A propósito do título de 1.ª página do semanário Expresso de sábado passado «Governo insiste em cobrar mais aos funcionários públicos» escrevi no Facebook, no grupo Democracia Local, a seguinte nota:
«Governo insiste em cobrar mais aos funcionários públicos? E
lá pelas banda da "minha" entidade os senhores presidentes das
câmaras de Arruda dos Vinhos, Azambuja, Lisboa, Odivelas e Sintra já estão a
aplicar as medidas: deixaram de pagar, desde o ano passado, as contribuições a
que a lei os obriga e a partir de agosto já não há dinheiro para os
vencimentos. Corte radical nas despesas. Inexistência de gastos. Melhor é
impossível! Devem ser os bons alunos da troika e os "delfins" deste
Governo. Nem digo aqui o que penso... para não chocar ninguém. Mas a minha
revolta é imensa. Como devem calcular.»
O primeiro comentário foi em defesa dos autarcas faltosos, desculpabilizando-os. E só faltou dizer "que se lixem os trabalhadores". Mas não, não se trata de um qualquer militante dos partidos de direita. Esta frase foi proferida por alguém que, noutro comentário, assume ser "um orgulhoso militante comunista":
Ao qual respondi:
«Nada, mas mesmo nada, justifica o que as autarquias por mim
referidas, mas em particular Lisboa, Odivelas e Sintra, estão a fazer à
Assembleia Distrital de Lisboa.
Não é por falta de dinheiro que não pagam a contribuição a
que estão obrigadas nos termos do artigo 14.º do DL 5/91, de 8 de janeiro (que
representa uma “gota de água” nas despesas globais dos seus municípios) pois
que as respetivas verbas até estão dotadas nos respetivos orçamentos.
Trata-se de uma posição política de António Costa (PS),
Susana Amador (PS) e Fernando Seara (PSD) e, pelo menos no caso de Lisboa,
assumida unilateralmente, o que agrava a ilicitude.
São atitudes inqualificáveis, contrárias à lei, e que
revelam uma extrema insensibilidade social.
E quanto a si, que se gaba de ser um “orgulhoso militante
comunista” muito me espanta que tenha preferido desculpar os atos de quem
desrespeita a lei, em vez de mostrar solidariedade com os trabalhadores.
Sinceramente, mais valia ter ficado “calado”.
E fico-me por aqui evitando qualificar em público este seu
comportamento, para que o respeito e a tal urbanidade que a si o faz rir, não
sejam palavras vãs.»
Mas além deste "orgulhoso militante comunista", apareceu logo a seguir outra militante comunista que foi mais longe, acrescentando que poderia haver negligência da parte da dirigente
A esta senhora, apenas lhe respondi:
«Se consultar o site da Assembleia Distrital de Lisboa encontra
lá as respostas para todas as suas interrogações. Assim saiba procurar a
informação.»
Parece que não gostou e voltou "à carga":
O que motivou a seguinte intervenção da minha parte:
«Vejo que continua a emitir opiniões sem se informar e, pior
ainda, completamente toldada pela "partidarite aguda" agravada com um
sectarismo cego.
Então, para si, a solidariedade não depende da justiça das
causas mas da filiação partidária?
E diz-se a senhora comunista... mas prefere, tal como o seu
camarada, colocar-se ao lado dos "patrões" que não cumprem a lei em
prejuízo dos trabalhadores.
Se entre os trabalhadores da Assembleia Distrital de Lisboa estivessem
militantes do PCP, será que teria a mesma opinião? Ou se a diretora dos
Serviços fosse outra pessoa que não eu, manteria esse ridículo discurso?»
Mas, pelos vistos, esta assumida militante comunista (como se fica a saber consultando o seu mural na rede social Facebook) não deu ainda por terminada a tarefa de que a terão incumbido e volta a comentar a notícia:
AS PROVAS JÁ! é a sua obsessão. Respondo-lhe:
«A sua persistência em insistir na má gestão financeira da
ADL como forma de desresponsabilizar os autarcas (estranha posição esta de uma
acérrima militante comunista sendo as câmaras faltosas do PS e PSD que o PCP
classifica como “inimigos do povo”) só mostra mesmo que aquilo que a move são
estranhos desígnios que nem me atrevo
aqui a expressar.
Conforme já lhe tinha dito, a sua ânsia de me atacar
tolda-lhe a visão e parece que a está a impedir de consultar a documentação que
eu lhe aconselhei a ler e onde pode encontrar esclarecimentos para todas as
questões por si levantadas, nomeadamente as referentes à idoneidade das
informações por mim prestadas.
Assim deixo-lhe aqui a ligação para o documento de prestação
de contas de 2011, que a senhora optou por não consultar antes de vir opinar,
aprovado pelo órgão deliberativo:
Quer melhor prova do que esta?»
«»«»«»«»«»
«»«»«»«»«»
Sinceramente, não consigo entender esta "solidariedade sectária" destes dois militantes comunistas e a sua obsessão em preferir estar ao lado de quem não cumpre a lei e, deliberadamente, prejudica os trabalhadores... O que pensará o PCP sobre este tipo de atitudes?
2 comentários:
Menina, ainda não reparou que o comunismo não existe?!!!, o que existe de facto, é a inveja.
Conhece a história do candidato a comuna que dava metade de tudo o que tinha, à excepção das galinhas?
mas porque é que, a exemplo do que se faz com os governos civis - que tb. estão previstos na Constituição - não se transferem as competências das AD para cima (Adm. central) ou para baixo (Adm. local - por exemplo, a da cidade onde está situada a AD)? E não se faz o mesmo aos funcionários ou então enviá-los para a mobilidade especial?
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