Durante a semana passada tivemos em discussão pública, no grupo DEMOCRACIA LOCAL da rede social Facebook, a questão acima apresentada.
Apesar de não serem citados casos concretos, de não se falar em nomes, certo é que os mesmos de sempre sentiram-se logo melindrados e até conseguiram ler nas palavras do Paulo Ataíde acusações diretas, calúnias específicas, ofensas a autarcas... da CDU em Almada.
Por isso não posso deixar de perguntar: afinal, o que é que os incomoda tanto?
Ficam, de seguida, alguns dos comentários que a notícia mereceu:
E sobre o assunto que o Paulo Ataíde colocou, qual é a minha opinião? perguntarão.
Tal como alguns disseram, julgo que é evidente que uma e outra situação são desprestigiantes para o poder local.
Um autarca corrupto (seja porque toma parte ativa no "negócio" ou aceita ser corrompido de forma passiva, ou porque incentiva e/ou tolera que nos serviços que dirige sejam praticados atos conducentes a práticas impróprias num Estado de direito) é um mau exemplo e acaba sempre por melindrar a imagem do partido que o elegeu.
Mas, sinceramente, uma autarquia que é condenada quase de forma regular e sistemática, em diversas áreas de intervenção municipal (do urbanismo aos recursos humanos), que desrespeita sentenças de tribunal, que esconde essas ações do órgão deliberativo a quem está obrigada, nos termos da lei a comunicar esse tipo de informação, que por perder processos atrás de processos (mesmo após recursos e indo até às últimas instâncias de decisão judiciais, passando por vários crivos de análise jurídica e factual) lesa o município em muitos milhares de euros (aliás, dezenas de milhões), parece-me ser uma situação muito mais preocupante e, de longe, mais grave para a imagem do partido cujos eleitos são os responsáveis políticos por este tipo de governação negligente e incompetente.
Por isso, apresentar como "trunfo de idoneidade" o facto de não haver autarcas condenados nessa autarquia não é demonstração de coisa nenhuma nem prova nada, nomeadamente que todos os procedimentos são legais (se o fossem a autarquia não seria tantas vezes condenada em Tribunal), muito pelo contrário.
Mas, sinceramente, uma autarquia que é condenada quase de forma regular e sistemática, em diversas áreas de intervenção municipal (do urbanismo aos recursos humanos), que desrespeita sentenças de tribunal, que esconde essas ações do órgão deliberativo a quem está obrigada, nos termos da lei a comunicar esse tipo de informação, que por perder processos atrás de processos (mesmo após recursos e indo até às últimas instâncias de decisão judiciais, passando por vários crivos de análise jurídica e factual) lesa o município em muitos milhares de euros (aliás, dezenas de milhões), parece-me ser uma situação muito mais preocupante e, de longe, mais grave para a imagem do partido cujos eleitos são os responsáveis políticos por este tipo de governação negligente e incompetente.
Por isso, apresentar como "trunfo de idoneidade" o facto de não haver autarcas condenados nessa autarquia não é demonstração de coisa nenhuma nem prova nada, nomeadamente que todos os procedimentos são legais (se o fossem a autarquia não seria tantas vezes condenada em Tribunal), muito pelo contrário.
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