segunda-feira, 29 de abril de 2013

António Costa: que homem é este? que regime defende?



Infelizmente, no dia 24 de abril de 2013 (trazendo-nos à lembrança outras datas, de má memória), um representante do poder local democrático, uma das grandes conquista de Abril, de seu nome António Costa (presidente da Câmara Municipal de Lisboa), disse publicamente, numa reunião do órgão executivo, quando questionado pelo vereador do PCP, que não pagava à Assembleia Distrital de Lisboa "nem mais um tostão" (e já o deixou de fazer desde janeiro de 2012) porque dando a entender que os trabalhadores seriam uns inúteis, uns oportunistas que mereciam ficar sem salário, como se perspetiva venha a acontecer em virtude desta atitude intransigente e que, volto a lembrar, é:


ILEGAL (porque contraria o disposto no artigo 14.º do DL 5/91, de 8 de janeiro);
INCONSTITUCIONAL (porque está a provocar o estrangulamento financeiro daquela entidade e vai deixar os trabalhadores sem vencimento, negando-lhes, portanto, um direito fundamental);
ANTI DEMOCRÁTICA (porque é uma posição pessoal prepotente, à revelia do órgão executivo que não se pronunciou sobre o assunto, e que se sobrepõe à deliberação da assembleia municipal que aprovou o orçamento que incluía o pagamento integral da quotização para a assembleia distrital);
HIPÓCRITA (porque alega que a austeridade obriga a cortar despesas como se os 0,006% que representam a contribuição para a ADL no Orçamento da CML, tivessem algum impacto nas contas do município);
MENTIROSA (porque António Costa sabe que a ADL tem uma biblioteca pública em Lisboa - e que serve, sobretudo, os utentes da capital; que edita duas publicações periódicas altamente conceituadas no país e no estrangeiro cujos artigos científicos - na área da arquitetura, arqueologia, geografia, etnografia, linguística, história, história de arte, cultura em geral - versam maioritariamente sobre Lisboa; que tem um núcleo de arqueologia que apoia tecnicamente os municípios do distrito e tem vários protocolos celebrados e em execução; etc. etc.).

E assim, de uma assentada, António Costa retira aos trabalhadores da Assembleia Distrital de Lisboa vários direitos. Que homem é este? Que regime defende? Onde pretende chegar com este tipo de comportamento?

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