quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Afinal eram cópias, senhor!




«A promessa [da empresa em ceder 33% dos lucros do empreendimento ao Presidente da Câmara da Amadora] consta de um documento anexo ao processo judicial.» lê-se no artigo.


Mas, mais à frente, explica o jornalista que «o facto de os documentos encontrados serem apenas cópias e de neles não constar a assinatura de Joaquim Raposo levou a que os dois procuradores do DCIAP que arquivaram o caso decidissem pela não existência de provas para acusar o autarca...».

Afinal, ao contrário do que o mesmo jornal noticiava no dia anterior, o arquivamento não se deveu a ausência de confissão. Tratou-se sim, de inconsistência das provas... E se aquelas eram as únicas (cópias e não assinadas) bem fez o MP.


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Eu corrupto me confesso?




E esta hem? (com as devidas distâncias que o tipo de jornalismo do CM me suscita), não posso deixar de comentar o seguinte:
Assim, de facto, será mesmo impossível combater a corrupção... é mais do que óbvio que nenhum dos implicados se irá assumir como corrupto... se a confissão é que determina a culpa (?) serão sempre todos inocentes.
Sinceramente, que raio de (in)justiça a esta?



terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Novo porto da Trafaria: o pior do novo-riquismo.



Por Daniel Oliveira

«Álvaro Santos Pereira anunciou que o porto de contentores de Lisboa será transferido para a Trafaria. Esta transferência implica uma intervenção na margem sul do Tejo com um brutal impacto ambiental (podemos mesmo falar de um crime ambiental de enormes proporções) e urbanístico, que poderá mesmo ter repercussões nas praias da Costa da Caparica, um importantíssimo ativo para o turismo na região metropolitana de Lisboa. Não por acaso, parece existir um absoluto consenso no concelho de Almada contra este projeto. E não deixa de ser curioso que o governo que avança com este projeto megalómano seja o mesmo que pôs em banho maria a requalificação planeada para a Costa da Caparica, um dos mais desaproveitados potenciais turísticos do País.
Este projeto obrigará à construção de uma linha ferroviária para dar àquele porto o papel de entrada e saída da Europa, para o qual Sines tem muito melhores condições. O novo porto terá sempre limitações em comparação com o de Sines. O Canal do Panamá terá, em 2014, um calado de 18,3 metros, passando a ser navegável pelos post-Panamax. Uma navegabilidade impossível de conseguir na barra sul do Tejo sem um investimento exorbitante, tendo em conta as características do subsolo. Problema que não existe nem existirá para Sines.
Porto de Lisboa, mais do que o de Sines (adequado para o transshipment), tem um papel fundamental nas exportações e importações. E a origem e destino nacionais das mercadorias (incluindo nos destinos as regiões autónomas) está concentrada a norte do Tejo. Ou seja, a passagem do porto para a margem Sul aumentará os custos de transporte para toda a região que vai de Lisboa a Leiria, aquela para a qual a sua atividade tem maior importância. Sem esquecer que os parques de segunda linha de apoio ao porto de Lisboa estão na Bobadela.
Tendo em conta a situação económica do País, é um mistério porque raio se vão gastar mil milhões de euros naquilo que muito provavelmente se transformará em mais um elefante branco. A prioridade deveria continuar a ser dar ao porto de Sines todas as capacidades para se tornar num porto competitivo no plano europeu e modernizar o porto de Lisboa para cumprir as suas atuais funções.
António Costa aplaudiu esta decisão. A lógica, tal a como a do ministro da Economia, é a de libertar toda a zona ribeirinha da cidade e assim potenciar o turismo. Permitem-me que discorde. Continuando a reabilitar a cidade e a apoiar as infraestruturas de apoio ao turismo, assim como reabilitando as imensas zonas ribeirinhas já libertas pela atividade portuária, Lisboa já tem tudo para ser um dos principais destinos turísticos da Europa. Mas nenhuma capital pode e ou deve ser apenas um cartão postal. Deve diversificar as suas atividades económicas. Deve ter cultura, turismo, serviços, comércio, ndústria não poluente e, como qualquer grande cidade costeira, deve ter atividade portuária. Uma cidade não é um museu. Tem de gerar riqueza para além da que o turismo garante. Não pode pôr todos os ovos no mesmo cesto. A atividade portuária de Lisboa e as que dela dependem empregam cerca de 140 mil pessoas e representam 5% do PIB regional. Uma capital não se pode dar ao luxo de desprezar isto.
A substituição da atividade portuária atual por um novo terminal de cruzeiros faz pouco sentido. Os cruzeiros, apesar de potenciarem o turismo, trazem menos dinheiro em pagamentos de Taxa de Uso Portuário (TUP) do que qualquer outro utilizador e ainda menos dinheiro fazem entrar na cidade: são os turistas que, por já terem toda a oferta hoteleira garantida, menos dinheiro gastam nos seus destinos turísticos. Uns cafés, mas lembranças e pouco mais. Perder um porto para ganhar cruzeiros é um péssimo negócio.
Pelo contrário, a aposta na requalificação da Costa da Caparica e da zona ribeirinha sul do Tejo é fundamental para a diversificação da oferta turística na região. Não se pode pensar o turismo em Lisboa com cada um a olhar para a sua capelinha - e, já agora, não se pode continuar a massacrar as populações da margem sul com sucessivos atentados ao ambiente. O turismo é regional e Lisboa tem, desse ponto de vista, tudo para oferecer: lazer, cultura, património, zonas rurais, um estuário de rio de um valor ambiental inestimável e duas costas de praia extraordinárias. Não se pode destruir parte destas valência para transformar a zona ribeirinha de Lisboa numa enorme esplanada (a monofuncionalidade é a pior opção para qualquer intervenção urbanística). A ideia de transformar Lisboa num cartão postal sem outras atividades económicas e a margem sul numa zona ambientalmente desqualificada é irracional e promove o desequilíbrio na região metropolitana. Um desequilíbrio pelo qual todos, lisboetas e almadenses, pagaremos.
Percebo que muitos lisboetas tenham pouca simpatia estética por contentores. Mas uma cidade não é apenas as suas vistas (e, para quem não se lembre, a Trafaria é o que se vê da zona ocidental de Lisboa) nem acaba nos seus limites administrativos. É um centro de uma região económica. Os contentores estão longe de perturbar a extraordinária beleza da cidade, cumprem uma função que dificilmente será garantida pela Trafaria (que nunca poderá competir com Sines). Este projeto é digno do pior novo-riquismo que durante décadas ajudou a enterrar este país. Felizmente, a inconsequência é uma das características do ministro da Economia. Esperemos que assim continue.»

