Na última Assembleia de Freguesia de Cacilhas, realizada no passado dia 05-05-2009, que já vai na 2.ª sessão, e irá ter uma 3.ª no próximo dia 18 do corrente mês, o assunto principal do dia foi, mais uma vez (tal como aconteceu no dia 22-04-2009), o Plano de Pormenor da Quinta do Almaraz / Ginjal.
Mercê da provável demolição de três edifícios na Rua Elias Garcia prevista no respectivo Estudo de Enquadramento Estratégico, os moradores dos n.ºs 88 a 92 sentem-se com a “vida suspensa” e têm vindo assistir às reuniões da AF na tentativa de colher informações sobre a sua situação.
Apanhados de surpresa a quando da “consulta preventiva”, da qual souberam por mero acaso, têm muitas dúvidas a que ninguém responde.
O Bloco de Esquerda, solidário com as preocupações daquelas pessoas, além de ter falado, pessoalmente, com alguns residentes, apresentou um protesto contra a forma como o procedimento tem vindo a decorrer, e apresentou na 3.ª feira passada um requerimento solicitando esclarecimentos sobre diversas questões concretas.
Mas na Assembleia de Freguesia em causa, cujo resumo podem ler AQUI, os ânimos estiveram bastante acesos, em particular devido ao artigo que escrevi para o jornal Notícias de Almada, o qual foi completamente descontextualizado e interpretado de forma a justificar as acusações que quer PSD quer CDU pretendiam fazer ao Bloco de Esquerda.
Sendo certo que os visados estão no seu direito de não concordar com o que escrevi, e de se sentirem ofendidos com as minhas palavras, não podem é, contudo, deturpar o sentido das minhas frases, cerceando-lhes algumas partes para atingirem o objectivo pretendido: o de lançar sérias e infundadas calúnias à eleita do Bloco de Esquerda.
Primeira interpretação errada:
Nunca afirmei que as demolições eram uma certeza. Se lerem o primeiro parágrafo do artigo em causa com atenção podem verificar que nele afirmo … “prevista demolição de um bloco de três edifícios”. E se mais adiante digo “sobretudo quando se propõe a demolição, com carácter de inevitabilidade”… Saberão o que significam as palavras previsão e proposta? Parece-me que não!
Segunda interpretação errada:
Quando refiro que o comportamento do Presidente da Junta, da Assembleia de Freguesia e do Coordenador da Comissão deixou muito a desejar, é preciso ler o que se segue… e ter presente que, nomeadamente, se a JFC chegou a enviar aos eleitos documentos de acções desenvolvidas pelo PCP na Assembleia da República (será que consideraram esta uma obrigação legal? Só porque é do partido que lidera esta autarquia?), então por que não enviaram, também, apenas uma nota que fosse a dizer que o processo do Almaraz estava em consulta pública? E não é esta uma atitude criticável?
Terceira interpretação errada:
Dizer que afirmo, taxativamente, que “esta foi uma estratégia delineada para impedir a oposição (PS e BE) de estudar, atempadamente, o processo e evitar o aparecimento de perguntas incómodas” sem referir como o parágrafo é iniciado (onde se dá a entender que são aquelas atitudes que nos forçam a este entendimento, quer queiramos quer não – evocando dúvida) e pretendendo branquear o facto de, em Cacilhas, CDU e PSD estarem juntos no executivo (por acordo pós-eleitoral) é, no mínimo, estranho.
Por isso, considero que os acontecimentos da última Assembleia de Freguesia de Cacilhas, cuja acta espero que venha a transcrever com rigor o que por lá se passou, isto é, insira “ipsis verbis” as acusações feitas à eleita do Bloco de Esquerda e que a seguir indico de forma resumida:
“A JFC não está em campanha como alguns membros desta Assembleia”, acusou o presidente da JFC, que em vez de serenarem as pessoas só sabem é fazer arruaça e lançar o pânico nos moradores, com claros objectivos político partidários, como por exemplo anda a fazer a eleita do Bloco de Esquerda.
Além das acusações anteriores de arruaceira, o Presidente da Junta disse que eu era uma provocadora, que o meu artigo metia nojo (porque só dizia mentiras), que a continuar “a atear o fogo desta maneira ainda saía queimada”, que já metera “a pata na poça”, que não me reconhecia qualquer capacidade técnica nem autoridade moral para afirmar o que escrevera.
