Sinceramente, estou cansada destes (e destas) políticos para
quem a palavra vale apenas o peso das convições que os interesses do momento
convém defender.
E porquê a rudeza de mais este meu desabafo? Porque
considero esta afirmação uma ofensa (mais uma entre tantas outras) aos direitos
dos trabalhadores da Assembleia Distrital de Lisboa (onde há quem não receba
salários há sete meses consecutivos e ninguém ainda recebeu o subsídio de
férias).
É que sendo responsabilidade de António Costa a situação de
falência da ADL, uma atitude assumida por mero capricho político pessoal mas
que tem tido a cumplicidade do PS nos órgãos autárquicos do município, esta
frase vinda de quem vem, parece-me ser uma expressão de grande (enorme)
hipocrisia.
Na prática, salvo raríssimas exceções, a postura do PS e dos seus militantes sobre
esta questão, e refiro-me em particular aos que eu pensava serem
meus "amigos" - porque daqui de Almada e por me conhecerem da
experiência autárquica em mandatos anteriores - tem sido de um conivente apoio
silencioso às "atrocidades" de António Costa em relação à Assembleia
Distrital de Lisboa.
Uns preferem alhear-se do problema, fingindo que ele não
existe. A outros falta-lhes a coragem para se pronunciarem, com frontalidade. A
muitos a solidariedade partidária move-se em função de interesses que urge
proteger e, por isso, acham mais fácil colocar em dúvida a veracidade das
minhas palavras e protegem-se afirmando que "há outras versões" -
que, todavia, nunca apresentam.
Enfim, "mesquinhices" que cada vez mais me fazem
desacreditar nos políticos.
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