Fotografia de Susana Barão.
A primeira vez que foi de barco até Lisboa, tinha quatro anos. Venceu o medo que sentia fixando-se na paisagem. De pé no banco, com ambas as mãos agarradas à janela aberta, os cabelos drapejando, os olhos espantados a observar o rasto de espuma que o cacilheiro ia deixando sobre as tranquilas águas do rio Tejo, enquanto o avô a abraçava pela cintura. E no regresso a casa, já noite, foi o farol de Cacilhas, com a sua luz circulante, que mais a fascinou. Passaram quase sessenta anos, mas é com saudade que Maria recorda aquele dia.
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