segunda-feira, 30 de junho de 2014

DÚVIDAS sobre o financiamento de uma certa campanha partidária.


DÚVIDAS sobre o financiamento de uma certa campanha partidária.
Ou, melhor dizendo, DÚVIDAS de alguém que tem salários em atraso, incluindo o subsídio de férias, há mais de sete meses por culpa de um candidato que se pavoneia pelo país numa campanha partidária financiada de forma pouco clara.

São apenas umas quantas perguntas para as quais eu muito gostaria de obter resposta mas que sei vou ficar sem elas.

António Costa é presidente da Câmara de Lisboa e tem o seu ordenado mensal pago pela autarquia. No entanto, mesmo durante a semana, em vez de estar a desempenhar as suas funções autárquicas, para as quais foi eleito e está a ser suportado financeiramente pelo dinheiro dos contribuintes, anda em campanha partidária pelo país. É isto legítimo?

O vereador Fernando Medina, Vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que quase sempre tem acompanhado António Costa nestas ações de campanha partidária (como se pode ver nas imagens difundidas pela comunicação social), tem também o seu ordenado pago pelo município, ou seja, por todos nós contribuintes. Mas, tal como António Costa, utiliza parte do seu tempo em ações partidárias. É isto lícito?

No entretanto, se o presidente e o Vice-presidente da autarquia andam em campanha partidária por fora, a quem é que tem incumbido a gestão municipal?

E nas múltiplas deslocações que ambos fazem pelo país nesta campanha partidária, quem paga os almoços e jantares, a gasolina e os custos com o desgaste dos veículos?

Mas tendo ainda a considerar que nesta campanha partidária não participam apenas estes dois senhores autarcas, mas também outros vereadores e presidentes de junta de freguesia do Partido Socialista (como a comunicação social tem mostrado quando passa as imagens e/ou publica as fotografias da campanha), muito gostaria eu de saber quem é que anda a suportar financeiramente todas estas despesas?


Ao contrário das campanhas eleitorais as suas congéneres partidárias não têm regras de fiscalização constitucional. Mas, atendendo à ténue linha que atravessa a decência do abuso, não seria da mais elementar justiça que António Costa explicasse quem paga o quê nesta campanha partidária?

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