Entre eleições legislativas e autárquicas a abstenção quase duplica. Mas essa não é a única mudança: o sentido de voto também se altera completamente: da maioria socialista passamos para uma maioria comunista. E isto já é assim há décadas, embora só estejamos a estudar os resultados eleitorais de 1999 em diante e hoje nos limitemos a comparar 2009 - 2011 - 2013.
Quem são estes eleitores de voto instável que entre legislativas e autárquicas vão "flutuando" de uns partidos para, ao que parece, beneficiar apenas o PCP / PEV?
A primeira leitura que resulta destes gráficos é que existe uma parte significativa de almadenses que confiam na CDU para o governo local mas já não pensam o mesmo quando está em causa o governo da nação referindo o PS ou mesmo o PSD.
A causa estará nos candidatos? nos programas apresentados a sufrágio? em factores sociais endógenos locais? Que razões se escondem por detrás desta posição de voto?
Descobrir as respostas para estas questões e poder direcionar as campanhas eleitorais no sentido de tentar fixar o eleitorado flutuante deveria ser uma preocupação dos envolvidos mas este parece ser, afinal, mais um assunto tabu e de cuja discussão os partidos se afastam "como o diabo da cruz".
E assim se vai cavando o fosso entre eleitos e eleitores contribuindo também para, por outro lado, aumentar a abstenção.
Fonte: www.eleicoes.mai.gov.pt/
Autores: Ermelinda Toscano e Manuel Barão.
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