tag:blogger.com,1999:blog-292510592024-03-14T06:28:05.201+00:00∞ INFINITO’S ∞Porque infinita é a vontade de sonhar e chegar sempre mais além… Espaço de convívio e reflexão onde as palavras são sementes que crescem livres de amarras.Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.comBlogger3222125tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-53225400136138978452023-02-19T14:32:00.006+00:002023-02-20T18:06:55.832+00:00O ESTADO COMO GESTOR IMOBILIÁRIO: ENTRE O DOLO E A NEGLIGÊNCIA.<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTjgTjpF7GzfhXykbQICF7vSITGhpY1ZnMBYh5BNrvteYCJM9SkvKH9kVjsdw1TSgsrP4guNDvB5Z3jin0-UVuPwHk2ZfMNTwoUOv0sLAfk3jYAL7Y8_1UbKkhRnlhC2icGnAuyUwMjRWMomiM-xHq5We-xdIo21yAqLEMwT8MF0y0e47Xmw/s977/Capturar.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="599" data-original-width="977" height="392" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTjgTjpF7GzfhXykbQICF7vSITGhpY1ZnMBYh5BNrvteYCJM9SkvKH9kVjsdw1TSgsrP4guNDvB5Z3jin0-UVuPwHk2ZfMNTwoUOv0sLAfk3jYAL7Y8_1UbKkhRnlhC2icGnAuyUwMjRWMomiM-xHq5We-xdIo21yAqLEMwT8MF0y0e47Xmw/w640-h392/Capturar.JPG" width="640" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fonte: <i><a href="https://cordeldeprata.pt/produto/os-terrenos-do-dominio-privado-do-estado-e-a-gestao-do-territorio/" target="_blank">Os terrenos do domínio privado do Estado e a gestão do território</a></i>, de Ermelinda Toscano (2019).</span></div><p></p><p><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Vem esta breve nota a propósito do
pacote de medidas apresentado pelo Primeiro-Ministro, o Ministro das Finanças e
a Ministra da Habitação intitulado “<a href="https://www.portugal.gov.pt/download-ficheiros/ficheiro.aspx?v=%3d%3dBQAAAB%2bLCAAAAAAABAAzNDYzMAQAj56DFgUAAAA%3d">MAIS
HABITAÇÃO</a>” apresentado no passado dia 16 de fevereiro.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Ao ouvir quais eram as intenções
do Governo, a palavra que me veio logo à memória foi: “HIPOCRISIA!”… e não pude
deixar de pensar no caso do vastíssimo e valioso património predial da
Assembleia Distrital de Lisboa (entidade onde exerci funções durante 28 anos:
de 1987 a 2015) e na gestão dolosa, irresponsável e negligente como durante
décadas o Estado tem vindo a gerir esses bens que incluem desde quintas
seculares (nos concelhos da Amadora, Loures e Odivelas) a edifícios de serviços
no centro de Lisboa (junto ao Jardim Constantino) até bairros sociais e centenas
de lotes de terreno (para construção e indústria) no concelho de Odivelas.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Uma entidade que deixa património
imobiliário ao abandono até à ruína (nalguns casos imóveis de valor histórico –
como sejam, por exemplo, as quintas do Enforcado, da Lage e de Santo Eloy) e
tem dezenas de frações habitacionais onde vivem famílias em condições
degradantes (como acontece nos Bairros Sociais Dr. Mário Madeira, de Santa
Maria e de São José), será que consegue implementar as medidas que o Governo ora
se propõe para resolver o problema da habitação?<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sinceramente? Não creio! Quem
conhece estas situações (como eu), não consegue ter confiança nas promessas do
Governo.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para quem não acredita no que
digo, deixo-vos a fonte onde podem recolher toda a informação: <b><i><a href="https://drive.google.com/drive/folders/0B46pMqkTENIqamdTTnA5S0FBNVE?resourcekey=0-5OPegzLl0x-5J7lvZNRFiA">Inventário
do património predial da ADL</a></i></b>, onde encontrará, por município, a
lista completa dos prédios em causa (rústicos e urbanos), com a respetiva
identificação predial e álbuns de fotografias impressionantes sobre o estado de
degradação a que, já em 2013, tinham chegado aqueles bens… imagine como estarão
dez anos depois, quando sabemos que nada (nadinha mesmo) foi feito em prol da
sua recuperação.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Fica, também, a ligação para uma
das últimas exposições realizada nos Serviços de Cultura da ADL antes de serem
extintos: <b><i><a href="https://drive.google.com/file/d/0B46pMqkTENIqZnJtNnE2WkkzMGs/view?resourcekey=0-xVJiSaCaCMrYRYyoBrvVFQ">Olhar
o património</a></i></b>, onde cada cartaz apresenta um resumo sobre a história
das quintas acima referidas.<o:p></o:p></p><p>
</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Por último, deixo os <b><i><a href="https://www.academia.edu/39819854/Os_terrenos_do_dom%C3%ADnio_privado_do_Estado_e_a_gest%C3%A3o_do_territ%C3%B3rio">slides
de apresentação da minha dissertação de mestrado</a></i></b> que se centrou no
estudo deste património, e o livro que foi, depois, editado: “<b><i><a href="https://cordeldeprata.pt/produto/os-terrenos-do-dominio-privado-do-estado-e-a-gestao-do-territorio/">Os
terrenos do domínio privado do Estado e a gestão do território</a></i></b>” cujas
principais conclusões se resumem à constatação de que houve:<o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTPr_AH80jzLiJcdwYQepZdcQxxY3c441h6K9seh5v7jQwOn-3uk8Ts-6EM6Gvm-Geu8Ll8oRy4JNnyPUOLdXn3-P1Bbxi_LBLAfmeU4sQs07ZxhWSPgOPaCPf6DR91pUc_8c4Daox3YQxpRN9Q-YzC0pWVzSrkDHZCRU7k68ZY1ltYiMHjg/s517/Capturar1.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="282" data-original-width="517" height="219" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTPr_AH80jzLiJcdwYQepZdcQxxY3c441h6K9seh5v7jQwOn-3uk8Ts-6EM6Gvm-Geu8Ll8oRy4JNnyPUOLdXn3-P1Bbxi_LBLAfmeU4sQs07ZxhWSPgOPaCPf6DR91pUc_8c4Daox3YQxpRN9Q-YzC0pWVzSrkDHZCRU7k68ZY1ltYiMHjg/w400-h219/Capturar1.JPG" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;"><p></p><div><span style="font-size: x-small;">Fonte: <i><a href="https://cordeldeprata.pt/produto/os-terrenos-do-dominio-privado-do-estado-e-a-gestao-do-territorio/" target="_blank">Os terrenos do domínio privado do Estado e a gestão do território</a></i>, de Ermelinda Toscano (2019).</span></div></div><p><br /></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-5290741190155169772023-02-04T12:58:00.005+00:002023-02-04T17:00:59.879+00:00O SIADAP favorece a corrupção?<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOhVz7EAxcpmOpimeidA8D57LgXgAxh-05_vIxrOuCP49bNyUkpIf4ICk6x5MZqt_bussVq0gC3LZVZU9Pi_HYfat8LJCJhynBpq8UXjY07KVgU4KbWmSmpQ-x7UWhit1jmC3imhM4LqpROk4izebiuXIsvXjTin3d8rzNvY7HQVT9eeQRrQ/s640/535be345-question-mark-3842932-640.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="426" data-original-width="640" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOhVz7EAxcpmOpimeidA8D57LgXgAxh-05_vIxrOuCP49bNyUkpIf4ICk6x5MZqt_bussVq0gC3LZVZU9Pi_HYfat8LJCJhynBpq8UXjY07KVgU4KbWmSmpQ-x7UWhit1jmC3imhM4LqpROk4izebiuXIsvXjTin3d8rzNvY7HQVT9eeQRrQ/w400-h266/535be345-question-mark-3842932-640.png" width="400" /></a></div><br /> <p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Soubemos, nos últimos dias, que o Governo ia apresentar em meados
do ano corrente (lá para julho, talvez) uma proposta de alteração ao sistema de
avaliação em vigor na administração pública (abrangendo serviços, dirigentes e
trabalhadores) conforme foi noticiado na imprensa: </span><a href="https://observador.pt/2023/02/01/proposta-do-governo-de-revisao-do-siadap-e-alteracao-de-cosmetica-diz-frente-comum/"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Observador</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">, </span><a href="https://www.dn.pt/sociedade/novo-sistema-de-avaliacao-desempenho-da-funcao-publica-em-vigor-em-2025-15756599.html"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Diário de
Notícias</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">, </span><a href="https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/governo-promete-acelerar-progressoes-na-funcao-publica-sem-encolher-saltos-de-salario"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Jornal de
Negócios</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">, etc. etc.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Embora nem Governo nem sindicatos pareçam preocupados com o
problema, urge perguntar:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><b>De que serve o SIADAP voltar a ser anual e aumentar a grelha (escala)
de avaliação quando se mantém o cumulo de pontos (10) para progressão
obrigatória e o total de níveis remuneratórios (14)?</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Mas, sobretudo, há duas questões que se impõem (e que,
lamentavelmente, parecem arredadas das “negociações”) – de que servem
alterações pontuais no SIADAP, se continua:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><ul><li><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">A não se prever a obrigatoriedade de haver quaisquer mecanismos (de
auditoria interna, por exemplo) que impeçam as múltiplas situações de
favorecimento (como as que aqui já denunciei nos dias </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/2023/01/siadap3-incentivo-mediocridade.html"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">11</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">, </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/2023/01/siadap3-faltas-de-etica-por-entre.html"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">21</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> e </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/2023/01/siadap3-e-gestao-negligente-dos.html"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">30</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> de janeiro
último)?<o:p></o:p></span></li><li><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Sem se promover a clarificação dos conceitos utilizados na
descrição das competências (como sejam, nomeadamente: inovação e qualidade)?</span></li><li><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">A omitir-se quais são os critérios de ponderação dos quatro descritores
comportamentais em que se desdobram cada uma das competências a demonstrar?</span></li><li><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">A apostar-se no secretismo das várias fases do ciclo avaliativo
que impede a transparência do processo de avaliação?</span></li></ul><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Ao que tudo indica, o Governo pretende apenas, </span><a href="https://observador.pt/2023/02/01/proposta-do-governo-de-revisao-do-siadap-e-alteracao-de-cosmetica-diz-frente-comum/"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">como o
coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, refere</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> propor meras
“alterações de cosmética” que em nada contribuirão para transformar o SIADAP
num sistema mais justo e equitativo, opinião que partilhamos. Todavia
estranha-se que as questões acima indicadas pareçam estar de fora das
discussões e não constem do “caderno reivindicativo” … como se, mesmo para os
sindicatos, fosse importante a lei manter uma “porta aberta” para a
arbitrariedade?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Há, no entanto, uma outra perspetiva de análise que levanta uma
dúvida muito séria, mas que é tabu e ninguém tem coragem de sobre ela refletir:
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">estará o comportamento pouco ético de alguns
dirigentes, que avaliam por simpatia (ou favor) e não por mérito, e a atitude
passiva de quem aceita uma classificação que sabe não merecer, a transformar o
SIADAP num instrumento que facilita a corrupção?</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Na nossa opinião, a resposta é: SIM! Porquê? Leiam atentamente o
que se segue…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Comecemos por apresentar uma breve descrição sobre o conceito de
corrupção, utilizando a síntese da </span><a href="https://dgpj.justica.gov.pt/Documentos/Prevenir-e-combater-a-corrupcao/O-que-e-a-corrupcao"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Direção-Geral
da Política de Justiça</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">O crime de corrupção
implica a conjugação dos seguintes quatro elementos: uma ação ou omissão; a
prática de um ato lícito ou ilícito; a contrapartida de uma vantagem indevida;
para o próprio ou para terceiro.”</i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Apesar do SIADAP incluir uma série de atividades com risco
potencial, nalguns casos até bastante elevado, de haver quebra dos deveres de
transparência, isenção e imparcialidade (como aqui já o demonstrámos: em </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/2023/01/siadap3-incentivo-mediocridade.html"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">11</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">, </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/2023/01/siadap3-faltas-de-etica-por-entre.html"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">21</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> e </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/2023/01/siadap3-e-gestao-negligente-dos.html"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">30</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> de janeiro),
salvo raríssimas exceções, os “Planos de prevenção dos riscos de gestão,
incluindo os de corrupção e infrações conexas” por nós consultados (e foram
dezenas) quando abordam a área dos recursos humanos omitem qualquer referência
aos procedimentos associados à avaliação do desempenho dos dirigentes e
trabalhadores da organização, tal como acontece com o serviço cujas práticas
denunciámos nos três artigos atrás referidos).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">E disso mesmo já dava notícia, em 2017, o Ministério da Defesa
Nacional no seu </span><a href="https://www.portugal.gov.pt/upload/ficheiros/i007064.pdf"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Plano de gestão dos riscos de corrupção e infrações conexas</span></i></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> (p. 21):<o:p></o:p></span></p><br /><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaFMwklOweFftHPIvQuo0JbvamoIlp6BWqFowhzaYpIurxzKpJ8tkICOh3ckFholf48brs1S5Yhx9nMYbttXdWuZxeXGTuoPnEYAMYqDsUhjAgqbnD-vdToAuHrrJW-itX8-iBLLnyPudW5YyzYwPlPOuydDEEoUaIzKhc9agMk8gMRdVnIw/s714/corrupcao.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="372" data-original-width="714" height="334" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaFMwklOweFftHPIvQuo0JbvamoIlp6BWqFowhzaYpIurxzKpJ8tkICOh3ckFholf48brs1S5Yhx9nMYbttXdWuZxeXGTuoPnEYAMYqDsUhjAgqbnD-vdToAuHrrJW-itX8-iBLLnyPudW5YyzYwPlPOuydDEEoUaIzKhc9agMk8gMRdVnIw/w640-h334/corrupcao.JPG" width="640" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Todos os serviços da administração pública (central e local) que
aplicam o SIADAP correm estes riscos, mesmo que os não enquadrem nos respetivos
planos de prevenção da corrupção. E quando nesses serviços acontece que não
existe sequer um sistema de controlo interno (apesar de ser legalmente
obrigatório – artigo 9.º do </span><a href="https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?artigo_id=3530A0005&nid=3530&tabela=leis&pagina=1&ficha=1&so_miolo=&nversao="><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Decreto-Lei
n.º 192/2015, de 11 de setembro</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">) é óbvio que a salvaguarda da legalidade está comprometida (e não
apenas na área dos recursos humanos).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Por inexistência da adequada gestão de riscos este é, pois, o ambiente
propício à proliferação dos “desvios” que assinalámos nos artigos dos dias </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/2023/01/siadap3-incentivo-mediocridade.html"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">11</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">, </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/2023/01/siadap3-faltas-de-etica-por-entre.html"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">21</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> e </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/2023/01/siadap3-e-gestao-negligente-dos.html"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">30</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> de janeiro, ao
criar nos infratores uma sensação de impunidade: e assim se continua a
beneficiar os trabalhadores “amigos e conhecidos” (que progridem mais
rapidamente na carreira e com isso obtêm vantagens salariais que, numa
avaliação justa, seriam imerecidas) em detrimento daqueles cujo mérito sendo
evidente é, ostensivamente, não reconhecido, com prejuízo remuneratório.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Carlos Vares (2019) no blogue </span><a href="https://www.gnose.eu/2019/06/siadap-gera-descontentamento-na-funcao.html"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Gnose.
