quinta-feira, 30 de abril de 2009

De volta à Cova da Moura

Acabei de regressar, há pouco, do "Moinho da Juventude" onde estive num jantar/convívio para festejar o aniversário da Lieve, mas não só. Esta pequena festa serviu também para angariar fundos para a associação, que anda com algumas dificuldades económicas.
Cada vez que venho a esta casa fico sempre impressionada... o calor humano sente-se em cada esquina e a solidariedade não é uma palavra vã.
A partilha é efectiva e o empenho de cada um move montanhas... de dificuldades diárias, que são muitas, mas a satisfação de atingir os objectivos é ainda maior.
Por isso, sempre que vou ao "Moinho da Juventude" venho de lá com o sentimento de que sou capaz de alcançar o céu, como por lá vi escrito...

O "bolo da solidariedade" e de "aniversário partilhado".
Com um óptimo aspecto e melhor sabor ainda.

Os parabéns cantados em português, com sabor multicultural,
e também em neerlandês, a língua do país de origem da Lieve (Bélgica)
aqui cantado em conjunto com duas amigas conterrâneas e duas sobrinhas.

Câmara Municipal de Almada comete atentado às "Terras da Costa"

Recebi, ontem, do «Movimento uma Charneca para as pessoas» a carta e as fotografias que aqui, hoje, vos apresento.
Trata-se de mais um atentado cometido pela nossa autarquia, com a conivência do partido que a suporta.
Esgrimam-se razões de parte a parte e, por vezes, a quem está de fora do processo é difícil conseguir saber de que lado está a verdade... mas a atitude prepotente da Câmara Municipal de Almada em nada abona a seu favor.
Diz a Presidente da CMA, que aqueles são terrenos da autarquia e que ali se vai construir um bairro social. Mais afirma, ainda, que os moradores já sabiam o que lhes ia acontecer pois tinham sido todos notificados.
Mas esqueceu-se a Sr.ª Presidente de explicar, afinal, qual terá sido o método utilizado para a autarquia ficar na posse daqueles terrenos que até há bem pouco tempo eram classificados como pertencendo às Reservas Ecológica e Agrícola Nacional e onde, agora, a CMA pretende, em nome do "progresso", plantar betão...
«Atentado às Terras da Costa na Caparica

Hoje, previa-se que às 6:00 horas as máquinas e o pessoal da Câmara Municipal de Almada com o apoio da GNR viessem “tomar conta” das terras de uma família de agricultores, nas Terras da Costa (junto à Torre das argolas na Freguesia da Costa da Caparica) com o total desrespeito pelas Leis do País e pela Justiça Portuguesa. Não foi feito qualquer auto de notificação a esta família pela Câmara Municipal de Almada e por isso, a ocorrer tratava-se de uma acção de completo desrespeito pelas pessoas num Estado de Direito. Este acontecimento ainda pode ocorrer durante o dia de hoje ou nos próximos dias.

Passaram poucos dias das comemorações do 25 de Abril e depois dos ilustres discursos de pompa e circunstância, proferidos pelos responsáveis da Autarquia Almadense. Importa que a população Almadense e os Portugueses conheçam a verdade e as reais intenções da Autarquia que em nome do Desenvolvimento (não sustentado), hipotecam o futuro das Pessoas que naquelas terras trabalham e viveram, bem como, de gerações vindouras que poderiam usar este recurso.

Ontem durante a manhã, a GNR e os funcionários Municipais numa brigada pretenderam “ocupar” os terrenos desta família mas não conseguiram fazê-lo, por intervenção da acção popular. Esta brigada Municipal não tinha qualquer documento legal, mas afirmavam os fiscais municipais, que esta “expropriação” se destinava à construção de 10 prédios para habitação social - jogam-se populações umas, contra as outras.

