A minha intervenção ontem no X
Congresso do SINTAP, a decorrer neste fim de semana (e no qual estou a
participar como delegada).
«Boa tarde a todos e todas.
E podem crer que vou ser breve
pois sou novata nestas andanças [fui convidada em setembro passado para
integrar o secretariado da Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo] e não vos
quero aborrecer.
O lema deste nosso congresso é
"uma administração para todos" (está corretíssimo).
Mas para o conseguir ser, de
facto, há que não esquecer um setor da administração local sistematicamente
ostracizado em todos os cadernos reivindicativos sindicais: refiro-me às
assembleias distritais (entidades que, se calhar, a maioria dos presentes nem
sabe sequer que existem), cujos trabalhadores, embora sejam uma minoria a nível
nacional (menos de meia centena), merecem ser tratados com respeito e têm a
mesma dignidade que assiste a todos os outros funcionários públicos.
E que, neste momento de múltiplos
e graves atropelos aos seus direitos (enquanto funcionários públicos), vivem
dificuldades acrescidas: como sejam SALÁRIOS em ATRASO (em Lisboa e Vila Real)
que já vão, nesta data, em quatro meses consecutivos, perspetivando-se muitos
mais.
Porque algumas autarquias, por
meras razões de estratégia política (pressionar o Governo a extinguir estas
estruturas - as assembleias distritais - que consideram "excrescências
patológicas do passado"), deixaram de pagar as contribuições que lhes
cabem. (é bom esclarecer que as assembleias distritais dependem financeiramente
dos municípios).
Por isso, e porque a
solidariedade não deve ser uma palavra vã e muito menos um fato descartável que
se usa quando dá jeito ou só em determinadas circunstâncias, considero que o
SINTAP, no seu programa de ação, não se pode alhear desta muito triste
realidade, impensável num Estado de Direito Democrático e deve condenar,
expressa e publicamente, este tipo de ocorrências.
Muito obrigada.»
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