terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O "lápis azul" e a "tesoura vermelha" da CDU em Almada


No artigo «A saga terminou!», João Geraldes, o chefe de gabinete da presidente da Câmara Municipal de Almada, e deputado municipal da CDU (leu bem - cargo profissional e lugar político que não entram em conflito, evidentemente, a quando da apreciação dos assuntos do executivo CDU! nadinha mesmo!*), mostra como se usa o "lápis azul" e a "tesoura vermelha" lá pelas bandas da coligação que integra...
E, pelos vistos, é perito no uso de ambos.
Veja-se o exemplo paradigmático:

Apresenta como sendo uma versão integral do relatório da comissão eventual este documento, mas, afinal, o mesmo mais não é do que a versão reduzida do mesmo (leia-se “versão censurada”), depois da "revisão oficial" feita pelo PCP. Ou, nem isso… é que deste texto, além de mal formatado, desapareceram as páginas 11 em diante, nomeadamente a parte final do ponto 6.2 e as que introduziam os pontos 6.3, 6.4 e 6.5, assim como não tem, as declarações do vereador, a conclusão final e o projecto de resolução… (esperamos que, entretanto, o documento não desapareça... mas como estão de tesoura em punho...)
Para quem quiser conhecer, na íntegra, o referido texto, tal qual ele foi distribuído aos deputados municipais, ele aqui está.

As diferenças são muitas... Mas, principalmente, o que importa registar é o texto das últimas três páginas e que corresponde à posição do grupo municipal do CDS-PP liminarmente cortado à tesourada… se o lerem com atenção, ficarão a perceber quais terão sido os motivos para tanta azáfama branqueadora: Fernando Pena desmonta o que foi a farsa do funcionamento desta comissão eventual que, afinal, andou foi a brincar com todos nós (já que se trata de eleitos que mereceram o voto de confiança de quem os elegeu e, agora, estão a defraudar essa delegação ao não cumprirem o seu papel de apuramento da verdade e preferirem ser ludibriados pela CDU).

Terá sido engano? Estamos convencidos que além da incompetência do dito senhor (mais do que o fruto da urgência que sentiu em escrever a dita notícia, esta é uma característica inata à sua personalidade) esta foi uma intenção deliberada em fazer crer que aquele era o texto definitivo para que todos pensassem que nada mais havia a considerar.

Felizmente houve quem nos fornecesse a cópia integral do referido documento e nós já o disponibilizámos publicamente. 

Carmen Godinho e Paulo Ataíde

* Estará a personagem a intervir aqui a título individual ou como chefe de gabinete da senhora Presidente da Câmara? Talvez seja na qualidade de deputado municipal da CDU? Como conseguirá ele resolver o conflito de interesses quanto ao cúmulo destas situações? Entre o cargo profissional e o lugar político, onde terá João Geraldes deixado ficar a isenção e imparcialidade? Que moral tem este senhor para emitir opiniões em assuntos como o do Eng.º Jorge Abreu onde está envolvida a filha da senhora Maria Emília Neto de Sousa e sua "patroa"?




Nota de esclarecimento (às 7:20h)
Verificou-se, como era de esperar, que o sr. João Geraldes eliminou o documento tido como relatório final e que fora aquele que colocara inicialmente no seu blogue.
Entretanto, substitui o mesmo por outra versão que já corresponde, em parte, àquela que foi distribuída aos deputados municipais... Todavia, não resistiu e cortou os anexos, nomeadamente a declaração de voto com a posição do grupo municipal do CDS a qual faz parte integrante do mesmo.

Assim se faz censura à boa maneira "democrática" da CDU em Almada. E este exemplo do sr. chefe de gabinete da presidente da Câmara é, de facto, um exemplo digno de figurar na "galeria da pouca vergonha" que se passa aqui em Almada a nível da gestão autárquica.
(Ermelinda Toscano)

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Minda
Quando encontrar algum dos autarcas de Almada pela Assembleia Municipal, aproveite para lhes perguntar se consideram normal um presidente ir aos plenários de trabalhadores da empresa que gere?
Se por acaso não considera essa acção como coação e pressão do patronato.
Se acha que os trabalhadores ficam com a mesma liberdade para colocarem as questoes sensíveis relacionadas com a sua vida profissional?

Entre proibir os plenários ou fazer isto, se calhar que venha de lá o salazarismo, sempre é mais decente!

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