Verificamos que desta forma se iniciou, a execução Plano de Pormenor da Frente
Urbana e Rural Nascente (PP4) – do Projecto POLIS Costa da Caparica - ainda não colocado á discussão pública e sequer, com um Estudo de Impacto Ambiental que o regule. De referir, que estas terras estavam protegidas porque faziam parte da Reserva Ecológica Nacional (REN), da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica (PPAFCC) e da Reserva Agrícola Nacional (RAN) e que foram sucessivamente desanexadas destas protecções desde 2005. Feitos alguns cálculos simples, serão urbanizadas e destruídas pela construção da estrada ER-377-2 cerca de 50 ha das Terras da Costa. Os agricultores e a população em geral irão defender as Terras da Costa contra o betão e agora, contra esta acção de “expropriação/ ocupação” ilegal e por isso, se concentraram no local para a impedir.

Os especialistas e o próprio Ministério da Agricultura e Pescas, consideram estas terras de grande valor agrícola, defendendo a sua conservação e protecção dado que, pelas suas parti
cularidades edafo-climáticas, conseguem produzir 4 colheitas anuais com uma produtividade muito elevada, sendo o seu escoamento assegurado pelos mercados da Área Metropolitana de Lisboa.

Na verdade, estes agricultores reclamam o uso e a propriedade das Terras da Costa dado que, desde há ge
rações que ali vivem e foram os seus antepassados que as reclamaram ao mar, por isso, decorre em sede de Justiça processos.
Repudiamos completamente a destruição das Terras da Costa e este acto administrativo, e por isso, já apelámos à senhora Governadora Civil de Setúbal, para que tome as providências necessárias, acautelando as tensões sociais, ambiente de intimidação e até de violência na população nesta área do Concelho de Almada.
Caparica, 29 de Abril de 2009.

José António Costa Pereira
Coordenador do Movimento um Charneca para as Pessoas»

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Escândalo na Junta de Freguesia da Sobreda

Aconteceu na Sobreda da Caparica, concelho de Almada. Uma Junta de Freguesia liderada pela CDU, que é como quem diz, pelo Partido Comunista.
A Assembleia de Freguesia da Sobreda, reunida em sessão ordinária no passado dia 27 do corrente mês, aprovou duas moções de censura ao órgão executivo (além daquela que aqui vos apresento, houve uma outra do PS) na sequência do Relatório Parcelar emitido pela Comissão Eventual de Acompanhamento criada com o objectivo de analisar as irregularidades detectadas na Junta de Freguesia, ao nível dos procedimentos contabilísticos, nomeadamente a não entrega atempada das contribuições para a Caixa Nacional de Pensões.
Na sequência das conclusões apresentadas no Relatório Parcelar, a CEA emitiu uma proposta de deliberação que foi aprovada por unanimidade, portanto, colhendo os votos favoráveis da própria CDU que não teve outra opção face à gravidade dos factos relatados. Todavia, na votação das moções de censura a coragem dos autarcas da CDU não foi além de uma cómoda abstenção.



Julgo que o conteúdo dos documentos é bastante claro. Acontecimentos destes são escandalosos e um desprestígio para o Poder Local mas, sobretudo, envergonham a Democracia e ofendem os cidadãos.
Como é possível a CDU manter a confiança política numa autarca destas? Que conivências ou jogos de interesses se escondem por detrás desse apoio?

terça-feira, 28 de abril de 2009

Olhando o Tejo

Na minha memória guardarei, para sempre, as imagens magníficas deste estuário que abraça Lisboa e acarinha Cacilhas.
Mesmo que venha a esquecer muito do que já vivi, ou quando os meus olhos se fecharem em definitivo, a beleza desta paisagem aconchegar-me-á a alma eternamente.
Atravesso o Tejo todos os dias, tenho a sorte de ver nascer o sol sobre as suas águas... sinto-me feliz por esse previlégio. E se estou cansada e triste, retempero forças olhando o entardecer no rio.
Sou, de facto, uma mulher de sorte.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Plano de Pormenor da Quinta do Almaraz...

Rua Elias Garcia, em Cacilhas.
Edifícios n.ºs 88 a 92 que irão ser demolidos,
a quando da implementação do Plano de Pormenor da Quinta do Almaraz.
...Faz de conta que este é um processo participado!


Na última sessão da Assembleia de Freguesia de Cacilhas, 22-04-2009, ao contrário do que é habitual, foi com surpresa que pudemos contar com a presença de quase três dezenas de moradores que ali foram colocar mais de uma vintena de perguntas, em função da prevista demolição de um bloco de três edifícios na Rua Elias Garcia (n.ºs 88, 90 e 92), incluídos no perímetro do Plano de Pormenor da Quinta do Almaraz.

