terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Pausa natalícia



Este período do ano é bastante difícil para mim. Não tenho férias (embora gostasse) e estou "assoberbada" (esta expressão é tão gira!! não é??) de trabalho (no meu Serviço, em Lisboa, e em Santarém onde dou apoio)... esta época do ano, ao contrário do que possam pensar, é bastante stressante nas autarquais locais por causa das reuniões dos órgãos executivos e deliberativos. E eu no meio disto tudo, a transitar entre dois distritos, acabo por ficar sem tempo para nada.

Assim sendo, estou sem tempo para actualizar o blog. Peço-vos desculpa por isso e aproveito a oportunidade para desejar BOAS FESTAS:

Feliz Natal e Próspero Ano Novo.

E cá nos encontraremos o mais breve possível, talvez antes do Natal. Mas, de certeza, ainda este ano... Um abraço para todos vocês!

Imagens: iluminação na Praça Gil Vicente e Igreja de N.ª S.ª da Salvação (ambas em Cacilhas).

sábado, 16 de dezembro de 2006

Salinas de Rio Maior

Hoje, deixo-vos uma outra sugestão de passeio. E já que vão por terras ribatejanas do distrito de Santarém (partindo do pressuposto que aceitaram a minha proposta de ontem), aproveitem e passem, também, por Rio Maior e visitem as Salinas:


As Salinas de Rio Maior, também chamadas de Marinhas de Sal, encontram-se em pleno sopé da Serra dos Candeeiros, a trinta quilómetros do mar. Rodeadas de arvoredo e terras de cultivo, as Marinhas de Sal apresentam-se como uma minúscula aldeia de ruas de pedra e casas de madeira, onde se destacam uns peculiares tanques de formas e dimensões irregulares, que a partir da Primavera se enchem de água salgada e dão origem a verdadeiras pirâmides de sal.
Uma hipótese de passeio bastante interessante.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Vila Cardílio

Por motivos profissionais estive ausente alguns dias. Peço desculpa pelo meu silêncio. E como forma de me "redimir" deixo-vos aqui uma sugestão para o fim-de-semana que já está aí à porta:


Se gostam de história/arqueologia e tiverem tempo para um passeio com a família vão visitar o concelho de Torres Novas, no distrito de Santarém e, de seguida, passem pelas ruínas romanas da Vila Cardílio. Ficarão encantados, podem crer!
(nos fotologs cujos links estão ali na coluna da direita, podem encontrar várias fotografias de Torres Novas, nomeadamente do seu castelo e do Rio Almonda).

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

É já logo à noite

É já logo à noite, 21h 30m, no Pé de Página:
Inauguração da exposição de pintura de Luís Miguel.
Estão todos convidados a passar por lá!
Poderão apreciar os belos trabalhos expostos (dos quais saliento a tela de fundo negro da foto acima, acabadinha de pintar - ainda cheira a tinta e tudo!) e passar uma noite de convívio entre amigos num local agradável onde o ambiente convida à reflexão e às conversas intimistas.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Ainda o Tejo

Estou sem tempo e, principalmente, sem imaginação...
Não sei o que escrever.
Apetece-me falar de tudo, mas parece que nada serve como tema central da notícia que quero abordar.
Vai, portanto, grande confusão por estas bandas, derivada, sobretudo, da azáfama que é comum, nesta época do ano, nos órgãos autárquicos... fico com a "cabeça em água" e desprovida de ideias (a precisar de férias - o fim de semana prolongado foi insuficiente).
E a coisa complica-se mais ainda quando temos que dar assessoria regular e permanente em dois distritos diferentes (Lisboa e Santarém), como é o meu caso.
Por isso, deixo aqui mais outra fotografia do "meu rio"... desta feita um esplêndido nascer do sol tirada do Cais do Sodré (ainda se vê ali ao lado a proa de um dos catamarãs que fazem a carreira do Montijo) na 5.ª feira passada.

domingo, 10 de dezembro de 2006

Musa de poetas

Belíssimo este entardecer, mesmo em dia de tempestade, no Rio Tejo. Não acham? E é por estas e por outras que me considero uma sortuda... ao contrário de muitos que, tal como eu, fazem esta travessia diária mas que a consideram um drama!
Expliquem-me por favor: como é possível não apreciar estas magníficas imagens, ou as do nascer do sol nas mansas águas deste imenso estuário? como é possível ficar indiferente a tanta beleza e achar que é um sacrifício a viagem entre as duas margens do Tejo?
Um resto de bom fim-de-semana.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

A não perder!

