É hoje inaugurado o designado "Almada Bus Saúde" - uma iniciativa que apesar de louvável deixa algumas dúvidas quanto à legitimidade / oportunidade da sua apresentação por estarmos em pleno período de campanha eleitoral para as autárquicas.
A juntar aos cartazes que a autarquia tem afixados pelo concelho (qualificando Almada como cidade trabalhadora, feliz, jovem, com tradição, etc), julgo haver aqui uma intenção propositada de a CDU colher dividendos políticos com recurso a expedientes pagos com dinheiros públicos.
Mas a propósito das questões da mobilidade (de todos e todas e não apenas de alguns ou algumas - há que respeitar, também, os direitos não só dos doentes mas de quantos e quantas têm dificuldades de locomoção, independentemente da idade, do estado de saúde debilitado ser permanente ou temporário, ou apenas porque no momento se desloca com um carrinho de bebé ou uma criança ao colo, por exemplo) trago-vos aqui três exemplos que são o paradigma de uma cidade não inclusiva: são eles a escadaria de acesso às Conservatórias do Registo Civil e Predial (2.ª fotografia), o Tribunal de Almada (3.ª fotografia) e a 1.ª Repartição de Finanças, em Cacilhas (4.ª e 5.ª fotografias).
Problemas que já se arrastam à décadas. Qual é o papel da autarquia nesta matéria?
Instalações inadequadas, com serviços distribuídos por dois pisos sem elevador. Mas a solução não será cumprir a ameaça de encerramento da repartição. Antes a sua relocalização num edifício com as condições mínimas que este, de longe, não oferece.
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