sexta-feira, 30 de junho de 2006

Autarcas enlouquecidos!


Da breve leitura que fiz do jornal Público de hoje, enquanto bebia o meu café da manhã, destaco duas notícias que demonstram bem a insanidade que atingiu os autarcas portugueses:
Depois de Fernando Ruas, da CM de Viseu, andar a incentivar à violência, nomeadamente ao apedrejamento dos técnicos do Ministério do Ambiente, aparecem agora Rui Rio (da CM Porto), Filipe Menezes (CM Vila Nova de Gaia) e Joaquim Raposo (CM da Amadora) a assumir comportamentos prepotentes, contra a liberdade de expressão… julgam que o dinheiro dos subsídios, ou da inserção de publicidade nos jornais, é suficiente para comprar opiniões favoráveis à actuação dos respectivos executivos. Lamentavelmente, atendendo ao estado da economia, e perante tanta falta de ética que anda por aí, o certo é que muitos jornalistas sujeitam-se a estas tristes figuras.
E o descaramento de M.ª José Nogueira Pinto (vereadora da CM Lisboa) em apresentar uma proposta anticonstitucional que excluía do acesso à habitação social cidadãos em função da sua nacionalidade (porque não se pode misturar tudo como numa fruteira, imaginem)? Sem comentários!

quinta-feira, 29 de junho de 2006

Mistério e suspense...

«O fim de Lisboa, foi anunciado por um jesuíta, mas as cópias do livro de Ângelo Maior, foram destruídas no terramoto de 1755. Todas menos uma, que o padre Medeiros usa para explicar ao primeiro-ministro a razão do mau cheiro que invadiu Lisboa neste dia. O mau cheiro é um prenúncio do fim de Lisboa, uma punição pelos pecados antigos: a conquista sangrenta por Afonso Henriques, o massacre dos Judeus, a condenação dos Távoras. A profecia diz ainda que sempre que Lisboa se reerguer, voltará a ser destruída. Vindo do Oeste, um homem misterioso [na fotografia - vejam se o conseguem identificar!!] viaja em direcção a Lisboa, a alta velocidade.»

Veja aqui toda a história d’O PENÚLTIMO DIA, uma rádio novela, espécie que eu julgava extinta, do Rádio Clube Português. E divirtam-se!

quarta-feira, 28 de junho de 2006

Vergonha!



A propósito de um post no blog de um amigo, «O CASARIO DO GINJAL», falei, pela primeira vez, da C.I.A., a Cambada de Incompetentes Autarcas, uma empresa de projecção nacional, mas cuja sede é em Cacilhas, a freguesia onde resido.
Se tinha dúvidas no epíteto, e salvando as devidas excepções (que as há, obviamente), elas dissiparam-se ontem na Assembleia de Freguesia do meu burgo, depois de observar o comportamento dos eleitos da CDU…
Desde considerarem que só algumas leis são para cumprir, dito e repetido com ênfase perante a estupefacção de todos os presentes, e de acusarem de má fé a eleita do BE por exigir rigor e transparência, até se auto proclamarem proprietários da base de dados do recenseamento eleitoral e se considerarem no direito de usar a informação confidencial dos eleitores para fins políticos, ao total desconhecimento do que é a autarquia freguesia, à qual resolveram amputar um dos seus órgãos (a assembleia) confundindo a autarquia com o órgão executivo como se o deliberativo não existisse, apesar de, curiosamente, ser aí que estavam a prestar aquelas declarações insanas, houve de tudo um pouco…
Sinceramente, não esperava um comportamento destes num partido que se diz acérrimo defensor dos direitos e liberdades consignados na nossa Constituição, e depois de terem votado na reunião anterior (26/04/2006) uma moção sobre «poder local, democracia e cidadania», aprovada por unanimidade, onde se assumia uma série de princípios agora colocados no caixote do lixo.
Não tenho mais palavras. Só me resta uma: vergonha!