12 DE DEZEMBRO: 21h 30m
Fórum Municipal Romeu Correia
Praça da Liberdade – Almada


“Sentado, impotente, numa cadeira de rodas, decidi, então, acercar-me da tela. Toquei nesta com as mãos, e descobri que podia usar todo o meu imaginário e com ele criar formas, inventar volumes. Sem receios, ressentimentos ou favores. Com alegria e generosidade construí e tenho vindo a construir o meu universo, a minha obra.” Luís Miguel.

Nota: a exposição estará patente ao público até ao dia 12 de Janeiro de 2007.

fimdepagina@gmail.com

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Para este fim-de-semana

Teatro Fórum de Moura apresenta:

"Se Os Tubarões Fossem Homens", a partir de textos de Bertolt Brecht, com Jorge Feliciano e Andreia Egas, no Teatro Extremo.
Dias 8, 9 e 10 de Dezembro, às 21h30 (dia 10, domingo, há sessão também às 16 horas).
A peça conta, ainda, com a participação especial dos La Dupla e do DJ x-Acto.

Bilhetes: 5 Euros (Normal) e 2,50 Euros (estudantes até aos 25 anos de idade, profissionais da área do espectáculo, idosos a partir dos 65 anos).

E, atenção:
Sexta-feira, dia 8, após o teatro, há recital de aniversário do Debaixo do Bulcão, no bar do Teatro Extremo.

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Central versus Local

A descentralização de competências assume particular relevância quando está em causa o desenvolvimento económico e social do país e, em particular, quando se pretende implementar uma gestão racional dos recursos endógenos de cada região.

As vantagens que resultam da maior aproximação entre a Administração e o Cidadão não se esgotam com a satisfação das necessidades básicas da população, muito pelo contrário, elas abrangem, igualmente, as questões relacionadas com a própria identidade cultural do território.

(…) Existe um conjunto de atribuições (na área do ambiente e do urbanismo, por exemplo), que só com muita dificuldade os municípios isolados conseguirão exercer na íntegra, pelo que a transferência de competências para o nível supramunicipal é uma necessidade. Todavia, para que esta medida se torne um efectivo instrumento de cooperação, de equilíbrio regional e de aumento da cidadania na vida colectiva, é indispensável evitar que tecnocracia e burocracia continuem a dominar os processos de decisão política.

(…) O princípio constitucional da autonomia local impede, teoricamente, que sejam transferidas para os municípios competências que estes possam não estar habilitados a desenvolver. Contudo, a regra adoptada tem sido, sempre, a da universalidade, ou seja, as tarefas são impostas, independentemente da capacidade técnica, humana e financeira do receptor para satisfazer as novas incumbências.

As competências de escolha casuística, por medida, em que as autarquias têm a possibilidade de escolher as atribuições que pretendem, mediante acordo com o Governo assente «numa tipologia contratual e identificação padronizada de custos» (artigo 6.º da Lei n.º 159/99, de 14 de Setembro), parecem ser a solução. Mas, primeiro, há que garantir a equidade e transparência dos critérios a adoptar para se evitar que os contratos a celebrar acabem a reboque de meras lógicas de conveniência política ou partidária, em detrimento da prossecução do interesse das populações.

Os fundamentos que suportam a descentralização (maior proximidade entre a Administração e o cidadão; gestão mais eficaz dos bens públicos; utilização mais racional dos recursos disponíveis) não se atingem pela quantidade de poderes transferidos, mas sim pela qualidade das atribuições que se querem, efectivamente, trespassar. (…)


Maria Ermelinda Toscano, ADMINISTRAÇÃO CENTRAL E LOCAL: Transferência de Competências. Contributos Para Reflexão,
IV Pós-graduação em Gestão Autárquica Avançada.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Analfabetismo político




“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política. Da sua ignorância nasce o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, corrupto e lacaio de empresas.”

Bertolt Brecht

domingo, 3 de dezembro de 2006

"A linguagem de Deus"

Copiando Beethoven”, de Agnieszka Holland, é um filme sobre os três últimos anos da vida do compositor alemão Ludwig van Beethoven onde realidade e ficção se encontram lado a lado com a música como estrela principal.

O argumento integra uma personagem feminina (Anna Holtz) que desempenha o papel de copista do mestre (uma figura introduzida apenas para captar a atenção do público e tornar a história mais apelativa em termos comerciais já que nunca existiu), aqui apresentado como um velho rabujento e agressivo, com um comportamento antisocial e algo esquizofrénico, oscilando entre momentos de euforia, outros de calma relativa e, principalmente, uma raiva contra tudo e contra todos, presume-se consequência da surdez que o vitima e impede de ouvir a própria música.