Cidadania Ativa</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">, a propósito do descontentamento que o SIADAP gera junto dos
trabalhadores da administração pública, escreveu:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 1cm; text-align: justify;"><i><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“Na avaliação dos trabalhadores e dirigentes, são definidos
objectivos confidenciais entre o Avaliador e o Avaliado, normalmente, nenhum
funcionário, mesmo trabalhando na mesma equipa e organização, conhece os
objectivos (e grau de dificuldade) dos outros. A confidencialidade nos métodos
de avaliação cria suspeição sobre o ‘benefício’ a alguns trabalhadores em
detrimento de outros. Imagine que se entrega a um Técnico Superior o difícil
objectivo de conceber um projecto de execução complexa e a outro, o simples
preenchimento de uma tabela Excel. Como distinguir pela nota, a dificuldade, a
aptidão e os conhecimentos colocados na execução do trabalho? No entanto, o
trabalho mais fácil pode sair imaculado e o outro talvez não. (…)<o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 1.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 1cm; text-align: justify;"><i><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Embora descontentes, a maioria dos funcionários públicos não
exercem o seu direito de reclamação, por medo de serem depois lesados pelo
Avaliador. Em casos mais graves, são até aconselhados pelos próprios
Avaliadores a não reclamar, com promessas de justiça na próxima avaliação. É
caricata a bola de neve da injustiça.”<o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Em conclusão:<o:p></o:p></span></p><p>
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Este ambiente de secretismo do SIADAP que alguns dirigentes, na
defesa de interesses pouco claros, levam ao exagero incumprindo até as regras
de publicitação que o próprio sistema impõe (comportamentos que contrariam o
princípio da transparência a que todos os organismos da administração pública
devem obedecer), na nossa opinião, é um incentivo ao </span><a href="http://bdjur.almedina.net/citem.php?field=item_id&value=1172960"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">tráfico de
influências</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> e </span><a href="http://bdjur.almedina.net/citem.php?field=item_id&value=1173020"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">abuso de
poder</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">,
duas práticas que configuram crimes enquadráveis na designação genérica de
corrupção.</span></b></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-28022891722060259552023-02-03T19:13:00.005+00:002023-02-04T09:27:39.356+00:00Técnicos superiores e Professores: a desonestidade da FENPROF.<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWGSC7a34o5lAtqHekpPBGB5rfPqI44JTG0FKpSDPp1GsTuVqRQUkJojBKeDQrkDET3yfeCEMOhvgdkCctLlkTzXflkbYXb4Jr1gIwNC06y6d-Y8dURDTNoc3qIYe0_27wGtbIPd4BLXwJl_fl_rfh-TYSr1tyigdX8YwwSSVNJAv1XcWCDw/s816/Capturar1.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="520" data-original-width="816" height="408" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWGSC7a34o5lAtqHekpPBGB5rfPqI44JTG0FKpSDPp1GsTuVqRQUkJojBKeDQrkDET3yfeCEMOhvgdkCctLlkTzXflkbYXb4Jr1gIwNC06y6d-Y8dURDTNoc3qIYe0_27wGtbIPd4BLXwJl_fl_rfh-TYSr1tyigdX8YwwSSVNJAv1XcWCDw/w640-h408/Capturar1.JPG" width="640" /></a></div><br /><p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Mário Nogueira (da FENPROF), durante a conferência de imprensa desta manhã,
comparou a carreira docente com a dos técnicos superiores da administração
pública para dizer que lamentava o facto de o topo de ambas ter deixado de
estar equiparado, com prejuízo para os professores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Sejamos honestos e, sobretudo, deixemo-nos de conversa e apresentemos
os números… a justa luta dos professores não precisa de informações dúbias ou
falaciosas para fundamentar a justiça das suas reivindicações.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Vejamos:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Em primeiro lugar, comparar o topo de uma carreira de catorze
posições remuneratórias com outra de apenas dez, não está certo;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Em segundo lugar, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">comparar
o vencimento da 14.ª posição dos técnicos superiores com a 10.ª posição dos
professores e lamentar a diferença de menos 92,66€ esquecendo que nas restantes
são os professores que recebem sempre mais, em média, 323,76€ do que os
técnicos superiores, é desonesto</b>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Em terceiro e último lugar, no que respeita às progressões, é bom
lembrar que 65% dos técnicos superiores estão entre a 1.ª e a 4.ª posição e
ainda não há (que se saiba) quem tenha chegado ao topo da carreira (14.ª
posição) enquanto do lado dos professores 16% ocupa a 10.ª posição.</span></p><p></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-8367056064734494402023-01-30T17:22:00.006+00:002023-01-30T18:00:45.791+00:00SIADAP3 e gestão negligente dos recursos humanos.<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA-2cAypPsEfegBza1w05tzItImoyOKkxNbk4XN9EeeBO22k-QutuIlE40xhW5kE3kYjSHhzxurBcwQ2Wt8HIMTrKRq89cdTXuGdVk8CT7N2smsVR1t41G6vrshecRrfU0Qee3K4HtWq1LOybTD_5-UsVC64JcAPa3D2ZWUGyMqo1RUfiavg/s615/curso-gestao-de-recursos-humanos-especializacao2.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="410" data-original-width="615" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA-2cAypPsEfegBza1w05tzItImoyOKkxNbk4XN9EeeBO22k-QutuIlE40xhW5kE3kYjSHhzxurBcwQ2Wt8HIMTrKRq89cdTXuGdVk8CT7N2smsVR1t41G6vrshecRrfU0Qee3K4HtWq1LOybTD_5-UsVC64JcAPa3D2ZWUGyMqo1RUfiavg/s320/curso-gestao-de-recursos-humanos-especializacao2.jpeg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;"><span class="ZPgdfd" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: white; color: #70757a; font-family: arial, sans-serif; max-width: 50%; overflow: hidden; text-align: start; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap;">Autor: Markus Glombitza </span><span style="background-color: white; color: #70757a; font-family: arial, sans-serif; text-align: start;">| </span><span class="ZPgdfd" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: white; color: #70757a; font-family: arial, sans-serif; max-width: 50%; overflow: hidden; text-align: start; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap;">Crédito: vegefox.com</span></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 2cm;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“Nas modernas organizações cada vez mais o papel das pessoas é
determinante. O sucesso de uma organização passa por ter colaboradores
motivados, empenhados na prossecução dos objetivos da organização, identificados
com a mesma e que atuem de forma eticamente correta em prol da mesma.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 2cm;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">O fator humano já não deve ser entendido como um mero recurso, em
pé de igualdade com os outros recursos como o fator capital, mas deve ser
percecionado como o recurso essencial para o atingimento dos objetivos
organizacionais. A relevância atribuída ao capital humano tem sido notória nas
modernas organizações, à medida que a preocupação com a gestão das pessoas se
revela essencial para o sucesso dessas mesmas organizações.”<o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 2.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 2cm; text-align: right;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">(Sotomayor, 2021, p. 21)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Ao contrário da imagem que o texto introdutório refere, na nossa
administração pública (da central à local) a realidade é bem diferente (salvo
raras exceções). O tema do artigo de hoje centra a questão da avaliação do
desempenho e os reflexos que resultam da atuação dos dirigentes (de nível
intermédio e superior) na gestão dos recursos humanos e o retrato é deveras
preocupante.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Partindo da observação feita ao longo da minha vasta experiência
profissional na administração pública (36 anos na carreira de técnica superior,
10 dos quais como diretora de serviços – cargo de direção intermédia do 1.º
grau), apresento a situação de um “departamento tipo”, embora os dados
apresentados sejam verídicos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Comecemos pela primeira evidência da pouca importância que no tal
departamento dão aos recursos humanos: a inexistência de um setor específico
que centralize os vários aspetos da gestão de pessoal ao ponto de mesmo quem lá
trabalha desconhecer com quem tratar os assuntos que necessita. Remunerações é
num sítio, formação é noutro, faltas e licenças naqueloutro, avaliação do
desempenho nem se sabe onde, recrutamento e seleção vai variando, acolhimento e
integração de novos colaboradores é inexistente, gestão e adequação de perfis
funcionais não se conhece, etc. etc.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Em segundo lugar, temos o preocupante desfasamento entre a missão definida
na respetiva lei orgânica e a estrutura organizativa dos serviços, com unidades
orgânicas desadequadas face às atuais atribuições e competências, com um mapa
de pessoal desajustado às necessidades do presente, sem identificação dos
perfis funcionais por posto de trabalho, etc. etc.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Um terceiro fator, é a falta de transparência transversal à
organização (que se revela na notória dificuldade em cumprir com as regras da
publicação atempada, por exemplo, dos documentos de gestão e o incómodo que
causa aos dirigentes a solicitação de acesso à informação administrativa), e
que é por demais evidente nas matérias relacionadas com os recursos humanos, (como
seja a recusa em publicitar os resultados globais da aplicação do SIADAP,
incluindo a lista de atribuição de “desempenho excelente”, uma obrigação legal).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Segue-se, em quarto lugar, a total ausência de preocupação com o
desenvolvimento das carreiras do pessoal, como o demonstram: o sistemático
incumprimento dos planos de formação aprovados e a inexistência de um diagnóstico
prévio (adaptado aos perfis funcionais) e, principalmente, de uma avaliação
posterior que permita aferir quais foram os efetivos contributos do
investimento realizado para a melhoria da qualidade dos serviços prestados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Quando aos problemas atrás apontados:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"></p><ul><li><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">inexistência de divisão de recursos humanos;</span></li><li><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">desadequação da estrutura orgânica;</span></li><li><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">falta de transparência;</span></li><li><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">indiferença face ao desenvolvimento de carreiras,</span></li></ul><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
</p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Se juntam, no mesmo departamento estatal, os procedimentos
denunciados nos artigos anteriores (de 11-01-2023 – </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/2023/01/siadap3-incentivo-mediocridade.html"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">SIADAP3.
INCENTIVO À MEDIOCRIDADE?</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> e de 21-01-2023 – </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/2023/01/siadap3-faltas-de-etica-por-entre.html"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">SIADAP3:
faltas de ética por entre falhas do sistema</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">), entre os quais se destacam:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"></p><ul><li><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">mapas de pessoal sem perfis funcionais associados;</span></li><li><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">dirigentes em regime de substituição irregular;</span></li><li><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">aposta na ambiguidade da avaliação de competências;</span></li><li><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">manipulação de avaliações do desempenho com o intuito de favorecer
“amigos”,</span></li></ul><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
</p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span></span><span face=""Calibri Light", sans-serif">Temos um caso sério de má gestão de pessoal, com consequências
nefastas para a organização (com danos na imagem pública da entidade difíceis
de reparar no curto prazo) e, sobretudo, com um impacto extremamente negativo
para os trabalhadores que se sentem desmotivados, desrespeitados e injustiçados
e, por esse motivo, preferem sair a manter-se num ambiente que os deixa
permanentemente insatisfeitos.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 2cm;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“Nenhuma organização pode funcionar correctamente sem uma
estratégia adequada de gestão dos seus serviços e dos meios humanos e materiais
que a integram. (…) é inegável que sem uma correcta planificação das
necessidades e objectivos em face das suas atribuições e sem uma adequada
afectação dos meios humanos e materiais a tais objectivos e fins,
racionalizando o seu emprego, estimulando a melhoria dos resultados e
auto-responsabilizando-os pelo sucesso ou insucesso dos resultados que estavam
ao seu alcance, seguramente a eficácia de qualquer organização pública estará
votada ao insucesso.”<o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 2.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 2cm; text-align: right;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">(Moura, 2012, p. 13)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Chegados aqui, trazemos à colação outra evidência da pouca
importância a que os dirigentes (de nível superior e intermédio) daquele
departamento público votam as matérias relacionadas com os recursos humanos,
nomeadamente no que se refere ao SIADAP3:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"></p><ul><li><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">o incumprimento sistemático dos prazos do ciclo avaliativo.</span></li></ul><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">E repescamos uma questão já abordada, mas à qual pretendemos acrescentar
novas perspetivas de análise:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"></p><ul><li><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">a deliberação do CCA de impor competências transversais
(independentemente da unidade orgânica e das funções desempenhadas pelos
trabalhadores), sem fundamentar nem indicar os respetivos padrões de avaliação.</span></li></ul><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Comecemos pelos prazos, analisando os dados da imagem que segue:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTIZWZN2ZSeKHCLkOqFQQn4U_QApNk6GdvWWs0ksu-1BaXg4KJ5WLFl4fpD6nVNWN3EK1hv21-DAHtKC6MFbLDhzSzfzqYf5mEZx_DclH6QlaIiFxccGgQUxnxQwpTyjnJrLD9m0jrknTIoOsjXDbxQGok2IYsMrYgrrbNcv9jgbAt4x3m3A/s1061/Capturar.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="534" data-original-width="1061" height="322" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTIZWZN2ZSeKHCLkOqFQQn4U_QApNk6GdvWWs0ksu-1BaXg4KJ5WLFl4fpD6nVNWN3EK1hv21-DAHtKC6MFbLDhzSzfzqYf5mEZx_DclH6QlaIiFxccGgQUxnxQwpTyjnJrLD9m0jrknTIoOsjXDbxQGok2IYsMrYgrrbNcv9jgbAt4x3m3A/w640-h322/Capturar.JPG" width="640" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Quanto às obrigações que cabem ao avaliador e ao dirigente máximo
do serviço em causa, com exceção da comunicação da homologação (e apenas num dos
dois biénios estudados), não houve um único prazo que tivesse sido cumprido. E,
de forma irresponsável falham, também, o Conselho Coordenador da Avaliação
(CCA) e até a Comissão Paritária (CP).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Uma VERGONHA! Não só pela infração legal que estes comportamentos consubstanciam,
como pelo desrespeito pelos direitos dos avaliados que representam.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Muito embora o Supremo Tribunal Administrativo tenha considerado
que os prazos processuais referentes à aplicação do SIADAP são meramente
ordenadores (Processo n.º 182/10, Acórdão de 21-09-2010), considerando que,
como refere Moura (2012), o
desempenho a ser avaliado só pode ser o que resultar após a contratualização
dos parâmetros” (mesmo que isso não invalide o facto de a avaliação apurada se repercutir
no ano inteiro), definir em novembro e/ou dezembro aquilo que deveria ter sido
feito até final de fevereiro, é uma clara violação da lei.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Acresce, ainda, conforme defendem Batalha, Ribeiro e Carvalho
(2013) que a “não realização da reunião de avaliação no período fixado implica, quanto
a nós, a invalidade de toda a avaliação – invalidade essa que se projeta no ato
de homologação que eventualmente venha a ser praticado, para além das
repercussões a haver no âmbito da avaliação dos dirigentes envolvidos – desde
que o incumprimento do prazo em apreço comprometa as finalidades com ela
visadas – neste sentido cfr. Ac. STA de 09/05/2012. Recurso n.º 1118/2011”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Sendo o não cumprimento de prazos uma prática reiterada no tal
serviço, como aconteceu nos dois biénios assinalados, é caso para perguntar: da
mesma forma que há cumplicidade do responsável máximo relativamente aos
sucessivos incumprimentos dos avaliadores haverá, também, uma tolerante
conivência da tutela ministerial para com os “lapsos” do dirigente superior?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Apesar do cenário que a imagem descreve não ser o de não aplicação
do SIADAP, mas o do incumprimento sistemático dos prazos legalmente definidos, não
podemos deixar de nos questionar se: haverá aqui motivo para haver justa causa de
cessação da comissão de serviço nos termos do n.º 2 do artigo 34.º (dirigente
superior) e n.º 7 do artigo 39.º (dirigentes intermédios) da Lei n.º 66-B/2007,
de 28 de dezembro (na sua reação atual)?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Passemos, agora, à atuação do CCA. Além do desrespeito pelos
prazos da lei, analisemos duas deliberações, assumidas por unanimidade, para o
biénio 2021-2022:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"></p><ul><li><i><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“Os
dirigentes intermédios… obrigam-se a elaborar os modelos de fichas de
acompanhamento de cada objetivo com uma periodicidade anual.”</span></i></li><li><i><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“… estabelecer
como competências obrigatórias para os trabalhadores da carreira de técnico
superior as seguintes: inovação e qualidade, iniciativa e autonomia e análise
da informação e sentido crítico.”</span></i></li></ul><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Em relação à primeira deliberação, pelo menos no caso a que se
refere a imagem acima, a mesma nunca foi cumprida. Mas o dirigente máximo,
conhecedor da situação (até porque era ele o avaliador), pouco se importou com
esse facto. Ao que parece, nesta organização, o SIADAP não é para “levar a
sério” e serve somente como instrumento para facilitar aos amigos(as) uma mais célere
ascensão na carreira.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Quanto à segunda deliberação, enferma de vários vícios:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"></p><ul><li><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">impõe as mesmas competências a trabalhadores que ocupam lugares
com um perfil funcional de exigências completamente diferentes;</span></li><li><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">não fundamenta as escolhas que determina;</span></li><li><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">não esclarece conceitos (nomeadamente de inovação e qualidade, por
exemplo) para que todos os avaliadores tenham a mesma interpretação de cada uma
das competências;</span></li><li><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">não indica critérios de avaliação dos descritores comportamentais em
que se desdobram cada uma das competências para que todos os trabalhadores
possam ser avaliados de forma idêntica.</span></li></ul><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Ou seja, trata-se de uma deliberação que deixa ao livre arbítrio de
cada avaliador a interpretação dos conceitos e a forma de os avaliar
potenciando atos discriminatórios em violação do princípio constitucional da
imparcialidade ao permitir que no mesmo serviço existam trabalhadores sujeitos
a tratamento desigual (como já demonstrámos nos dois artigos anteriores: de 11-01-2023
– </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/2023/01/siadap3-incentivo-mediocridade.html"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">SIADAP3.
INCENTIVO À MEDIOCRIDADE?</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> e de 21-01-2023 – </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/2023/01/siadap3-faltas-de-etica-por-entre.html"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">SIADAP3:
faltas de ética por entre falhas do sistema</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Por último (refiro-me a este texto que já vai longo e não à redação
e novos artigos sobre esta temática, que tem, ainda, muito que se lhe diga)
deixo uma conclusão judicial (</span><span face=""Calibri Light", sans-serif" style="font-size: 11pt;">Acórdão do Tribunal Central Administrativo de
15-02-2019, Processo n.º 426/13.0BEMDL.</span><span face=""Calibri Light", sans-serif">) sobre as consequências da falta de fundamentação:</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><b><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“Um processo
avaliativo, nomeadamente no âmbito do SIADAP não se satisfaz com uma mera
referenciação conclusiva e definitiva dos parâmetros atribuídos, sem que se
possa percecionar a razão pela qual foi atribuída uma classificação e não
qualquer outra, o que determina a verificação de vício de falta de
fundamentação gerador de anulabilidade do procedimento.”</span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
</p><div><br /></div><div><div id="ftn2">
</div>
</div></div><p>####</p><p></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;"><span face=""Calibri Light", sans-serif">Batalha, Alexandra Vasconcelos; Ribeiro,
Deolinda Paula e Carvalho, Wander Brás (2013). </span><i style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;">Avaliação do desempenho. SIADAP. Notas, doutrina, jurisprudência e
legislação</i><span face=""Calibri Light", sans-serif">. Lisboa: Quid Juris Sociedade Editora.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Calibri Light", sans-serif" style="font-size: xx-small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="font-size: xx-small; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Moura, Paulo Veiga (2012). <i>A avaliação do desempenho na administração pública. Comentário à Lei
n.º 66-B/2007, de 28 de dezembro</i>. Coimbra: Coimbra Editora.</span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="font-size: xx-small; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="font-size: xx-small; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Sotomayor, Ana Maria (2021). <i>Princípios de Gestão de Recursos Humanos</i>.
Lisboa: Rei dos Livros.</span></div> <p></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-8815180755381925992023-01-27T13:00:00.002+00:002023-01-30T17:28:38.103+00:00Afinal quem atinge o topo da carreira? (ainda sobre os professores e os técnicos superiores)<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkzX5lbGx7WUjLe_aUImA2ESegZBjMb8kOTmgW_L88CIaJ1RjGlDzrDmvNNyiuONMRyL1tGqFOe9iS2yZgCwLiSUGjzRycgYqnSGxxQ_lbxYBLT9JirA643swTw1HIkrv94h8g45LF3zYPy85NaRodWsq9mGNt1vb85xFcGwPEiqVRF6Ee1Q/s600/promocao-por-tempo-de-servico.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="493" data-original-width="600" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkzX5lbGx7WUjLe_aUImA2ESegZBjMb8kOTmgW_L88CIaJ1RjGlDzrDmvNNyiuONMRyL1tGqFOe9iS2yZgCwLiSUGjzRycgYqnSGxxQ_lbxYBLT9JirA643swTw1HIkrv94h8g45LF3zYPy85NaRodWsq9mGNt1vb85xFcGwPEiqVRF6Ee1Q/s320/promocao-por-tempo-de-servico.jpg" width="320" /></a></div><br /> <p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Sejamos honestos, porra! (desculpem lá o desabafo e o palavrão).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Mas cada vez estou mais farta desta comunicação social que insiste
em retratar os professores como se fosse a única classe vítima das injustiças
no que se refere à progressão nas suas carreiras.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Depois da divulgação pública do estudo “Estado da Educação 2021”,
do Conselho Nacional de Educação, tem feito manchetes nos vários jornais o
título:<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“<a href="https://expresso.pt/sociedade/2023-01-26-Professores-tem-de-trabalhar-em-media-ate-aos-62-para-alcancarem-topo-da-carreira-c339ac6f">Professores
têm de trabalhar em média até aos 62 para alcançarem topo da carreira</a>”<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Um escândalo: os professores “precisam,
em média, de 39 anos de serviço e 62 anos de idade para ascender ao
último escalão remuneratório"!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Pergunto eu: e a situação dos arquitetos, engenheiros, geógrafos, economistas, juristas, sociólogos, assistentes sociais, arquivistas, bibliotecários, psicólogos, etc.