no Expresso online, 25-02-2013.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Vencer o Medo!



«Os velhos consensos e submissões que nos trouxeram até aqui têm de ser atirados para o caixote do lixo. Há que encontrar compromissos novos, convergências geradoras de esperança, de confiança, de futuro.^



«Necessitamos de pequenas sérias reformas, que no contexto atual podem significar importantes ruturas. Precisamos de grandes ruturas que começam exatamente na recusa dos becos sem saída, na quebra dos muros!
O que não dá saída é continuarmos totalmente prisioneiros das premências e inevitabilidades do Memorando. Devíamos estar ocupados na análise do que nas últimas décadas fez e não fez o nosso capitalismo, sobre o que devia ter feito e sobre o que lhe devemos exigir com justiça, numa perspetiva reformista, enquanto procuramos alternativas a este sistema injusto.
Se a realidade é a pobreza e a opressão, há que romper o fatalismo e a inevitabilidade, buscando respostas emancipatórias, com criatividade e irreverência, introduzindo intensidade e dimensões à democracia. As alternativas hão de ser construídas com ideias novas, com pessoas inconformadas participando e exercendo cidadania, com jovens irreverentes, determinados e preparados e com a força organizada do movimento sindical e de movimentos sociais diversos, que não se submetam e que lutem pela transformação da sociedade, com forças políticas ativas que recusem a “inevitabilidade” e o empobrecimento como solução.
[…] Não é admissível que se assista ao sofrimento dos trabalhadores e do povo pensando e agindo com tacticismos políticos. Há que definir objetivos, prioridades e formas de intervenção, e trabalhar convergências. Estamos numa situação de exceção, de grande exigência de ação cívica e política, de posturas humildes mas determinadas, de mobilização solidária, democrática e progressista para a construção de denominadores comuns, que sustentem caminhos alternativos de justiça e de salvaguarda da democracia.»