É durante este período que Beethoven apresenta a grande obra da sua vida: a Nona Sinfonia. E o momento alto do filme é, sem margem para qualquer dúvida, a breve recriação, em palco, da estreia desta peça: é impossível ficar indiferente... digo-vos, sem vergonha, que chorei ao ouvir esta fantástica música.

São dez minutos de puro êxtase, impossível de descrever. Somos transportados para outra dimensão, apetece fechar os olhos e deixar os sentidos fluir... mas, por outro lado, presos num encantamento mágico, não conseguimos desviar os olhos do ecrã para observar os músicos vestidos a rigor (sentimo-nos em 1827, viajando no tempo), os acordes a sair desenfreados dos instrumentos, o grupo coral a elevar as vozes num cantar que arrepia e as expressões do rosto de Ed Harris (no papel de Beethoven) ou da bela Diane Kruger (como Anna Holdz), duas actuações plenas de força e sensibilidade.

Pouco me importa, pois, se a história é banal no que toca aos elementos extra-musicais (o confronto emocional entre o mestre e a copista, unidos pelo génio da música que toca a ambos de forma fenomenal, numa época em que a sociedade é, ainda, demasiado castradora no que se refere à emancipação feminina, aparece, claramente, com intuitos comerciais)... só sei que adorei!

Por isso, aconselho-vos a irem ver “Copiando Beethoven”. A música deste grande compositor, magistralmente interpretada, é mais do que suficiente para o considerar um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos.

E quem é apreciador do género, decerto nunca esquecerá instantes marcantes como, por exemplo, quando Ed Harris diz, com convicção, uma expressão de olhar inebriado, que «a música é o idioma de Deus» (tendo como ambiente de fundo acordes de piano e violino), ou, mais tarde, num sofrimento atroz, destilando a sua revolta contra o todo poderoso senhor do universo: «Deus infestou-me a cabeça de sons para, depois, me fazer surdo»... momentos dramáticos que nos fazem sentir no lugar da personagem e viver a sua angústia, numa empatia total que causa em nós uma estranha sensação de frustração que só a sublime música de Beethoven, sempre presente, consegue acalmar.

SÍTIO OFICIAL DO FILME
TRAILER
MAIS INFORMAÇÕES E FOTOGRAFIAS
MP3 DA 9.ª SINFONIA (pela Orquestra Sinfónica da Academia de Música da Ucrânia, regida por Roman Kofman. A gravação foi realizada ao vivo em 8 de Outubro de 2001, na Beethovenhalle de Bonn).

sábado, 2 de dezembro de 2006

Trafaria: uma ferida na paisagem



Estes edifícios, decadentes, quase em ruínas, são apenas três dos muitos exemplos que se encontram na "alameda" ribeirinha da Trafaria. É este o cartão de boas-vindas que se oferece a quem vem visitar a freguesia à espera de apreciar uma das mais belas vistas sobre Lisboa enquanto almoça num dos restaurantes da zona.

Uma praia cheia de lixo, de areia suja, é o complemento da paisagem degradante em que se tornou esta que podia ser uma bela e aprazível jóia turística do concelho de Almada.
Agora digam lá se não tenho razão para dizer: "PORRA! Basta de tanta negligência!".

Porra!

Ontem, depois do almoço, fui até à Trafaria. E, ao chegar àquela que foi a praia da minha infância, de areia branca e fina, só me apeteceu dizer: PORRA!

Peço desculpa por utilizar esta interjeição, mas é que não posso deixar de ficar chocada com a imagem que se me depara... Com uma das mais belas frentes ribeirinhas do concelho de Almada, é triste ver este abandono a que a Trafaria está votada, sinónimo de irresponsabilidade dos políticos mas, também, dos residentes, em particular dos pescadores que deixam a praia parecendo uma lixeira.

E a propósito da palavra porra, lembrei-me de um trecho do livro AL-GHARB, de Alberto Xavier, que fez dar umas sonoras gargalhadas quando o li e contribuiu para me animar um pouco:
«Raros fonemas conseguem produzir o prazer «excretal» de «porra». Seja qual for o significado material deste fonema, a verdade é que é indizível o prazer acústico-labial que dá dobrar os lábios em posição de combate, e expelir a militar oclusiva «P» com o prazer uretral de quem urina, e a raivosa vibrante velar, o «R» sonoro forte, no véu palatino, de modo rolado, repetitivo, como um rufar de tambor ou um disparo múltiplo de «fogo grego». Dizer «porra» é (...) um estilizado e intencional prazer fonético.»

