As contradições e o que é necessário esclarecer
Quanto à
composição do júri!
Continuação do artigo anterior: Nos SMAS de Almada cumprir a lei é uma miragem…
Ramiro Norberto – existem
sérias dúvidas sobre a sua formação em engenharia e não se encontra inscrito na
Ordem dos Engenheiros. (ver: "Equivalências académicas" à moda da CDU de Almada e Ordem dos Engenheiros confirma: há "falsos engenheiros" nos SMAS de Almada).
Consequentemente, este dirigente não possuia as imprescindíveis
qualificações técnico-científicas para avaliar o trabalhador.
Desta ocorrência deu o Sindicato dos Engenheiros da Região Sul
conhecimento ao Presidente do Conselho de Administração dos SMAS, em reunião
ocorrida em Setembro de 2010, e na qual estiveram presentes, além do vereador
José Gonçalves, os directores e o advogado do gabinete jurídico do Sindicato.
Carlos Sousa – engenheiro
mecânico, sobrinho da Presidente da Câmara Municipal e primo da Eng.ª Lurdes Alexandra Neto de Sousa, a pessoa que esteve no início (e continua a manter a
sua influência no presente) de todo o processo de assédio moral de que o
trabalhador tem vindo a ser alvo. Face ao exposto, existem sérias dúvidas
quanto à sua isenção para intervir neste júri de forma imparcial.
Além do mais, atentos ao disposto no 89.º do Estatuto da Ordem dos
Engenheiros (aprovado pelo DL n.º 119/92, de 30 de Junho), terão sido violados
os “deveres recíprocos dos engenheiros, nomeadamente no que concerne à
avaliação “com objectividade” e a intenção de não “prejudicar a reputação ou as
actividades profissionais dos colegas, nem deixar que sejam menosprezados os
seus trabalhos, devendo, quando necessário [como aconteceu no presente caso]
apreciá-los com elevação e sempre com salvaguarda da dignidade de classe.”
Carlos Mendes – o responsável
pela divisão de recursos humanos e, portanto, quem deu execução formal ao
despedimento ilícito do Eng.º Jorge Abreu e concretizou a ordem ilegal que o
retirou da lista do concurso que vencera (processos que, em ambos os casos,
foram ganhos em Tribunal pelo trabalhador) encontrando-se, assim, comprometida
a sua isenção no presente caso na medida em que, sabendo das ilegalidades que
estavam a ser cometidas (e se não sabia deveria saber, mostrando assim a sua
incompetência), com elas pactuou em clara violação com os deveres deontológicos
como funcionário público.
Ou seja:
A qualidade técnica e científica do
presidente estava comprometida, assim como a isenção e imparcialidade
dos vogais, logo o júri nunca deveria ter sido constituído por estas pessoas.
Havendo a hipótese legal de se proceder a substituições, mesmo já no
decorrer do período experimental (e desde que dessa decisão se desse notícia ao
trabalhador), é incompreensível que o Presidente dos SMAS o não tenha feito. O
que o impediu?
Aliás, é de notar que, à excepção do Presidente, os vogais são os mesmos
que haviam feito parte do júri do concurso inicial: apenas a Eng.ª Lurdes Alexandra foi substituída por Ramiro Norberto, presume-se pelas razões que
todos conhecem.
Ora, se foi possível fazer essa alteração, e havendo nos SMAS mais
pessoal qualificado para o efeito, por que razão se mantiveram aqueles vogais?
Não teria sido mais coerente nomear um júri diferente cujos membros nada
tivessem a ver com o processo anterior?
Algumas questões:
O que levou o Presidente dos SMAS
a determinar esta composição do júri?
Confirmadas tantas e tão graves falhas legais (de constituição e de
funcionamento do júri) o que justificou a sua continuação em exercício de
funções?
Em particular depois da reunião com o Sindicato dos Engenheiros da Região
Sul, por que razão o Presidente dos SMAS decidiu manter a composição do júri
inalterável?
Capítulos anterior:
25-09-2012 – Nos SMAS de Almada cumprir a lei é uma miragem.
(As contradições e o que é necessário esclarecer – Quanto à composição do júri!)
Próximo capítulo:
As contradições e o que é necessário esclarecer – Quanto aos
métodos e à classificação atribuída.
1 comentário:
Por aqui no departamento da eng. Alexandra, ainda decorria os processos nos tribunais e já a delegada sindical do stal dizia "o eng. Jorge vai ser encostado, quando ganhar os processos e voltar para o smas".
Não me admira que agora lhe façam a vida negra.
Enviar um comentário