As preocupações eram gerais e as dúvidas imensas, sobretudo, quanto às perspectivas de futuro agora que o seu condomínio tinha a morte anunciada. Estavam ali para tentar colher informações sobre a tramitação legal e o cronograma de execução do processo. Queriam respostas. Todavia não as obtiveram, tendo sido aconselhados a procurá-las noutras instâncias (Câmara e Assembleia Municipal).

Sendo certo que a autarquia cumpriu os procedimentos legais quanto à divulgação da proposta que aprovou os termos de referência para a elaboração do Plano de Pormenor do Almaraz, nomeadamente o período de “consulta preventiva” – que terminara naquele dia, não podemos deixar de condenar a forma como o procedimento foi conduzido.

Apesar de o edital ter sido publicado no Diário da República e o aviso afixado nos locais de estilo da freguesia (a montra da Junta e pouco mais), só por mero acaso alguém viria a saber que o processo estava disponível para consulta, como acabou por acontecer.

Mesmo não sendo um imperativo legal, um documento desta natureza, em particular quando contém medidas restritivas que afectam o património dos particulares, deveria conter uma súmula das soluções jurídicas possíveis, para que os proprietários pudessem ficar esclarecidos quantos aos seus direitos e o efeito surpresa fosse atenuado. Sobretudo quando se propõe a demolição, com carácter de inevitabilidade, de imóveis habitados, relativamente recentes, sem problemas estruturais, em bom estado de conservação e convenientemente licenciados pela autarquia.

Além deste incidente do “faz de conta que este é um processo participado”, mas onde a opinião de terceiros em nada altera o rumo previamente traçado, o comportamento do Presidente da Junta (CDU) e do Presidente da Assembleia de Freguesia de Cacilhas (PSD), assim como do Coordenador da Comissão de Acompanhamento da Requalificação de Cacilhas (CDU), deixou também muito a desejar: céleres em remeter informação aos membros da Assembleia de Freguesia noutras situações, neste caso optaram por considerar desnecessário informar os restantes autarcas, embora os três tivessem consultado o respectivo dossier e soubessem, portanto, o que estava em causa.
Quer queiramos quer não, somos forçados a pensar que esta foi uma estratégia delineada para impedir a oposição (PS e BE) de estudar, atempadamente, o processo e evitar o aparecimento de perguntas incómodas (não nos esqueçamos que, em Cacilhas, CDU e PSD estão coligados).

No meio disto tudo, o poder local sai fragilizado e o funcionamento da Assembleia de Freguesia desprestigiado. Ganhar a confiança do eleitorado é, assim, cada vez mais difícil. Seguramente não é com atitudes destas que se combate a abstenção e se incentiva os cidadãos a participar na vida política activa.

domingo, 26 de abril de 2009

Evocar Abril: fotografias com palavras

Amigas e amigos,

É com muito prazer que vos envio, em anexo, o convite para a inauguração da minha nova exposição “Evocar Abril, fotografias com palavras”, no próximo dia 2 de Maio, sábado, às 18h, no Convento dos Capuchos, na Caparica.

Esta exposição foi organizada pela Câmara Municipal de Almada e insere-se nas comemorações dos 35 anos do 25 de Abril, a quem agradeço, desde já, o inestimável apoio que me deram na preparação física dos textos que acompanham as fotos, e não só, além da elaboração do primoroso folheto/convite em anexo.

Sinto-me ainda extremamente grato e honrado que, para um pequeno sarau cultural que acompanhará a inauguração, tenham aceitado o meu convite pessoal para participar:

- O coro Flamma Vocis, formado por cerca de 25 professores de escolas secundárias do concelho do Seixal, sob a orientação técnica de Vítor Reino, e que, de uma maneira geral, dedica-se à recriação e interpretação de peças musicais dos grandes períodos da polifonia europeia (Renascimento, Maneirismo e Barroco) procurando simultaneamente cultivar e dar a conhecer géneros musicais que não integram o repertório coral vulgar, incluindo música tradicional portuguesa e estrangeira;

- O professor Alexandre Castanheira, muito conhecido poeta e declamador de Almada, que nos empolgará com algumas poesias relacionadas com Abril;

- O professor Francisco Naia, cantor de Abril, com um percurso artístico inicial ligado a Zeca Afonso, e que, com a sua poderosa voz, nos fará sentir que o 25 de Abril está ainda bem presente.