etc. etc. incluídos na carreira geral de técnico superior da administração pública (para
falar apenas em trabalhadores a quem se exige o mesmo nível de qualificação de
base – licenciatura)? Alguém sabe como ocorre a respetiva progressão na carreira? (a propósito, vejam o <a href="http://metoscano.blogspot.com/2023/01/carreira-docente-x-carreira-tecnica.html" target="_blank">texto que aqui publiquei ontem</a>).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Se um jovem de 25 anos ingressar hoje (27 de janeiro de 2023) na
carreira de técnico superior, não bastam 39 anos de serviço para chegar ao topo:
a subir, obrigatoriamente, apenas de dez em dez anos, precisaria de 60 anos de
trabalho para chegar a meio da tabela remuneratória (7.ª posição), agora façam
as contas para imaginar de quantos mais anos de labuta precisaria para atingir
a 14.ª posição. Ou seja, mesmo que se mantenha em funções até aos 70 anos
(idade limite para permanecer na função pública) perspetiva-se que atinja a
idade da reforma antes de chegar à 6.ª posição.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Pois é, mas disto ninguém fala!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Imaginemos um outro caso: o de um trabalhador hoje com 63 anos e 36
de carreira. Antes da implementação do SIADAP progrediu na carreira em 1993,
1997 e 2000, devido à atribuição de duas menções de mérito excecional e através
de concurso público. Depois do SIADAP obteve uma avaliação com pontuação máxima
(2009) tendo-lhe sido reconhecido a excelência do desempenho. Depois dessa
data, apesar de ter obtido “desempenho relevante” em dois biénios nunca mais
conseguiu ultrapassar a fasquia dos 25% para caber na quota respetiva e baixou
sempre para “desempenho adequado” tendo de esperar 10 anos para subir uma
posição remuneratória. Chega a 2023 na 11.ª posição, mas por aí ficará até à idade
da reforma em 2025. Mesmo com um percurso de relevo, com vários períodos de
progressão de duração substancialmente inferior ao comum, para chegar à 14.ª posição
teria de trabalhar mais vinte anos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Sabendo, por experiência própria, destas situações, já não suporto
ler (ouvir) a invasão noticiosa sobre o facto de os professores terem “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">de trabalhar em média até aos 62 para
alcançarem topo da carreira” </b>… nesse aspeto há na função pública quem
esteja muito pior, apesar de, pelos vistos, esta ser matéria sem interesse
jornalístico e, lamentavelmente, tão pouco político ou sindical, uma vez que
este regime de avaliação do desempenho existe há quase duas décadas e não se
prevê venha a sofrer quaisquer alterações em breve (o assunto tem estado
arredado das reivindicações públicas que partidos e sindicatos têm feito).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">E, já agora, uma última palavrinha, só para esclarecer umas coisas
que não costumam ser ditas… sobre a contagem do tempo de serviço…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Convém, antes de mais, esclarecer que se trata de um apuramento
exclusivamente para efeitos de progressão na carreira e não interfere na
contagem do tempo para a reforma.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Os professores sentem-se espoliados e há por aí comentários sobre
o tempo que o Governo lhes rouba (e não paga) e o tempo que cede a outros que recebem
mesmo não trabalhando.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Confesso que este tipo de argumentos me ofende.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Porque, por entre a justa luta dos professores por condições
dignas de trabalho e pelo merecido respeito pela importante função que desempenham
(e que eu compreendo e apoio), esta radicalização de posições baseadas em
pressupostos errados, retira muita da credibilidade à sua defesa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">É que, mesmo com todo o tempo de serviço colocado na contagem para
a progressão na carreira, os técnicos superiores precisam, em regra, de mais de
uma centena de anos de trabalho para atingirem a última posição remuneratória
(o que torna essa meta inatingível) … aos professores, mesmo com esse tempo de
serviço sonegado e que não é contado, conseguem chegar lá ainda em tempo de
vida útil, mesmo que na véspera da reforma.</span></p><p></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-75354000901849352492023-01-26T17:00:00.221+00:002023-01-30T17:28:19.989+00:00Carreira docente X Carreira técnica superior: remuneração, avaliação e progressão.<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Cansei-me de ouvir falar nas remunerações, sistema de avaliação e forma de progressão dos professores sem nunca ver:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><ul><li>publicada a respetiva tabela remuneratória;</li><li>explicado o processo de avaliação;</li><li>esclarecido qual é o período de permanência em cada escalão. </li></ul></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">E, sobretudo, cansei-me de comparações feitas sem quaisquer fundamentos, nomeadamente em relação à carreira geral de técnico superior, como se fossemos um "bando de privilegiados".</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Começando pelo <b>vencimento</b>, depois de consultadas as fontes oficiais (DGAEP e IGFE) elaborei a tabela que a seguir apresento e que julgo ser bastante elucidativa:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0G5LES51W6xdf1UQymbzNJRtuOxETeq3Bro5Eo8p9ehFxE8Okji9Rab_6RjFxvJzmDYzifyk3dM_ZOeYFyXxgdZtos0illH5mhzYHR0jFaCOtaj_cs21p6HcBxDSiGaShuH-HNHVzApy6UNP7VaKPGyBUEzR-HR6929u2FoEvBNjmPD1JnA/s510/Capturar.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="510" data-original-width="458" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0G5LES51W6xdf1UQymbzNJRtuOxETeq3Bro5Eo8p9ehFxE8Okji9Rab_6RjFxvJzmDYzifyk3dM_ZOeYFyXxgdZtos0illH5mhzYHR0jFaCOtaj_cs21p6HcBxDSiGaShuH-HNHVzApy6UNP7VaKPGyBUEzR-HR6929u2FoEvBNjmPD1JnA/w359-h400/Capturar.JPG" width="359" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">No que se refere à <b>avaliação e progressão</b> é bom lembrar que, na carreira técnica superior, a passagem ao escalão seguinte ocorre a cada cumulo de 10 pontos, o que, na maioria das situações só se consegue de dez anos em dez anos. Isto porque, desde a base, existem quotas que impedem uma progressão mais rápida e levam a que a maioria dos trabalhadores atinjam a idade da reforma antes de chegar, sequer, a meio da tabela remuneratória (posição 7). Sobre esta matéria podem ler os artigos "<a href="http://metoscano.blogspot.com/2023/01/siadap3-incentivo-mediocridade.html" target="_blank">SIADAP3: um incentivo à mediocridade?</a>" e "<a href="http://metoscano.blogspot.com/2023/01/siadap3-faltas-de-etica-por-entre.html" target="_blank">SIADAP3: faltas de ética por entre falhas do sistema</a>", ambos de janeiro de 2023.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quanto aos professores, "o tempo de permanência obrigatória em nove dos dez escalões é de quatro anos, baixando para dois apenas no 5.º patamar. Na prática, como o acesso a dois dos escalões (5.º e 7.º) está filtrado pela existência de quotas, nos resultados da avaliação, e depende da abertura de vagas pelo Governo, esta caminhada acaba por se prolongar" por décadas (Clara Viana, jornal <i>Público</i>, de 26-01-2023, p. 2). Ainda assim, atingir o topo da carreira é uma meta possível de alcançar em muito menos tempo do que no caso dos técnicos superiores (que raros serão aqueles que lá chegarão, a não ser com "esquemas" como os descritos nos artigos mencionados no parágrafo anterior).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Finalmente, uma última observação (a propósito de um recente comentário de uma professora à SIC Notícias): os professores não são a única classe que tem na sua avaliação duas classificações, uma por mérito outra pelas quotas. Os técnicos superiores também o têm. Eu própria já vou no segundo biénio consecutivo de "desempenho relevante" (por mérito), e que me poderia valer quatro pontos, que acaba em "desempenho adequado" por não caber na quota (e que apenas me dá dois pontos). Uma situação deveras injusta. </div><p></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-25369004627292958102023-01-21T11:53:00.002+00:002023-01-30T17:27:56.515+00:00SIADAP3: faltas de ética por entre falhas do sistema.<p style="text-align: center;"><u><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">O
que fazer para evitar ser prejudicado?</span></u> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_GfAPLtAc4YkBezJ2ktlJyFcBJT5js7hpXvyksPwqyQF1f3reCQ3oB_DfKk7BRSbmSN_xyqJAfH9BR_CJ9ACOfiCkkKxkFHHlJYG8X3pyjflgf1HlLrGwy6dzuaPQvGlq1idL4cOfGpfHbXIp39iw7vdg_bBw7yVwPPwIESiv7HqBXAapIw/s779/20220410_075504.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="779" height="197" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_GfAPLtAc4YkBezJ2ktlJyFcBJT5js7hpXvyksPwqyQF1f3reCQ3oB_DfKk7BRSbmSN_xyqJAfH9BR_CJ9ACOfiCkkKxkFHHlJYG8X3pyjflgf1HlLrGwy6dzuaPQvGlq1idL4cOfGpfHbXIp39iw7vdg_bBw7yVwPPwIESiv7HqBXAapIw/s320/20220410_075504.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">Foto: Ermelinda Toscano.</span></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Neste segundo artigo sobre o tema da avaliação do desempenho dos
trabalhadores da administração pública começo por recordar um parágrafo do
primeiro texto que escrevi sobre o assunto: “</span><a href="http://metoscano.blogspot.com/2023/01/siadap3-incentivo-mediocridade.html"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">SIADAP 3.
Incentivo à mediocridade?</span></a><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">”:</span></p><p>
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Nos termos do n.º 4 do artigo 82.º da </span><a href="https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?ficha=101&artigo_id=&nid=2171&pagina=2&tabela=leis&nversao=&so_miolo="><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Lei n.º
35/2014</span></a><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">, “todos os trabalhadores têm direito ao pleno desenvolvimento da
respetiva carreira profissional, que pode ser feito por alteração de
posicionamento remuneratório ou por promoção” que, no caso dos técnicos
superiores, se distribui por 14 escalões remuneratórios:<o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_zlX5AA-iZpu9qdJXZ2iOz4taCVu0WEp7PFtK5CdWRhIEc6peqb7bAXirpZaK_Chc1D7Zjabz8bxuvmuQZa9-wCD-ExDExx9ISsTih934YdkzQpo7VY3BlDcelDeX3EBV7_AWU517EYc83JJ7dUh-z5g-H2SoadUS6WNw6ZAcInjkSe3zhQ/s765/Capturar0.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="194" data-original-width="765" height="162" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_zlX5AA-iZpu9qdJXZ2iOz4taCVu0WEp7PFtK5CdWRhIEc6peqb7bAXirpZaK_Chc1D7Zjabz8bxuvmuQZa9-wCD-ExDExx9ISsTih934YdkzQpo7VY3BlDcelDeX3EBV7_AWU517EYc83JJ7dUh-z5g-H2SoadUS6WNw6ZAcInjkSe3zhQ/w640-h162/Capturar0.JPG" width="640" /></a></div><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 8.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Fonte: <a href="https://www.dgaep.gov.pt/upload/catalogo/SRAP__2023.pdf">Sistema
Remuneratório da Administração Pública 2023</a>.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">O posicionamento remuneratório é, obrigatoriamente, alterado
sempre que o trabalhador “tenha acumulado 10 pontos nas avaliações do
desempenho” valorado da seguinte forma: dois pontos por cada “adequado”, quatro
pontos por cada “relevante” e seis pontos por cada “excelente”. Todavia, devido
às quotas impostas pelo n.º 2 do artigo 75.º da </span><a href="https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=1898&tabela=leis"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Lei n.º
66-B/2007</span></a><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">, só 25% do total de trabalhadores avaliados pode ter “desempenho
relevante” e de entre estes somente 5% poderão vir a ser reconhecidos como tendo
um “desempenho excelente”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Por isso, as perspetivas de evolução na carreira de um jovem
recém-licenciado acabado de ser selecionado para ocupar um lugar de técnico
superior, não são nada animadoras. Mesmo que volte ao sistema de ensino para
vir a usufruir da benesse dada a quem detenha o grau académico de doutor (<a href="https://dre.pt/dre/detalhe/decreto-lei/51-2022-186663181?_ts=1664496000034">Decreto-Lei
n.º 51/2022</a>), a eventual subida remuneratória a obter por essa via
dificilmente impedirá que chegue à idade da reforma antes de atingir, sequer, o
meio da tabela (posição 7).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Esta constatação, e a desmotivação que ela acarreta, encontra um
campo fértil entre aqueles que, desprovidos de princípios éticos, não hesitam
em procurar esquemas para superar os entraves legais à progressão na carreira,
como sejam:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><ul><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">A manipulação da avaliação do desempenho (através, nomeadamente,
do empolamento da classificação de competências por este parâmetro permitir uma
maior discricionariedade);</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">A nomeação para cargos dirigentes em regime de substituição que se
eternizam muito além dos 90 dias a que se refere o </span><a href="https://dre.pt/dre/legislacao-consolidada/lei/2004-34547575-70196120"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">n.º 3 do
artigo 27.º da Lei n.º 2/2004</span></a><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">, e sem que tenha sido aberto concurso para provimento do lugar.<o:p></o:p></span></li></ul><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">E nos serviços da administração pública em que os responsáveis máximos
praticam um estilo de liderança coercitiva, as situações atrás descritas são o
instrumento ideal para “terem na mão” um “exército subserviente” que obedece às
suas ordens sem contestar:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><ul><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">De técnicos, porque querem continuar a ter “desempenho relevante”
(quiçá, “desempenho excelente”) para encurtar o período de progressão na
carreira;</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">De dirigentes, por recearem perder o estatuto e voltar à posição
remuneratória anterior, com um rombo significativo no salário (por exemplo: um
técnico superior na posição 5 e nível remuneratório 28, aufere 1.945,49€ de
vencimento mensal ilíquido, mas se for nomeado para diretor de departamento –
cargo de direção intermédia de 1.º grau, a sua remuneração </span><a href="https://www.dgaep.gov.pt/index.cfm?OBJID=808A5D89-3270-4B92-BFE1-A379C611B7C3"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">passa para
3.083,64€</span></a><span class="MsoHyperlink"><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;">, </span></span><span class="MsoHyperlink"><span style="color: windowtext; font-family: "Calibri Light", sans-serif;">valor ao
qual </span></span><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">se acrescentam 321,25€/mês para despesas de representação).<o:p></o:p></span></li></ul><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Analisemos, agora, dois casos concretos (verídicos):<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8gVxziSPNsqawHd0YZO2bwnOTeXHos6CrFNxKf0ycVbaFwq4n-tG4ZcxnVFKqXZRFKlLINeshiu3rkfk2mgDnzuUqe9J_AZV8m9bU0LYM1n4btsHcnoNNRUKMY66LR0z9880fOmgRwRXIWdg3M4DnXhIaE4HtNtO-Xsh5g0VrOIBjxbkdlA/s1189/Capturar.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="519" data-original-width="1189" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8gVxziSPNsqawHd0YZO2bwnOTeXHos6CrFNxKf0ycVbaFwq4n-tG4ZcxnVFKqXZRFKlLINeshiu3rkfk2mgDnzuUqe9J_AZV8m9bU0LYM1n4btsHcnoNNRUKMY66LR0z9880fOmgRwRXIWdg3M4DnXhIaE4HtNtO-Xsh5g0VrOIBjxbkdlA/w640-h280/Capturar.JPG" width="640" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Um técnico superior (<u>identificado pela letra J</u>),
considerado um funcionário exemplar por colegas e dirigentes superou, com
distinção, todos os objetivos contratualizados nos últimos três biénios
consecutivos. Estranhamente, o avaliador considera que ao nível das
competências é apenas mediano embora nunca tenha justificado o porquê de tal
entendimento. Mesmo assim, dada a ponderação entre resultados (60%) e
competências (40%), o trabalhador consegue sempre um “desempenho relevante”.
Todavia, o CCA tem-lhe sistematicamente baixado a avaliação para “desempenho
adequado” (com a conivência do avaliador), alegando que a sua classificação não
cabe na quota dos 25% legalmente permitidos. Por isso, tem de aguardar dez anos
para mudar de posição remuneratória.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Em contrapartida, o mesmo avaliador considera que um outro técnico
superior (<u>identificado com a letra E</u>), membro do seu gabinete de apoio
pessoal, tem um “desempenho relevante” merecedor de se manter na quota dos 25%,
apesar de na organização ser público e notório o seu fraco desempenho (inseguro
no que se refere à assunção de responsabilidades, com conhecimentos
insuficientes na sua área de atuação e sérias dificuldades na resolução de
problemas mais complexos, precisa de orientações regulares e da ajuda constante
dos colegas para cumprir as tarefas que lhe cabem). Contudo, a obediência e
fidelidade demonstradas ao chefe são suficientes para lhe garantir a
sobreavaliação de competências que permitem a validação pelo CCA da
classificação proposta e, ao contrário do colega, passar para a posição
remuneratório seguinte em apenas seis anos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Uma avaliação mais completa exigiria que fossem esclarecidas
algumas questões prévias que, lamentavelmente, não conseguimos apurar dado o
sigilo do processo (uma exigência que, na nossa opinião, colide com o princípio
da transparência a que a administração pública deve obedecer na sua atuação
diária):<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><ul><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Os objetivos foram todos estabelecidos de forma equilibrada e
realista, estão enquadrados no plano de atividades do serviço, são subsumíveis
nos objetivos dos dirigentes e da organização, estão adaptados a cada posto de
trabalho e são exequíveis, reformuláveis e mensuráveis?</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Os indicadores de medida, em todos os casos, são igualmente
rigorosos, estão expressos de forma clara e têm em conta os três aspetos
essenciais da sua constituição: temporalidade, qualidade e eficiência?</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">As competências negociadas com cada trabalhador foram escolhidas
de entre as que integram o perfil do seu posto de trabalho específico, atendem às
qualificações funcionais da respetiva carreira e, sobretudo, foram definidas atendendo
ao cumprimento dos objetivos acordados?</span></li></ul><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Estas questão são importantes porque até o parâmetro objetivos
pode ser desvirtuado ao adaptar a sua formulação (definição de metas e de indicadores
de medida) de modo a favorecer (ou prejudicar) aquele(a) que o terá de cumprir</span>
<span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">ferindo,
assim, o imperativo constitucional da igualdade de tratamento entre todos os
avaliados.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">A avaliação de competências destina-se a apurar os conhecimentos,
capacidades técnicas e comportamentos do trabalhador necessários para o
exercício da função que lhe cabe na organização, em particular no que se refere
ao cumprimento dos objetivos acordados para o biénio em apreço, mas é evidente
que no serviço onde “J” e “E” trabalham isso pouco importa, uma vez que o
dirigente máximo controla previamente as avaliações e “exige” a todos os avaliadores
que procedam aos “ajustamentos necessários”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Naquela organização, onde a maioria dos dirigentes (avaliadores)
ocupa o lugar de “forma precária” é bom lembrar, e cuja formação em matéria de
avaliação de desempenho é fraca ou inexistente, a demonstração de competências
de certos técnicos é, assim, uma farsa “adaptada” às conveniências do dirigente
máximo e aos fins que pretende atingir: premiar os mais fiéis.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Apesar de contrariado pelo caos vivido na organização (onde são
raros os trabalhadores que aguentam lá permanecer mais de um ano e onde só os
seus “indefetíveis seguidores” se sentem recompensados), este dirigente
julga-se um administrador exímio e com dotes excecionais ao nível da gestão dos
recursos humanos. A insatisfação que leva aos constantes pedidos de mobilidade
são sempre culpa dos trabalhadores (que não sabem o que que querem) e nunca da
direção (que faz o seu melhor).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Esta incapacidade de perceber a realidade, a que se tem juntado a
“proteção política da tutela”, escudada atrás do pressuposto de que a avaliação
de competências assenta em meros juízos de valor não sindicáveis (por caberem na
conveniente e bem-vinda “discricionariedade imprópria e na margem de livre
apreciação” do avaliador), tem vindo a criar uma crescente sensação de
impunidade neste responsável que pretende transformar a pressão sobre os
avaliadores como sendo um “ato de justiça” aceitável perante a “insensatez da
lei” que, com as quotas, impede que os trabalhadores progridam nas suas
carreiras como merecem.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Acontece, porém, que o travão das quotas à progressão nas
carreiras, apesar de ser um aspeto (entre outros) que necessita ser revisto na
legislação atual, não justifica a inépcia dos avaliadores em matéria de
avaliação de competências nem determina este tipo de comportamentos que, como
no caso em apreço, condicionam as propostas a apresentar ao Concelho
Coordenador da Avaliação, de modo a que apenas caibam nas quotas os
trabalhadores que o dirigente máximo considera merecedores de serem avaliados
com “desempenho relevante” em cada biénio – uma clara violação do princípio
constitucional da imparcialidade. consubstanciado nas atitudes parciais atrás
descritas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">E se alguém ousar solicitar a intervenção da Comissão Paritária, cujo
parecer apesar de não ser vinculativo fornece uma ótima base argumentativa a
quem homologa, a pretendida revisão da classificação tem indeferimento quase garantido:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><ul><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Por os representantes da Administração serem sempre escolhidos de entre
aqueles que estão em regime de substituição e, por esse motivo, não se atrevem
a contrariar as “instruções recebidas de cima” – mesmo que os vogais eleitos
pelos trabalhadores tenham posição contrária, aquele que coordena os trabalhos
da CP (e que é, obrigatoriamente, um dos membros indicados pela direção, no
caso os tais “dirigentes precários”) tem voto de qualidade e, por essa via, “resolve”
o problema;</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Ou, no limite, porque o papel da CP é desconsiderado e ninguém se
quer dar ao trabalho de analisar a situação em profundidade, estudar as provas
existentes, ou coligir novas, e ouvir os interessados. E assim emitem-se
pareceres inócuos concluindo não haver fundamentos para propor alteração das
avaliações validadas pelo CCA.</span></li></ul><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Reclamar da homologação, por melhor que se justifique a
discordância e por mais elementos informativos que se juntem ao processo, é uma
tarefa inglória pois o dirigente máximo do serviço nunca irá admitir que errou.
