Intervenção da munícipe Inês Abreu na Assembleia Municipal de Almada de sexta-feira passada:
«Sr.
Presidente, Srs. Deputados Municipais,
Público,
trabalhadores da Autarquia e Comunicação Social
Muito Boa
Noite a todos!
Há precisamente dois anos atrás, no decorrer da Assembleia
Municipal, foram entregues à Senhora Presidente da Câmara, 4000 mil assinaturas
reunidas numa petição que tinha como principal reclamação, a suspensão da
empresa municipal ECALMA.
Reuniram-se várias centenas de moradores descontentes num
movimento de cidadãos, revoltados com as injustiças praticadas por esta empresa
municipal. Este movimento nasceu, cresceu e a partir do momento em que cumpriu
o seu dever de cidadania, comparecendo na Assembleia, ficou a aguardar que as
autoridades competentes cumprissem a sua função que é a de responder ao
que lhes é questionado!
Nunca esse movimento foi contra uma empresa que gerisse o
estacionamento e a circulação, visto ser este um dos grandes problemas do nosso
município; pedia-se, isso sim, que a existir tal empresa, ela atuasse de forma
rigorosa e não aleatória, com funcionários formados adequadamente, que agissem
sobretudo de forma pedagógica; e não com pessoas sem qualquer tipo de
consciência social, contratadas precariamente que acabam a provocar constantes
situações dúbias, das quais se servem para multar, a “bel-prazer” e critério
próprios.
Durante os meses de actividade deste movimento, os seus
membros procuraram ser sobretudo intermediários entre os cidadãos com queixas
plausíveis e justificadas e a Câmara Municipal, utilizando este período aberto
à população e os meios de comunicação social.
Ao longo de dois anos, aguardou-se que a Câmara Municipal de
Almada tomasse alguma iniciativa de reunir com estas pessoas com tantos
episódios para contar, para valorizar a participação cívica numa altura em que
a abstenção e o desinteresse pela actividade política municipal crescem, na
exata proporção das “não-respostas” por parte da Câmara de Almada.
Poderão dizer-me que a administração da ECALMA possui meios
próprios de avaliação da sua actividade e capacidade de se auto-restruturar.
Mas preferir faze-lo, nas costas da população, com a prata da casa é totalmente
incompreensível e viola um dos princípios básicos da moderna democracia
participativa do século XXI.
Na Assembleia de Freguesia de Almada de dia 22 de Junho,
voltaram-se a ouvir dezenas de pessoas, moradoras da zona de São Paulo, queixando-se
de terem sido avisadas pelos agentes da ECALMA de que começariam a multar e a
rebocar os carros, caso continuassem a estacionar da forma que o têm feito até
aqui. Estas pessoas comunicaram a sua preocupação com o elevado número de
pessoas idosas ou outros dependentes a viver na zona, com mais ou menos
limitações de locomoção, sem capacidade financeira de adquirir uma avença num
dos parques de estacionamento das redondezas.
Estas e outras queixas faziam parte da lista de preocupações
entregues há dois anos atrás e que foram completamente ignoradas pela Câmara
Municipal de Almada.
Tantas vezes escutamos a Senhora Presidente da Câmara de
Almada, denunciando práticas, que designa de abusivas, por parte dos Governos
Centrais, que muito gostaríamos de a ver a cumprir o que defende, ouvindo os
eleitores e trabalhando com (e não contra!) eles.
Ao mesmo tempo, na cidade da Costa de Caparica, a revolta
cresce pois cada vez é mais difícil aos residentes, estacionar nas ruas em que
habitam, uma vez que estas são progressivamente “invadidas” pelos banhistas que
fogem aos caros estacionamentos criados próximo das praias. Estes estão vazios,
enquanto nas ruas adjacentes não conseguem os moradores encontrar lugar para as
suas viaturas. Assim sendo, está a ECALMA a atuar como “desreguladora” do
estacionamento na Costa de Caparica, que outrora era natural, e agora é escorraçado
dos lugares pagos para pacatas ruas residenciais. E que se saiba, nada lucra a
população desta cidade, com as receitas cobradas nas suas praias.
