terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Em dois anos foram mais de nove milhões de euros!


Sabia que, no curto espaço de dois anos (de janeiro de 2012 a dezembro de 2013), a Câmara Municipal de Lisboa celebrou, por ajuste direto, 422 contratos de prestação de serviços com particulares, pelo valor global de 9.090.931,73€?

Tendo presente o disposto no artigo 35.º da Lei n.º 12A/2008, de 27 de fevereiro (considerando as alterações da Lei n.º 3B/2010, de 28 de abril), atendendo ao objeto de alguns dos contratos (como por exemplo: “fornecimento de serviços equiparados à função de assistente operacional”) e às funções a desempenhar (nos “Jardins de Infância da rede pública da cidade de Lisboa”), temos sérias dúvidas quanto ao cumprimento da lei nomeadamente no que concerne ao requisito indispensável para a celebração deste tipo de contratos: exercício de profissão liberal, sem sujeição à hierarquia e disciplina dos Serviços.

Não será esta uma forma de contornar a legislação sobre a contratação de pessoal na Administração Pública? Não estaremos aqui perante “falsos recibos verdes”?


Talvez este seja mesmo um caso para a Inspeção-Geral de Finanças esclarecer. Não acham?

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