E se o trabalhador avançar para um recurso hierárquico tutelar, é quase certo
que não irá obter provimento, uma vez que este tipo de dirigentes, apesar de ocuparem
cargos técnicos sujeitos a concurso público, por “coincidência” (ou talvez não)
têm também a confiança política do partido que está no Governo, o que significa
que, no final, a conclusão refletirá esse “interesse comum” em detrimento dos
direitos do trabalhador.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Resta a impugnação judicial. Mas essa opção, além de morosa (todos
sabemos como a nossa justiça é lenta), trás mais aborrecimentos do que vitórias
e obriga a gastar tempo e dinheiro (em advogado e custas judiciais). Por outro
lado, pode transformar o quotidiano do trabalhador num confronto hostil
permanente que ninguém deseja.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Este retrato negro do que se passa com a avaliação do desempenho
em vários setores da nossa administração pública (central e local) é apenas um
alerta e não pretende, de modo algum, demonstrar que a resignação é o caminho.
Muito pelo contrário. O nosso objetivo é descrever o problema e apresentar
soluções para evitar que estas situações se repitam.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Por isso, à pergunta: <b>o que
fazer?</b> Propomos:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><u><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Em primeiro lugar</span></u><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> – <b>CONHEÇA A LEGISLAÇÃO</b>.
Para ter a noção exata de quais são os seus direitos e deveres, precisa conhecer
as etapas do ciclo avaliativo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><u><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Em segundo lugar</span></u><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> – <b>ESTEJA ATENTO(A) AOS
PRAZOS</b> para realização das reuniões:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><ul><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">De definição dos objetivos (no início do biénio);</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">De comunicação da avaliação (após terminado o biénio).</span></li></ul><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><u><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Em terceiro lugar</span></u><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> – <b>MONITORIZE O SEU
DESEMPENHO</b>. Recolha evidências (provas documentais e/ou testemunhos) do seu
trabalho diário, anote no calendário ocorrências que considere importantes para
memória futura.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><u><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Em quarto lugar</span></u><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> – <b>NÃO SE RESIGNE NUNCA</b>.
Se considera que está a ser injustamente avaliado, não tenha receio em dizê-lo,
apresente os factos que recolheu na sua monitorização e, sobretudo ao nível das
competências, não aceite argumentos genéricos e solicite que o(a) avaliador(a)
fundamente, de forma precisa e clara, cada um dos comportamentos associados.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><u><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Em quinto lugar</span></u><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> – <b>PROCURE AJUDA</b>. Fale
com colegas, partilhe experiências, recolha informação, peça o apoio da
comissão de trabalhadores ou do sindicato se considerar necessário.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Hoje ficamo-nos por aqui.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Mais pormenores num próximo artigo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></p><p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">A</span></p><p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-83290871447913718082023-01-11T13:02:00.003+00:002023-01-30T17:27:29.525+00:00SIADAP3 – INCENTIVO À MEDIOCRIDADE?<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Alguns
conselhos aos(às) avaliados(as) para defesa dos seus direitos!<o:p></o:p></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; font-weight: bold; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYfLNMI6E4zl3LfzcwCbr_kxbr55Jp9ulVt0iJqVTm-L-GAGvX1Z6JBcCtThIhHqnGuEg7vKMkqOJXXnF7Bp9Mtsj_qUE1O1SDDt-TTaShhHTShtKSHalu9V3ID43YCTN2dHyV9AFL0HtFqKQinuczJGvADz6XRW0CvT4TIu0ZVIvcKZwrXA/s4000/siadap.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3000" data-original-width="4000" height="274" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYfLNMI6E4zl3LfzcwCbr_kxbr55Jp9ulVt0iJqVTm-L-GAGvX1Z6JBcCtThIhHqnGuEg7vKMkqOJXXnF7Bp9Mtsj_qUE1O1SDDt-TTaShhHTShtKSHalu9V3ID43YCTN2dHyV9AFL0HtFqKQinuczJGvADz6XRW0CvT4TIu0ZVIvcKZwrXA/w365-h274/siadap.jpg" width="365" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;">Estamos na quinzena da autoavaliação do biénio 2021-2022 e
aproxima-se a contratação de objetivos e competências para o biénio 2023-2024,
altura ideal para prestar alguns esclarecimentos sobre este sistema de
avaliação, criado com o objetivo de promover o mérito, mas que tem vindo a ser
usado como instrumento de incentivo à mediocridade.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;">A imagem que ilustra este artigo contém a mensagem central deste
texto: que o SIADAP, na forma como tem vindo a ser implementado, é um sistema
pouco transparente. E a multiplicidade de erros que são conhecidos (tal qual as
gotas de chuva na vidraça) embatem na intolerável passividade dos decisores
políticos.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;">Nos termos do n.º 4 do artigo 82.º da </span><a href="https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?ficha=101&artigo_id=&nid=2171&pagina=2&tabela=leis&nversao=&so_miolo="><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Lei n.º
35/2014</span></a><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;">, “todos os trabalhadores têm direito ao pleno desenvolvimento da
respetiva carreira profissional, que pode ser feito por alteração de
posicionamento remuneratório ou por promoção”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;">O desempenho é avaliado de dois em dois anos e resulta da média
aritmética da classificação obtida em dois parâmetros (objetivos e
competências):</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWtOnDFJBZw83CNlwlH2CCjq5cy0cFdbAW2FcuR3pQ0hPbT9As3_4jSVfKbawbYDHHho3dhhM3YHf8HTI8mm77q76Qk6GRfBJesPLgZZxGHtoDWND6bzH5xGQ6kmxt6raHLxkhmyq3uBD8uzi0MR4a5wYTGZFw7YfHvOQZ_0X4ijL8MEuITw/s410/Capturar1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="170" data-original-width="410" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWtOnDFJBZw83CNlwlH2CCjq5cy0cFdbAW2FcuR3pQ0hPbT9As3_4jSVfKbawbYDHHho3dhhM3YHf8HTI8mm77q76Qk6GRfBJesPLgZZxGHtoDWND6bzH5xGQ6kmxt6raHLxkhmyq3uBD8uzi0MR4a5wYTGZFw7YfHvOQZ_0X4ijL8MEuITw/s320/Capturar1.JPG" width="320" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">A avaliação final resulta da média ponderada entre objetivos – 60%
e competências – 40% e é expressa em três níveis de classificação:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz3uTCwEBkADwruLFXNHiSMZfaDmWWZppfPze0ltRM7KPulejTyZfg1FENffPzrSK_HZ5gUjIrM2tTjf3D9lM4_d1bpU5E4rIwgGeas4IO0aluclcFYQ4KoxdCuaPpNz9HZ48cJZzAdFwduoFvVkXwmURAK9CxmZ1iPRQpfzXEud9ugGGlwg/s334/Capturar2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="135" data-original-width="334" height="129" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz3uTCwEBkADwruLFXNHiSMZfaDmWWZppfPze0ltRM7KPulejTyZfg1FENffPzrSK_HZ5gUjIrM2tTjf3D9lM4_d1bpU5E4rIwgGeas4IO0aluclcFYQ4KoxdCuaPpNz9HZ48cJZzAdFwduoFvVkXwmURAK9CxmZ1iPRQpfzXEud9ugGGlwg/s320/Capturar2.JPG" width="320" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">O posicionamento remuneratório é, obrigatoriamente, alterado
sempre que o trabalhador “tenha acumulado 10 pontos nas avaliações do
desempenho”, mas também pode ocorrer por opção gestionária após obtenção de uma
menção de “excelente”, duas menções consecutivas de “relevante” ou três menções
consecutivas de “adequado”, o que faz diminuir aquela década para períodos
substancialmente mais curtos: de 2, 4 ou 6 anos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUkiSxrrZJFeTDqXRI7WvIVS2gPmWymaeMH4P3x79ZayNBzKBGryCUbb_rCJgw3DjPNeRYx6Qel-nDR_8rcqXyj-URctOKxtCW5UWqjlW24u_J-uuJe4y6kGhI86snUT_BOljOvHOXmSe5icX2c6qSm5tec5EnQyeN71JECY5_jbtVUMXzAQ/s267/Capturar3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="145" data-original-width="267" height="145" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUkiSxrrZJFeTDqXRI7WvIVS2gPmWymaeMH4P3x79ZayNBzKBGryCUbb_rCJgw3DjPNeRYx6Qel-nDR_8rcqXyj-URctOKxtCW5UWqjlW24u_J-uuJe4y6kGhI86snUT_BOljOvHOXmSe5icX2c6qSm5tec5EnQyeN71JECY5_jbtVUMXzAQ/s1600/Capturar3.JPG" width="267" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Todavia, devido às quotas impostas pelo n.º 2 do artigo 75.º da </span><a href="https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=1898&tabela=leis"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Lei n.º
66-B/2007</span></a><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">, só 25% do total de trabalhadores avaliados pode ter “desempenho relevante”
e de entre estes somente 5% poderão vir a ser reconhecidos como “excelentes”, o
que significa que 75% de trabalhadores terão de aguardar uma década para subir
uma simples posição remuneratória.</span><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;"> </span></p></div><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">O investigador do Instituto Politécnico de Coimbra, Miguel Lira, numa
conferência realizada em 2014 apresentou a comunicação “</span><a href="https://www.researchgate.net/publication/264549976_Fatores_que_conduzem_a_insatisfacao_e_a_percecao_de_imprecisao_e_injustica_do_SIADAP_uma_abordagem_qualitativa"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Fatores que
conduzem à insatisfação e à perceção de imprecisão e injustiça do SIADAP: uma
abordagem qualitativa</span></a><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">” onde expõe inúmeros testemunhos que mostram a triste realidade
deste sistema de avaliação. Destacamos três deles:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><ul><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“o SIADAP não reflete o real desempenho dos colaboradores. Serve
para promover favoritismo e não tem qualquer ligação com o mérito.”</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“com o número reduzido de quotas, verifica-se muitas vezes que as
classificações máximas são para “amigos e protegidos” e funcionários com um
desempenho excelente só porque não se encontram nesse grupo não são
reconhecidos.”</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“não é tanto o facto de neste momento as classificações máximas
não se fazerem sentir em termos práticos – promoções ou gratificações – que nos
desmotivam, mas sim o ‘reconhecimento por amizade’ em vez do ‘reconhecimento
por competência’. Isso sim é muito desmotivante.”</span></li></ul><p></p><p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
</p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">A conclusão a que Miguel Lira
chegou em 2014 é, infelizmente, a que encontramos hoje em dia (2023), atrevo-me
a dizer, em todos os serviços da administração pública (central e local), salvo
raríssimas exceções:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">“A partir dos dados coligidos,
concluímos que os fatores assinalados passam pela perceção da existência de
favoritismos; pela imposição de quotas para as melhores classificações; a sua
atual falta de efeitos práticos; e procedimentos realizados fora dos prazos
legalmente estabelecidos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Em suma, os fatores
supramencionados levam os avaliados a considerarem o processo de avaliação
injusto, impreciso e insatisfatório, não servindo os seus objetivos enquanto
instrumento de administração dos recursos humanos públicos. A razão é simples:
é notório que estes fatores, isoladamente ou em conjunto, terão efeitos
contraproducentes e nocivos ao nível da motivação, da satisfação e da perceção
de justiça e precisão do SIADAP. (…) Assim, a insatisfação e a perceção de
injustiça e de imprecisão para com o SIADAP podem resultar no seu insucesso,
refletindo-se – eventualmente – numa diminuição do desempenho profissional e
numa diminuição da motivação.”<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> </span></p><p class="MsoNormalCxSpLast" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Da minha vasta experiência como
funcionária pública (já lá vão quase quatro décadas, duas delas como
avaliadora) este triste retrato, entre outras falhas, centra-se no parâmetro
competências e na forma irresponsável como a maioria dos dirigentes as analisa,
e deve-se, sobretudo, ao facto de não haver uniformização de critérios para
avaliação dos respetivos descritores comportamentais de modo a diminuir o grau
de discricionariedade e evitar as injustiças que resultam dos erros mais comuns
cometidos pelos avaliadores:</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><ul><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Efeito de leniência e/ou severidade – propensão do avaliador para
atribuir a classificação mais elevada ou a mais baixa, independentemente do desempenho
efetivo do avaliado;</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Efeito de halo e/ou Horn – quando o avaliador opta por classificar
todos os fatores a ter em consideração com base na impressão que a
classificação num deles lhe causou, seja pela positiva ou pela negativa,
respetivamente;</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Efeito de tendência central – recusa do avaliador em destrinçar
desempenhos extemos (positivos ou negativos) classificando o avaliado,
sistematicamente, como mediano;</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Efeito de similitude – atribuição da melhor classificação aos
avaliados por afinidades que nada têm a ver com o desempenho profissional.</span></li></ul><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Sem:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><ul><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Definição prévia de uma metodologia que permita homogeneizar a
avaliação das competências na mesma organização (isto é, garantir que
competências idênticas são avaliadas de forma igual e que os trabalhadores não
ficam sujeitos ao livre arbítrio e/ou aos estados de humor de cada avaliador);</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Utilização de técnicas fiáveis de monitorização (oficial e
regular) dos comportamentos afetos a cada competência;</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Partilha entre avaliadores e avaliados dos instrumentos de
avaliação de competências utilizados;</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Adoção de procedimentos que garantam, de forma transparente, o
direito dos avaliados a terem conhecimento prévio de todos os critérios a que
estiveram sujeitos (e não apenas no final do ciclo avaliativo, no momento da
avaliação final).</span></li></ul><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;">Não é de estranhar que nas entidades onde isso acontece (e que são
muitas, infelizmente) os dirigentes prefiram interpretar o n.º 2 do artigo 2.º
da Portaria n.º 359/2013 de forma restritiva (numa visão jurídica limitada sem
ponderar os múltiplos aspetos extra literais que ali estão em jogo,
nomeadamente ao nível da psicossociologia comportamental) e considerem que os
comportamentos associados a cada competência se referem, apenas, “ao padrão
médio exigível de desempenho”. E, por isso, mas sobretudo porque lhes convém,
consideram que a avaliação das competências cabe na “discricionariedade
imprópria e na margem de livre apreciação” do avaliador.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;">Justificando-se com o facto de nem a lei, a jurisprudência ou a
doutrina indicarem quais são, afinal, os padrões de mediocridade e/ou de
excelência a observar em cada descritor comportamental, a maioria dos
avaliadores atribuem essa responsabilidade a si próprios porque avaliar competências
com base em meros “juízos de valor” lhes confere um poder imenso sobre os
avaliados até porque sabem que, a não ser que se baseiem em pressupostos
notoriamente errados, as suas opções “não são sindicáveis” e nem os tribunais
viabilizam quaisquer denúncias nessa área deixando assim a porta aberta para
serem cometidas múltiplas injustiças dificilmente contraditadas.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;">Todavia, apesar de amiúde esses dirigentes argumentarem que o
caráter subjetivo da avaliação de competências resulta do entendimento, “que
tem vindo a ser perfilhado, pacificamente, aceite pela doutrina e consolidado
pela jurisprudência”, de que esse parâmetro cabe na alegada “discricionariedade
imprópria e na margem de livre apreciação” do avaliador, como se fosse
impossível aplicar critérios de redução da subjetividade, essa não é a opinião
dos especialistas na área da psicossociologia, de entre os quais destacamos:</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><ul><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">António Caetano, José Gonçalves das Neves e José Maria Carvalho
Ferreira (2020) – <i>Psicossociologia das
Organizações</i>;</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Margarida Segurado (2017) – <i>Entrevista
de Avaliação de Competências</i>;</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Pedro Camara (2015) – <i>Manual
de Gestão e Avaliação de Desempenho</i>;</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Núcleo de Psicologia da DCAP (2006) – <i>Avaliação e Desenvolvimento de Competências na Administração Pública</i>.</span></li></ul><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif; text-indent: -18pt;">Por outro lado, se considerarmos outras falhas no processo de
avaliação como sejam:</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><ul><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Contratualizar objetivos e competências sistematicamente em