Aguardando a vossa presença, despeço-me com amizade.



Evocar Abril, fotografias com palavras


No País de Abril

Por experiência pessoal, de há muito que conheço a dificuldade em explicar, a alguém actualmente com menos de 45 anos, o que era viver sob o regime fascista que foi derrubado em 25 de Abril de 1974. Por vezes, apetece-me apenas citar factos simples como o de sermos proibidos conversar com as raparigas (obrigadas a usar sempre saias) nos pátios dos liceus, mesmo nos poucos que eram mistos. Pois, por feliz contraste, basta-nos ir hoje a qualquer escola secundária e ver o amplo convívio de que gozam as moças e os moços.

Para além da repressão da polícia política.
Para além da guerra colonial.
Para além de que as mulheres não eram cidadãs, pois nem podiam votar.
Etcetera, etcetera, etcetera.

Assim, nesta exposição, partilho imagens e reflexões que têm a ver com o País e o Mundo onde vivemos neste pós-Abril. Simples apontamentos sobre alguns direitos e liberdades que, muitas vezes, não parecem assim tão garantidos como se pensava. Como o emprego para todos, a educação dos jovens, a saúde, o viver uma velhice tranquila.

Afinal, mesmo aquilo que consideramos direitos básicos continuam a ser postos diariamente em causa, acrescendo à preocupação de não vermos serem tomadas medidas consequentes sobre o estado do ambiente, que têm a ver com a “casa” onde todos vivemos e que todos os nossos filhos herdarão.

Será que precisaremos de um novo 25 de Abril, mas na aldeia global?

Vasco Ribeiro
Seixal, Abril de 2008

sábado, 25 de abril de 2009

25 de Abril na poesia da Liberdade


A MENTE NÃO MENTE

Semente a semente
na árida terra
doloridamente amarela
de suspeição,
de verdade adubada
fatalmente caiu
das calosas mãos
que tateiam futuro.
Se mente, não germina
a semente,
estiola no meio da gente
desejosa de verdade
mesmo que enclausurada
mas na mente não mente:
a semente germina
virtualmente
e o cravo habilmente
apossa-se da aterradora terra
e fecunda-a com amor.
Surpreendentemente
em Abril
floresce o cravo
que a mente sorrateiramente plantara
na sequiosa terra da verdade
e emoldura a paisagem
agora
vermelha de alegria.
Não mente,
germina
irrompe no meio da gente
vigorada pela verdade
libertada.
E canta
gloriosamente
no peito e na mente
pois sabe que futuramente
construirá completamente
um país de felicidade.
Pétala a pétala
na cansada terra
desgraçadamente
iludida de promessas
desfolha-se tristemente o cravo;
mas logo magicamente
se refaz na mente
que virtualmente
o futuro gera.

Alexandre Castanheira
Almad'Abril, edição comemorativa do 25 de Abril, edição Poetas Almadenses, 2009

sexta-feira, 24 de abril de 2009

As censuras... antes e depois do adeus!

Para ler, clique nas imagens sff

Eu conto estar lá. Venha você também.
O tema promete.
E há muito que dizer, escutar e aprender.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Almada: terra onde a CDU brinca à democracia


Ontem, na Assembleia de Freguesia de Cacilhas, o Bloco de Esquerda apresentou uma Moção intitulada "O 25 de Abril e a Democracia Local".

Porque estes fóruns autárquicos são (ou deveriam ser, melhor dizendo), sobretudo, para discussão dos problemas locais (acho eu, mas se calhar estou errada!!) não podíamos deixar de denunciar uma situação que reputamos de lamentável a todos os níveis:

O facto de a presidente da Câmara Municipal de Almada, ostensivamente, ter desrespeitado uma deliberação da Assembleia Municipal (entre muitas outras atitudes de completo desprezo pelo funcionamento democrático deste órgão, como seja o sistemático incumprimento dos prazos de resposta aos requerimentos dos deputados municipais da oposição), o que representa um sintoma de autoritarismo cego (para não utilizar outro adjectivo) a roçar os limites do razoável.

