Base.gov - consulta efetuada no dia 14-01-2018
Ao consultarmos o Plano
e Orçamento da União das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas
para 2018, constatámos que 6% (41.300€) do total das despesas com pessoal (702.845€)
corresponde a contratos de prestação de serviços na modalidade tarefas e/ou
avença distribuídos pelos setores:
10.300€ - Administração Autárquica;
1.000€ - Secretaria;
7.000€ - Obras, Manutenção e Ambiente;
23.200€ - Ação Social, Saúde e Juventude.
Embora os casos de Fábia
Natacha dos Santos Mateus (contratada para prestar serviços de consultadoria
/ assessoria técnica na área de gestão de recursos humanos) e de José
Augusto Ribeirinho Bizarro (enfermeiro) também nos possam deixar algumas
interrogações (sobretudo pela falta de elementos específicos de análise), é a
contratação de Carlos
Fernando dos Reis Mendes que mais chamou a nossa atenção.
Carlos Mendes (funcionário dos SMAS com um percurso inicial
que nos deixa sérias dúvidas pelas evidências de favorecimento) beneficiou
sempre de várias benesses apenas por ser quem é (da confiança política da CDU,
filho do ex-presidente
da Junta de Freguesia de Almada) ao longo das quase duas décadas que leva
como dirigente autárquico no município de Almada:
Em relação à casa
que construiu na Aroeira;
Às múltiplas
avenças que foi tendo (com autarquias CDU do concelho, entre elas a Junta
de Freguesia liderada pelo pai) em paralelo com o exercício de funções nos SMAS.
Em 2014 celebrou um contrato
de prestação de serviços com a Junta da União das Freguesias de Almada,
Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas, com a duração de um ano, eventualmente
renovável por iguais períodos se não fosse denunciado, presumindo-se que se
tenha mantido em atividade até ao presente pois existe dotação prevista no orçamento
de 2018 suficiente para manter a respetiva avença.
Mas coitado, considerando que nos mandatos anteriores tinha
avenças com três das quatro freguesias agora agregadas, até ficou a perder
agora que a avença é só uma. Ou ter-lhe-ão triplicado o valor mensal a pagar
para compensar a diminuição de contratos assinados? Como não sabemos de quanto
eram as avenças anteriores…
Todavia existem outros contratos de prestação de serviços não enquadrados
nas despesas com pessoal mas sim na aquisição de serviços, como o de Manuel
António da Silva Messias que celebrou três
contratos de empreitada, por ajuste direto, ao longo do mandato anterior:
um para 2015,
outro para 2016
e o último para 2017
(num total de 70.000€).
Apesar de se encontrar publicado o edital
referente à última adjudicação (no valor de 30.000€) nada se sabe quanto à proposta
em si e muito menos acerca dos termos do respetivo caderno de encargos.
E como a publicação dos contratos na Base.gov é feita por vezes com
quase um ano de atraso, é impossível saber das informações atempadamente para
questionar o executivo acerca das opções tomadas. Ainda assim, julgo que a
oposição na Assembleia de Freguesia deveria estar um pouco mais atenta a este
tipo de pormenores.
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