desrespeito pelos prazos estabelecidos na lei para o efeito;</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Validar classificações (de competências) em violação do princípio
da transparência, uma vez que naquelas condições os avaliados nunca têm conhecimento
(antes, durante ou depois de cada ciclo avaliativo) de quais são/foram, afinal,
os critérios utilizados para avaliar os descritores comportamentais que têm/tiveram
de demonstrar;</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Dispensar, apesar de a lei o exigir, seja efetuada a adequada
monitorização do desempenho (formal e com a participação de avaliador e
avaliado) o que pode inviabilizar a recolha de evidências probatórias;</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Considerar admissível que os avaliadores façam meras apreciações
genéricas de competências (tendo por referência a descrição introdutória da
competência) e não lhes seja exigida a apresentação de provas concretas
(factuais) que sustentem a avaliação de cada um dos descritores
comportamentais;</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Continuar a utilizar, em sede de reclamação, o impedimento das
quotas como justificação para manter o “Adequado”, apesar de, nessa situação, o
“Relevante” não ser contabilizável, e com esse efeito restritivo impedir que
seja reconhecido o “mérito real do avaliado” esvaziando “o direito deste em
obter uma verdadeira reavaliação do seu desempenho nos termos e com o alcance
que derivam dos artigos 8º e seguintes da Lei n.º 10/2004, de 22.03, e 3º e
seguintes do Decreto Regulamentar 19-A/2004, de 14 de maio.” (Acórdão n.º
00784/10.8BECBR do TAF de Coimbra, de 31-01-2020).</span></li></ul><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Não é de admirar que os trabalhadores, na generalidade, se sintam
bastante desmotivados (humilhados e até frustrados). Insatisfação a que apenas
escapam os poucos beneficiados que “caíram nas graças dos respetivos
dirigentes” (os tais que obtêm sempre boas classificações mesmo quando o seu
desempenho é medíocre).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;">Mas se, individualmente, como avaliados, não podemos mudar o
sistema (legislação e mentalidades), podemos (devemos) estar atentos e defender
os nossos direitos de forma veemente. Para ajudar nessa tarefa, deixo alguns
conselhos.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;">Aquando da contratualização de competências para o próximo biénio
(2023-2024), estejam atentos a um aspeto importante que não deve ser descurado:
“</span><b style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;">cada comportamento deve esgotar-se na
competência a que corresponde e não deve estar associado a mais do que uma
competência para evitar ambiguidades</b><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;">”, como nos diz a psicóloga Margarida
Segurado.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;">Para
entenderem melhor a situação, vejamos um conjunto de cinco competências (da
carreira de técnico superior) que, habitualmente, aparecem conjugadas:</span></p><div style="text-align: justify;"><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVy7Wd471btvsgLpn-d5emkIhL5YZO8dZWpiN7kuasu5Y_uZl3zIpmKIU2DhH7We6S-IVNTMVCgUC7YQ06czIvJIILbvug_x1MRYDtaOTiV_w40iASENK2v547b1knXsrZ3flgJx9qzySjCCLJMjgaHiJ11hIuJf9U6msyQsBq0EVd1ZkSQg/s701/competencias_mapa_comparativo.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="452" data-original-width="701" height="258" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVy7Wd471btvsgLpn-d5emkIhL5YZO8dZWpiN7kuasu5Y_uZl3zIpmKIU2DhH7We6S-IVNTMVCgUC7YQ06czIvJIILbvug_x1MRYDtaOTiV_w40iASENK2v547b1knXsrZ3flgJx9qzySjCCLJMjgaHiJ11hIuJf9U6msyQsBq0EVd1ZkSQg/w400-h258/competencias_mapa_comparativo.JPG" width="400" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Quando comparamos estas cinco competências, verificamos que “não
são mutuamente exclusivas” porque há três que incluem comportamentos
semelhantes entre si (<i>Entrevista de
avaliação de competências – Metodologia CIG</i>, 2017, pp. 55 e 57), o que
denota, no mínimo, que houve falta de cuidado na respetiva atribuição.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;">Ou seja, qualquer apreciação destas três competências, e a
respetiva classificação final como “mediana” ou “em grau elevado”, não pode
ficar prejudicada pelo facto de haver sobreposição de descritores, isto é:</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"></p><ul><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Se o avaliador considera que o trabalhador é ativo e dinâmico em
grau elevado (com base em evidências concretas e não em meros juízos de valor)
quando analisa a competência “INICIATIVA E AUTONOMIA”, não pode depois achar
que ele é apenas mediano no que se refere ao “papel ativo e cooperante” quando
aprecia o “TRABALHO DE EQUIPA E COOPERAÇÃO”;</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Se o trabalhador no desempenho das suas funções demonstra, em grau
elevado, que “propõe soluções” e “pondera alternativas” quando se aprecia a
competência “ANÁLISE DA INFORMAÇÃO E SENTIDO CRÍTICO”, é inadmissível que os
mesmos descritores venham a ser classificados somente como medianos aquando da
avaliação da “INICIATIVA E AUTONOMIA”;</span></li><li><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Se a proatividade e o dinamismo, assim como a apresentação de
propostas e a ponderação e alternativas, já foram avaliados nas competências “TRABALHO
DE EQUIPA E COOPERAÇÃO” e “ANÁLISE DA INFORMAÇÃO E SENTIDO CRÍTICO”, respetivamente,
não pode o avaliador reduzir apenas a dois os comportamentos a demonstrar
quando for apreciar a “INICIATIVA E AUTONOMIA” alegando que os outros dois já
foram avaliados.</span></li></ul><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Por isso, estejam atentos a este tipo de <b>ambiguidades na avaliação de competências</b>, porque quando as mesmas
são valoradas tendo por única fundamentação “juízos de valor”, alegadamente
“não sindicáveis”, só dessa forma (esclarecida e interventiva) se consegue
contrariar o <b>poder discricionário
desmesurado do avaliador que o desresponsabiliza pelas injustiças cometidas</b>
(mesmo quando evidentes). Por outro lado, calar é auto consentir na limitação
dos próprios direitos de defesa e pactuar com uma situação que se pode mesmo
classificar como inconstitucional por violação, entre outros, do princípio da
igualdade de oportunidades (a ter uma avaliação justa).</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Outro <b>erro evidente</b>, e
já aqui referido, é permitir que as competências sejam apreciadas somente pela
sua descrição genérica <b>com base na
intuição individual do avaliador</b> numa interpretação casuística, pessoal e
arbitrária, das ações e atitudes pessoais a ter em consideração. Apesar do <b>perigo de essas avaliações serem injustas</b>
por, entre outros motivos, poderem variar em função do momento, do estado de
espírito ou de simpatias pessoais, relegando o mérito e profissionalismo do
trabalhador para um plano secundário, a maioria dos avaliadores raramente
justifica a avaliação de competências por descritor comportamental, como deve
ser.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Sugerimos, então, que apresente ao seu avaliador uma proposta de <b>grelha de classificação de competências</b>
solicitando que a mesma seja fundamentada com factos recolhidos da
monitorização que, nos termos da lei, deve ser regularmente efetuada. Deixo o
exemplo para uma competência, mas que pode ser replicado para todas as outras.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">E para obstar ao facto de o avaliador poder vir a “esquecer-se” de
fazer o acompanhamento e monitorização do seu avaliado, nunca se esqueçam vocês
de a fazer, coligindo o maior número possível de evidências do sobre o vosso
desempenho. Será bastante útil, caso decidam reclamar da nota que vos for
atribuída.<o:p></o:p></span></p></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCAKgKBzbYJoGSlcKlcOgBTUacqJVawrd1Hv1fX9b-N6EfIk085gtX_x1VSI_8Ll5auatnpfMpRa1xGrHtDh5AIr0LZ9sYjLVVKh2W7QjILxxLy1LPMMa_e1wwzDn7rv8qh4wFCt2cfvIruaSoju6TocAbV89qGedMUsq8nQ1uxZnT21Fymg/s589/grelha_analise_competencias.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="589" data-original-width="490" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCAKgKBzbYJoGSlcKlcOgBTUacqJVawrd1Hv1fX9b-N6EfIk085gtX_x1VSI_8Ll5auatnpfMpRa1xGrHtDh5AIr0LZ9sYjLVVKh2W7QjILxxLy1LPMMa_e1wwzDn7rv8qh4wFCt2cfvIruaSoju6TocAbV89qGedMUsq8nQ1uxZnT21Fymg/w333-h400/grelha_analise_competencias.JPG" width="333" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> </span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">E se considerarem que a
classificação que vos foi atribuída não é justa, nunca se acomodem. Sobretudo,
se tiveram um desempenho “relevante” (com provas dadas) não se resignem à
inclusão no rol dos “adequados” apenas porque, alegadamente, não couberam na
quota dos 25%.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> </span><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;">RECLAMEM! É um direito que vos
assiste.</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"></p><div style="text-align: justify;"><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif;"><br /></span></p><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif; font-weight: 700;"></span></div><p></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-5455191660915710052021-11-27T12:32:00.001+00:002021-11-27T12:32:39.206+00:00Coletânea «Não Vão os Lobos Voltar»<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-IzDUXaQpHGA/YaIhvVciUJI/AAAAAAAAVEw/zJ16cQiyzPEe_NvUFiQtZP7Njs3Bb3VrQCLcBGAsYHQ/s2048/colectanea_N%25C3%25A3o%2Bv%25C3%25A3o%2Bos%2Blobos%2Bvoltar%2B-%2BCAPA-FINAL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1365" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-IzDUXaQpHGA/YaIhvVciUJI/AAAAAAAAVEw/zJ16cQiyzPEe_NvUFiQtZP7Njs3Bb3VrQCLcBGAsYHQ/s320/colectanea_N%25C3%25A3o%2Bv%25C3%25A3o%2Bos%2Blobos%2Bvoltar%2B-%2BCAPA-FINAL.jpg" width="213" /></a></div><br /> <p></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px;"><span style="font-family: Garamond, "serif"; font-size: 14pt;">22 Contos inéditos<u></u><u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px;"><span style="font-family: Garamond, "serif"; font-size: 14pt;">Vários autores<u></u><u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px;"><span style="font-family: Garamond, "serif"; font-size: 14pt;">Prefácio de Sofia Batalha<u></u><u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px;"><span style="font-family: Garamond, "serif"; font-size: 14pt;"><u></u> <u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px;"><span style="font-family: Garamond, "serif"; font-size: 14pt;">Um livro que nos fala sobre as voltas misteriosas da vida, dos encontros e desencontros com o passado. Histórias que nos levam a viajar por dentro e fora de nós, porque… Por vezes, é preciso enfrentar o passado para viver o presente.<u></u><u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px;"><span style="font-family: Garamond, "serif"; font-size: 14pt;"><u></u> <u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px;"><span style="font-family: Garamond, "serif"; font-size: 14pt;">Leia e descubra o meu conto <i>«Fantasma de Mim».</i><u></u><u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px;"><span style="font-family: Garamond, "serif"; font-size: 14pt;"><u></u> <u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px;"><span style="font-family: Garamond, "serif"; font-size: 14pt;">Já disponível na <a href="https://www.fnac.com/livre-numerique/a16340628/Varios-Nao-vao-os-lobos-voltar" target="_blank">Fnac</a>, <a href="https://www.wook.pt/ebook/nao-vao-os-lobos-voltar-varios/25480415" target="_blank">Wook</a>, <a href="https://www.bertrand.pt/pesquisa/n%C3%A3o+v%C3%A3o+os+lobos+voltar" target="_blank">Bertrand</a>, <a href="https://www.leyaonline.com/pt/livros/romance/nao-vao-os-lobos-voltar-ebook/" target="_blank">Leya Online</a> e <a href="https://www.amazon.es/-/pt/dp/B09HYM8L65/ref=sr_1_1?keywords=%22n%C3%A3o+v%C3%A3o+os+lobos+voltar%22&qid=1638016290&qsid=261-7015104-6896800&s=books&sr=1-1&sres=B09HYM8L65" target="_blank">Amazon</a>.</span></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-33628366389180841252021-09-24T19:07:00.000+01:002021-09-24T19:07:12.013+01:00ALMADA: Autárquicas de 2013 e 2017 em números<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-fB5HAlYF6Dc/YU4SFfzybDI/AAAAAAAAVDw/8mMpRNQBvy0dV8fQjC9PSuB2QREAosSUACLcBGAsYHQ/s610/geral.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="435" data-original-width="610" height="385" src="https://1.bp.blogspot.com/-fB5HAlYF6Dc/YU4SFfzybDI/AAAAAAAAVDw/8mMpRNQBvy0dV8fQjC9PSuB2QREAosSUACLcBGAsYHQ/w541-h385/geral.JPG" width="541" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="298" data-original-width="908" height="211" src="https://1.bp.blogspot.com/-OTO6rbO6vJA/YU4SRli1OCI/AAAAAAAAVD0/HTI0qEr5_PsXB5_6CxqnoqdHRPRemPsnQCLcBGAsYHQ/w640-h211/BE.JPG" width="640" /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-U92Ozp-nlBA/YU4SfWVoprI/AAAAAAAAVD8/axL7I4WiEPkR9KEBP23nckGhPYOJBF-XACLcBGAsYHQ/s903/CDS.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="299" data-original-width="903" height="213" src="https://1.bp.blogspot.com/-U92Ozp-nlBA/YU4SfWVoprI/AAAAAAAAVD8/axL7I4WiEPkR9KEBP23nckGhPYOJBF-XACLcBGAsYHQ/w640-h213/CDS.JPG" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-ycCCYPAuKrA/YU4TA4LTLZI/AAAAAAAAVEI/o_iIoYGEu9w4VOn7WpELVSa4cijbAVJnwCLcBGAsYHQ/s878/cdu.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="293" data-original-width="878" height="214" src="https://1.bp.blogspot.com/-ycCCYPAuKrA/YU4TA4LTLZI/AAAAAAAAVEI/o_iIoYGEu9w4VOn7WpELVSa4cijbAVJnwCLcBGAsYHQ/w640-h214/cdu.JPG" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-doZte5l_pUI/YU4TUWqflOI/AAAAAAAAVEQ/DkI-WPzgbascO0A6bpMB3xH6yZKLhAsigCLcBGAsYHQ/s430/pan.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="291" data-original-width="430" height="217" src="https://1.bp.blogspot.com/-doZte5l_pUI/YU4TUWqflOI/AAAAAAAAVEQ/DkI-WPzgbascO0A6bpMB3xH6yZKLhAsigCLcBGAsYHQ/s320/pan.JPG" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-bT5O_tKgpvg/YU4TeSNyEVI/AAAAAAAAVEU/grDE5GD_b7469axYo65hhrdGF2APuNwCACLcBGAsYHQ/s900/ps.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="303" data-original-width="900" height="216" src="https://1.bp.blogspot.com/-bT5O_tKgpvg/YU4TeSNyEVI/AAAAAAAAVEU/grDE5GD_b7469axYo65hhrdGF2APuNwCACLcBGAsYHQ/w640-h216/ps.JPG" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-SaD0_Rw3dxw/YU4ToOSGX7I/AAAAAAAAVEY/Ri3eZFzPiAU27ftxPy1FsqQRMonRtKRzQCLcBGAsYHQ/s903/psd.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="295" data-original-width="903" height="210" src="https://1.bp.blogspot.com/-SaD0_Rw3dxw/YU4ToOSGX7I/AAAAAAAAVEY/Ri3eZFzPiAU27ftxPy1FsqQRMonRtKRzQCLcBGAsYHQ/w640-h210/psd.JPG" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-18212215332615028952021-09-23T18:35:00.009+01:002021-09-24T08:10:30.391+01:00MEMÓRIA e razões para um voto consciente em Almada!<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-l-suDuhZ3Bg/YUy5b1-MyyI/AAAAAAAAVDg/m4QgeBUH7PgeGuRzNnhplQmN7bL58eIcwCLcBGAsYHQ/s564/autarquicas.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="368" data-original-width="564" height="314" src="https://1.bp.blogspot.com/-l-suDuhZ3Bg/YUy5b1-MyyI/AAAAAAAAVDg/m4QgeBUH7PgeGuRzNnhplQmN7bL58eIcwCLcBGAsYHQ/w482-h314/autarquicas.JPG" width="482" /></a></div><br /><span face=""Calibri Light", sans-serif" style="text-align: justify;"><br /></span><div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Faltam poucos dias para fazer 62 anos. Ou seja, já ando cá há uns
bons anos, e porque não renego o meu passado partidário, não tenho qualquer
problema em falar dele. Assim, antes de abordar qual é a minha posição nestas
autárquicas de 2021, vou fazer uma breve apresentação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Desde a década de oitenta que sou uma cidadã empenhada
politicamente, primeiro na UDP e, a partir de 1999, no BE. Participei em inúmeras
campanhas autárquicas chegando a ser cabeça de lista para as assembleias de
freguesia do Pragal e do Feijó, embora sem resultados. Em 2005 consegui ser eleita
para a Assembleia de Freguesia de Cacilhas, cujo mandato foi renovado em 2009 e
nesse ano entrei, também, para a Assembleia Municipal de Almada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Todavia, a partir de 2010, desentendimentos com a estrutura local
do partido levaram ao meu afastamento definitivo das lides partidárias.
Insurgi-me, sobretudo, com a alegação de que não podíamos denunciar uma série
de ilegalidades praticadas pela CDU para “não dar força à direita”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Na minha opinião, enquanto mantiver este comportamento (do
passado, mas que tudo indica que se mantém no presente), em Almada o BE nunca irá
conseguir fazer uma avaliação isenta sobre a qualidade da gestão autárquica porque:
são excessivamente tolerantes (coniventes) com uns (CDU) e demasiado sectários (preconceituosos)
com outros (PS). Uma postura que, a juntar-se à confusão que os seus eleitos continuam
a fazer entre governo nacional e governação municipal (vê-se isso, por exemplo,
no conteúdo das moções apresentadas nos órgãos colegiais autárquicos – do município
e das freguesias), poderá ajudar a explicar a incapacidade do BE em conseguir
implantação a nível local: ao fim e ao cabo os eleitores ainda preferem o
original à cópia, por um lado, e por outro, posições intolerantes são cada vez
menos suportadas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">À época, muitos foram os meus ex-camaradas que, quiçá medindo-me
pelas respetivas bitolas, em discursos inflamados nas redes sociais, vaticinaram
a minha passagem para o PS (ou até para o PSD) tal era a sede de poder que
consideravam ser a minha. Contudo, até hoje, decorrida mais de uma década, e ao
contrário de outros, nunca mais participei em eleições por nenhum partido ou movimento.
