domingo, 1 de julho de 2012

ECALMA: a contestação popular continua.



Intervenção da munícipe Inês Abreu na Assembleia Municipal de Almada de sexta-feira passada:

«Sr. Presidente, Srs. Deputados Municipais,
Público, trabalhadores da Autarquia e Comunicação Social
Muito Boa Noite a todos!

Há precisamente dois anos atrás, no decorrer da Assembleia Municipal, foram entregues à Senhora Presidente da Câmara, 4000 mil assinaturas reunidas numa petição que tinha como principal reclamação, a suspensão da empresa municipal ECALMA.

Reuniram-se várias centenas de moradores descontentes num movimento de cidadãos, revoltados com as injustiças praticadas por esta empresa municipal. Este movimento nasceu, cresceu e a partir do momento em que cumpriu o seu dever de cidadania, comparecendo na Assembleia, ficou a aguardar que as autoridades competentes cumprissem a sua função que é a de responder ao que lhes é questionado!

Nunca esse movimento foi contra uma empresa que gerisse o estacionamento e a circulação, visto ser este um dos grandes problemas do nosso município; pedia-se, isso sim, que a existir tal empresa, ela atuasse de forma rigorosa e não aleatória, com funcionários formados adequadamente, que agissem sobretudo de forma pedagógica; e não com pessoas sem qualquer tipo de consciência social, contratadas precariamente que acabam a provocar constantes situações dúbias, das quais se servem para multar, a “bel-prazer” e critério próprios.

Durante os meses de actividade deste movimento, os seus membros procuraram ser sobretudo intermediários entre os cidadãos com queixas plausíveis e justificadas e a Câmara Municipal, utilizando este período aberto à população e os meios de comunicação social.

Ao longo de dois anos, aguardou-se que a Câmara Municipal de Almada tomasse alguma iniciativa de reunir com estas pessoas com tantos episódios para contar, para valorizar a participação cívica numa altura em que a abstenção e o desinteresse pela actividade política municipal crescem, na exata proporção das “não-respostas” por parte da Câmara de Almada.

Poderão dizer-me que a administração da ECALMA possui meios próprios de avaliação da sua actividade e capacidade de se auto-restruturar. Mas preferir faze-lo, nas costas da população, com a prata da casa é totalmente incompreensível e viola um dos princípios básicos da moderna democracia participativa do século XXI.

Na Assembleia de Freguesia de Almada de dia 22 de Junho, voltaram-se a ouvir dezenas de pessoas, moradoras da zona de São Paulo, queixando-se de terem sido avisadas pelos agentes da ECALMA de que começariam a multar e a rebocar os carros, caso continuassem a estacionar da forma que o têm feito até aqui. Estas pessoas comunicaram a sua preocupação com o elevado número de pessoas idosas ou outros dependentes a viver na zona, com mais ou menos limitações de locomoção, sem capacidade financeira de adquirir uma avença num dos parques de estacionamento das redondezas.

Estas e outras queixas faziam parte da lista de preocupações entregues há dois anos atrás e que foram completamente ignoradas pela Câmara Municipal de Almada.

Tantas vezes escutamos a Senhora Presidente da Câmara de Almada, denunciando práticas, que designa de abusivas, por parte dos Governos Centrais, que muito gostaríamos de a ver a cumprir o que defende, ouvindo os eleitores e trabalhando com (e não contra!) eles.

Ao mesmo tempo, na cidade da Costa de Caparica, a revolta cresce pois cada vez é mais difícil aos residentes, estacionar nas ruas em que habitam, uma vez que estas são progressivamente “invadidas” pelos banhistas que fogem aos caros estacionamentos criados próximo das praias. Estes estão vazios, enquanto nas ruas adjacentes não conseguem os moradores encontrar lugar para as suas viaturas. Assim sendo, está a ECALMA a atuar como “desreguladora” do estacionamento na Costa de Caparica, que outrora era natural, e agora é escorraçado dos lugares pagos para pacatas ruas residenciais. E que se saiba, nada lucra a população desta cidade, com as receitas cobradas nas suas praias.

Por isso decidi vir aqui hoje, dar ainda mais relevo a este descontentamento para que as pessoas não sejam, de novo, esquecidas.