«É preciso dizer não às inevitabilidades a partir de um princípio bem experimentado: a política é a gestão de alternativas, é um exercício permanente de descoberta de novos rumos de resposta aos problemas que surgem a cada dia.»

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Luxo em Lisboa, lixo na Trafaria? Não, obrigada!



«O texto da Resolução que o Povo da Trafaria, de Almada e das suas Freguesias no conjunto aprovaram hoje por unanimidade e aclamação:

RESOLUÇÃO
NÃO AO MEGA TERMINAL DE CONTENTORES NA TRAFARIA

Tendo tido conhecimento da intenção do Governo em criar na Trafaria um mega terminal de contentores, que ocupará entre 200 a 300 hectares de plano de água e de terra, autarcas do concelho de Almada, população da Trafaria e agentes de desenvolvimento local, reunidos no dia 23 de fevereiro de 2013, na Trafaria, resolvem:
- Repudiar de forma veemente qualquer intenção de construção de um terminal de contentores na vila da Trafaria.
- Chamar a atenção que, a concretizar-se a construção deste terminal, está em causa um autêntico crime ambiental de “lesa pátria”, já que vai incidir numa zona de grande riqueza ambiental e paisagística, além de implicar a criação de uma ferrovia que atravessará vales de grande sensibilidade natural. Tudo isto em áreas inseridas em Reserva Ecológica Nacional.
- Salientar que os diferentes instrumentos de gestão do território, como o Plano Diretor Municipal e o Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa, não contemplam este projeto apresentado pelo Governo.
- Reafirmar que a estratégia de desenvolvimento definida para o concelho passa pela aposta no turismo, em especial no eixo Trafaria - Costa da Caparica, pela Investigação & Desenvolvimento e indústrias de base tecnológica no eixo Trafaria – Almada Nascente, pelo desenvolvimento do sector das pescas, das indústrias criativas, das micro e pequenas empresas, entre outros sectores de atividades não poluentes e com baixo impacto ambiental.
- Recordar que esta estratégia de desenvolvimento é fruto da visão e consensos estabelecidos entre autarcas, agentes económicos e populações, ao longo de vários anos. Isto é, a concretizar-se este objectivo do Governo, significa fazer “tábua rasa” de todas as decisões do Poder Local e da vontade expressa pelas populações. 
- Lembrar que em Almada, nas últimas décadas, foram destruídos mais de 50 mil postos de trabalho, em virtude das sucessivas políticas dos diversos Governos, prejudicando gravemente o tecido económico local e a vida das populações.
- Exigir ao Governo que, numa altura em que é tão importante a criação de emprego, avance com os dois projetos estratégicos para o concelho de Almada – um na Costa da Caparica e o outro no Arco Ribeirinho Sul – que se encontram atualmente em “banho-maria” e que são geradores de dezenas de milhar de novos postos de trabalho, e que devolva à Marinha Portuguesa o Arsenal do Alfeite.
- Apoiar o Município de Almada no recurso a todas as instâncias judiciais nacionais e, se necessário, ao Tribunal Europeu, com o objetivo de impedir a concretização deste gravíssimo atentado contra o concelho de Almada e, em particular, contra a freguesia da Trafaria.

Concelho de Almada/Trafaria, 23 de fevereiro de 2013»


Fonte: João Geraldes, através do Facebook (notícia e fotografia divulgadas no grupo “Democracia Local”)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Café e pastel de nata



1.
um café de distância
de saudade doce.
eu bebi. bebeste-me.
e enquanto bebia
bebi-a.
agora acabou.
o café?... 

2.
vai-vem de espuma
creme do índico
travo de águas
e canela.
vem vem na espuma
de sabor profundo
ondas do café
na maresia


Autor do poema: João S. Martins
Fotografia: além do café, temos o pastel de nata com pepitas de chocolate, uma especialidade do Chá de Histórias, na Rua Cândido dos Reis, em Cacilhas.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Serão mesmo "boas" as Contas da Câmara de Almada?


As "boas contas" da Câmara Municipal de Almada têm sempre um certo "sabor" amargo... alguém sabe explicar se esta maravilhosa execução orçamental tem em conta o pagamento da indemnização que a CMA foi condenada em Tribunal a pagar à Duriforte, no valor de quase uma dezena de milhão de euros? Isto em 2012, porque em anos anteriores houve muitos mais milhões de indemnizações... tudo por incúria e/ou incompetência dos serviços municipais, senão mesmo intenção deliberada em não cumprir a lei. E, no final, quem acaba pagando são sempre os mesmos: os munícipes!