terça-feira, 27 de junho de 2006

BIBLIODOMUS


Li, hoje, no jornal Público (o meu diário preferido, e sem o qual não passo enquanto bebo o cafezinho da manhã e ganho forças para iniciar mais uma jornada de trabalho… trabalho sim, que isto de dizer que os funcionários públicos são todos uns preguiçosos é extremamente injusto… adiante!) uma notícia que não posso deixar de vir aqui, publicamente, louvar.
Trata-se do projecto Bibliodomus – Biblioteca em Casa, Serviço Domiciliário de Apoio à Leitura da Câmara do Seixal, e cuja Biblioteca Municipal deu já início à fase piloto.
Esta iniciativa, que eu considero de primordial importância e que deveria ser implementada noutros conselhos, visa levar o livro a populações carenciadas, ou com dificuldades de mobilidade que as impeçam de frequentar as bibliotecas do concelho ou usar a informação nelas disponível.
Nesta fase inicial, prevê-se dar apoio a cerca de 140 munícipes, levando até suas casas livros, música e filmes, além de “dois dedos de conversa”, na medida em que muitos dos destinatários são idosos e a solidão a sua companheira mais frequente.
Sendo este um projecto aberto e dinâmico, várias outras ideias estão a madurar entre os dinamizadores, à espera do momento oportuno para arrancarem no terreno, nomeadamente após conseguirem a colaboração de algumas empresas e agentes locais do sector: o INFODOMUS, que pretende levar a informática junto destes agora info-excluídos e potenciais utilizadores, e o TURISMO CULTURAL, que prevê «levar os idosos a passeios que tenham os livros como inspiração».
O combate a todas as formas de isolamento é, pois, o principal objectivo desta louvável iniciativa, que não podemos deixar de assinalar, esperando que outros municípios lhe sigam o exemplo.
Fotografia: retirada do site da Sociedade Filarmónica União Seixalense.

segunda-feira, 26 de junho de 2006

Nota máxima

Descobri ontem, na FNAC, este álbum e, como não podia deixar de ser, tive de o comprar logo (é que eu sou uma fã de música árabe e, sobretudo, de Cheb Mami). Sou suspeita quando afirmo que este álbum é fenomenal, mas não encontro outro adjectivo para o classificar… Claro que gosto de todas as músicas (que Cheb canta sempre em dueto, misturando vários géneros musicais, do reggae ao hip-hop, numa mistura de estilos que me fascina, sobretudo pela comunhão linguística, por exemplo entre o francês ou o italiano e o árabe… LINDO!) mas atrevo-me a destacar estas seis: Des 2 Côtés, com Mouss & Hokim; Parisien du Nord, com K-Mel; Cosi Celeste, com Zucchero (que também muito aprecio); Enfant D’Afrique, com Corneille; Clando, com 113 e Azwaw, com Idir.

Mas quem é este cantor argelino, que se tornou conhecido depois de ter gravado um dueto com Sting, o "Desert Rose" (álbum que, como não podia deixar de ser, eu também tenho - até porque sou fã de Sting, desde os Police)?
Na opinião de Thaís Rosa (do site Música do Mundo), «Cheb Mami veio rejuvenescer o género da música “rai” com vários arranjos ocidentais resultando numa versão mais moderna da música árabe e gnawa (original da Argélia). Foi o pioneiro dessa nova atitude “rai” na França (1986)».


Apesar de cantar quase sempre na sua língua natal (árabe), Cheb Mami é um artista de grande sucesso, sobretudo em França, onde o álbum “Meli, Meli” – que eu também tenho, obviamente, chegou a disco de platina. O sucesso comercial não fez, todavia, diminuir o seu empenho na intervenção cívica e política e, por isso, eu admiro-o muito como pessoa. Para quem não sabe, Cheb Mami faz questão de incluir nas letras das canções a sua preocupação quanto aos graves problemas sociais e políticos que agitam a Argélia, de onde teve de partir para se refugiar em França.


