segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Para reflexão...


Escrevi o texto onde este excerto se insere há oito anos... lembrei-me dele hoje porque me cruzei pelas redes sociais com uma das pessoas que me levou a escrevê-lo. Retirei-lhe a identificação dos intervenientes, mas deixei a escrita tal qual estava à época.
Serve apenas para uma breve reflexão...

Para quem, como eu, assenta a sua intervenção política em valores como a transparência na gestão autárquica, a luta contra a corrupção, a dignificação do exercício de funções públicas e a defesa dos direitos dos trabalhadores, sacrificar a coerência e a isenção da sua atuação em prol da manutenção de escusos interesses partidários (formatados em princípios que não correspondem, minimamente, aos objetivos de cidadania da sociedade atual), apenas nos mostra o quão limitados são, afinal, os horizontes democráticos destes escravos da ideologia.

Nenhuma força política tem o monopólio exclusivo dos atos democráticos e muito menos existem partidos detentores absolutos e exclusivos da defesa de objetivos de equidade e justiça social.

Por isso, mais importante do que colocar rótulos nos partidos políticos, com base na interpretação dos seus objetivos programáticos ou dos discursos públicos dos seus líderes, é saber afastar a cortina dos preconceitos ideológicos, separar a política nacional da política local e ter a capacidade para, de forma isenta e imparcial, analisar a prática quotidiana dos eleitos, face às disposições legais vigentes.

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