sábado, 13 de janeiro de 2007

Rasgar as palavras


Quem lá foi, veio satisfeito! Refiro-me, obviamente, ao lançamento do livro de poemas cujo convite ontem aqui vos deixei. E depois de comprar a obra, na qual o autor colocou o seu autógrafo, o livro ganha uma nova dimensão... partilha-se a palavra no papel adormecida, rasgada por entre folhas que se abrem num pranto branco de lágrimas sofridas... são as emoções à flor da pele, que Isidoro Augusto nos oferece de forma sentida, emocionada, onde cada sílaba vale o ouro dos sentimentos e, por isso, se agarra com esta força de quem não quer largar um bem precioso!

E para ilustrar o lançamento de Os Pássaros e o Azul, nada melhor do que vos deixar aqui um poema, escolhido ao acaso... porque não há um de que não goste:

não vim de tão longe
para riscar a lua
numa folha de papel
ou
para pintar os olhos
de um pássaro;
espero apenas
que o vento me devolva
o ladrar contínuo de um cão
e se sente comigo na outra margem.

que se rasguem as palavras.

LINDO, simplesmente LINDO! Não tenho mais palavras para exprimir o que sinto. Parabéns amigo Isidoro (e que continues a escrever poesia desta forma inspirada para nos fazeres sentir assim tão bem depois de a ler... Obrigada!)

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