Como se pode ler no site Attambur.com «Esta intervenção é, de resto, comum a grande parte das principais figuras do “rai”, estilo musical argelino de que Cheb Mami é um dos principais intérpretes. O apelo a uma maior consciência social e política da população por parte destes artistas têm levado sectores ligados ao fundamentalismo islâmico a condenarem o seu trabalho, obrigando outros criadores a, tal como Cheb, serem forçados a procurar os caminhos do exílio que, contudo, não os afasta de um público fiel nos seus próprios países. O “rai”, que hoje funde estilos árabes e ocidentais, tendo adoptado elementos do “funk”, do “rock” e até do “reggae”, encontra as suas raízes populares em exibições nos mercados, onde os artistas interpretavam as suas canções para as classes mais pobres, abordando problemas que lhes eram comuns. Não é por acaso que o “rai” é frequentemente considerado o “blues” do Norte de África.»


Para mais informações, podem sempre consultar a página oficial de Cheb Mami. E oiçam o disco que vale a pena… mesmo quem julga não apreciar o estilo, experimentar não custa… e devemos estar abertos a novas sonoridades porque é sempre possível aprender a gostar e, por vezes, temos gratas surpresas! Eu que o diga!

domingo, 25 de junho de 2006

Cinco estrelas






Confesso que conheço muito pouco, ou mesmo quase nada, sobre os JETHRO TULL, a banda de IAN ANDERSON. Mas quando ouvi o CD que aqui vos apresento, fiquei deveras surpreendida. Música rock em versão para orquestra acompanhada a voz e flauta, magistralmente tocada. Adorei.

sábado, 24 de junho de 2006

Mensagem



De braços abertos
te recebi
o meu tempo
a minha atenção
te dispensei...


Do meu coração
as portas abri
mágoas antigas guardei
o passado não esqueci
mas o teu silêncio respeitei...

De ti apenas exigi
respeito e consideração
com sinceridade agi
amizade te ofereci...

Mas agora que de novo partiste
sem nada explicar
finalmente percebi
que de ti nada posso esperar!

sexta-feira, 23 de junho de 2006

Stop...

Estou farta de tanta hipocrisia à minha volta. De pessoas que não sabem o que querem, que se fazem de vítimas para serem olhadas com benevolência e as suas atitudes desculpabilizadas, e cuja permanente indefinição acaba por ferir os sentimentos dos outros.
Estou farta de mentiras e de silêncios comprometidos que alimentam equívocos, de verdades escondidas para mascarar comportamentos egoístas. De pessoas oportunistas, que só se aproximam de nós para obter a satisfação de interesses pessoais mas que não nos respeitam e se recusam a partilhar connosco seja o que for.
Estou farta de ver desconfiança onde devia haver solidariedade. De pessoas cobardes que não têm coragem de assumir o que sentem e muito menos as consequências dos seus actos, que encontram sempre uma desculpa para não agir, que preferem culpar terceiros em vez de se emendarem, que nunca mostram arrependimento, que se protegem atrás de uma cortina de indiferença para não sofrerem mas não se importam de ferir os que estão a seu lado, mesmo quando dizem amá-los.
Estou farta de tanta intolerância, da completa ausência de frontalidade e da incapacidade de perdoar. De pessoas que julgam que nunca erram e por isso agem com sobranceria, que conseguem olhar-nos nos olhos como se fossem amigos e nos enganam à primeira oportunidade, que confundem uma cumplicidade saudável com partilha doentia de enganos e jogos escusos de traição.
Enfim… estou farta de tanta miséria de carácter que, infelizmente, muita gente que anda por aí tem!

quinta-feira, 22 de junho de 2006

Poema


Não me esqueci quem fui
Apesar de já não ser
Aquela que antes fora.

Vida nova comecei
Sobre a outra que findou
Para no presente
Ser, afinal,
A mesma criatura.
Tropecei, caí
Do chão me levantei
E em frente continuei
O caminho que tracei.
Contra ventos e marés
O sonho é meu guia
Hei-de sempre conseguir
Vencer qualquer revés.

