Como já devem ter reparado, têm aparecido por aqui alguns comentadores anónimos que, a pretexto de criticarem o conteúdo dos artigos que escrevo, acabam por proceder à avaliação do meu carácter, tentando achincalhar-me publicamente.
Esta não é, todavia, a primeira vez. Há quatro anos atrás aconteceu o mesmo, com outros protagonistas.
Apresentei, então, denúncia ao Ministério Público contra incertos. Apesar de se ter identificado o titular da conta no ISP, o caso foi encerrado por o computador a partir do qual eram enviadas as mensagens ser propriedade do filho da idosa que se recusou a informar os investigadores sobre o paradeiro do filho, conforme consta do teor do acórdão do tribunal (que identifica o nome e a morada da pessoa em causa). Ora, tendo a mulher sido constituída arguida, o susto fui suficiente para acalmar os ímpetos do filho e os ataques pararam.
Agora, no caso presente, a situação muda de figura…
O comentador anónimo que tem vindo nos últimos dias/meses (desdobrando-se em múltiplas personagens), a tecer considerações sobre mim, foi deixando, inadvertidamente, diversas pistas que levaram à sua identificação e que ele, num precipitado e incauto gesto de vaidade acabou por confirmar:
« Perverso disse... Pronto! Não aguento. Vais mesmo dar uma gargalhada tal como eu já dei. Beijos oh deputada municipal. :):):) 27 de Julho de 2010 18:35»
Tive, assim, a confirmação de uma desconfiança que há muito vinha alimentando e da qual fui dando subtis indicações para que a pessoa em causa percebesse que eu sabia quem era. E acertei!
Não vou aqui apresentar a fotografia do sujeito, o seu nome e apelido, morada, telefone, telemóvel e e-mail pessoal. Mas não resisto a dizer-vos que a situação profissional é reformado (por isso tem tempo de sobra para se dedicar à blogosfera) e o seu antigo local de trabalho era a Câmara Municipal de Almada (de onde levou uns quantos “ódios de estimação” para casa, nomeadamente contra a Presidente da CM)… as outras, são informações que guardarei para comunicar, oportunamente, às instâncias devidas.
Contudo, uma coisa mais vou fazer: informar-vos da sua “residência virtual”, um blogue onde, como seria de esperar, escreve sobre anonimato e no qual, obviamente, faz censura de comentários pois, medindo os outros pela sua bitola, assim selecciona todos os que com ele não concordam (e tenho exemplos de pessoas minhas conhecidas que lá tentaram comentar e não foram aceites por, claro, discordarem do seu autor). Aliás, sabendo que eles também vinham ao Infinito’s chegou a ter o desplante de me questionar se eu sabia quem eram pedindo que os identificasse.
Perguntar-se-ão como sei tudo isto? Pois… este é um caso triste. A dita personagem, que no seu blogue REFLEXOS assina como Observador, e já foi Repórter num outro que terminou há uns anos atrás, e que aqui já se fez passar por simplesmente Anónimo, Perverso e outros cognomes mais ou menos inspirados, pensava eu que era um amigo, uma pessoa em quem podia confiar, com quem partilhava ideias políticas semelhantes… até à campanha para as autárquicas de 2009, nas quais mostrou vontade de integrar a lista do BE para a Assembleia Municipal, como independente, em lugar elegível, e o mesmo lhe foi negado por ser um desconhecido das estruturas locais do partido, e assim pretender continuar a ser.
A partir daí tudo se alterou… passei de “amiga bestial” a “besta inimiga” num ápice. Várias foram as mensagens privadas que trocámos sobre o assunto (algumas até bastante azedas), mas, sinceramente, nunca pensei que aquela pessoa que eu respeitava e por quem nutria bastante consideração, apesar do seu habitual humor ácido e corrosivo, fosse capaz de chegar a uma atitude destas. É triste, mas aconteceu! E é caso para dizer, que com amigos destes não preciso mesmo nada de ter inimigos (como outro anónimo que por aqui aparece, deputado municipal da CDU, também já perfeitamente identificado).
“Quem não se sente não é filho de boa gente”, diz o povo (e com razão). Por isso, depois de tudo o que sobre mim escreveu, obviamente que não poderia achar que fora tudo uma simples “brincadeira” como ele pretendia que fosse.
Apesar de considerar que as provocações e ofensas tinham ido longe demais para que tudo pudesse ser ultrapassado com umas boas gargalhadas, limitei-me a responder: «Já não aguenta? Eu também não! Mas avancemos... que a vida são dois dias e o Carnaval três.»
Parece que não gostou. E embora o Perverso tenha “morrido” apareceu, logo de seguida, um outro anónimo (com o mesmo estilo de escrita, portanto, perfeitamente identificável), comentando um curto reparo que fiz a uma gafe do Presidente da República (sem adjectivar a falha e muito menos tecer considerações sobre o seu significado), como se eu tivesse cometido um “crime de lesa pátria” e por isso o meu carácter merecesse condenação na “praça pública”.
Mas vejam só como o dito senhor Observador trata o Presidente da República neste seu artigo (convenientemente anónimo é bom lembrar!): “Atitude pequena de um homem pequeno”:
«Aníbal Cavaco Silva é, confirmou-o ontem, um homem muito pequenino. Sem classe. Alguém que deveria ser, desde já, esquecido por todos os portugueses.»
Se tiverem pachorra para tanto, comparem o meu artigo com o dele e digam lá se “bate a bota com a perdigota”…
Não fosse este um episódio de lamentar e que, por isso mesmo (independentemente de até podermos ter um elevado sentido de humor), não dá vontade nenhuma de sorrir sequer, e eu diria: para quem pretendia menorizar o assunto com umas boas gargalhadas, é caso para pensar que, de facto, “o último a rir é o que ri melhor”!
Quanto a juízos de valor sobre a personalidade deste senhor, façam-nos vocês…
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Nota:
Alertada por um comentário a este artigo, que me chamou a atenção para um pormenor que poderia ter sórdidas interpretações, esclareço que este suposto “amigo” foi, para mim, apenas isso e nada mais… uma amizade nascida, crescida e falecida, na blogosfera, portanto, desenvolvida de forma virtual.