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A propósito deste artigo «Tens vergonha, camarada?», do blogue "Aspirina B", não posso deixar de “contraperguntar” aos apoiantes do “indefectível”
António Costa:
CONCORDAM COM A EXISTÊNCIA DE SALÁRIOS
EM ATRASO HÁ MAIS DE SETE MESES CONSECUTIVOS?
Antes de continuar devo, contudo,
fazer um esclarecimento prévio: não sou (tal como nunca fui nem pretendo vir a
ser) militante do Partido Socialista, nem sequer sua simpatizante. O que me
move na denúncia do comportamento ilícito, inconstitucional e antidemocrático
de António Costa para com a Assembleia Distrital de Lisboa são, em exclusivo, questões
laborais que vêm de muito antes da atual crise no PS e a ela são completamente alheias.
Nas legislativas não votarei PS, logo não apoio nenhum dos dois atuais
candidatos a líder deste partido.
Mas retomemos a questão dos salários
em atraso há mais de sete meses consecutivos.
Saberão os apoiantes de António
Costa que este é um problema recorrente na Assembleia Distrital de Lisboa desde
agosto de 2013, altura em que a entidade entrou em falência devido à recusa de
António Costa em autorizar que a Câmara Municipal de Lisboa cumpra aquela que é
uma obrigação legal decorrente do disposto no artigo 14.º do Decreto-Lei n.º
5/91, de 8 de janeiro?
Saberão os apoiantes de António
Costa, que embora este tenha comunicado à ADL que aquela era uma posição do
Município, trata-se de uma decisão pessoal assumida por mero capricho político
e à revelia dos respetivos órgãos autárquicos?
Saberão os apoiantes de António
Costa que como consequência desse comportamento ilegal e revanchista sobre os
trabalhadores da Assembleia Distrital de Lisboa, há quem esteja sem receber
salários há mais de sete meses consecutivos?
Saberão os apoiantes de António Costa
o que é estar, injustamente, há sete meses consecutivos sem receber salário e desconhecer
quando voltará a receber vencimento?
Saibam ou não, insisto na
pergunta:
CONCORDAM COM A EXISTÊNCIA DE SALÁRIOS
EM ATRASO HÁ MAIS DE SETE MESES CONSECUTIVOS?
Acham legítimo que razões de
política, por mais ponderosas que as considerem, se devam sobrepor aos direitos
dos trabalhadores e justifiquem que se atropele a Lei e o Direito?
Se fosse um qualquer outro
político a ter um comportamento antiético desta natureza, apoiá-lo-iam da mesma
forma incondicional como fazem com António Costa?
Se, de facto, nada disto o
incomoda e considera que a Justiça não é para todos mas apenas para os seus amigos
e que há camaradas que são inatingíveis e estão acima da lei, então estará no
lado certo da barricada: a do grupo daqueles militantes seguidistas que
apoiam o líder à espera das benesses que hão de vir no dia em que chegar ao poder
(entenda-se, ao Governo).
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