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Dia não

Hoje foi um dia não. Daqueles em que só acontecem asneiras e onde parece que meio mundo está contra nós.
Ainda em casa, comecei por me armar em esperta e querer alterar algumas configurações do Blog e fiz desaparecer todos os comentários que cá estavam (eu sei que eram poucos mas fiquei super aborrecida) nos artigos anteriores. Vamos lá ver se consigo rectificar a coisa...
A seguir, já no trabalho, não consegui arranjar inspiração suficiente para terminar um relatório/parecer que tenho de elaborar, urgentemente, sobre a aplicação do SIADAP – Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho na Administração Pública, às autarquias locais.
Finalmente, durante uma visita à estação arqueológica da Quinta do Almaraz, organizada pela comissão da Assembleia de Freguesia a que pertenço, acabei torcendo um pé nos trilhos cobertos de mato.
Espero que amanhã o dia seja melhor. Para já vou mudar de ares até Santarém. Pode ser que funcione e volte mais bem disposta, apesar de me aguardar uma penosa jornada de trabalho.
(Fotografia: Quinta do Almaraz, freguesia de Cacilhas, concelho de Almada).

terça-feira, 20 de junho de 2006

O Codex 632

E porque estamos em época propensa à leitura (ou não fosse o Verão, aí à porta, a altura das férias e do tempo livre para satisfazer alguns dos nossos pequenos gostos… e um deles pode muito bem ser a leitura que, no meu caso, é mais um vício, mas tudo bem!), não resisto e hoje vou falar-vos de um outro livro, aquele que me conquistou, definitivamente, para o género literário do romance com investigação histórica de suporte, o CODEX 632, do José Rodrigues dos Santos:

«A mensagem enigmática foi encontrada por entre os papéis que um velho historiador deixara no Rio de Janeiro antes de morrer. MOLOC / NINUNDIA OMASTOOS. Tomás Noronha, professor de História da Universidade Nova de Lisboa e perito em criptanálise e línguas antigas, foi contratado para descodificar esta estranha cifra. Mas o mistério que ela encerrava revelou-se para além da sua imaginação, lançando-o inesperadamente na pista do mais bem guardado segredo dos Descobrimentos: a verdadeira identidade e missão de Cristóvão Colombo.
Baseado em documentos históricos genuínos, O Codex 632 transporta-nos numa surpreendente viagem pelo tempo, uma aventura repleta de enigmas e mitos, segredos encobertos e pistas misteriosas, aparências enganadoras e factos silenciados, um autêntico jogo de espelhos onde a ilusão disfarça o real para dissimular a verdade.»

Apesar da sinopse que acabam de ler ser bastante sugestiva, este livro é muito mais do que mistério e aventura… acaba por ser, também, embora estejamos conscientes de que a interpretação dos factos é ficcionada, uma lição sobre os Descobrimentos. Mercê da prodigiosa imaginação do seu autor, o nexo de causalidade estabelecido entre as pistas documentais existentes, verídicas, traz uma nova interpretação para alguns acontecimentos históricos que, por serem apresentados de forma tão verosímil, lançam sérias dúvidas sobre se serão simples actos especulativos.
Só vos digo que este livro é fascinante. E porque trata de um pedaço da história de Portugal, faz-nos vibrar com o desenrolar da trama, sequiosos de chegar ao final. Por isso, se tiverem oportunidade leiam-no.

segunda-feira, 19 de junho de 2006

Vates A.G.B.