O que não significa que tivesse deixado de intervir na vida política do “meu”
concelho (nasci na Trafaria em 1959, e com exceção do período de 1967 a 1981 em
que os meus pais foram morar para Corroios, concelho do Seixal, sempre residi neste
concelho), muito pelo contrário (no arquivo deste blogue, e noutros aqui
identificados, encontra profusa documentação sobre a minha intervenção
política, no BE e a título individual pelo que não vale a pena adiantar mais
conversa sobre esta questão).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Agora sobre as autárquicas de 2021.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Mais do que a “campanha de lavagem cerebral” que a CDU tem andado
a fazer no terreno e nas redes sociais (refiro-me, em particular, ao programa “<a href="https://almada.cdu.pt/programa/aqui-vamos-ter-obra">Aqui vamos ter obra</a>”
como se fosse tudo muito fácil de concretizar, as verbas estivessem ali ao lado
disponíveis para serem aplicadas, o concelho não tivesse outros problemas
estruturais a resolver, mas, principalmente, como se antes não tivessem estado mais
de 40 anos na liderança da câmara municipal e, sobretudo, como se os/as
almadenses sofressem de amnésia seletiva e já não se lembrassem dos múltiplos
exemplos de más práticas ao nível da gestão dos recursos humanos, da proteção
do ambiente, do urbanismo, da contratação pública, da parcialidade na atribuição
de apoios/ subsídios, da falta de transparência na gestão autárquica, na limitação do acesso à
informação administrativa, etc. etc.), confesso que me espanta a desfaçatez de
alguns “apoiantes de circunstância” que vindos dos mais diversos setores e partidos
– muitos deles antes ferrenhos opositores da CDU – resolveram, agora, vestir a
camisola da coligação por, alegadamente, terem sido prejudicados pela atual
gestão PS / PSD e usam o seu caso particular como sintoma da doença que dizem
padecer o executivo em funções, generalizando o diagnóstico e considerando o
seu voto nos anteriores carrascos como o “antibiótico” que cura todos os males que
lhes apontavam.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Dizem que a memória dos eleitores é curta, e a daqueles a quem me
acabei de referir, assim o demonstra… mas a minha ainda perdura. E por mais
críticas que até possa ter à gestão PS / PSD da câmara de Almada (delas não
estão isentos), isso não me faz esquecer tudo o que denunciei às autoridades
competentes e aqui apresentei neste mesmo espaço, sobre a gestão autárquica da
CDU (quem quiser pode consultar os arquivos para se inteirar das várias
situações, documentos e respostas obtidas).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Mas, principalmente, não me esqueço das represálias que sofri,
desde ameaças à minha integridade física (de forma presencial e nas redes
sociais) até às injúrias de que eu e a minha família fomos alvo (com o envio de
dezenas de cartas anónimas humilhantes encaminhadas para o meu local de
trabalho, para os condomínios dos prédios da avenida onde resido, distribuídas
pelos cafés onde sabiam eu costumava frequentar, etc. etc.). É verdade que,
apesar de algumas destas pessoas se identificarem como militantes do PCP, isso
só as responsabiliza a elas próprias e não transforma a sua conduta individual numa
culpa coletiva. Contudo, existe um nexo de causalidade entre as denúncias das
más práticas de gestão da CDU na câmara de Almada e as retaliações que me
atingiram, e essa é uma ligação que não podemos deixar de considerar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Por isso, CDU na câmara de Almada? Não, muito obrigada!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Mantendo o BE em Almada, ainda hoje, os mesmos vícios que levaram
ao meu afastamento em 2010, obviamente que também não é neles que irei votar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Porque considero o voto um dever cívico, e não coloco a hipótese
de votar nulo ou em branco, resta-me apenas o PS como escolha já que não me
identifico com nenhum dos outros partidos concorrentes. Por isso a minha
escolha vai para a Inês de Medeiros (Câmara Municipal) e para a Maria D'Assis
(freguesia onde resido).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Parecendo uma escolha secundária (não sou hipócrita ao ponto de
vir aqui afirmar que partilho o referencial socialista em termos de objetivos de
administração autárquica porque isso seria mentir a mim mesma) ela é igualmente
válida, pois o que importa é que o voto que depositarei domingo na urna tem
tanto valor como os que lá forem colocados por convicção.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">A terminar espero que a tendência verificada nos últimos anos no
nosso concelho se mantenha: a CDU a descer e o PS a subir, como é notório se
compararmos os resultados das eleições autárquicas (imagem inicial – onde é bem
visível a progressiva perda de confiança do eleitorado na CDU) ou se fizermos o
confronto com as legislativas (com o PS a ultrapassar os comunistas de forma
exponencial) – imagem seguinte.</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-f8TDrFZJ0hc/YUy5z6CveUI/AAAAAAAAVDo/KIikMerPiVsFqvagYaIM0bjxTnGFJv8MwCLcBGAsYHQ/s576/ps-cdu.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="406" data-original-width="576" height="347" src="https://1.bp.blogspot.com/-f8TDrFZJ0hc/YUy5z6CveUI/AAAAAAAAVDo/KIikMerPiVsFqvagYaIM0bjxTnGFJv8MwCLcBGAsYHQ/w491-h347/ps-cdu.JPG" width="491" /></a></div><br /><p></p></div>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-71618047981892723972021-09-20T19:49:00.003+01:002021-09-20T19:50:17.298+01:00LIMITAÇÃO DE MANDATOS. Breves notas<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-RkBGZpHlepw/YUjXVyyWKZI/AAAAAAAAVDY/sZj9BTaaXNEiYQtb4Mi15zFwmS_qhLwCQCLcBGAsYHQ/s960/voto_urna_2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="960" height="237" src="https://1.bp.blogspot.com/-RkBGZpHlepw/YUjXVyyWKZI/AAAAAAAAVDY/sZj9BTaaXNEiYQtb4Mi15zFwmS_qhLwCQCLcBGAsYHQ/w380-h237/voto_urna_2.jpg" width="380" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A <a href="https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=2110&tabela=leis&ficha=1&pagina=1&so_miolo=">Lei
n.º 46/2005, de 29 de agosto,</a> veio estabelecer “limites à renovação
sucessiva de mandatos dos presidentes dos órgãos executivos das autarquias
locais”.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Tem somente um artigo e em três
pontos limita-se a impor, apenas aos presidentes dos órgãos executivos do
município (câmara municipal e junta de freguesia), uma espécie de “licença
sabática” de 4 anos (um mandato), após o exercício máximo de 12 anos (três
mandatos) consecutivos a ocupar a cadeia do poder.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Se a ideia era moralizar a
atuação dos executivos autárquicos, impedindo a criação de vícios decorrentes
da eternização no poder, de fora ficaram os vereadores municipais (com pelouro
atribuído) e os vogais de freguesia pois que, embora de poderes muito mais
limitados (sobretudo os segundos), não deixam de ser, também, lugares sujeitos
ao mesmo tipo de riscos.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Além disso, ao permitir que nesse
período os autarcas possam transitar de órgão no mesmo concelho (da presidência
da câmara para a da assembleia municipal, por exemplo) ou ocupar cargo idêntico
num outro município (como acontece com a atual presidente da câmara de Setúbal
e cabeça de lista da CDU à câmara de Almada), mais não é do que um convite
descarado à violação do princípio subjacente à legislação em causa e uma forma
expedita de tornar lícito comportamentos que podem anular o efeito pretendido
pelo legislador porque, afinal, permitem que se dê continuidade à teia de
interesses anteriores.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Nestas autárquicas existem cerca
de meia centena de presidentes que estão a cumprir o terceiro mandato
consecutivo e, por isso, não se puderam recandidatar. Contudo, como refere o
jornalista Tomás Gomes “<a href="https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/mudar-de-camara-ou-ser-candidato-a-assembleia-municipal-o-caminho-de-18-autarcas-para-ir-alem-da-limitacao-de-mandatos">não
deixa de ser curioso que, deste grupo, 18 voltem a ser candidatos nestas
eleições. A grande maioria candidata-se às Assembleias Municipais dos concelhos
que presidiram, mas cinco deles tentam mesmo a sua sorte noutros concelhos</a>.”<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em 2005 o diploma foi aprovado
com os votos a favor do PS, PSD e Bloco de Esquerda (o PCP votou contra e o CDS
e Partido Ecologista "Os Verdes" abstiveram-se).<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><o:p></o:p></p><p>
<span style="text-align: right;">Imagem tirada </span><a href="https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/lei-da-limitacao-dos-mandatos-coloca-em-risco-35-concelhos-773993" style="text-align: right;">DAQUI</a> </p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-79836968235611542212021-09-19T18:09:00.004+01:002021-09-19T21:44:44.978+01:00AUTÁRQUICAS 2021 EM ALMADA: uma certeza, duas "quase certezas" e algumas "notas soltas".<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-xKSGrEluSjQ/YUdtpoEbtaI/AAAAAAAAVDQ/ZQczFFKep7MxJaBJojtJ1DcOFIdcLczPACLcBGAsYHQ/s789/Capturar.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="435" data-original-width="789" height="259" src="https://1.bp.blogspot.com/-xKSGrEluSjQ/YUdtpoEbtaI/AAAAAAAAVDQ/ZQczFFKep7MxJaBJojtJ1DcOFIdcLczPACLcBGAsYHQ/w470-h259/Capturar.JPG" width="470" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Como o dia ainda só tem 24H, há que estabelecer prioridades. E
entre o descanso necessário e alguns períodos de lazer (às vezes, de mera
preguiça… porque é preciso retemperar forças) a necessidade de satisfazer
compromissos familiares, profissionais e académicos tem-me afastado, com muita
pena minha, das questões da gestão autárquica em Almada.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Não significa isso, contudo, desinteresse pelas problemáticas do
governo local, muito pelo contrário, mas apenas que, sendo essa uma atividade
de mera cidadania voluntária, não tenho tido oportunidade (por falta de tempo
para proceder à investigação dos assuntos) de me dedicar com o empenho que
gostaria e, por isso, o meu silêncio.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Mas em tempo de eleições autárquicas não podia deixar de aqui
trazer algumas perceções sobre a campanha a decorrer (apenas isso, nem sequer chegam
a ser reflexões):<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><u><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Uma certeza, duas “quase certezas” e algumas “notas soltas” quanto
à futura composição da câmara municipal</span></u><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Almada
voltará a ter uma mulher na presidência da câmara</span></b><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> – não é
difícil acertar esta pois apenas o PS e/ou a CDU têm hipóteses de conseguir os
votos suficientes para tal.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">A
força política vencedora não terá maioria absoluta</span></b><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> – ganhe o PS
ou a CDU, face ao que as sondagens apontam (valham elas o que valerem), este é mesmo
o cenário mais provável.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">O
parceiro de governo, ganhe o PS ou a CDU, voltará a ser o PSD</span></b><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> – caso ganhe
o PS há a considerar a parceria do mandato que está a terminar e, apesar da disponibilidade demonstrada pelo PS em dialogar com todas as
forças políticas que venham a conseguir vereadores, o facto de a CDU e o BE já terem afirmado,
publicamente, que não negoceiam com “uma equipa incompetente” e “não participam
em executivos com a direita”, respetivamente. Caso ganhe a CDU,
e à semelhança do “hábito” trazido de anteriores experiências de executivos
conjuntos entre o PCP e o PSD em Almada (ao nível das freguesias: Cacilhas foi
um exemplo durante vários mandatos), o PSD é a escolha mais do que provável dos
comunistas, o que inviabilizará qualquer apoio do BE (isto se Joana Mortágua for
eleita vereadora e mantiver o que até agora tem dito). Sobre esta última
hipótese (que espero, sinceramente, não venha a ser realidade – pelo menos com
o meu contributo não será) há ainda dois pormenores a atender: instada a
responder, em caso de vencer as eleições sem maioria absoluta, com quem fará
acordo para governar Almada, Maria das Dores Meira é célere a negar qualquer possibilidade
apenas ao PS (nunca referindo o PSD mesmo que os considere incluidos no rol dos incompetentes)
embora também nunca admita poder juntar-se com o BE (aliás é notória a falta de
confiança que o PCP sempre teve em relação a este partido seja a nível nacional
ou local).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Após mais de 40 anos de governo comunista em Almada, com uma
autarquia que já se confundia com uma delegação paralela do PCP, tal era o
domínio e/ou influência que mantinham sobre os recursos humanos em todos os
níveis da estrutura orgânica institucional (e que se manteve mesmo após o
resultado eleitoral de 2017), não é em 4 anos que se conseguem criar novos
hábitos, ultrapassar os constrangimentos deliberadamente criados nos bastidores
e, em simultâneo, lutar contra a permanente campanha de desinformação levada a
cabo pelos anteriores detentores do poder seja nas redes sociais ou nos órgãos
colegiais autárquicos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Por outro lado, porque não existem “executivos maravilha” (utopia
não é realidade) é natural que, nestas condições, com tantas dificuldades de
partida (a má vontade na passagem do testemunho em 2017 foi notícia pelos
piores motivos) qualquer equipa, por mais empenhada, competente e idónea, iria
sempre cometer erros (além de que é impossível agradar a “gregos e troianos”).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Não estou, com isto, a desculpar o que de menos bom possa ter sido
feito pelo atual executivo. E não, não concordo com tudo o que fizeram. Mas de
uma coisa não tenho dúvida: <b>prefiro o PS
(mesmo coligado com o PSD) do que voltar a ter um executivo CDU em Almada.</b>
Porque, ao contrário do que a CDU afirma, a sua gestão em Almada, sobretudo nos
três últimos mandatos, esteve muito longe de ser o tal retrato idílico de “trabalho,
honestidade e competência”, conforme eu aqui denunciei inúmeras vezes (os
artigos constam dos arquivos e são facilmente consultáveis).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Uma nota final sobre o Bloco de Esquerda. A falta de visibilidade
pública da sua ação a nível local continua a ser por demais evidente. A fraca
(ou mesmo quase nula) aposta no online e uma diminuta presença nas redes
sociais, incompreensível nos dias de hoje, é uma das falhas do BE em Almada. A
esta constatação junta-se a permanente confusão que a estrutura do partido faz
e os seus eleitos perpetuam nos órgãos colegiais autárquicos (do município e
das freguesias), entre governação local e governo da nação, o que os torna
distantes da realidade local e dificulta a empatia com os munícipes.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">E temos, ainda, a já insana aversão ao PS, desde sempre
considerado como “o inimigo público n.º 1”, e que gostam de exibir como se
fosse um trunfo, símbolo da sua superioridade moral (uma ideia que transparece
na forma sectária e por vezes leviana como criticam os autarcas socialistas,
façam eles o que fizerem, estejam eles no executivo ou na oposição),
contrapondo com a “secreta admiração” (que mal conseguem disfarçar) pelos comunistas,
evidenciada na tolerância e/ou indiferença aos erros por eles cometidos nos mandatos
anteriores a 2017 e na espécie de elogio efetuado no presente quando cada
palavra do discurso de Joana Mortágua parece defender a vontade expressa de que
a CDU deve voltar a ocupar a cadeira da presidência, custe o que custar, porque
o que importa é tirar de lá o PS. Ou não se centralizasse a candidatura do BE à
câmara de Almada no objetivo de impedir a maioria não do PS, mas da CDU.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Com este tipo de postura, estou em crer que será difícil manter os
votos de 2017 e <b>só com muita sorte o BE
voltará a ter um lugar na vereação</b>.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> </span></p><p>
<span face=""Calibri Light", sans-serif" style="text-align: right;">Imagem: tirada </span><a href="https://almadense.sapo.pt/cidade/autarquicas-sondagem-coloca-ps-e-cdu-separados-por-quatro-pontos-em-almada/" style="font-family: "Calibri Light", sans-serif; text-align: right;">DAQUI</a><span face=""Calibri Light", sans-serif" style="text-align: right;">.</span> </p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-7366290379179520342021-09-11T10:59:00.005+01:002021-09-11T10:59:33.385+01:00Política: o que distingue um Homem Bom, dos outros…<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-j3Vwof1vKrI/YTx8J_myq2I/AAAAAAAAVDI/tMDYluG6NGo-5auW4xwlcYI9yJZso4SvgCLcBGAsYHQ/s638/sampaio%2Bx%2Bcosta.JPG" style="display: block; padding: 1em 0px; text-align: center;"><img alt="" border="0" data-original-height="202" data-original-width="638" height="129" src="https://1.bp.blogspot.com/-j3Vwof1vKrI/YTx8J_myq2I/AAAAAAAAVDI/tMDYluG6NGo-5auW4xwlcYI9yJZso4SvgCLcBGAsYHQ/w410-h129/sampaio%2Bx%2Bcosta.JPG" width="410" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A propósito da morte do
Presidente Jorge Sampaio, ocorrida ontem (dia 10 de setembro de 2021, aos 81
anos de idade), e quando o cortejo fúnebre se dirige para a Praça do Município
de Lisboa (a cuja câmara presidiu na década de 90) não posso deixar de
partilhar convosco um pequeno testemunho que evidencia a grandeza de caráter deste
Homem, dificilmente igualável, sobretudo quando comparada com a pequenez de espírito
de tantos outros que, tendo-o tido como exemplo, arrisco dizer que não sabem
honrar o seu legado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Corria o ano de 1991. Na
sequência da revisão constitucional de 1989 os governadores civis tinham
acabado de ser retirados da presidência das assembleias distritais e em Lisboa
o PSD deixou, literalmente, as contas bancárias da entidade com saldo nulo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A polémica em torno destes órgãos deliberativos autárquicos (que o artigo 291.º da CRP determinava iriam vigorar, tal como os
governos civis, até à criação das regiões) e a cobiça em torno do vastíssimo
património predial da ADL, criou um impasse que impediu a rápida resolução da
situação institucional.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Há vários meses sem receber
vencimento, os trabalhadores deliberaram em plenário que eu e outra colega
fossemos falar, pessoalmente, com o Dr. Jorge Sampaio (então presidente da CML
e, por inerência, membro da ADL), expor-lhe o problema e pedir a sua ajuda. Apesar
do inusitado da situação, o presidente recebeu-nos e sensibilizado com a
questão, de imediato ordenou que o departamento financeiro procedesse ao
pagamento de uma quantia que considerou suficiente para liquidar todos os
salários em atraso e garantir o seu pagamento nos próximos meses, enquanto o
assunto era discutido politicamente. E não saímos das instalações da câmara sem trazer na nossa posse o respetivo cheque.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Os anos passam e chegamos a
dezembro de 2011. Numa atitude prepotente e à revelia dos órgãos autárquicos do
município (que tinham aprovado o orçamento com a dotação para a ADL), o presidente
da autarquia, António Costa, decide proibir os serviços de, a partir de janeiro
de 2012, pagarem a contribuição a que o município estava legalmente obrigado, como
