Enviaram-me, agora mesmo, uma cópia do pré-aviso de greve do STAL para o próximo dia 11 de abril (quinta-feira).
E qual não é o meu espanto por entre as entidades cujos trabalhadores são convocados encontrar as Assembleias Distritais.
Pois é, trata-se de um lapso que podendo ser insignificante no presente, mostra bem aquela que foi, quase sempre, a postura do STAL em relação a estes órgãos da administração autárquica: total desconhecimento. E isso, no passado, foi muito preocupante até porque houve momentos chave em que a distração e esquecimento do STAL fez com que os problemas não se resolvessem atempadamente (falo com conhecimento de causa*).
É que, desde 2014, estas entidades deixaram de poder ter trabalhadores e desde 2015 todo o pessoal foi integrado noutros serviços. Que sentido faz manter-se aquela convocatória?
"Mas como terá sido possível uma coisa destas? O Governo errou, é certo. Não devida. Mas o STAL teve hipóteses de estudar o projecto antecipadamente, emitiu parecer sobre o mesmo, e marcou presença na reunião governamental convocada para o efeito. Contudo, apesar de muitos trabalhadores das assembleias distritais serem sócios deste sindicato (em Lisboa éramos 100% sindicalizados, mas depois desta vergonha que a todos nos chocou cerca de 75% desistiram de sócios... para nos defenderem assim desta forma irresponsável, para que serve estar a pagar quotas?), os notáveis senhores que analisaram o diploma em causa esqueceram-se da sua existência. Esqueceram-se, vejam bem!
Francamente... não há pachorra para aturar uma coisa destas... E, agora, acabam por ser os trabalhadores que, sozinhos, estão a tentar que o governo altere a situação. Por isso pergunto: qual é, afinal, o papel dos sindicatos?"