Não sou grande adepta de romances históricos, confesso. Contudo, tenho de admitir que estou a deixar-me fascinar por uma espécie nova: o policial com investigação histórica à mistura, cuja acção decorre no século XXI mas com enredos paralelos em séculos passados.
Por isso, hoje resolvi falar-vos do livro que acabei de ler, o «Vates A.G.B», de Ana Margarida Oliveira:
«Em Janeiro de 1608, em pleno reinado de D. Filipe II, a nau Santo Agostinho sai de Goa para mais uma viagem de volta ao reino. Dentro desta nau estão as enigmáticas Trovas do Bandarra. Ao saber-se da sua existência, as mortes, os ardis e as traições sucedem-se, procurando desvendar-se o misterioso segredo que poderá mudar o curso da História de Portugal. No século XXI, uma jornalista, ao preparar um artigo sobre Fernando Pessoa, apercebe-se que algo de estranho se passa com as Trovas do Bandarra. A investigação leva-a à Ilha Terceira, onde a descoberta de uma das três figuras de marfim indo-português que viajam na Santo Agostinho a precipita numa sucessão perigosa de acontecimentos. Entre as dificuldades da viagem na nau do século XVII e as descobertas arqueológicas do século XXI, desenrolam-se duas fascinantes e tumultuosas histórias de amor e ainda a perigosa tarefa de decifrar as Trovas do Bandarra.»
Deixo-vos AQUI as primeiras páginas do dito livro. Verão que é uma história que vale a pena lerem até ao fim. E não só pelo desenrolar da trama principal, mas também pela fantástica descrição da vida da tripulação e dos passageiros das naus que faziam a Carreira da Índia, que durava longos meses em alto mar, e era feita em condições infra-humanas.
E, para aguçar o apetite, fica também um estudo sobre as Trovas do Bandarra (que eu só descobri através deste livro), consideradas premonitórias (o autor conseguiu prever a ocorrência de factos da nossa história muitos anos antes deles ocorrerem), responsáveis por um mistério que, ainda hoje, decorridos vários séculos desde que foram escritas, continuam a intrigar muitos investigadores.

domingo, 18 de junho de 2006

Um outro algarve

Acabaram-se as férias. E em vez de ter ido a banhos, acabei foi por levar uma "banhada" do S. Pedro, pois então... só consegui ir à praia na 2.ª feira e depois esteve sempre mau tempo (vento e chuva), embora algum calor. Acabei por fazer vários passeios a pé, entre aguaceiros, e descobri um outro algarve: de campos floridos, pinheirais, pássaros a chilrear nas árvores, cheiro a terra húmida, flores silvestres e laranjais (aproveitei e até fui à "chinchada", fazendo lembrar episódios da minha infância) . Afinal nem tudo esteve perdido. Adorei!

domingo, 11 de junho de 2006

Vou a banhos...


.... e regresso no próximo domingo (dia 18 de Junho).
Até lá, podem encontrar-me numa qualquer praia algarvia!

sábado, 10 de junho de 2006

Dia de Portugal

As bandeiras nas janelas deste edifício do BES na Av.ª da Liberdade, em Lisboa, só estão lá por causa da participação de Portugal no Mundial de Futebol 2006. Todavia, hoje vou falar-vos não deste que parece ser, de há uns tempos para cá, o único desígnio nacional capaz de mobilizar multidões, mas da morte de Alcino Monteiro, o cidadão português assassinado há, precisamente, 11 anos por Mário Machado, o agora líder da Frente Nacional e a quem a comunicação social tem dado demasiado tempo de antena, a propósito de uma reportagem sobre a extrema direita no nosso país (com excertos repetidos até à exaustão), permitindo que passe a sua mensagem xenófoba, contrária aos mais elementares direitos de justiça e igualdade consignados na Constituição portuguesa.
E são essas portas que Abril abriu à Liberdade, que muitos querem agora fechar. Mas, felizmente, ainda temos muito mais gente capaz de continuar a lutar por as manter abertas. Por isso, apesar da crise económica que o país atravessa e do generalizado sentimento de desilusão que se sente no ar, acredito que melhores dias virão. Por mim, embora às vezes me sinta revoltada, cansada e com vontade de desistir de tudo, o certo é que, quando olho o mundo à minha volta, sinto-me uma privilegiada perante tantas catástrofes que por este planeta grassam, e depois de retemperar as forças volto cheia de vontade de continuar a sonhar e ir em frente. Até ao infinito...

