...e apela à adesão dos
cidadãos
«A situação criada ao país e
aos cidadãos pelas políticas de austeridade, resultantes do memorando da troika
e das agendas sociais do atual governo, é injusta, catastrófica e
insustentável.
A proposta de Orçamento de Estado para 2013 - reforçando de
forma brutal a espoliação dos rendimentos do trabalho e estrangulando as
condições para a proteção social e o fornecimento de bens coletivos essenciais,
como a saúde e a educação públicas - representaria, a ser aprovada, um
acelerado empobrecimento do país e da generalidade dos cidadãos, um agravamento
da recessão, da diminuição de procura interna, das falências, do desemprego e
da fome, um insuportável e contraproducente massacre às condições de vida e à
coesão social.
Representaria, afinal, um novo e calamitoso passo no ciclo
vicioso de austeridade desigual, promovida em nome do pagamento da dívida e do
equilíbrio orçamental, mas que impossibilita esse pagamento e equilíbrio à
medida que destrói o país, a dignidade e as condições de vida dos cidadãos.
Conforme salienta a Declaração do Congresso Democrático
das Alternativas (aprovada
no passado dia 5 de Outubro) e se torna a cada dia mais evidente, qualquer
saída economicamente eficiente, socialmente sustentável e humanamente digna
para a atual crise implica a denúncia do memorando da troika, a renegociação
dos montantes e termos da dívida e a implementação de políticas de crescimento
económico sustentável, que requerem a reposição e reforço dos rendimentos do
trabalho.
Trata-se de soluções cuja concretização exige mudanças
profundas, generosas e corajosas tanto a nível nacional, quanto das políticas
comunitárias que têm vindo a ser seguidas.
A inédita convergência internacional de greves gerais e outras
ações anti-austeritárias no dia 14 de Novembro reforça, por isso, a importância
e acuidade da Greve Geral que, no nosso país, foi convocada pela CGTP-IN e por
grande parte dos sindicatos filiados na UGT.
À imperiosa necessidade de todos nós, cidadãos, dizermos
«Basta!» às políticas austeritárias e as revertermos, junta-se a evidência de
que essa necessidade é um imperativo partilhado por muitos outros povos
europeus. Com isso se reforçam, também, as condições para que esta Greve Geral
seja não apenas justa e necessária, mas também eficaz.
Por essas razões, a Comissão Organizadora do Congresso
Democrático das Alternativas apoia a Greve Geral convocada para o dia 14 de
Novembro e apela a todos os seus concidadãos para que a ela adiram. Apela ainda
a que, nesse dia, também exprimam o seu protesto, descontentamento e exigência
de políticas alternativas através da participação nas ações públicas convocadas
no âmbito da Greve Geral, juntando-se assim às iniciativas que terão lugar em
vários países europeus (Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Grécia, Itália,
Portugal, Roménia, Reino Unido, Republica Checa, Eslovénia, Suíça, Áustria,
Holanda e Polónia).
Saudações democráticas,
A Comissão Organizadora do Congresso Democrático das
Alternativas»
Sem comentários:
Enviar um comentário