Nasci na Trafaria há quase 58 anos. Vivi os meus primeiros sete anos de vida nesta vila e recordo com saudade a sua bela e extensa praia com uma excelente vista sobre Lisboa. Era precisamente no local onde estão hoje os silos que eu gostava de passar o meu tempo, brincando na areia ou nos baloiços que havia naquele local. Gratas lembranças do passado que a crua realidade do presente ofusca deixando-me revoltada.
Esta reportagem do jornal Público (com texto e vídeo de Vera Moutinho e fotografia de Nuno Ferreira Santos), de 03-09-2017, refere que:
«No bairro do 2.º Torrão, na
Trafaria, há mais de 300 famílias com acesso precário à eletricidade e à água.
Metade das construções não tem saneamento e há crianças a dormir em quartos sem
janela, ao lado de ratos. A Amnistia Portugal está a investigar a eventual
violação de direitos humanos.»
Estamos no século XXI. Como é isto possível?
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