Em janeiro último os trabalhadores da Assembleia Distrital de Lisboa, prevendo as dificuldades financeiras que se iriam sentir escreveram uma carta aberta aos autarca da Assembleia Distrital (48 no total: os presidentes das 16 câmaras e assembleias municipais do distrito e, ainda, 16 presidentes de junta de freguesia, um por cada concelho, eleitos nas respetivas assembleias municipais).
Entretanto, o município de Vila Franca de Xira, que não pagava contribuição desde janeiro de 2011, acabou liquidando aquela dívida e tem, hoje, a sua situação regularizada. Não fosse isso, e a saída de um trabalhador para outra entidade, através de mobilidade interna, e o colapso financeiro tinha chegado logo no primeiro trimestre do ano.
Mas, ao contrário da autarca de Vila Franca de Xira que, presumivelmente, sensibilizada com as palavras dos trabalhadores, repensou a sua atitude, a presidente da Câmara de Odivelas (Susana Amador) e os presidentes das Câmaras de Lisboa (António Costa) e de Sintra (Fernando Seara) continuam a considerar que é legítimo fazer os trabalhadores pagarem as consequências da sua falta de coragem para, no local próprio (as reuniões da assembleia distrital), vir defender a extinção dos serviços e apresentar solução para integração do pessoal e do património.
Que caráter é o desta gente que assume como válida a hipótese de deixar trabalhadores sem salário como forma de pressão política?
Entre outras diligências, ontem mesmo seguiu um ofício/circular da presidência da ADL dirigido a todos os membros deste órgão distrital, apresentando o resumo da situação financeira concreta e alertando para o facto de, a partir de setembro próximo, se aquelas autarquias insistirem neste comportamento ilícito, deixar de haver quaisquer hipóteses de assegurar o funcionamento dos serviços e pagar o salário aos trabalhadores.
Antes de tomar outra qualquer iniciativa, os trabalhadores deliberaram aguardar alguns dias para verificar qual o impacto da comunicação do presidente da ADL. Mas já estão traçadas as próximas linhas de ação... porque ficar de braços cruzados à espera que tudo aconteça é que não pode ser.
3 comentários:
Original, ou talvez não, sería no futuro a criação da Assembleia das Assembleias Distritais.
Objectivos?
Coordenar os interesses individuais de cada uma das assembleias distritais.
Cooperar na criação de unidades culturais descentralizadas, como: museus, teatros, polidesportivos, multiusos,salas de sueca, campos de tiro ao alvo,etc.
Criar de raiz um quadro permanente de especialistas em astrologia, tarot, sauna,orientação espiritual, etc.
A receita sería exclusivamente baseada na contribuição das assembleias distritais de todo o país e cada uma delas sería aí representada por membros eleitos entre os membros eleitos.
AI PORTUGAL!!!!!!!!!
Não! A solução é extinguir o órgão, que não serve para nada e, aliás, refere-se a uma realidade - o distrito - que já nem existe. Andou bem o governo em extinguir de facto mas não de iure os governos civis, e andariam bem os autarcas em extinguir as assembleias distritais de facto e não de iure e esperar pela revisão constitucional. Aliás, nem sei bem se a assembleia a que se refere a ADL é necessariamente a A. Distrital. O pessoal: mobilidade especial!
Aproveito para deixar aqui em primeira mão: mercê das diligências encetadas pela presidência da ADL, com base numa informação financeira por mim redigida, a Câmara Municipal de Odivelas informou hoje, oficialmente, que ia liquidar a sua dívida. Obrigada senhora Presidente Susana Amador. Esperamos que lhe sigam o exemplo os senhores presidentes das câmaras de Lisboa e Sintra.
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