sábado, 16 de maio de 2009

A revolta do comércio local em Almada





Estas são imagens, recolhidas hoje de manhã, na Av.ª D. Afonso Henriques no lado esquerdo de quem desce de Almada em direcção a Cacilhas.
E muitas mais montras haveria para fotografar, decoradas de igual forma, com o elucidativo cartaz da 1.ª imagem desta notícia. E se pensarmos no outro lado da rua, são dezenas de estabelecimentos comerciais em protesto.
Mas não é apenas aqui. Na Rua Luís de Queirós há mais... assim como noutras artérias do centro da cidade de Almada.
Pelo que pude constactar através da leitura de uma notícia de jornal que alguns comerciantes têm, também, afixada junto ao cartaz da Associação do Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal, os comerciantes reclamam da falta de apoios da autarquia ao comércio local e contestam a decisão da CMA de ter transformado o núcleo central da cidade em zona pedonal pelo que exigem o regresso da circulação automóvel àquelas vias.
Pessoalmente, apesar de solidária com algumas reivindicações dos comerciantes (entre elas o reconhecer que a CMA avançou com medida radicais sem prover outras de apoio concreto à dinamização e revitalização do comércio local), não concordo que o trânsito automóvel volte a passar pela dita zona pedonal - aliás, até considero que de pedonal esta área pouco tem pois ainda por cá circulam demasiados veículos.
Muito mais haveria para comentar, a propósito desta acção dos comerciantes, mas fico-me por aqui. Outras oportunidades haverão para escrever sobre o assunto... Para já, ficam as imagens.

10 comentários:

EMALMADA disse...

O elenco da Câmara Municipal de Almada não sabe o que é uma zona pedonal. Por isso não soube aproveitar as mais valias de um eléctrico.
A vaidade saloia sobrepôs-se ao bom senso.
O autismo municipal e a arrogãncia ofuscaram as mentes de decisores ditadores e o governo foi atrás.
Os almadenses que criticaram as opções parvas da cãmara e o traçado e inserção do comboio MST foram insultados e considerados fascistas por autarcas e caciques a mando municipal.
Os resultados que muitos almadenses temiam para a cidade estão à vista.
Só falta a estes autarcas reformarem-se e viverem do bem-bom sem assumirem responsabilidades por destruirem Almada.

Anónimo disse...

Uma atitude que os comerciantes deveriam já ter tomado.
Uma medida que merece o meu apoio.
TODOS, mas TODOS os comerciantes deveriam afixar o cartaz em questão.
Tem razão de ser.

É tarde para rever o traçado do EST (Eléctrico Sul do Tejo). Mas não é tarde para que a autarquia faça qualquer coisa para minorar os prejuízos dos comerciantes, em face da quase desertificação das zonas que já foram apelativas.

Li noutro blogue que os comerciantes poderiam aproveitar o fim de semana (este) da romagem ao Cristo Rei para mostrar a sua indignação, fechando os estabelecimentos, com os tais cartazes afixados.
Muita gente se aperceberia que algo de anormal se passa.
Creio que ainda vou a tempo de fazer meu esse apelo.

Há muito, ainda, para dizer. E fazer.
Mas não percamos tempo.

Anónimo disse...

Quanto à Loja do Cidadão...

Já esteve pensada - não sei se continua - a abertura de uma aqui em Almada.
Na altura, a questão girava em torno da localização.
O poder central apoiava a criação e a autarquia disponibilizava o espaço.
M. Bica, edifício onde funcionou a EDP (Rua Bernardo Francisco da Costa) e o imóvel que está ao lado dos serviços técnicos da CMA, na Av. Nuno Álvares Pereira, onde funcionou a então JAE.
Em que ficámos?
Como estávamos sentados, assim estamos.

Anónimo disse...

A CMA não se mostrou muito interessada na abertura da loja do Cidadão quando lhe foi lançada a ideia, porque não seria de sua iniciativa ou sugestão.
Talvez isto explique porque não há a Loja no concelho.

SE tivesse sido por proposta inicial da CDU/PCP talvez se interessassem mais e diriam que até já disponibilizaram o espaço.

O trabalho da CMA/CDU/PCP nestas coisas tem muito que se diga.

Anónimo disse...

Acabo de ver as lojas desta cidade cheias de distícos com um pedido: devolvam vida à cidade...e com uma constatação: comércio mal apoiado.

Estou plenamente de acordo!

Quando o PS propôs o fundo de 1.000.000 € para ajuda ao comércio local, a presidente da Câmara riu-se, e foi a correr para um festança com o presidente dos comerciantes para fazerem mais uma acção de propaganda que só aproveita a eles os dois!

A proposta do PS era completamente exequível. Tratava-se de pôr ao dispor dos comerciante esse dinheiro que seria emprestado sem juros, mediante a apresentação de um projecto de melhoria dos seus estabelecimentos e que seria devolvido, mediante um compromisso assumido na altura do empréstimo...

Mas não! isto que é uma verdaeira medida de esquerda não agradou à senhora porque não dava o folclore de que ela tanto gosta e que lhe tem trazido os votos de quem é pouco esclarecido.

Lá diz o povo: "com papas e bolos se enganam os tolos!"

E nisso ela tem sido exímia: dá almoçaradas, lanchinhos, Portos de honra, foguetorio e muito, muito papel, de boa qualidade, com imagens criadas no computador e distribui muita, muita má vontade contra tudo o que venha de outras cabeças que não a dela.

São inúmeras as situações que ela deitou abaixo, só porque não foram apresentadas por ela.
(publicado no blog: http://floresdetodooano. blogspot.com)

Minda disse...

EmAlmada:

Sempre fui muito critica em relação ao processo do MST (fases, cronograma das obras, estacionamentos, arranjos urbanísticos, etc.) mas também nunca tive problema em afirmar que sou a favor deste meio de transporte (mais cómodo e menos poluente).

Todavia, várias foram (e, infelizmente, continuam a ser) as falhas deste projecto, nomeadamente a articulação com os restantes transportes públicos e a inexistente intermodalidade, sobretudo ao nível dos meios de pagamento.

Apesar do impacto que as obras do MST tiveram no sector do comércio, reduzir a crise actual apenas a essa causa, é desconhecer as razões efectivas do problema e, desse modo, é impossível avançar com a cura para a doença.

Minda disse...

Observador:

Os comerciantes terão razão em muitos aspectos.

Mas não se podem esquecer que a crise que atravessam é, também, fruto da sua acomodação e inércia durante sucessivos anos.

Parece que agora acordaram... esperemos que não seja tarde demais.

E esperemos, igualmente, que saibam separar as justas reivindicações das exigências sem sentido (como aquela de querer os carros de volta ao centro da cidade) e não se fiquem pelo simples acto de protestar... unam-se e sejam criativos.

Minda disse...

Observador:

Também já ouvi falar sobre esse impasse... um de entre os muitos que ficam por resolver e cujas verdadeiras razões nunca saberemos quais foram... e quem se trama é o cidadão. Os responsáveis políticos, infelizmente, saiem sempre ilesos!

Minda disse...

Anónimo de dia 16-05, das 11:53

Ora aí está aquela que me parece uma justificação... sem sentido, é um facto, mas que poderá ter sido algo a passar pela cabeça desta gente que, a nível autárquico, nos (des)governa.

Minda disse...

Anónimo de dia 16-05, das 15:08

Parece-me que coloca o dedo na ferida.

E a ideia que apresenta bem poderia ter sido, de facto, se aproveitada, uma apoio efectivo ao comércio local. Uma pena ter sido desperdiçada...

Ele há razões que a razão desconhece...

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