quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Faleceu Alexandre Castanheira! Memórias poéticas numa singela homenagem.


Soube-o através de uma publicação na rede social Facebook do vereador da Câmara Municipal de Almada António Matos, como a imagem ilustra.
Faltam-me as palavras para expressar a dor que sinto. Admirava, e sobretudo respeitava, Alexandre Castanheira pelo seu caráter e dedicação à causa pública. Adorava a sua poesia e a forma sentida como a declamava.
Tive a sorte de com ele privar inúmeras vezes nas muitas sessões de "poesia vadia" em que participou além de outras iniciativas dos "Poetas Almadenses" dos quais era um pilar de sustentação.
Para memória ficam as gravações vídeo que fiz (umas melhores que outras) das nossas atividades em conjunto com o grupo de amigos a que pertencíamos.
Deixo-vos também o poema que lhe dediquei em 2008 por ocasião do lançamento do seu livro "Tempo Meu" durante a sua festa de aniversário:

Num tempo que só seu diz ser
o tempo d'outros partilha…

Passo a passo, sem esmorecer
vidas num instante cruzadas
recordações que se não esquecem
entre linhas desencontradas.

Aos alunos diplomados
ou aos companheiros de luta,
parceiros d'ideais conquistados,
solidário, camarada
ou, simplesmente, amigo…
uma palavra a todos é dedicada.

Do vazio que nada é,
seja por acaso ou não,
naquele que hoje volta a ser
um tempo de insubmissão,
transforma a raiva que é dor
em sublime poesia
gestos simples de amor
Ou em canto de alegria.

De carácter forte e amável
Cativa-nos com seu sorriso
E aos oitenta anos de idade
Continua a ser um exemplo
Na luta pela Liberdade.


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