Bom fim-de-semana.

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Ginjal: notas soltas

Recentemente tivemos conhecimento de que uma empresa privada comprou parte dos terrenos / edifícios do Cais do Ginjal. Pergunto: Quem são esses proprietários? O que é que compraram, exactamente? Já informaram a Autarquia de que forma pretendem rentabilizar o investimento? Existe alguma perspectiva quanto a prazos de implementação do projecto?

E quanto aos restantes edifícios, que não foram adquiridos por esta empresa, vão continuar a degradar-se, e a ameaçar ruírem a qualquer instante, constituindo um perigo acrescido para a saúde pública e a segurança das pessoas que por ali circulam, sejam moradores ou simples turistas?

Que propostas tem a CMA para o local, nomeadamente para a requalificação dos espaços públicos, enquanto a recuperação urbanística da zona não estiver concluída? Em particular, para quando se pensa efectuar a limpeza do local, sobretudo no que se refere às lixeiras em que se tornaram alguns daqueles armazéns abandonados?

Nalguns destes prédios vivem ainda famílias (umas porque ocuparam instalações devolutas mas outras, presumivelmente, por direito próprio): a Autarquia já pensou como vai ser o respectivo realojamento?

Nos termos do Decreto-Lei n.º 177/2001, de 4 de Junho (regime jurídico da urbanização e edificação) e do Decreto-Lei n.º 104/2004, de 7 de Maio (regime jurídico da reabilitação urbana das zonas históricas e das áreas críticas de recuperação e reconversão urbanística - considerado um "verdadeiro imperativo nacional"):
"a responsabilidade pelo procedimento de reabilitação urbana cabe, primacialmente, a cada município" tendo sido "concedida aos municípios a possibilidade de constituírem sociedades de reabilitação urbana às quais são atribuídos poderes de autoridade e de polícia administrativa como os de expropriação e de licenciamento" assim como poderes efectivos de intervenção (nomeadamente, demolição total ou parcial de construções que ameacem ruína ou ofereçam perigo para a saúde e segurança das pessoas, realização de obras coercivas e despejos administrativos) através das Sociedades de Reabilitação Urbana.
Pergunto: em Almada, tal como está a acontecer noutros municípios (que até já laboraram regulamentos específicos sobre o assunto) a autarquia já pensou socorrer-se destes mecanismos legais para proceder à reconversão do Cais do Ginjal e da zona histórica de Cacilhas?

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Agradecimento

Sombra de mim mesma
Em mágoas afundada
Fui aquilo que não quis
Entre o sonho e a realidade
Apenas para te ver feliz…
O teu sorriso, um meigo olhar
Ai, tantas vezes procurei
Um beijo, um simples abraço
Como os desejei…
Uma palavra bastava
Mas nunca a recebi
Por isso desisti…
Todavia não me perdi
E vida nova recomecei!
Das lágrimas que me fizeste chorar
Pérolas de alegria nasceram
Que o passado apagaram
Por isso a ti agradeço
Outro alguém ter encontrado
E a felicidade alcançado.

terça-feira, 28 de novembro de 2006

O guardião


Dele dizem que é o melhor amigo do homem.

Mas os pretensos amigos deste, só mesmo com letra pequena podem ser escritos… porque este é um cão abandonado que, há meses, deambula pela minha rua, ao frio e à chuva, petiscando o que lhe vão dando algumas vizinhas à porta das quais dorme, como se fosse um guardião.

Atentem bem na pose digna com que se apresenta, apesar da sua triste sorte.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

IV Seminário do Oeste 3

Finalmente, um pequeno resumo dos conteúdos.
O primeiro dia teve três painéis («Turismo, Património e Ruralidade», «O Impacto das Novas Infra-Estruturas e Equipamentos na Ruralidade do Oeste, na Perspectiva do Património» e «Rotas, Circuitos e Redes do Oeste: Potencialidades e Constrangimentos»), todos eles muito interessantes e com oradores que souberam motivar a plateia, nomeadamente o professor Augusto Mateus (ex Ministro da Economia no Governo de António Guterres) que apresentou uma mini conferência sobre as questões de enquadramento macro económico da região no país e na Europa, salientando a competitividade estratégica do Oeste num contexto regional mais alargado.

