segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Estão a brincar com quem?


Dizem que não há “bruxas” e as “cabalas” são construções ilusórias de quem pretende apenas justificar a sua própria fraqueza.

E recusar que existem “coincidências” fica sempre bem a quem, supostamente, pretende fazer-se passar por muito racional.

Acontece que, nesta situação de falência da Assembleia Distrital de Lisboa (que é, sobretudo, o resultado da atitude ilícita de António Costa, assumida à margem da lei e à revelia dos órgãos autárquicos do município de Lisboa) e, agora, da sua passagem à clandestinidade institucional (resultado da incompetência do Governo, do conformismo da Assembleia da República e da bênção da avaliação parcial do Tribunal Administrativo), somos obrigados a pensar que, afinal, há uma perseguição evidente a esta entidade.

Passo a explicar,

A Assembleia Distrital de Lisboa sempre cumpriu as suas obrigações. Em particular as fiscais. E no que se refere ao IRS retido na fonte (descontados efectuados sobre os salários dos seus trabalhadores), nunca (mas nunca mesmo) deixou de proceder à sua entrega atempada às Finanças.

Ainda assim, durante o ano de 2014 foi notificada várias vezes de que estava a reter o IRS dos trabalhadores e a não proceder à sua entrega ao Estado. A cada notificação foram enviados os comprovativos do pagamento atempado demonstrando, sem margem para dúvidas, que a Autoridade Tributária estava enganada.

Todas as justificações e provas caíram sempre em “saco roto”.

E em fevereiro de 2015, lá vem uma nova acusação. Falsa, como não podia deixar de ser. E, mais uma vez, a enésima (o que começa a cansar, confesso), foram enviados os comprovativos dos pagamentos efetuados a tempo e horas, sem uma única falha.

Mas estranho mesmo é que, com apenas uma exceção (um pagamento que terá “evaporado”, mas cujo comprovativo de pagamento a ADL possui), toda a informação sobre os pagamentos (onde consta a data e até o pormenor da hora em que foram efectuados) que dizem, mais uma vez, não ter sido feitos constam da base de dados do portal das Finanças acessível ao contribuinte em causa (a Assembleia Distrital).

Afinal até lá têm os dados todos. Sabem que as retenções feitas de janeiro a dezembro de 2014 foram entregues e estão nos cofres do Estado há muito tempo. Então por que razão vêm agora ameaçar a Assembleia Distrital de que se a entidade não entregar, de imediato, o imposto retido, irão proceder à sua liquidação?


Estão a brincar com quem?

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