que levou à subida em mais de dezasseis mil porcento a dotação prevista inicialmente na respetiva rubrica.
Das anulações efetuadas para cobrir aquele reforço (entre outros de pequena monta), pudemos constatar que houve algumas rubricas que desceram 100% (ou seja, tinham chegado ao 12.º mês com zero de execução orçamental e como não tinham despesas previstas até final do ano foram esvaziadas completamente), outras diminuíram entre os 60% e os 90%, a maioria 20%.
Entretanto, em 31 de dezembro, a Câmara X anunciou que terminara o ano de 2012 com uma execução orçamental superior a 90% e um saldo positivo, tendo efetuado cerca de 105.000.000€ de pagamentos.
Numa breve consulta às deliberações da câmara municipal verificou-se que foram aprovadas seis alterações orçamentais mas não se encontrou referência a nenhuma revisão ao orçamento de 2012.
Face ao exposto, colocam-se algumas questões, entre as quais:
Os pagamentos efetuados (105.000.000€) foram superiores às despesas inicialmente previstas (81.000.000€) o que só teria sido possível realizar mediante uma revisão ao orçamento. Quando foi a mesma aprovada pelo executivo e pela assembleia municipal?
Tendo presente a dúvida anterior, da diferença entre as receitas inicialmente previstas (81.000.000€) e os pagamentos efetuados (105.000.000€) resulta um saldo negativo de 24.000.000€. Todavia a autarquia informa os munícipes de que transitou de ano com superavit. Afinal em que é que ficamos?
Se a pouco mais de um mês do ano terminar a câmara tinha rubricas orçamentais com um índice de execução nulo ou com uma taxa de realização inferior a 50% e a maioria de 80%, como é possível chegar ao final do ano e obter uma execução global superior a 90%?

domingo, 6 de janeiro de 2013

Congresso das Alternativas - o trabalho continua...


Amigos/as,
O Congresso realizado no dia 5 de Outubro de 2012 na Aula Magna da Universidade de Lisboa gerou esperança e expectativa. O elevado grau de mobilização, a credibilidade das propostas produzidas e o clima de tolerância e de convergência em torno dos denominadores comuns foram fatores que a todos deram confiança e entusiasmo para continuar a participar na construção de alternativas à estratégia inscrita no Memorando de Entendimento e na atual governação.
Todos sentimos que o dia 5 de Outubro foi um começo e não o fim de um percurso. 
Perante o aprofundamento da estratégia de desmantelamento do Estado social, de perda de direitos e de agravamento das injustiças, o contributo do Congresso é cada vez mais necessário e o ativo que conquistou é cada vez mais útil. Pensamos que é essencial que o Congresso continue a construir propostas credíveis que ajudem a viabilizar a alternativa de governação de que o país precisa. Consideramos fundamental que o Congresso promova espaços convergentes de discussão e que seja um catalizador da mobilização cívica em torno dos denominadores comuns.
O Congresso tem estado ativo desde o dia 5 de Outubro:
·    Foi dinamizada a Petição pela Rejeição do OE 2013, que foi entregue aos Grupos Parlamentares, à Presidência da Assembleia da República e à Presidência da República, após uma rapidíssima subscrição por 11 mil cidadãos;
·    Foi organizado o debate "Orçamento 2013: rejeição e alternativas";
·    Foi divulgada a posição do Congresso sobre o OE, “Um orçamento sem credibilidade, para impor a destruição do Estado Social”;
·    Foi divulgada a posição de apoio à Greve Geral e de apelo à adesão dos cidadãos;
·    Foi divulgada uma nota de imprensa sobre a privatização da TAP e da ANA;
·    Foram realizados encontros de subscritores no Algarve e em Viana do Castelo;
·    Foram concretizadas alterações organizativas do Congresso, com o alargamento da sua Comissão Organizadora – visando reforçar a sua representatividade e capacidade de intervenção – e eleição de uma Comissão Permanente. 
Para os primeiros meses de 2013, estão programadas as seguintes iniciativas do Congresso:
·    Dando resposta à anunciada intenção de “refundação do Estado”, será organizada em Abril uma conferência nacional sobre o Estado Social. Durante a sua preparação serão realizados debates descentralizados sobre Escola Pública, Serviço Nacional de Saúde e Segurança Social;
·    Será realizado o debate “O país avalia a troika”, a acontecer quando da próxima avaliação da troika ao cumprimento do Memorando;
·    Vai ser produzido um livro sobre o Memorando e as alternativas (“O Memorando comentado pelas Alternativas”), visando apresentar de forma acessível a um público alargado as implicações do Memorando e a viabilidade de estratégias de desenvolvimento alternativas;
·    Vai ser reforçada a estratégia de comunicação do Congresso, com a produção de conteúdos vídeo e maior dinamização do site e da página no facebook.
A participação de todos nós será mais importante do que nunca para que seja possível um 2013 com alternativas!
Saudações democráticas,
Comissão Organizadora do Congresso Democrático das Alternativas 
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