sexta-feira, 9 de junho de 2006

Preguiça mental

Acabei de ler, no jornal Diário de Notícias de hoje, um artigo intitulado «Sistema de ensino português não põe os alunos a pensar» e dei comigo a conversar com os meus botões: seja ou não culpa do sistema (um bode expiatório à medida das incapacidades de muitos dos agentes que integram a dita comunidade escolar e da indiferença da maioria dos agregados familiares), o certo é que, salvo raras e honrosas excepções, existe uma imensa preguiça mental latente na nossa sociedade que, à semelhança de um qualquer vírus, tem vindo a alastrar atacando sem dó nem piedade os neurónios dos portugueses, impedindo-os de raciocinar e transformando a população numa massa amorfa e apática.
Os sintomas só não os vêem quem é cego, uma doença que também tem vindo a alastrar de modo voluntário em Portugal, impedindo que se encontre a cura para o problema da preguiceira mental aguda que grassa por este país fora.
Por isso não é de estranhar que, vivendo numa sociedade que se comporta de forma acéfala, cada um olhe para o seu vizinho de forma anódina e tenha uma visão egoísta do mundo. Claro que as consequências não se fazem esperar: da futilidade das atitudes nasce a anestesia dos princípios e aparecem as apontadas «falhas no raciocínio lógico e na capacidade de resolução de problemas»…

quinta-feira, 8 de junho de 2006

Leituras de Verão

«O Último Segredo do Templo é um thriller contemporâneo, de fundo épico, duro, por vezes brutal, que conduz o leitor a uma espiral de acção de intensidade crescente. Choca e vicia em igual medida. Paul Sussman conhece o Egipto do passado e do presente e tem um dom especial para criar heróis que nos prendem à acção e vilões que são a verdadeira personificação do mal. Neste livro o autor recupera o protagonista de Exército Perdido (publicado pela Ulisseia na mesma colecção). O mistério que encerra leva-nos à actualidade do jogo de poderes no Médio Oriente e a um antigo tesouro religioso que parece estar relacionado com o destino de simpatizantes nazis.»
Vale a pena lerem...

quarta-feira, 7 de junho de 2006

Jardins de Lisboa

Não é o jardim do éden, longe disso... bastante longe até. Mas é um local muito agradável, sobretudo nestes dias de calor, devido às suas sombras apetecíveis.
Jardim Constantino (entre a Av.ª Almirante Reis e o Largo de D. Estefânia).

terça-feira, 6 de junho de 2006

Prisioneiros do nada




«Somos todos prisioneiros, mas alguns de nós estão em celas com janelas, e outros sem» (Khalil Gibran)

E que no beiral estejam pássaros para em suas asas levarem os meus sonhos vagabundos sedentos de liberdade...

Fotografia: Manuel Barão

segunda-feira, 5 de junho de 2006

Gatos

Confesso que gosto mais de cães. Mas há gatos que me fascinam… como este casal de persas, a Matilde (cor de mel) e o Kiko (cinza), duas autênticas bolinhas de pêlo, que pertencem a uma colega de trabalho. Digam lá que não são fofinhos?

Fotografia: Jaime Henriques.

domingo, 4 de junho de 2006

Luz difusa

Era aqui neste lugar que me apetecia estar. Mas já falta pouco para tirar umas mini-férias, e rumar a caminho do Algarve, na próxima semana.
Até lá vou tentar iniciar um novo blog por estas paragens, para retomar o diálogo com os amigos que fiz através d'O
SABOR DAS PALAVRAS e de quem sinto saudades.
Enquanto esta casa não anima, podem visitar-me num deste locais:
LETRAS & FOTOS /// LADO ESQUERDO ou FOTOS & LETRAS. Até breve.
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