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Obras da Academia avançam mas as dúvidas marcam passo!





Ao ler este artigo no Boletim Municipal deste mês, não posso deixar de fazer estas duas perguntas:
Terão já sido esclarecidas todas as dúvidas acerca do "desvio" dos 300.000€ que a Câmara de Almada tinha atribuído à Academia Almadense em 2005 para início do projeto que só agora, em 2013, acaba por ir em frente?

Estará já concluído o processo que, sobre este caso, ainda na semana passada estava classificado como "pendente" e que se encontra a decorrer no Departamento Central de Investigação e Ação Penal, o departamento do Ministério Público onde se investiga a corrupção?

Podem ler mais notícias (e documentos) sobre este caso AQUI.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Os coniventes!


Na quinta-feira passada acabei por ter a confirmação oficial. Foi por telefone (via serviços do município), mas conto vir a tê-la por escrito. Não há qualquer deliberação sobre a Assembleia Distrital de Lisboa assumida pelos órgãos, executivo e deliberativo, do município de Lisboa.
Ou seja, conforma-se aquilo que todos suspeitávamos:
António Costa, ao assumir a posição de a autarquia de Lisboa não participar mais nas reuniões da Assembleia Distrital e de deixar de comparticipar financeiramente nos encargos a que a Câmara está, legalmente obrigada, cometeu crime de violação de lei (artigo 14.º do DL 5/91, de 8 de janeiro), achincalhou os direitos dos trabalhadores consagrados na Constituição da República Portuguesa (ao não avaliar as consequências sociais da sua atitude) e desrespeitou não só o órgão autárquico a que preside (pois agiu em nome da autarquia sem que o assunto tivesse sequer sido discutido em reunião do colégio executivo) mas, também, a Assembleia Municipal pois não deu cumprimento à deliberação que aprovou o Orçamento de 2012 e no qual estava consignada, especificamente, uma verba para pagamento da comparticipação anual à Assembleia Distrital de Lisboa.


Agora compreende-se que não possam satisfazer o pedido de acesso às atas que solicitámos pois, afinal, não existem deliberações sobre o assunto.
Mas como classificar este tipo de comportamento?
E estranho é, sobretudo, o silêncio conivente que, até à data, têm tido todos (todos mesmo) os vereadores: já enviámos e-mails e cartas por correio normal a todos os membros do executivo, assim como à Presidente da Assembleia Municipal (solicitando que informasse os grupos municipais), todavia nem uma única palavra foi por nós recebida.
O que se passa com esta gente?
Que tipo de autarcas são estes que ficam indiferentes ao problema exposto, sabendo que quem está a sofrer as consequências são os trabalhadores, os únicos que não têm culpa nenhuma da irresponsabilidade dos políticos?





Até quando se vai manter esta situação? Porque se calam? Que estranha força mantém estes autarcas presos de um silêncio injustificável?

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Vencer a crise com o Estado Social


