Comemorou-se, no passado dia 28 do corrente mês, o Dia Europeu da Protecção de Dados. Vem este assunto à baila, apesar de hoje ser dia 31, na sequência de eu ter tido conhecimento de mais um atentado que, a este nível, se encontra a ser praticado aqui em terras almadenses.
Depois do caso dos postais que o Presidente da Junta de Freguesia de Cacilhas andou a enviar aos eleitores recolhendo, ilegalmente, informação da Base de Dados do Recenseamento Eleitoral, aparece agora a ECALMA (empresa municipal de estacionamento de Almada) a exigir aos residentes de Cacilhas uma série de elementos de duvidosa legalidade a propósito da emissão do cartão de residente necessário para estacionar nas ruas da freguesia, agora que começaram as obras do MST.
Mas, o que mais tem estado a indignar os moradores (vários dos quais já apresentaram denúncia da situação às entidades competentes) é o conteúdo da declaração final que a ECALMA obriga os requerentes a assinar, sob pena de não lhes ser fornecido o respectivo dístico de residência, e onde estes têm de autorizar que, "para os devidos e legais efeitos", aquela empresa possa proceder à verificação da autenticidade de todos os elementos e informações que constam do aludido requerimento, "utilizando para tal os meios e as fontes de informação que considerar adequadas". Ou seja, um abuso!
Mesmo a própria Junta de Freguesia, uma mera intermediária neste processo da emissão dos cartões, e estando apenas em causa a atribuição de um simples lugar de estacionamento, está a solicitar aos residentes uma parafernália de documentos extras, nomeadamente certificado do seguro automóvel, imposto de selo municipal e inspecção do veículo, querendo, ao que parece, substituir-se às entidades policiais a quem compete fiscalizar esse tipo de situações.
A protecção de dados pessoais, apesar de haver muito boa gente que não entende haver a necessidade de rigor na aplicação da Lei n.º 67/98, de 16 de Outubro, é de fulcral importância para a boa saúde democrática de qualquer sociedade, ao ponto de a própria CNPD, no âmbito das comemorações do Dia Europeu da Protecção de Dados estar a promover um "conjunto de iniciativas, que pretendem divulgar a protecção de dados, em particular junto das crianças e jovens, e contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de privacidade. Assim, a CNPD irá assinar, na próxima segunda-feira, com o Ministério da Educação um Protocolo, que prevê a inclusão de matérias de protecção de dados nas aulas de Educação Cívica, bem como lançar, no final deste mês, uma campanha de informação nas escolas do 2.º e 3.º ciclo do ensino básico. A CNPD irá ainda instituir um Prémio Anual de Ensaio sobre protecção de dados, seja na perspectiva jurídica, tecnológica ou sociológica, cujo regulamento será tornado público brevemente."
Depois do caso dos postais que o Presidente da Junta de Freguesia de Cacilhas andou a enviar aos eleitores recolhendo, ilegalmente, informação da Base de Dados do Recenseamento Eleitoral, aparece agora a ECALMA (empresa municipal de estacionamento de Almada) a exigir aos residentes de Cacilhas uma série de elementos de duvidosa legalidade a propósito da emissão do cartão de residente necessário para estacionar nas ruas da freguesia, agora que começaram as obras do MST.
Mas, o que mais tem estado a indignar os moradores (vários dos quais já apresentaram denúncia da situação às entidades competentes) é o conteúdo da declaração final que a ECALMA obriga os requerentes a assinar, sob pena de não lhes ser fornecido o respectivo dístico de residência, e onde estes têm de autorizar que, "para os devidos e legais efeitos", aquela empresa possa proceder à verificação da autenticidade de todos os elementos e informações que constam do aludido requerimento, "utilizando para tal os meios e as fontes de informação que considerar adequadas". Ou seja, um abuso!
Mesmo a própria Junta de Freguesia, uma mera intermediária neste processo da emissão dos cartões, e estando apenas em causa a atribuição de um simples lugar de estacionamento, está a solicitar aos residentes uma parafernália de documentos extras, nomeadamente certificado do seguro automóvel, imposto de selo municipal e inspecção do veículo, querendo, ao que parece, substituir-se às entidades policiais a quem compete fiscalizar esse tipo de situações.
A protecção de dados pessoais, apesar de haver muito boa gente que não entende haver a necessidade de rigor na aplicação da Lei n.º 67/98, de 16 de Outubro, é de fulcral importância para a boa saúde democrática de qualquer sociedade, ao ponto de a própria CNPD, no âmbito das comemorações do Dia Europeu da Protecção de Dados estar a promover um "conjunto de iniciativas, que pretendem divulgar a protecção de dados, em particular junto das crianças e jovens, e contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de privacidade. Assim, a CNPD irá assinar, na próxima segunda-feira, com o Ministério da Educação um Protocolo, que prevê a inclusão de matérias de protecção de dados nas aulas de Educação Cívica, bem como lançar, no final deste mês, uma campanha de informação nas escolas do 2.º e 3.º ciclo do ensino básico. A CNPD irá ainda instituir um Prémio Anual de Ensaio sobre protecção de dados, seja na perspectiva jurídica, tecnológica ou sociológica, cujo regulamento será tornado público brevemente."
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