terça-feira, 13 de agosto de 2013

Que homem é este?



Na carta que escreveu ao Presidente da Assembleia Distrital de Lisboa em 30-12-2011, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, propõe que «[a]pesar de estar consagrada na Constituição da República Portuguesa e, como tal, não poder ser extinta, (...) a Assembleia Distrital não tem relevância no trabalho efectuado pelas autarquias, pelo que o seu funcionamento deveria ser suspenso até à próxima Revisão Constitucional.» Assim, tal e qual.

Alguns pontos de análise para reflexão:

António Costa, "fala" em nome da Câmara de Lisboa sem sequer ter havido discussão sobre o assunto nesse órgão colegial e, muito menos, uma deliberação nesse sentido, o que é um total desrespeito pelo funcionamento deste órgão autárquico.

António Costa, confunde o órgão político deliberativo distrital (a assembleia distrital) com os seus Serviços de Cultura (Biblioteca, Edições e Investigação), de cariz técnico, dando a entender que apenas o primeiro existe e a entidade nada faz em prol da comunidade, o que é uma mentira deliberada e intencional.

António Costa, além de demonstrar um desconhecimento flagrante sobre quais são as atividades dos Serviços de Cultura da ADL que beneficiam, diretamente, os munícipes de Lisboa, ainda se arroga no direito de falar em nome das outras autarquias do distrito pois o seu discurso é geral e no plural, evidenciando um alheamento atroz da realidade.

António Costa, jurista de formação, atreve-se a mandar "suspender" a Constituição da República na parte que, por capricho pessoal e/ou interesse político, lhe convém (porque a não pode extinguir como seria seu desejo e ele assim o expressa) evidenciando um comportamento anti democrático inqualificável.

António Costa, para dar cabimento a um suposto plano de contenção de despesas, não tem pejo em apresentar uma solução ilegal e extremamente injusta e cruel do ponto de vista social: deixar trabalhadores sem salário! pois que ao sugerir a "suspensão" de um Serviço e esquecer-se das pessoas que nele trabalham é evidente que mais tarde ou mais cedo seria isso que aconteceria.

António Costa considera como válido, portanto, "suspender" postos de trabalho sem apresentar hipótese de enquadramento para o pessoal e acha justo deixá-los sem salário por tempo indeterminado.
António Costa vê como alternativa economicamente correta, não se podendo despedir funcionários públicos, os mesmos fiquem com os seus direitos suspensos, sem salário e sem qualquer outro meio de sustento até que os políticos se dignem rever a CRP.

É caso para perguntar:
QUE HOMEM É ESTE? que em visita de campanha eleitoral à freguesia onde pertencem os Serviços de Cultura a cujos trabalhadores não teve pejo de propor a suspensão do seus direitos, consegue falar de solidariedade social e exibir o sorriso que se vê na fotografia acima?

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