Trata-se tão simplesmente, como já aqui denunciei, do desrespeito pela deliberação da AMA que aprovou o Mapa de Pessoal da CMA para 2009 e no qual não se prevê 25 dos lugares que Maria Emília autorizou fossem recentemente colocados a concurso. Afinal para quê aprovar no órgão deliberativo seja o que for se, depois, a Presidente da CMA faz o que lhe apetece?

E isto acontece na Terra da Liberdade (slogan da CMA em cartazes espalhados por todo o concelho - ai tanto dinheirinho dos nossos impostos gasto em futilidades enquanto, por outro lado, se cerceiam direitos aos trabalhadores do município!!)...

De repente percebi: Almada é, pois, a terra onde a CDU tem a liberdade de fazer o que muito bem lhe apetece, de forma impune... porque se julgam os guardiães da moral e da ética democrática tudo o que fazem não pode ser condenável.

Claro que não me espantei quando, além do BE, apenas o PS votou a favor desta Moção. Mesmo a posição do PSD de se abster, por considerar estarem misturados assuntos que deveriam ser tratados em separado, não me causou surpresa.

É certo que esperava esta reacção da CDU de votar contra... É que não se pode tocar na inatingível presidente da CMA, endeusada como a autarca modelo do PCP e para quem se tem que olhar de olhos vendados.

Mas será que, em Cacilhas, a CDU percebeu que ao votar contra esta moção está a menorizar o papel das assembleias autárquicas (do município e da freguesia) e a legitimar que, doravante, os respectivos executivos, quando acharem conveniente, podem não cumprir as deliberações daqueles órgãos? Será que estes autarcas estão conscientes de que este é um acto ilegal? E como reagiriam se esta situação se passasse numa autarquia em que a CDU fosse oposição? Ficariam calados e de braços cruzados? Quiçá até elogiariam o comportamento democrático do edil em causa?

terça-feira, 21 de abril de 2009

É esta a Costa da Caparica que queremos?

Terras da Costa: uma paisagem de horizontes largos, à porta do POLIS, com o mar à vista. Terrenos de cultivo e... muitas barracas semeadas por entre os produtos hortículas. "Habitáculos" onde vive gente, sem as mínimas condições... Cenário de um país terceiro mundista, numa freguesia do século XXI.

E no meio disto tudo, qual tem sido, afinal, o papel da Câmara Municipal de Almada?

Que planeamento do território temos em Almada?

Que políticas são as desta autarquia, supostamente de esquerda, ao nível da habitação social?
Imagens: Teresa Sales.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Juntar Forças...



Partindo do lema acima referido, o Bloco de Esquerda vai realizar, na próxima 3.ª feira, um debate centrado na temática REQUALIFICAR A TRAFARIA.

O moderador será Henrique Pires (da Comissão Coordenadora do Núcleo de Almada do BE) e os oradores, já confirmados, são:

Alda Macedo (Deputada do BE);

Joaquim Piló (Presidente do Sindicato Livre dos Pescadores);

José Pedro Lima (Arquitecto);

Rita Calvário (Engenheira Agrónoma).

Um sessão que se pretende seja a oportunidade para, em conjunto, reflectirmos sobre o presente e as prespectivas de futuro desta freguesia do nosso concelho, que apesar das magníficas paisagens se encontra tão degradada.

Venha participar. A sua opinião é importante.

domingo, 19 de abril de 2009

Almad'Abril... foi um êxito.



