quinta-feira, 13 de julho de 2006

Ingratidão

Hoje apetece-me falar sobre a ingratidão no seio da família, sobretudo dos filhos para com os pais.
Da ingratidão e do egoísmo que ela representa, da facilidade com que se quebram laços de amor, amizade e respeito apenas porque há filhos que pensam que a felicidade é ter a liberdade de fazer o que se quer, sem ter de cumprir regras, como se os conselhos paternos fossem sempre sinónimo de injustiça.
Filhos que preferem mentir aos pais e os tratam como inimigos. Filhos que consideram os progenitores como pessoas de pouca confiança porque estes nem sempre lhes satisfazem as vontades.
Filhos que têm da vida uma visão interesseira, desprovida de consideração pelos sentimentos dos outros, que não entendem a preocupação dos pais e a consideram sempre uma incómoda forma de controlo.
Filhos que querem dos pais todo o bem estar e dinheiro possível, mas que não se esforçam por compreender o sacrifício que, por vezes, eles fazem para lhes proporcionar uma boa vida.
Filhos que são indiferentes aos sentimentos dos pais e cujo sofrimento é algo que pouco ou nada lhes interessa.
«Filho és, pai serás, como fizeres assim acharás»... no fundo, jovens que se julgam felizes hoje mas que virão a ser adultos amargurados, porque decerto irão encontrar à sua volta, quiçá no seio da família que venham a constituir, muitos outros corações insensíveis, como o seu próprio foi.
Filhos que, mais tarde ou mais cedo se envergonharão da forma ingrata como trataram os pais, mas que podem não chegar a ter oportunidade de lhes mostrar o seu arrependimento...

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