O Secretário da Mesa da AF (CDU) acrescentou, ainda, dizendo-se indignadíssimo, que eu tinha que provar tudo o que escrevera, nomeadamente como soubera que os prédios iam ser demolidos. As afirmações que eu fazia ao jornal eram demasiado graves. Tão graves que até podiam ser passíveis de procedimento judicial.
O Presidente da AF (PSD) disse que não admitia insinuações como as que eu fazia no jornal. Porque a abstenção não se combatia com estas “tentativas de arruaça”, com este tipo de “aproveitamento político partidário”. Se existia alguma estratégia delineada era entre o PS e o BE como se podia ver pelo texto das moções do PS que copiavam frases inteiras do artigo da eleita do Bloco de Esquerda. Que o PSD e a CDU eram partidos muito diferentes e cada um tinha a sua política. É uma aberração completa acusar o PSD e a CDU de terem uma estratégia delineada. Isso é fazer “gincana política”, é confundir as coisas, etc.
Um membro da bancada da CDU disse, ainda, que “nunca vira gente descer tão baixo”.
Contudo, não posso deixar de assinalar o facto de, no final da sessão o Presidente da Junta ter vindo falar comigo para me pedir desculpa por se ter excedido. Estivemos à conversa (pena foi que tivesse sido sem assistência) e aqui registo, publicamente, que ele me disse que reconhecia o meu excelente trabalho como autarca e que eu marcava, de facto, a diferença. Mas no calor da discussão, às vezes diz-se o que se não quer.
Apesar de bastante aborrecida com o que se passou, sentindo-me ofendida na minha honra, não pude, contudo, deixar de registar com agrado esta atitude do Presidente da Junta.
Só lamento que a política deixe, por vezes, as pessoas tão cegas ao ponto de acabarem por não saber respeitar as opiniões dos outros e quando se sentem lesadas não saibam contra-argumentar sem recorrer à ofensa ligeira e não sustentada.
E para terminar, deixo-vos o resumo do 3.º Fórum de Participação sobre o Almaraz, realizado em 20-10-2007, o qual inclui vários vídeos com a intervenção da Sr.ª presidente da CMA… leiam e oiçam com atenção. E depois de tudo o que se passou nestas duas últimas Assembleias de Freguesia, digam-me, sinceramente, quem é que tem razão.
Mercê da provável demolição de três edifícios na Rua Elias Garcia prevista no respectivo Estudo de Enquadramento Estratégico, os moradores dos n.ºs 88 a 92 sentem-se com a “vida suspensa” e têm vindo assistir às reuniões da AF na tentativa de colher informações sobre a sua situação.
Apanhados de surpresa a quando da “consulta preventiva”, da qual souberam por mero acaso, têm muitas dúvidas a que ninguém responde.
O Bloco de Esquerda, solidário com as preocupações daquelas pessoas, além de ter falado, pessoalmente, com alguns residentes, apresentou um protesto contra a forma como o procedimento tem vindo a decorrer, e apresentou na 3.ª feira passada um requerimento solicitando esclarecimentos sobre diversas questões concretas.
Mas na Assembleia de Freguesia em causa, cujo resumo podem ler AQUI, os ânimos estiveram bastante acesos, em particular devido ao artigo que escrevi para o jornal Notícias de Almada, o qual foi completamente descontextualizado e interpretado de forma a justificar as acusações que quer PSD quer CDU pretendiam fazer ao Bloco de Esquerda.
Sendo certo que os visados estão no seu direito de não concordar com o que escrevi, e de se sentirem ofendidos com as minhas palavras, não podem é, contudo, deturpar o sentido das minhas frases, cerceando-lhes algumas partes para atingirem o objectivo pretendido: o de lançar sérias e infundadas calúnias à eleita do Bloco de Esquerda.
Primeira interpretação errada:
Nunca afirmei que as demolições eram uma certeza. Se lerem o primeiro parágrafo do artigo em causa com atenção podem verificar que nele afirmo … “prevista demolição de um bloco de três edifícios”. E se mais adiante digo “sobretudo quando se propõe a demolição, com carácter de inevitabilidade”… Saberão o que significam as palavras previsão e proposta? Parece-me que não!