«Amigas/os,

O auditório do Liceu Camões encheu na passada 4.ª feira para a apresentação da Conferência "Vencer a Crise com o Estado Social e com a Democracia", que se realizará a 11 de Maio, organizada pelo Congresso Democrático das Alternativas. Durante a sessão foi divulgada a convocatória da Conferência com os seus primeiros 180 apoiantes, que testemunham o caráter plural e representativo da diversidade social, política e de saberes que se pretende para esta iniciativa.
A sessão pública foi um primeiro sinal positivo da necessária mobilização dos cidadãos para a reflexão que pretendemos fazer sobre o Estado Social.
O modelo de preparação da Conferência em 11 de Maio será inclusivo e participado. Vamos organizar iniciativas públicas descentralizadas de debate preparatório, constituir espaços de debate e de contribuição online e, oportunamente, abrir o processo de inscrição online para todos os que desejarem participar na Conferência.
A subscrição individual de apoio à convocatória da Conferência já se encontra disponível (texto da convocatória: http://www.congressoalternativas.org/2013/02/convocatoriavencercrise.html; onde fazer a subscrição: http://www.congressoalternativas.org/p/formulario.html).
Como refere a convocatória, importa que os portugueses meçam bem o alcance da mudança pretendida por este Governo com o desmantelamento do Estado Social: “O que o Governo quer sacrificar e destruir em nome das cedências à troika, aos credores e aos mercados financeiros, é a mais profunda das transformações da sociedade portuguesa das últimas décadas, o melhor que a democracia construiu: um Estado Social redistributivo e orientado para o combate à pobreza e para a redução das desigualdades. (…) O Estado Social e Democrático não é um peso ou uma “gordura” mas um músculo imprescindível da coesão social, do desenvolvimento e da nossa democracia. (…) O futuro de Portugal como país desenvolvido só é verdadeiramente sustentável com um Estado Social mais robusto e mais qualificado, com a valorização do trabalho e o combate ao desemprego.”
A subscrição individual do texto da convocatória é o primeiro ato de participação de cada um de nós na Conferência e a afirmação da vontade de construir uma alternativa para a superação da crise assente no Estado Social e na Democracia. Apelamos à subscrição da convocatória, à colaboração no apelo à sua subscrição e à divulgação da Conferência.
Saudações cordiais,
A Comissão Organizadora do Congresso Democrático das Alternativas»

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

BE em guerra: UDP marca congresso.

Este é o título de uma notícia do semanário Sol (cuja versão integral pode consultar AQUI). Sobre o assunto apenas direi: fui militante da UDP desde os meus vinte anos até à criação do Bloco de Esquerda do qual fui aderente até 2011. Saí por considerar que a influência da UDP estava a estrangular o BE, em particular no distrito de Setúbal, com destaque para Almada com cuja estrutura já me incompatibilizara, levando-me à renúncia dos mandatos autárquicos para que fora eleita em 2009 na Assembleia Municipal e na Assembleia de Freguesia de Cacilhas.
Mas, sinceramente, não entendo esta posição dos subscritores desta nova corrente unificada. E é lógico que a posição da UDP seja de recusa. Fui sempre bastante crítica acerca do "domínio aparelhistíco" da UDP no BE, mas querer eliminar as correntes é retirar a identidade ao BE que sedimenta a sua identidade na pluralidade ideológica dos seus aderentes. O problema do funcionamento interno do BE não se resolve tentando uma falsa unificação. 

domingo, 10 de fevereiro de 2013

O preferido!

Fonte: Expresso.

Pode ser o "preferido" por muitos. Meu não é com toda a certeza.
Porque um autarca que, por mera opção política individual (que mascara com fundamentos financeiros), comete crime de violação de lei, embora consciente das consequências sociais que sabe irem recair apenas sobre os trabalhadores (gerando instabilidade, impedindo a satisfação de condições mínimas para o exercício de funções e colocando em risco o pagamento atempado dos salários), e desrespeita os órgãos autárquicos do município, porque assume em nome do coletivo a que preside (executivo) aquilo que é apenas uma decisão pessoal e, por outro lado, não cumpre uma deliberação validamente assumida na Assembleia Municipal, não merece a minha confiança como político.
Para saber de que acuso António Costa, clique AQUI.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Câmara de Almada: excertos de mais uma sentença condenatória!








Provados os vários vícios alegados pelo queixoso (candidato preterido). Depois da análise das provas apresentadas e da ponderação dos argumentos de ambas as partes, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada ordenou a anulação do concurso realizado (sentença de março de 2012), que fora destinado à colocação específica de determinadas pessoas. Isto é, tratou-se de um “concurso à medida”…
Segundo nos informaram, a CMA não contestou a decisão do TAF de Almada (o que é algo inédito) mas, no entanto, limitou-se a "refazer" parte do procedimento concursal (salvo erro, a repetir a entrevista) e acabou por selecionar os mesmos candidatos.
Isto é: “fintaram” a decisão do Tribunal e deixaram tudo na mesma.

Mais informações sobre este caso AQUI.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Devem pensar que somos estúpidos!


