sábado, 16 de fevereiro de 2013

Os coniventes!


Na quinta-feira passada acabei por ter a confirmação oficial. Foi por telefone (via serviços do município), mas conto vir a tê-la por escrito. Não há qualquer deliberação sobre a Assembleia Distrital de Lisboa assumida pelos órgãos, executivo e deliberativo, do município de Lisboa.
Ou seja, conforma-se aquilo que todos suspeitávamos:
António Costa, ao assumir a posição de a autarquia de Lisboa não participar mais nas reuniões da Assembleia Distrital e de deixar de comparticipar financeiramente nos encargos a que a Câmara está, legalmente obrigada, cometeu crime de violação de lei (artigo 14.º do DL 5/91, de 8 de janeiro), achincalhou os direitos dos trabalhadores consagrados na Constituição da República Portuguesa (ao não avaliar as consequências sociais da sua atitude) e desrespeitou não só o órgão autárquico a que preside (pois agiu em nome da autarquia sem que o assunto tivesse sequer sido discutido em reunião do colégio executivo) mas, também, a Assembleia Municipal pois não deu cumprimento à deliberação que aprovou o Orçamento de 2012 e no qual estava consignada, especificamente, uma verba para pagamento da comparticipação anual à Assembleia Distrital de Lisboa.


Agora compreende-se que não possam satisfazer o pedido de acesso às atas que solicitámos pois, afinal, não existem deliberações sobre o assunto.
Mas como classificar este tipo de comportamento?
E estranho é, sobretudo, o silêncio conivente que, até à data, têm tido todos (todos mesmo) os vereadores: já enviámos e-mails e cartas por correio normal a todos os membros do executivo, assim como à Presidente da Assembleia Municipal (solicitando que informasse os grupos municipais), todavia nem uma única palavra foi por nós recebida.
O que se passa com esta gente?
Que tipo de autarcas são estes que ficam indiferentes ao problema exposto, sabendo que quem está a sofrer as consequências são os trabalhadores, os únicos que não têm culpa nenhuma da irresponsabilidade dos políticos?





Até quando se vai manter esta situação? Porque se calam? Que estranha força mantém estes autarcas presos de um silêncio injustificável?

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