Segunda interpretação errada:
Quando refiro que o comportamento do Presidente da Junta, da Assembleia de Freguesia e do Coordenador da Comissão deixou muito a desejar, é preciso ler o que se segue… e ter presente que, nomeadamente, se a JFC chegou a enviar aos eleitos documentos de acções desenvolvidas pelo PCP na Assembleia da República (será que consideraram esta uma obrigação legal? Só porque é do partido que lidera esta autarquia?), então por que não enviaram, também, apenas uma nota que fosse a dizer que o processo do Almaraz estava em consulta pública? E não é esta uma atitude criticável?
Terceira interpretação errada:
Dizer que afirmo, taxativamente, que “esta foi uma estratégia delineada para impedir a oposição (PS e BE) de estudar, atempadamente, o processo e evitar o aparecimento de perguntas incómodas” sem referir como o parágrafo é iniciado (onde se dá a entender que são aquelas atitudes que nos forçam a este entendimento, quer queiramos quer não – evocando dúvida) e pretendendo branquear o facto de, em Cacilhas, CDU e PSD estarem juntos no executivo (por acordo pós-eleitoral) é, no mínimo, estranho.
Por isso, considero que os acontecimentos da última Assembleia de Freguesia de Cacilhas, cuja acta espero que venha a transcrever com rigor o que por lá se passou, isto é, insira “ipsis verbis” as acusações feitas à eleita do Bloco de Esquerda e que a seguir indico de forma resumida:
“A JFC não está em campanha como alguns membros desta Assembleia”, acusou o presidente da JFC, que em vez de serenarem as pessoas só sabem é fazer arruaça e lançar o pânico nos moradores, com claros objectivos político partidários, como por exemplo anda a fazer a eleita do Bloco de Esquerda.
Além das acusações anteriores de arruaceira, o Presidente da Junta disse que eu era uma provocadora, que o meu artigo metia nojo (porque só dizia mentiras), que a continuar “a atear o fogo desta maneira ainda saía queimada”, que já metera “a pata na poça”, que não me reconhecia qualquer capacidade técnica nem autoridade moral para afirmar o que escrevera.
O Secretário da Mesa da AF (CDU) acrescentou, ainda, dizendo-se indignadíssimo, que eu tinha que provar tudo o que escrevera, nomeadamente como soubera que os prédios iam ser demolidos. As afirmações que eu fazia ao jornal eram demasiado graves. Tão graves que até podiam ser passíveis de procedimento judicial.
O Presidente da AF (PSD) disse que não admitia insinuações como as que eu fazia no jornal. Porque a abstenção não se combatia com estas “tentativas de arruaça”, com este tipo de “aproveitamento político partidário”. Se existia alguma estratégia delineada era entre o PS e o BE como se podia ver pelo texto das moções do PS que copiavam frases inteiras do artigo da eleita do Bloco de Esquerda. Que o PSD e a CDU eram partidos muito diferentes e cada um tinha a sua política. É uma aberração completa acusar o PSD e a CDU de terem uma estratégia delineada. Isso é fazer “gincana política”, é confundir as coisas, etc.
Um membro da bancada da CDU disse, ainda, que “nunca vira gente descer tão baixo”.
Contudo, não posso deixar de assinalar o facto de, no final da sessão o Presidente da Junta ter vindo falar comigo para me pedir desculpa por se ter excedido. Estivemos à conversa (pena foi que tivesse sido sem assistência) e aqui registo, publicamente, que ele me disse que reconhecia o meu excelente trabalho como autarca e que eu marcava, de facto, a diferença. Mas no calor da discussão, às vezes diz-se o que se não quer.
Apesar de bastante aborrecida com o que se passou, sentindo-me ofendida na minha honra, não pude, contudo, deixar de registar com agrado esta atitude do Presidente da Junta.
Só lamento que a política deixe, por vezes, as pessoas tão cegas ao ponto de acabarem por não saber respeitar as opiniões dos outros e quando se sentem lesadas não saibam contra-argumentar sem recorrer à ofensa ligeira e não sustentada.
E para terminar, deixo-vos o resumo do 3.º Fórum de Participação sobre o Almaraz, realizado em 20-10-2007, o qual inclui vários vídeos com a intervenção da Sr.ª presidente da CMA… leiam e oiçam com atenção. E depois de tudo o que se passou nestas duas últimas Assembleias de Freguesia, digam-me, sinceramente, quem é que tem razão.
Sem comentários:
Enviar um comentário