Na terça-feira passada a Comissão de Trabalhadores das Assembleias Distritais recebeu da Câmara Municipal de Lisboa a carta que acima se apresenta, em resposta ao requerimento enviado em dezembro passado ao Presidente da autarquia (terceira imagem desta notícia).
Julgávamos nós que seriam os esclarecimentos necessários às perguntas que fizéramos. Todavia, em anexo vinha apenas uma cópia da carta que António Costa endereçara ao Presidente da ADL em dezembro de 2011: 



Esta missiva mereceu como resposta da parte da presidência da ADL o texto que a seguir se transcreve:

«Acusamos a recepção da missiva de V.ª Ex.ª, datada de 30-12-2011, a qual mereceu a nossa melhor atenção. Todavia, não podemos concordar com o conteúdo da mesma, nos termos dos argumentos infra.
Em primeiro lugar, porque a Assembleia Distrital de Lisboa não existe por decisão dos municípios do Distrito de Lisboa, mas sim por decisão constitucional, nomeadamente nos termos do disposto no art.º 291.º da Constituição da República Portuguesa.
Mais salientamos que, a disciplina jurídica das Assembleias Distritais foi estabelecida legalmente tendo sido contemplada desde a Revolução de 25 de Abril de 1974, pelos seguintes diplomas:
Lei n.º 79/77, de 25 de outubro (Lei das Autarquias Locais);
Decreto-Lei n.º 288/85, de 23 de julho (que comete às Assembleias Distritais a fixação dos quadros de pessoal dos serviços distritais), alterado por ratificação pela Lei n.º 14/86, de 30 de maio;
Decreto-Lei n.º 5/91, de 8 de janeiro.
Consequentemente, a participação de qualquer município do distrito de Lisboa não configura uma questão opcional mas sim uma questão legal.
Em segundo lugar, os valores pagos pelos Municípios foram aprovados em sede da reunião da Assembleia Distrital de Lisboa, órgão em que têm assento todos os Municípios do Distrito de Lisboa, e são destinados, conforme é do conhecimento de V.ª Ex.ª, ao suporte das diversas rubricas orçamentais, nomeadamente a fazer face aos gastos inerentes aos serviços prestados e aos encargos com o pessoal que lhes está afecto.
Face ao exposto, não resta qualquer dúvida que V.ª Ex.ª, na carta que nos remeteu, pugna pela violação do principio da legalidade, conforme previsto no artigo 3.º do Código do Procedimento Administrativo, e assim sendo não podemos deixar de sublinhar que, caso o órgão a que V.ª Exa. preside persistir no comportamento expresso na missiva por si subscrita, não deixaremos de proceder judicialmente, sublinhando as responsabilidade funcional e pessoal que daí pode advir, nos termos do disposto nos artigos 96.º e 97.º da Lei n.º 168/99, de 18 de setembro1, com as alterações e republicação efetuada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro.»





Uma resposta muito esclarecedora, como podem constatar.
É que nem um único esclarecimento foi prestado.
Pedíamos acesso à deliberação do executivo que sustentou aquela posição da autarquia mas ela não foi apresenta.
Pedíamos acesso à fundamentação jurídica de suporte mas ela não foi apresentada. Pedíamos acesso às atas dos órgãos executivo e deliberativo onde o assunto tivesse sido abordado mas elas não foram apresentadas.
Limitaram-se a remeter uma carta da qual já todos sabíamos o conteúdo pois ela está transcrita no documento de apresentação das Contas 2011 e que se encontra online há meses.
Devem pensar que somos estúpidos...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Não é esta a cidade que queremos!


CONFERÊNCIA DE IMPRENSA DO BLOCO DE ESQUERDA DE ALMADA
Hoje, Quarta-feira, dia 6 de Fevereiro, 16 horas

Em Cacilhas, Almada, junto à Fragata D. Fernando II e Glória, no Largo Alfredo Diniz