forma de exercer pressão política sobre o Governo para que este extinguisse as
assembleias distritais tal como acabara de fazer com os governos civis.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Com esta atitude, António Costa
provocou a falência da entidade e levou a que, entre 2013-2015 eu chegasse aos
12 meses sem receber vencimento nem subsídios de férias, uma situação que só viria a ser resolvida,
curiosamente, pelo Ministério das Finanças liderado por Mário Centeno, ministro
do primeiro Governo de António Costa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">De frisar que a dívida da CML à
ADL, que resultou do ato ilegal de António Costa, acabou por ser paga em 2019, após condenação do município em Tribunal numa ação interposta pelo Ministério
das Finanças do Governo cujo primeiro ministro era, precisamente, António
Costa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Penso que não é preciso
acrescentar mais nada para que todos percebam o alcance desta minha mensagem e o que pretendi dizer com o título deste testemunho.</p><p></p></div>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-86190981037955885192021-08-06T09:52:00.001+01:002021-08-06T09:53:04.866+01:00A palavrar é que a gente se entende!<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-HJwzrQ54Hd0/YQz3sQJIFjI/AAAAAAAAVCw/pCqNpv4H1UYcNvefvMFIdG6BtC5tR-D4gCLcBGAsYHQ/s909/Capturar.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="514" data-original-width="909" height="291" src="https://1.bp.blogspot.com/-HJwzrQ54Hd0/YQz3sQJIFjI/AAAAAAAAVCw/pCqNpv4H1UYcNvefvMFIdG6BtC5tR-D4gCLcBGAsYHQ/w514-h291/Capturar.JPG" width="514" /></a></div><br /><span style="background-color: white; color: #262626; font-family: "Segoe UI", sans-serif;"><span style="font-size: medium;">LANÇAMENTO DA NOVA REVISTA LITERÁRIA </span></span><span style="background-color: white; color: #262626; font-family: "Segoe UI", sans-serif; font-size: large;">«PALAVRAR - LER E ESCREVER É RESISTIR»</span><p></p><span style="font-size: medium;"><span style="background-color: white; color: #262626; font-family: "Segoe UI", sans-serif;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">SÁBADO | 28 DE AGOSTO | 21H30</span><br /><br /><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><img alt="👉" aria-label="👉" class="an1" data-emoji="👉" loading="lazy" src="https://fonts.gstatic.com/s/e/notoemoji/13.1.1/1f449/32.png" style="height: 1.2em; vertical-align: middle; width: 1.2em;" /> Aponte já na sua agenda e junte-se a nós nesta celebração da palavra escrita em Português. </span></span><span lang="EN-US" style="background: white; color: #262626; font-family: "MS Gothic";"><img alt="✍" aria-label="✍" class="an1" data-emoji="✍" loading="lazy" src="https://fonts.gstatic.com/s/e/notoemoji/13.1.1/270d/32.png" style="height: 1.2em; vertical-align: middle; width: 1.2em;" /></span><span style="background: white; color: #262626; font-family: "Segoe UI", sans-serif;">️<img alt="📚" aria-label="📚" class="an1" data-emoji="📚" loading="lazy" src="https://fonts.gstatic.com/s/e/notoemoji/13.1.1/1f4da/32.png" style="height: 1.2em; vertical-align: middle; width: 1.2em;" /></span><span lang="EN-US" style="background: white; color: #262626; font-family: "MS Gothic";"><img alt="❤" aria-label="❤" class="an1" data-emoji="❤" loading="lazy" src="https://fonts.gstatic.com/s/e/notoemoji/13.1.1/2764/32.png" style="height: 1.2em; vertical-align: middle; width: 1.2em;" /></span><span style="background: white; color: #262626; font-family: "Segoe UI", sans-serif;">️</span></span><span style="background-color: white; color: #262626; font-family: "Segoe UI", sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><br /><br /><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">O link de acesso ao ZOOM será disponibilizado brevemente.</span><br /><br /><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Eis algumas das palavras que caraterizam esta nova publicação: irreverência, originalidade, inconformismo, aprendizagem, reflexão, entretenimento, entusiasmo, seriedade.</span><br /><br /><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">A «PALAVRAR» já anda «nos olhos do mundo».</span><br /><br /><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Leia e descubra porquê.</span><br /><br /><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><img alt="👉" aria-label="👉" class="an1" data-emoji="👉" loading="lazy" src="https://fonts.gstatic.com/s/e/notoemoji/13.1.1/1f449/32.png" style="height: 1.2em; vertical-align: middle; width: 1.2em;" /> Solicite agora o seu exemplar gratuito aqui: <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://palavrar.oprazerdaescrita.com/&source=gmail&ust=1628325185416000&usg=AFQjCNF5mGDZGWulp3cFIIFQsaYeW-FBAA" href="https://palavrar.oprazerdaescrita.com/" style="color: #1155cc;" target="_blank">https://palavrar.<wbr></wbr>oprazerdaescrita.com/</a></span><br /><br /></span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><span style="font-size: medium;">Espero por si no dia 28 de agosto. </span><span style="font-size: 8pt; height: 1.2em; width: 1.2em;"><img alt="😊" aria-label="😊" class="an1" data-emoji="😊" loading="lazy" src="https://fonts.gstatic.com/s/e/notoemoji/13.1.1/1f60a/32.png" style="height: 1.2em; vertical-align: middle; width: 1.2em;" /></span></span></span>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-28509067464544665752021-08-03T21:26:00.005+01:002021-08-03T21:26:55.992+01:00ALMADA: múltiplas violações do PDM ou simples "erros de apreciação do projeto"?<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-4yMzzx1TBCo/YQmli8KJ2bI/AAAAAAAAVCg/T4ERCWfk6QsAWSK8khhS7sMEgaUlBAGiQCLcBGAsYHQ/s896/cma.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="331" data-original-width="896" height="245" src="https://1.bp.blogspot.com/-4yMzzx1TBCo/YQmli8KJ2bI/AAAAAAAAVCg/T4ERCWfk6QsAWSK8khhS7sMEgaUlBAGiQCLcBGAsYHQ/w664-h245/cma.JPG" width="664" /></a></div><br /> <p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Entre
outubro de 2018 e maio de 2019 publiquei neste espaço </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/search/label/Viola%C3%A7%C3%A3o%20PDM%20Almada"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">dez artigos sobre o tema da “violação do PDM de Almada”</span></a><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">, a maioria após uma apurada investigação e observação no local
como podem verificar dada a profusão de mapas, relatórios, fotografias, etc. De
salientar que todos os factos reportavam a práticas ocorridas entre 2009 e
2017.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Recolhidas
as evidências indispensáveis, organizadas as provas, os casos foram denunciados
às entidades com intervenção direta na matéria (Câmara Municipal de Almada,
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo,
Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas) e, também, ao Ministério
Público para averiguar da eventual prática de crimes urbanísticos e outros
(corrupção por exemplo).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Contudo,
o inquérito iniciado com a queixa que enviei à Procuradoria Geral da República
(Processo n.º 4217/18.3T9ALM) em 2018, e que foi desenvolvido pela 4.ª Secção
de Almada do Departamento de Investigação e Ação Penal, viria a ser arquivado por
despacho de 02-12-2020, “porquanto não foi possível ao Ministério Público obter
indícios suficientes da verificação de crime”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Confesso
que não esperava este desfecho. Embora o MP tenha concluído que o arquivamento
não prejudica a “possibilidade de serem os autos reabertos caso surjam novos
elementos de prova que invalidem os fundamentos ora invocados” e termine
sugerindo que se deveria abrir “Processo Administrativo, tendo em vista a
eventual instauração de ação para proteção de interesses difusos”, o teor do
despacho foi por mim recebido com total surpresa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">E
se o que mais me espantou foi a afirmação de que todas as diligências levadas a
efeito pela Polícia Judiciária tinham resultado infrutíferas (e bem gostaria de
saber quais foram já que delas não se dá notícia no documento em apreço), o
ter-me apercebido de que o tribunal ter-se-á limitado a ouvir a denunciante e apenas
uma testemunha deixou-me perplexa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Apesar
das fragilidades da investigação, o MP foi perentório ao considerar que “não
existem elementos probatórios de relevo suscetíveis de serem utilizados para
apurar responsabilidade criminal, o que não permite ultrapassar a dúvida quanto
à prática ou não dos factos” o que me faz pensar que, com a justiça a atuar
desta forma, em Almada os prevaricadores estarão sempre protegidos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Por
outro lado, o empenho em desculpabilizar as irregularidades urbanísticas detetadas
deixou-me incomodada, sobretudo pela imagem que perpassa nas entrelinhas da
decisão do MP, de que tudo não passou de delírios infundados de uma munícipe intolerante.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">E,
por isso, um terceiro piso recuado na cobertura de edifícios localizados em
área cujo índice urbanístico só permitia dois andares, passou a ser um sótão legítimo
para arrumos de utilização admissível. Ou, nos casos em que é evidente que esse
terceiro piso excedente não é uma simples arrecadação, a desconformidade face
ao PDM foi desvalorizada entendendo-se como mero “erro na apreciação do
projeto” ou uma “construção à revelia após emissão da licença de utilização”,
como se a autarquia não tivesse quaisquer responsabilidades em matéria de
fiscalização sucessiva, nomeadamente após denúncia concreta.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Estranhamente,
nem uma palavra foi proferida sobre a apreciação dos elementos referentes à
ocupação abusiva em terrenos de áreas protegidas das Reservas Agrícola e
Ecológica Nacionais ou da Arriba Fóssil da Costa de Caparica, apesar da
CCDR-LVT e do ICNF terem confirmado os incumprimentos denunciados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Na
sequência das </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/search/label/Viola%C3%A7%C3%A3o%20PDM%20Almada"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">notícias que aqui publiquei</span></a><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">,
fui insultada nas redes sociais e cheguei a receber ameaças através do
Messenger exigindo que retirasse algumas das publicações (algo a que nunca
acedi). Todavia, mais do que esses comportamentos disruptivos, admito que foi o
conteúdo deste despacho que deu o maior contributo desmotivador no que concerne
a futuras denúncias.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Ainda
assim, desiludam-se os que pensam que esta paragem é sinónimo de desistência.
Trata-se, apenas, de uma pausa para refletir e porque, de momento, tenho outros
interesses em perspetiva, nomeadamente os relacionados com a investigação para
a minha tese de doutoramento, “Divisão administrativa e ordenamento do
território em Portugal: a gestão supramunicipal, entre o paradoxo da
descentralização e o impasse da regionalização”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Uma
coisa é certa: com este processo aprendi bastante, sobretudo fiquei a conhecer
com quem posso contar. Estou de consciência tranquila e ciente de que fiz o que
podia. Não sou conivente com estas más práticas urbanísticas e/ou atentados à
proteção da natureza. Outros não poderão dizer o mesmo.<o:p></o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Imagem
retirada <a href="https://www.cm-almada.pt/urbanismo/planeamento-urbanistico/plano-diretor-municipal-almada">DAQUI</a><o:p></o:p></span></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-88670135241617349002021-07-29T18:17:00.008+01:002021-07-29T18:17:48.555+01:00A (I)RESPONSABILIDADE DA SECRETARIA GERAL DA CÂMARA DE LISBOA<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-WUAtNPfdZSo/YQLiTRTsGuI/AAAAAAAAVCU/hcfhVZQcmTkthvSoDR1Wtce9xHsjTXIOQCLcBGAsYHQ/s833/20210714_082418.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="625" data-original-width="833" height="315" src="https://1.bp.blogspot.com/-WUAtNPfdZSo/YQLiTRTsGuI/AAAAAAAAVCU/hcfhVZQcmTkthvSoDR1Wtce9xHsjTXIOQCLcBGAsYHQ/w420-h315/20210714_082418.jpg" width="420" /></a></div><br /><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif; text-align: justify;">Ou,
</span><b style="font-family: "Calibri Light", sans-serif; text-align: justify;">Quem protege a nossa palavra se até o
tribunal a deturpa?</b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Ainda
sobre a sentença referida no meu </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/2021/07/antonio-costa-autarca-x-governante-o.html"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">artigo
anterior</span></a><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> (Processo n.º 2874/16.4BESLB do TACL, de 28-02-2020, sobre a
dívida da câmara de Lisboa à assembleia distrital), não posso deixar de trazer
à colação um pormenor que, sinceramente, me deixou bastante chocada, embora se
trate de um assunto à margem da questão central e a sua apreciação não tivesse
contribuído para alterar o desfecho do processo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Em
resumo, pretendia o tribunal apurar se a Câmara Municipal de Lisboa (CML) exercera
(ou não) pressão sobre os trabalhadores da Assembleia Distrital de Lisboa (ADL)
que tinham pedido transferência para o município em novembro de 2014 (embora,
confesso, não perceba qual foi o objetivo deste desvio).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Considerou
a juíza como não provado “que os trabalhadores integrados no Município de
Lisboa na sequência das negociações entre esta entidade e a ADL tenham sido
coagidos de alguma forma a solicitar a transferência por mobilidade” por, além
dos meios de prova existentes junto aos autos – declarações individuais
solicitando a transição (prova suficiente de que os pedidos tinham sido uma
“decisão voluntária” inequívoca) –, não terem sido coligidos outros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Mais
adiante é ainda referido, como motivo para aquela conclusão, o facto de o
tribunal não ter “apurado as concretas circunstâncias em que a questão da
transição foi colocada aos trabalhadores” e a circunstância de o depoimento da única
testemunha que falara em coação ter sido desvalorizado por, alegadamente, refletir
um “conhecimento indireto” dos factos já que a trabalhadora em causa “não
estaria presente em tal momento” e se limitara a transmitir o que os colegas
lhe haviam dito.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Acontece,
porém, que isto não é verdade. Não é verdade, reafirmo-o!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Primeiro
porque a referida testemunha sou eu e não foi isso que testemunhei em tribunal.
Se aqui neste mesmo espaço </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/2015/05/informacoes-incorretas-por-opcao-ou.html"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">já denunciara
a situação</span></a><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">, não era perante a juíza que me ia coibir de dizer a verdade: ao
contrário do que a juíza concluiu e transpor para a sentença, tive conhecimento
direto, presencial, das intimidações que o secretário geral da CML fez aos
trabalhadores da ADL quando se deslocou à Biblioteca dos Serviços de Cultura no
dia 7 de novembro de 2014. E foi isso que disse em tribunal.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Aliás,
na sequência dessa visita, os trabalhadores presentes subscreveram um documento
(que é público) dando notícia dessa ocorrência, entre os quais me encontro. E
lembro-me bem da postura prepotente daquele senhor, da forma humilhante como se
dirigia aos funcionários da ADL e, em particular, da ameaça implícita nas
palavras de despedida que nos dirigiu: “Têm consciência de que a partir de
janeiro nenhuma câmara vai pagar mais à Assembleia Distrital? Querem ficar aqui
sem nada para fazer e sem ordenado durante meses [naquela data apenas a
Diretora dos Serviços de Cultura tinha salários em atraso]? Ou querem aceitar a
proposta da Câmara e serem transferidos por mobilidade para o Município de
Lisboa? A escolha é vossa!”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Colocados
perante cenário tão negro, os trabalhadores visados (à exceção de mim própria
que me recusei a ser vítima daquele tipo de chantagem), logo no dia seguinte,
compreensivelmente, trataram de apresentar um requerimento solicitando a
mobilidade para o Município de Lisboa a qual acabou por produzir efeitos a
01-11-2014.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">E
são estas as tais declarações individuais que o tribunal considerou como prova
bastante para demonstrar a inexistência de pressão por parte do município?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Depois
de prestar o meu depoimento em tribunal (como testemunha do Ministério das
Finanças), que sei foi gravado (assim me informou a própria juíza que presidia
à sessão), só tive conhecimento da sentença em julho de 2021, cerca de um ano
após o trânsito em julgado. Mesmo que tivesse sabido disso mais cedo não sei se
seria possível (ou sequer se valeria a pena) levantar o problema, mas muito
gostaria de saber que razão justifica que o tribunal tivesse alterado o sentido
das minhas palavras. Considero esta situação muitíssimo grave e, confesso,
deixa-me sérias dúvidas sobre a imparcialidade da justiça. Afinal parece que a
nossa palavra não vale pelo que dizemos efetivamente, mas por aquilo que
alguém, sem o nosso consentimento, considera conveniente que tenhamos dito.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Uma
nota final: não consigo deixar de relacionar este episódio com o processo </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/2021/06/a-apologia-da-irresponsabilidade.html"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Russiagate</span></a><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">. Porquê?
Pelo envolvimento da SG da CML! Na primeira situação teve uma participação
ativa (aliás, houve mesmo o empenhado pessoal do próprio SG) e na segunda pecou
por ausência. Em ambos os casos, aquela que deveria ter sido uma
responsabilidade direta na verificação do cumprimento da legalidade
procedimental, acabou por ser, antes (por ação e omissão, respetivamente) a
garantia de que a autarquia violava a lei.<o:p></o:p></span></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-78605486274259499672021-07-23T13:00:00.056+01:002021-07-23T13:00:00.278+01:00António Costa: autarca X governante. O caso da dívida à assembleia distrital de Lisboa.<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-BeeVIJsd2uo/YPqgntabymI/AAAAAAAAVCM/fvJM741jPaIphwbVI1ugwVm3VPZVNOUSgCLcBGAsYHQ/s617/adl.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="298" data-original-width="617" height="264" src="https://1.bp.blogspot.com/-BeeVIJsd2uo/YPqgntabymI/AAAAAAAAVCM/fvJM741jPaIphwbVI1ugwVm3VPZVNOUSgCLcBGAsYHQ/w546-h264/adl.JPG" width="546" /></a></div><br /> <p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Ao tomar conhecimento desta sentença (já transitada em julgado e
por isso aqui me atrevo a divulgá-la), a primeira sensação que tive foi de
satisfação… um contentamento enorme, misturado com aquele alívio que se sente
quando vemos a justiça confirmar que tínhamos razão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Mas, ao recordar aquilo por que passei entre 2013 e 2015 como
trabalhadora da <a href="http://adlisboa-arquivo.blogspot.com/">Assembleia
Distrital de Lisboa</a> (ADL), não pude deixar de sentir uma imensa tristeza…</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">A revolta e a indignação que senti nesses anos já se atenuaram.