Decorreu ontem, entre as 16:30 e as 20:00 horas (e, coisa excepcional, começou e acabou a horas), na Sala Pablo Neruda, do Fórum Romeu Correia, uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Almada e dos Poetas Almadenses, integrada nas comemorações dos 35 anos do 25 de Abril.
Desde a decoração da sala, que estava um primor (obrigada à equipa da Biblioteca - Dr.ª Cecília, Dr. Armando, Dr. Augusto e Dr.ª Eunice, assim como aos trabalhadores anónimos aqui não citados e que contribuiram, também, para que tudo estivesse a funcionar neste sábado), ao excelente beberete oferecido pela autarquia, e que foi uma ideia extraordinária, pois permitiu criar um ambiente descontraído, de café concerto, que deixou todos os participantes muito satisfeitos, esta foi, sem margem para dúvidas, uma das melhores acções desenvolvidas até ao momento no âmbito da parceria informal estabelecida entre a CMA e os Poetas Almadenses.
A começar pela elucidativa e muito educativa exposição da União dos Resistentes e Anti-fascistas Portugueses, secção de Setúbal, e pela Conferência/Recital do professor Alexandre Castanheira (um dos mais conceituados autores do nosso concelho e do país, comendador da Ordem da Liberdade pelo seu contributo na luta contra o fascismo, pela Democracia), uma fantástica licção sobre o papel da poesia na construção da identidade democrática de Portugal, contando com a participação das duas dezenas de autores que vieram partilhar os seus poemas com todos os presentes, sem esquecer a música dos D'Age, um misto de intimismo com uma sonoridade envolvente, à voz clara e prenhe de conteúdo das Cantadeiras da Alma Alentejana (que nos trouxeram a emoção do cante alentejano), esta foi, de facto, uma sessão simplesmente fantástica.
Em nome dos Poetas Almadenses, que represento, não posso deixar de agradecer o contributo de todos: CMA, equipa do Fórum já aqui referida, prof. Alexandre Castanheira, os que vieram ouvir, os que declamaram poesia, ao António Silva (dos D'Aje), às Cantadeiras e ao seu ensaiador Luís Moisão (que não esteve presente por motivos imprevistos) e à Alma Alentejana (na pessoa do seu Presidente Joaquim Avó).


Inauguração da exposição "Um cravo vivo de sonho", organizada pela URAP.
Breve homenagem ao Zeca Afonso, por Ana Magalhães.

Conferência "A poesia da Resistênca e da Liberdade", pelo Prof. Alexandre Castanheira.


Início da sessão de "Poesia Vadia", por Bernardes-Silva, e na qual cerca de duas dezenas de pessoas disseram poesia alusiva ao 25 de Abril, de sua autoria e de outros autores.


Momento musical com António Silva, dos D'Age, e as Cantadeiras da Alma Alentejana.

E não podia terminar sem uma referência ao discreto caderno n.º 75, da colecção Index-Poesis, uma publicação periódica dos Poetas Almadenses, cujo título deu nome à sessão ALMAD'ABRIL: nela participaram trinta e cinco autores, almadenses sobretudo, mas também do Brasil (que nos apresentam a sua visão sobre a "revolução dos cravos" que se vivia em Portugal enquanto no seu país a ditadura ainda continuava), uns com menos de 20 anos, outros com mais de 80, homens e mulheres com diferentes vivências, culturas e sensibilidades, e que ofereceram cada um um poema para, em conjunto, comemorarmos os trinta e cinco anos do 25 de Abril.
No Blogue dos Poetas Almadenses poderá ver em breve a fotoreportagem completa e alguns videos da sessão.

sábado, 18 de abril de 2009

Mas que política é esta afinal?







Hoje, de entre um pacote com cerca de sessenta inaugurações que irão acontecer até à data das eleições autárquicas em Outubro, a digníssima Presidente da CMA irá, com pompa e circunstância, inaugurar as Pisicinas da Charneca / Sobreda.
Não contesto a utilidade de tal equipamentos, obviamente. Mas já não posso deixar de criticar a sua gestão... esperemos que não venha a acontecer como à Pista de Atletismo da Sobreda cujos preços praticados a impedem de ser utilizada pela maioria da população e, por isso, se encontra quase sempre vazia. É caso para perguntar: desporto para quem?
Mas as imagens que hoje aqui vos deixo retratam uma outra realidade, que também nos deve preocupar: o abandono e o desleixo a que a autarquia vota os espaços verdes do concelho, como acontece com este no Monte da Caparica. É assim que se preocupam com o ambiente? É assim que promovem a qualidade de vida dos habitantes? É para isto que criam parques infantis?
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