- Sra. Presidente da Câmara de Almada, já várias vezes apelei ao seu bom senso para procurar acabar o seu último mandato com a dignidade possível, dando finalmente, alguma audição ao que dizem os seus munícipes, sem a arrogante sobranceria a que nos habitou ao longo destas várias décadas.
- Sra. Presidente da Câmara de Almada, tente ficar na história com imagem diversa da que tem dado.
- Sra. Presidente da Câmara de Almada, escutar os munícipes é o primeiro dever dos eleitos, se democratas.

Tenho dito!»

12 comentários:

Anónimo disse...

Olha a filha do mobbingado, já está a espreitar o tacho!
Mas faz bem, que isto está difícil.
.
Faz lembrar a filha do outro Coelho da Madeira, também deputada.
.
Já os argumentos são uma delicia.
Os homens da Ecalma avisaram uns velhos que iam começar a multar os que estavam estacionados em local proibido!, aí os malandros.
E na Costa, onde a moça reside, agora os banhistas estacionam na rua dela!, mas que meliantes.
Evidentemente é tudo culpa da Emilia!

Anónimo disse...

Ai se a burrice pagasse imposto, este camarada anónimo anterior resolvia sozinho o défice das contas públicas, apenas com o imposto dele...

Vejam lá ele fala do que foi dito acerca das décadas Emilianas de desgraça em Almada, ou do défice democrático da CMA.
Não interessa, não é?

Anónimo disse...

Anónimo 2
Camarada é a tua avó.
Se a Emilia e a trupe que andou na cauda não presta, esta gente que anda na plataforma também não é melhor. Já foram UDP, BE, pró-comunista quando dá jeito, apoiantes do tipo do CDS, anti Cavaco, anti PPC, alias anti tudo.
Na verdade o que os une é a ideia de aproveitar o descontentamento para ver se arranjam um tacho, na ânsia de fazer ainda pior que os outros.

Anónimo disse...

o partido que prometer o fim da ECALMA e a reabertura do trânsito no centro da cidade ganha as próximas eleições autárquicas.

Não importa se é filha do mobbing, comunista, ou um gay do PS.

Quem prometer o fim desta empresa ganha as eleições e ponto final

soliveira disse...

Não são precisos mal entendidos; a ecalma é uma empresa a prazo. O objectivo desde governo passa por eliminar todas as empresas municipais que não sejam sustentáveis.
Como sabemos, no último ano, a nossa quiduxa teve de injectar quase meio milhão de euros neste cancro, (com a desculpa de montar a infraestrutura), mas o que se verifica é que o sugadouro de dinheiros dos Almadenses, continua e assim, a morte é certa.
Quando mais cedo for o funeral, melhor para o concelho.

Anónimo disse...

Soliveira
Não dê ideias, se precisarem mesmo de ser sustentáveis então até rebocam as bicicletas!

Anónimo disse...

59...e... os carrinhos de bebé!

Dias disse...

Desculpem, não faz parte do tema mas tem de ser falado!
Que falta de senso acabarem com o comboio das praias na Costa da Caparica. Não sobrevive! claro tiraram a primeira paragem perto da Carolina do Aires para a substituirem por lenha no chão e uns barracões, chamados restaurantes "com grades" e sem explanadas... será isto pensar numa praia? ou só se pensou em negociatas?

Anónimo disse...

existem procedimentos a melhorar na ecalma é certo... mas isto é um aproveitamento vegonhoso

Anónimo disse...

A Ecalma é sobretudo uma fonte de rendimento e faz com que eles encontrem mais uns empregos para os amigos do partido...só isso.
O resto é treta.

Anónimo disse...

O que a ECALMA tem feito aos familiares das crianças do Frei Luis de Sousa é uma vergonhosa perseguição a quem paga contribuições e impostos para sustentar os seus empregos. Pessoal sem o mínimo de formação e que se pretendem armar em Polícias maus.

Anónimo disse...

A ECALMA NÂO pode multar pois é ilegal perante a lei, so quem tem poderes para o fazez como a Policia....se te multam deves pagar e depois levar esta empresa ilegal ECALMA a tribunal

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