E a saga continua…
Embora comece, confesso, a ficar
farta da turbo licenciatura do Ministro Miguel Relvas, ainda não é desta que encerro
o assunto.
Depois do último artigo, Quero
as minhas competências já!, o caso voltou às páginas dos jornais de hoje: Diário de
Notícias (a imagem que ilustra este texto foi retirada do DN) e Público
são dois deles.
Quanto mais se fala/escreve mais
se adensam as dúvidas sobre a seriedade com que este processo foi resolvido
(mesmo tendo sido, supostamente, cumprida a legalidade) em nítido favorecimento
do aluno Miguel Relvas.
Dar a entender que o currículo de
Miguel Relvas é notável e, por isso, mereceu uma avaliação de exceção, não
merecendo sequer uma justificação devidamente fundamentada para os créditos
obtidos, é gozar com todos os que de forma esforçada, se empenharam em realizar
e concluir com êxito um curso académico.
A forma como a Universidade
Lusófona tem gerido este assunto, enredando-se na teia de lapsos, omissões e mentiras
do Ministro Miguel Relvas, na tentativa vã de demonstrar alguma credibilidade,
só tem contribuído ainda mais para destruir a imagem da instituição e
prejudicar os muitos alunos (antigos e atuais) que no mercado de emprego
ficarão sempre constrangidos ao referir aquele estabelecimento de ensino por
temerem vir a ser alvo do anedotário em que se transformou a obtenção de títulos académicos naquela casa (numa generalização mesquinha tão ao gosto de certas pessoas).
Tal como aconteceu com o caso da
Universidade Independente por causa do certificado de José Sócrates assinado ao
domingo… e onde, a partir daí, para certas mentes perversas, basta referir o
nome da UNI para que apareçam logo as piadas sobre a legitimidade de qualquer
formação nela realizada e a pessoa em causa passe a ser achincalhada,
independentemente do mérito do curso, da qualidade dos professores que o leccionaram
e das notas obtidas.
Por isso, mais do que a falta de
ética de Miguel Relvas (que se soube aproveitar, e muito bem, das facilidades
do sistema), choca-me o comportamento dos responsáveis da Lusófona (incluindo os
professores que assinaram o tal parecer)… esses sim, os verdadeiros culpados
desta vergonhosa situação.
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