Acabou ficando só a tristeza … a tristeza por verificar que tudo não passou,
afinal, de um mero capricho político do então presidente da Câmara Municipal de
Lisboa (CML), e hoje primeiro ministro de Portugal, António Costa.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Cerca de quatro anos e meio após a extinção dos Serviços de
Cultura da ADL em 2015, e depois da entidade ter ido à falência devido,
sobretudo, à recusa da Câmara Municipal de Lisboa (CML) em pagar as contribuições
a que estava obrigada nos termos do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 5/91, de 8
de janeiro, finalmente o tribunal acabou por condenar a autarquia que,
entretanto, já regularizou a situação segundo fomos informados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Como jurista, António Costa sabia que a sua atitude era ilícita (<a href="https://drive.google.com/drive/folders/0B46pMqkTENIqRWVVQmV1NEFEOGs?resourcekey=0-qZNQeeI0ZUT7FD9qzoN0nw">o
município de Oeiras também já fora condenado, em 1994</a>, por motivo
idêntico), e tanto assim era que, após ter deixado a presidência da câmara e
assumido a liderança do XXI governo constitucional, <a href="http://adlisboa-arquivo.blogspot.com/p/despacho-n.html">transferida que
estava a universalidade jurídica da ADL para o Estado</a>, tratou logo de,
através do Ministério das Finanças, colocar a CML em tribunal para lhe exigir o
pagamento da dívida que o autarca António Costa deixara em Lisboa.</span> </p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Se o objetivo do autarca António Costa era pressionar os decisores
políticos a legislar sobre as assembleias distritais, porque razão resolveu
agir daquela forma precisamente quando o XIX governo já iniciara o processo oficioso
de extinção das entidades previstas no artigo 291.º da Constituição da
República Portuguesa com a publicação do <a href="https://www.dre.pt/application/dir/pdf1s/2011/11/23000/0513005186.pdf">Decreto-Lei
n.º 114/201, de 30 de novembro</a> (sobre os governos civis) e estava em estudo
o caso do órgão deliberativo distrital que viria a consubstanciar-se na </span><a href="http://adlisboa-arquivo.blogspot.com/p/lei-n.html"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Lei n.º
36/2014, de 26 de junho</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">?</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Por causa da opção de António Costa, assumida em desrespeito pela
deliberação da Assembleia Municipal de Lisboa que aprovara o orçamento para
2012 (que incluía a dotação anual para a ADL), os serviços municipais foram
proibidos de cumprir com aquela obrigação e a falência da ADL entrou em ritmo
acelerado.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 0cm 4cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">[ao contrário
do que aconteceu com o </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/2021/06/a-apologia-da-irresponsabilidade.html"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">despacho de
2013 no caso <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Russiagate</i></span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">, que depois
de emitido nunca foi executado, neste caso o empenho da Secretaria Geral da CML
foi impressionante ao ponto de ser o próprio SG a garantir, pessoalmente, aos
trabalhadores da ADL que a ordem do presidente era para cumprir com rigor]</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Apesar de saber que a sua decisão era ilegal e de conhecer as
graves consequências que a mesma estava a provocar (cheguei aos 12 meses de
salário e dois subsídios de férias em atraso), António Costa manteve-se sempre
indiferente. E, ironicamente, viria a ser o seu governo que </span><a href="http://adlisboa-arquivo.blogspot.com/2015/12/contas-saldadas.html"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">acabaria por
me pagar todos os créditos laborais</span></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">. Ficaram, no entanto, por ressarcir os muitos prejuízos não
patrimoniais que a situação acarretou, entre eles o ter-me sido <a href="http://requalificada.blogspot.com/search/label/ADSE">retirado o direito à
ADSE</a> que só recuperei depois de ter sido<a href="http://requalificada.blogspot.com/"> transferida para a Direção Geral das
Autarquias Locais</a> (DGAL) onde me encontro até ao presente.</span> </p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Devido às denúncias públicas que fui fazendo e das múltiplas
diligências que encetei junto de diversas entidades na defesa dos direitos dos
trabalhadores das assembleias distritais, com destaque para este caso em
particular envolvendo António Costa (que fui noticiando no blogue </span><a href="http://metoscano.blogspot.com/search/label/assembleias%20distritais"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">INFINITO’S</span></i></b></a><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">), vários pseudo-amigos
afastaram-se e alguns passaram a considerar-me uma inimiga figadal. A todos (por
cuja ausência me congratulo) só tenho que agradecer pois foi a sua cobardia que
sustentou a minha coragem. Por isso, muito obrigada!<o:p></o:p></span></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-56904520136459280572021-06-25T13:00:00.002+01:002021-06-25T14:07:28.133+01:00O enigma do artigo 291.º da Constituição.<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-08dOF9g_E_M/YNWtOxT6ZUI/AAAAAAAAVCA/IeaTB03jdIEx6wQ4GkcXRP-6GrXjN2jewCLcBGAsYHQ/s760/enigma-760x450.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="760" src="https://1.bp.blogspot.com/-08dOF9g_E_M/YNWtOxT6ZUI/AAAAAAAAVCA/IeaTB03jdIEx6wQ4GkcXRP-6GrXjN2jewCLcBGAsYHQ/s320/enigma-760x450.jpg" width="320" /></a></div><br /> <p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Os
distritos chegaram a 1974 como autarquia, mas os seus órgãos foram dissolvidos
logo nesse ano. Todavia, em 1976, embora com existência precária e fim
anunciado, viriam a ter honras constitucionais (artigo 291.º com a revisão de
1989), enquanto não fossem criadas as regiões administrativas. Entretanto,
mantinha-se o governador civil e previa-se uma assembleia distrital composta
por representantes dos municípios, presidida por aquele até 1991 e, a partir
daí, por um autarca eleito entre os seus pares, uma transição pacífica em todo
o país à exceção de Lisboa que terminou em tribunal numa luta pela posse do
património predial (avaliado em mais de 40 milhões de euros)</span> <span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">herdado da
junta distrital, que as autarquias diziam pertencer-lhes e o governo civil reclamava
como seu.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Com
o advento do poder local, os políticos foram-se desinteressando do distrito até
que em 1998 o resultado do referendo fez gorar as expetativas da criação das
regiões administrativas. À época, como contraponto à regionalização, o parlamento
ainda chegou a apreciar um diploma do PSD que previa a revitalização das
assembleias distrais que, contudo, nunca viria a ser implementado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Durante
mais de uma década o distrito desapareceu dos discursos oficiais, a situação
das assembleias distritais foi-se degradando perante a indiferença dos
responsáveis políticos e no início do novo milénio a maioria estava desativada
e as restantes, salvo raras exceções, atravessavam uma insustentável asfixia
financeira. Mas só em 2014 o Governo resolveu agir propondo à Assembleia da
República que extinguisse os serviços das assembleias distritais e transferisse
as suas universalidades jurídicas para outras entidades da administração
pública, à semelhança do que fizera em 2011 com a não nomeação dos governadores
civis.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Considerando
que “o regime, a situação e o funcionamento das assembleias distritais” era
obsoleto face às últimas alterações verificadas ao nível das autarquias locais,
o Governo propôs-se “operar uma reforma profunda” sobre a matéria. Contudo, ficou-se pela
publicação de um regime jurídico minimalista que se limitou a retirar personalidade
jurídica àqueles órgãos e a proibi-los de angariar receitas, assumir despesas,
contrair empréstimos e manter trabalhadores. Ou seja, o legislador, em vez de
rever o artigo 291.º da Constituição optou por transformá-lo numa aberração
jurídica aumentando o leque das inconstitucionalidades por omissão ao nível da
divisão administrativa do país – como é o caso da autarquia regional prevista
desde 1976, mas nunca criada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Um
órgão esvaziado de funções, que resulta de uma imposição legal e que somente
pode funcionar como fórum de debate autárquico juntando entidades sem uma correspondência
territorial orgânica, não tem qualquer utilidade prática e está destinado ao
fracasso como o facto de não se conhecer nenhuma assembleia distrital que,
depois de 2014, tenha sido formalmente constituída e/ou alguma vez tenha
reunido enquanto tal, o prova.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6pt; text-align: justify;"><span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Concluindo,
o artigo 291.º da Constituição não foi alterado porque isso implicaria uma revisão
do sistema eleitoral: “os círculos eleitorais do continente coincidem com as
áreas dos distritos administrativos, são designados pelo mesmo nome e têm como
sede as suas capitais” </span>(<span face=""Calibri Light",sans-serif" style="mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">n.º 2 do artigo 12.º da Lei n.º 14/79, de 16 de maio). E como os
distritos são, subsidiariamente, o suporte geográfico para a organização
interna dos partidos políticos, isso terá levado à sua manutenção no texto
constitucional.<o:p></o:p></span></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-40981784781939256862021-06-22T13:57:00.001+01:002021-06-22T13:57:17.579+01:00A apologia da irresponsabilidade!<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-uoxSHYlYiyg/YNHdoSLM9AI/AAAAAAAAVB4/9M-u9FlgIH0jlZyen3OHgnfdkvOZE0ULwCLcBGAsYHQ/s1349/csm_ALA_8492_30b1bea89b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="547" data-original-width="1349" height="223" src="https://1.bp.blogspot.com/-uoxSHYlYiyg/YNHdoSLM9AI/AAAAAAAAVB4/9M-u9FlgIH0jlZyen3OHgnfdkvOZE0ULwCLcBGAsYHQ/w552-h223/csm_ALA_8492_30b1bea89b.jpg" width="552" /></a></div><br /> <p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sou funcionária pública desde 1987 e
até 2015 trabalhei num organismo de âmbito supramunicipal, onde fui dirigente
durante dez anos, pelo que a gestão autárquica é um tema que me seduz. Talvez
por isso me sinta tão chocada com os contornos daquele que é conhecido como “Russiagate”.
Não só pelo escândalo que a situação em si representa, mas, sobretudo, pelas
declarações de Fernando Medina desculpabilizando os serviços e remetendo as
responsabilidades das infrações cometidas para a herança recebida do Governo
Civil e para a “inércia da burocracia” que, ao “operar sobre um procedimento
rotineiro”, causou “um problema sério” ao município, explicações que considero vergonhosas
por contrariarem todos os princípios da boa administração</span> e <span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">promoverem o culto da incompetência
acéfala.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E depois de saber quais foram as
conclusões da auditoria sumária realizada pela autarquia, ainda mais indignada
fiquei com aquela postura do presidente da câmara por, na minha opinião,
configurar uma apologia da irresponsabilidade: desde 2011 que o envio de dados
pessoais dos manifestantes a terceiros era uma prática corrente dos serviços, apesar
da inexistência de cobertura legal para o efeito (a lei de 1974 a isso não
obriga) e do incumprimento do despacho do presidente da câmara de 2013 (uma
espécie de “nado morto”), com a agravante de ser um procedimento que se manteve
inalterado após a entrada em vigor do RGPD em 2018.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por outro lado, ao constatar que a
assunção de quase uma década de contínuos atos ilícitos se resume à exoneração do
encarregado de proteção de dados, como se esta figura centralizasse em si o
ónus cumulativo dos erros cometidos desde 2011, faz-me crer que esta decisão
não passa de uma trôpega tentativa de apresentar à comunicação social um “noivo
de conveniência” para que se não diga que, mais uma vez, a culpa vai morrer
solteira. E como “dama de companhia” acrescenta-se a inexplicável extinção do
gabinete de apoio à presidência.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Todavia, porque anos sucessivos de
incumprimento só podem ser o resultado da incompetência técnica de quem
executava e da gestão negligente de quem dirigia, aquelas diligências mais parecem
uma manobra para desviar a atenção do cerne do problema: a desorganização dos
serviços, a inabilidade da direção da unidade orgânica diretamente envolvida, o
laxismo do sistema de controlo interno do município e um Plano de Prevenção dos
Riscos de Gestão inoperante. Ou seja, apresentar a tradição como justificação e
arranjar um “bode expiatório” só torna o caso ainda mais suspeito.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A terminar, escolho duas entre as
muitas perguntas que se podiam colocar:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Qual é, afinal, o papel da “EPIRGPD –
Equipa de Projeto para a Implementação do RGPD no Município de Lisboa”, nomeada
em 2018 para, nomeadamente: acompanhar as ações de adequação de procedimentos,
avaliação da respetiva conformidade, inventariação das debilidades detetadas e
apresentação de propostas de ajuste e apoio à revisão das políticas atuais de
privacidade e de armazenamento de dados?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como foi possível aquelas
irregularidades nunca terem sido detetadas durante a fase de diagnóstico (a
cargo da LCG-Consultoria, SA) uma vez que foram realizadas dezenas de reuniões
com as diversas unidades orgânicas e com a EPIRGPD para levantamento e mapeamento
das atividades de tratamento e apresentados mais de duas dezenas de PIA (Análises
de Impacto na Privacidade)?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Imagem: <a href="https://www.lisboa.pt/">retirada da página web do município de Lisboa</a>.</span></p><p></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-60701554108929252262020-11-07T14:45:00.004+00:002020-11-07T14:50:42.119+00:00O "Café com Letras" em Cacilhas<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-E7Ul1w1vqWI/X6avxLWo52I/AAAAAAAAUv8/hEv7tBuTIN4zEZCuFDyutZs7lLFw1oTdwCLcBGAsYHQ/s737/ScreenHunter_03%2BAug.%2B14%2B09.13.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="737" data-original-width="533" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-E7Ul1w1vqWI/X6avxLWo52I/AAAAAAAAUv8/hEv7tBuTIN4zEZCuFDyutZs7lLFw1oTdwCLcBGAsYHQ/s320/ScreenHunter_03%2BAug.%2B14%2B09.13.jpg" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">O “Café com Letras” ficava na Rua Cândido dos Reis, em
Cacilhas. Nele desenvolvi um dos projetos culturais que mais prazer me deu. Foi
lá que nasceram as sessões de "Poesia Vadia", o grupo dos
"Poetas Almadenses" e a fanzine “O Sabor das Palavras”. Durou
pouco mais de três anos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Mais tarde foi "Sabor & Arte" dando
continuidade ao projeto. Mas também este encerrou em 2006.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.6pt; text-align: justify;"><span face=""Verdana",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Deixo-vos o <b><a href="https://docs.google.com/open?id=0B6OsOGxVz_h-d0FId05BckN1TGs"><span style="color: #336699;">Relatório de Atividades de 2003</span></a></b>, o
primeiro ano do projeto, como evidência do que se fazia naquele espaço.<o:p></o:p></span></p><p></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-34048440014271628562020-11-06T20:32:00.001+00:002020-11-06T20:32:09.002+00:00Recordar o projeto cultural "Index Poesis"<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-OIbgvB2KGzE/X6WyeG-6X9I/AAAAAAAAUvw/Fv13AM_iUWEtwZnOQE6iqcy_JJbUc2-FACLcBGAsYHQ/s691/ScreenHunter_03%2BAug.%2B20%2B00.03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="691" data-original-width="485" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-OIbgvB2KGzE/X6WyeG-6X9I/AAAAAAAAUvw/Fv13AM_iUWEtwZnOQE6iqcy_JJbUc2-FACLcBGAsYHQ/s320/ScreenHunter_03%2BAug.%2B20%2B00.03.jpg" /></a></div><br /> <span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">Nasceu no "Café com Letras", em Cacilhas (encerrado em 2006).</span><p></p><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #333333; font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0.75em; text-align: justify;">Leia o <a href="https://docs.google.com/open?id=0B6OsOGxVz_h-Z1VndWZMRzlVX2M" style="color: #336699;"><b>LIVRO</b></a> que apresenta o projeto e conheça as mais de cinco dezenas de autores participantes.</div>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-35660396891837359472020-11-05T20:25:00.001+00:002020-11-06T20:26:10.861+00:00Profissões d'outrora<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-sBBA_dUbZV4/X6Ww03i-NyI/AAAAAAAAUvk/DMICi-Bwm7kfo2D6Pf090iGAN29P67j9QCLcBGAsYHQ/s833/IMG_20201104_130845.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="625" data-original-width="833" height="398" src="https://1.bp.blogspot.com/-sBBA_dUbZV4/X6Ww03i-NyI/AAAAAAAAUvk/DMICi-Bwm7kfo2D6Pf090iGAN29P67j9QCLcBGAsYHQ/w531-h398/IMG_20201104_130845.jpg" width="531" /></a></div><div style="text-align: center;">Rua Comandante António Feio, Cacilhas (concelho de Almada) - 03-11-2020.</div> <p></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-18223148629176255562020-11-04T20:14:00.001+00:002020-11-06T20:18:47.357+00:00O tabu distrital no século XXI<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-DXSKIZS00zQ/X6Wuz32ZrfI/AAAAAAAAUvY/mDg-e3FNKNM2am8reKrzrUf72GqnA3j3wCLcBGAsYHQ/s2048/jesus-alejandro-moron-guadarrama-aOFbt_-q1pY-unsplash.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1365" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-DXSKIZS00zQ/X6Wuz32ZrfI/AAAAAAAAUvY/mDg-e3FNKNM2am8reKrzrUf72GqnA3j3wCLcBGAsYHQ/s320/jesus-alejandro-moron-guadarrama-aOFbt_-q1pY-unsplash.jpg" /></a></div><span style="vertical-align: inherit;"><div style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="vertical-align: inherit;">Foto de </span><a href="https://unsplash.com/@alejandromoron27?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditCopyText"><span style="vertical-align: inherit;">Jesus Alejandro Moron Guadarrama</span></a><span style="vertical-align: inherit;"> no </span><a href="https://unsplash.com/s/photos/texto?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditCopyText"><span style="vertical-align: inherit;">Unsplash</span></a></span></div></span> <p></p><p><span style="font-family: "Calibri Light", sans-serif; font-size: 11pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">O próximo artigo (a aguardar publicação):</span></p><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 4.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span class="Resumo-FinisterraCarter"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: minor-fareast; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><b>RESUMO</b></span></span><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> – <span class="CorpoResumo-FinisterraCarter"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; line-height: 150%; mso-ansi-font-size: 11.0pt; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: minor-fareast; mso-hansi-theme-font: major-latin;">Autarquia
local durante o Estado Novo, a partir de 1976 o distrito tornou-se uma mera
circunscrição territorial com caráter transitório e morte anunciada para quando
forem criadas as regiões administrativas. Ao longo destas mais de quatro
décadas, apesar de reconhecido pela população, o distrito tem sido ostracizado
por autarcas, deputados e governantes. Mantido devido à inércia da Assembleia
da República, onde os partidos se têm recusado a rever o artigo 291.º da Constituição
da República Portuguesa (CRP), o distrito chega a 2020 como um sobrevivente por
meras razões políticas (círculos eleitorais) embora mantenha duas aberrações
institucionais: os governadores civis (exonerados em 2011 e sem novo titular
nomeado desde então) e as assembleias distritais (cujos serviços foram extintos
em 2014 ficando reduzidas a um colégio deliberativo autárquico desprovido de
atribuições e competências). Este texto, “O tabu distrital no século XXI”, é um
contributo para a compreensão da situação atrás descrita.</span></span></span><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 4.25pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;"><span class="PalavrasChave-FinisterraCarter"><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: minor-fareast; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><b>Palavras-chave</b>:</span></span><span style="font-family: "Calibri Light",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-bidi-theme-font: major-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-hansi-theme-font: major-latin;"> assembleias
distritais, círculos eleitorais, distritos, regionalização e descentralização.<o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-29251059.post-64147851894237301812020-11-03T23:37:00.003+00:002020-11-03T23:37:40.759+00:00Quando o Estado não é exemplo para ninguém.<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-dgzH8yg1EAQ/X6Ho-Es4ePI/AAAAAAAAUvE/ErHFu-hrD48GOtTOPvG-gPVUMd6kzTPNQCLcBGAsYHQ/s513/Capturar.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="513" data-original-width="366" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-dgzH8yg1EAQ/X6Ho-Es4ePI/AAAAAAAAUvE/ErHFu-hrD48GOtTOPvG-gPVUMd6kzTPNQCLcBGAsYHQ/s320/Capturar.JPG" /></a></div><br /> <p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Neste livro, intitulado <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><a href="https://cordeldeprata.pt/livraria/os-terrenos-do-dominio-privado-do-estado-e-a-gestao-do-territorio/" target="_blank">Os Terrenos do Domínio Privado do Estado e a Gestão do Território</a></i>, a autora pretende analisar o comportamento do Estado
como proprietário fundiário e o reflexo das opções assumidas pelas diversas
entidades da administração pública (central e local) na gestão do território.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Após identificação dos
instrumentos e atores que intervêm no ordenamento do território em Portugal, é
feita uma breve sinopse histórica do distrito e são expostas as fragilidades
estruturais das assembleias distritais (órgãos deliberativos autárquicos de
âmbito supramunicipal) que, ostracizadas pela generalidade dos autarcas e pelos
sucessivos Governos, foram transformadas em “entidades fantasma” embora
condenadas pela Constituição a vigorar até à implementação das regiões
administrativas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O “Projeto Integrado de
Aproveitamento Social da Quinta da Paiã”, elaborado pelo Governo Civil de
Lisboa em 1993, apesar de ser um caso excecional, é o exemplo escolhido para
demonstrar algumas práticas ilícitas que devem ser evitadas e que vão do
confisco à gestão negligente. Os vários loteamentos que o compõem (com mais de
trezentos lotes destinados à construção de habitação e indústria) resultaram de
desanexações de prédios rústicos não autorizadas pela então entidade
proprietária (a Assembleia Distrital de Lisboa) e nunca obtiveram alvará do
município para o efeito (Loures, naquela época; Odivelas a partir de 1998).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Neste estudo, além da denúncia
dos factos que terão levado ao impasse de quase três décadas sobre a utilização
daqueles terrenos (que estão inseridos, na sua maioria, em solos onde o uso
urbano nunca foi permitido pelos instrumentos de gestão territorial) a autora
procura, ainda, elencar as perspetivas quanto à sua ocupação futura e deixa
pistas para dar continuidade à investigação explorando, nomeadamente, as
motivações políticas que considera estiveram na génese do problema.<o:p></o:p></p>Mindahttp://www.blogger.com/profile/14541825160144044782noreply@blogger.com0