Todavia, porque não posso escrever sobre tudo, permito-me destacar o primeiro conjunto de intervenções devido ao facto de ter sido abordado um tema que me trazia na expectativa: o das cartas culturais autárquicas, que fiquei a saber tratar-se de um instrumento proposto pelo Instituto Politécnico de Tomar, com vista à melhor gestão da informações sobre o património material e imaterial existente no território concelhio, e que assenta no desenvolvimento de um software específico, o TURIAUTA, que existe desde 2003 mas está, ainda, em fase experimental.

Pelo que me foi dado perceber, a carta cultural autárquica pretende vir a funcionar como uma plataforma de conhecimento sobre os recursos endógenos de cada concelho ao nível do património cultural, potenciando o seu uso do ponto de vista turístico, mas contribuindo também para uma nova pedagogia e educação cívica das populações no que concerne à salvaguarda e valorização da sua região.

Importantes foram também as várias experiências sobre a organização de roteiros dirigidos a públicos específicos que transmitem informações sobre a história e etnografias locais, um valor acrescido à observação paisagística e por isso designados como "circuitos do conhecimento".
No segundo dia, tivemos mais três painéis: «Arqueologia do Oeste: um Património a Preservar», «Património e Cidadania» e «Marcas Identitárias: o Património Cultural do Oeste».
Destaco o 2.º painel, embora tivesse gostado de todos, porque património e cidadania são dois marcos que considero fundamentais na construção da nossa identidade enquanto indivíduos e membros de uma comunidade. Gostei das intervenções mas o debate ficou aquém do esperado, sobretudo por ter constatado que políticos e técnicos continuam, ainda, de costas voltadas e, salvo raras excepções, persistem na utilização de linguagens diferentes porque, apesar de afirmarem o contrário, não se querem entender…

IV Seminário do Oeste 2



Apesar da chuva, que chegou a transformar num rio a rua à saída do Auditório onde decorria o evento, e que transformou o lugar num gigantesco recipiente de recolha de chapéus molhados, como se pode ver pela sala cheia durante a pausa para café, ninguém desistiu de estar presente.
Igualmente de salientar era a pequena exposição fotográfica sobre a região oeste, onde cada município tinha o seu painel, e várias reproduções em madeira de edifícios emblemáticos de Arruda dos Vinhos, feitos com uma perfeição que todos admiraram.
Já no segundo dia, esta foi a Mesa do Painel intitulado «Arqueologia no Oeste: um Património em Desenvolvimento» que teve a participação dos arqueólogos João Ludgero e Guilherme Cardoso anterior e actual arqueólogo da Assembleia Distrital de Lisboa (a entidade onde trabalho) -segundo e terceiro do lado direito.

IV Seminário do Oeste 1

O Presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, Carlos Lourenço, fez a abertura oficial do IV Seminário do Património da Região do Oeste que decorreu no Auditório Municipal, inaugurado na véspera (5.ª feira dia 23). Apesar da intempérie (com chuvas e ventos fortes durante todo o dia), a afluência de público foi muito boa e a sala esteve quase cheia de autarcas, técnicos e pessoal interessados nestas matérias da cultura e da sua região.
Num espaço recuperado, mantendo a traça original (a parede que se vê é interior), estava montada uma pequena "mostra de artesanto" onde a figura principal era a miniatura deste moinho de vento que permitia observar várias figuras no seu interior simulando os gestos de moagem do trigo.
Mas havia, além de bonecos de palha e panos bordados, saquinhos de cheiro com alfazema, entre outros artigos, e várias esculturas em madeira... tudo de artesãos locais, também presentes.

domingo, 26 de novembro de 2006

Arruda dos Vinhos 1

Apesar da chuva intensa, durante dois dos três dias em que estive por Arruda dos Vinhos, e do vento forte, ainda consegui fazer uns curtos passeios pela vila, de manhã e à hora do almoço. Dessas deambulações aqui vos deixo o testemunho, em dois blocos de oito fotografias cada. Mas fiquem cientes de que muito mais haveria para mostrar não fossem as condições atmosféricas que não me permitiam longas caminhadas (mesmo assim acabei por apanhar umas sérias molhas... e desculpem se as fotos não ficaram muito nítidas! É que segurar no chapéu, para me proteger da chuva e do vento, e fotografar ao mesmo tempo, acabou por ser um exercício de circo, nalgumas situações). Espero, contudo, que fiquem com vontade de vir visitar esta linda terra, que fica a cerca de 30 minutos de carro de Lisboa...





Arruda dos Vinhos 2

Mais algumas imagens de Arruda dos Vinhos:



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