Por isso decidi vir aqui hoje, dar ainda mais relevo a este
descontentamento para que as pessoas não sejam, de novo, esquecidas.
- Sra.
Presidente da Câmara de Almada, já várias vezes apelei ao seu bom senso para
procurar acabar o seu último mandato com a dignidade possível, dando
finalmente, alguma audição ao que dizem os seus munícipes, sem a arrogante
sobranceria a que nos habitou ao longo destas várias décadas.
- Sra.
Presidente da Câmara de Almada, tente ficar na história com imagem diversa da
que tem dado.
- Sra.
Presidente da Câmara de Almada, escutar os munícipes é o primeiro dever dos
eleitos, se democratas.
Tenho dito!»
12 comentários:
Olha a filha do mobbingado, já está a espreitar o tacho!
Mas faz bem, que isto está difícil.
.
Faz lembrar a filha do outro Coelho da Madeira, também deputada.
.
Já os argumentos são uma delicia.
Os homens da Ecalma avisaram uns velhos que iam começar a multar os que estavam estacionados em local proibido!, aí os malandros.
E na Costa, onde a moça reside, agora os banhistas estacionam na rua dela!, mas que meliantes.
Evidentemente é tudo culpa da Emilia!
Ai se a burrice pagasse imposto, este camarada anónimo anterior resolvia sozinho o défice das contas públicas, apenas com o imposto dele...
Vejam lá ele fala do que foi dito acerca das décadas Emilianas de desgraça em Almada, ou do défice democrático da CMA.
Não interessa, não é?
Anónimo 2
Camarada é a tua avó.
Se a Emilia e a trupe que andou na cauda não presta, esta gente que anda na plataforma também não é melhor. Já foram UDP, BE, pró-comunista quando dá jeito, apoiantes do tipo do CDS, anti Cavaco, anti PPC, alias anti tudo.
Na verdade o que os une é a ideia de aproveitar o descontentamento para ver se arranjam um tacho, na ânsia de fazer ainda pior que os outros.
o partido que prometer o fim da ECALMA e a reabertura do trânsito no centro da cidade ganha as próximas eleições autárquicas.
Não importa se é filha do mobbing, comunista, ou um gay do PS.
Quem prometer o fim desta empresa ganha as eleições e ponto final
Não são precisos mal entendidos; a ecalma é uma empresa a prazo. O objectivo desde governo passa por eliminar todas as empresas municipais que não sejam sustentáveis.
Como sabemos, no último ano, a nossa quiduxa teve de injectar quase meio milhão de euros neste cancro, (com a desculpa de montar a infraestrutura), mas o que se verifica é que o sugadouro de dinheiros dos Almadenses, continua e assim, a morte é certa.
Quando mais cedo for o funeral, melhor para o concelho.
Soliveira
Não dê ideias, se precisarem mesmo de ser sustentáveis então até rebocam as bicicletas!
59...e... os carrinhos de bebé!
Desculpem, não faz parte do tema mas tem de ser falado!
Que falta de senso acabarem com o comboio das praias na Costa da Caparica. Não sobrevive! claro tiraram a primeira paragem perto da Carolina do Aires para a substituirem por lenha no chão e uns barracões, chamados restaurantes "com grades" e sem explanadas... será isto pensar numa praia? ou só se pensou em negociatas?
existem procedimentos a melhorar na ecalma é certo... mas isto é um aproveitamento vegonhoso
A Ecalma é sobretudo uma fonte de rendimento e faz com que eles encontrem mais uns empregos para os amigos do partido...só isso.
O resto é treta.
O que a ECALMA tem feito aos familiares das crianças do Frei Luis de Sousa é uma vergonhosa perseguição a quem paga contribuições e impostos para sustentar os seus empregos. Pessoal sem o mínimo de formação e que se pretendem armar em Polícias maus.
A ECALMA NÂO pode multar pois é ilegal perante a lei, so quem tem poderes para o fazez como a Policia....se te multam deves pagar e depois levar esta empresa ilegal ECALMA a tribunal
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