BLOCO MOSTRA NO TERRENO O IMPACTO VISUAL E URBANÍSTICO EM CACILHAS DO NOVO PLANO DE PORMENOR

«O Bloco de Esquerda - Almada, realiza hoje, Quarta-Feira, uma conferência de imprensa para apresentar a sua posição relativamente ao Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana e Funcional de Cacilhas, que se encontra em fase final de consulta pública, e mostrar no terreno o impacto visual e urbanístico deste plano.
Nesta conferência os representantes do Bloco irão mostrar imagens das construções previstas para o local, onde é evidente o impacto na paisagem e os obstáculos que serão criados no contacto entre a cidade e o rio Tejo.
Face à importância deste assunto, o Bloco de Esquerda considera indispensável que haja um verdadeiro debate público sobre este projeto que terá consequências enormes para a vida de Cacilhas, dos habitantes de Almada e de todos os que visitam a cidade.
Há vários aspetos deste projeto que suscitam uma grande preocupação, ao Bloco de Esquerda, entre eles a construção de uma torre de altura superior ao pórtico da Lisnave, que o executivo de Almada apresenta como o "novo ícone" e imagem de marca da cidade, mas que não passará de um novo obstáculo a separar o rio da cidade.
Deste modo, o Bloco acompanha a oposição da população local à construção desta torre e outros elementos constantes deste plano.
O Bloco salienta que a atual crise veio apenas tornar mais evidente a fragilidade do tecido económico do concelho e da Cidade, sem que se entenda de que forma se pretende executar financeiramente o plano que se encontra em fase final de discussão, particularmente a insistência em desenvolver espaços de concentração urbanística com fins comerciais, de habitação e de hotelaria (mais promoção imobiliária) não adequados a numa localização privilegiada e com características muito próprias como a histórica zona de Cacilhas.
Os quase 15 anos que este processo já leva não significaram uma verdadeira participação da população na construção do projeto.
Apesar de a Câmara apresentar os seus "fóruns de participação" como garantia da democracia e transparência do processo, a própria Presidente da Câmara admitiu que estes se limitam a "sessões de esclarecimento" onde o contraditório não tem lugar.
Convidam-se todos os órgãos de comunicação social a estar presentes nesta conferência de imprensa.»

Segredos da Natureza



«Caros (as) Amigos (as),

Na próxima quinta, as tertúlias da SCALA regressam ao 1.º andar do café "Dragão Vermelho", em Almada. 

O nosso convidado é o prof. Manuel Lima, que nos vem apresentar o seu último livro, através da projecção de imagens, acompanhadas dos seus comentários, sempre vivos e eloquentes.

Já sabem, se quiserem jantar, apareçam antes das 20 horas. Se só quiserem assistir à Tertúlia, apareçam um pouco antes das 21 horas, hora em que começará a projecção.

Nota: já está colocada uma notícia no nosso blogue:


Assim como as fotografias de alguns amigos:



Saudações Scalanas»

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Os "pequenos nadas" que fazem toda a diferença!


Se “a vida é feita de pequenos nadas”, como canta Sérgio Godinho, e eu acredito que sim, também o caráter de uma pessoa se pode avaliar por determinados atos que, embora parecendo insignificantes, acabam por mostrar a sua “face oculta”.
Alguém que:
Desrespeitando a principal obrigação a que está vinculado no exercício das suas funções públicas (agir de forma transparente e cumprir a lei), assume por escrito, de forma consciente e deliberada, que irá cometer crime de violação de lei sendo-lhe indiferente as graves consequências que essa atitude irá fazer recair sobre trabalhadores indefesos;
Apesar de não ter competência própria nem delegada para o efeito, se substitui ao órgão colegial executivo que lidera e assume uma atitude individual, apenas por mera opção política pessoal;
Ostensivamente, por ausência de resposta, nega o acesso a informação pública como se tivesse, de facto, algo a esconder…
Merece a nossa confiança como político?
Na minha opinião NÃO. Não merece!
Refiro-me a António Costa, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que parece representar o novo mito português: o homem certo que vem aí para liderar o PS e o país. Mal vai Portugal e a nossa Democracia com políticos que agem desta forma irrefletida…

========

O caso a que me refiro prende-se com a recusa da Câmara Municipal de Lisboa em pagar à Assembleia Distrital de Lisboa as obrigações a que está obrigada nos termos do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 5/91, de 8 de janeiro, e que se destinam a suportar os custos de funcionamento dos Serviços e encargos com o pessoal. Uma decisão individual de António Costa, ao que tudo indica à revelia do órgão executivo e, por isso mesmo, a recusa em fornecer a informação solicitada.



E para terminar:
O mito do sebastianismo voltou... Mas, agora, chama-se costismo... Deve ser efeitos do nevoeiro que tem grassado no PS e por Portugal adentro... Mas este que alguns querem seja o novo salvador do PS e de Portugal prefere jogar ao empata... Aguarda melhor oportunidade dizem... ?! 
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