Não, estejam descansados. Não vos vou falar das “novelas a metro” (ou km, melhor dizendo) que passam nos nossos canais televisivos. Trata-se, apenas, de uma curta abordagem à questão do MST (vulgo “metro de superfície”, aqui na margem sul do Tejo), a propósito de uma notícia veiculada ontem pelos jornais.
“Impasses e atrasos do Metro Sul do Tejo vão custar mais 68 milhões” – era este o título, com referência na 1.ª página, do artigo do jornal Público. (porque será que não fiquei surpreendida com tal destaque?).
Sobre o assunto muito já se tem falado, seja em:
a) sessões públicas promovidas pela autarquia (ainda ontem se realizou – que coincidência! – uma delas no auditório dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas), que mais parecem comícios da CDU do que aquilo que, supostamente, deveriam ser: debates de esclarecimento;
b) notícias na comunicação social (com apresentação de dúvidas e algumas suspeitas que geram ainda mais confusão);
c) acções reivindicativas de comissões de moradores (que tentam expor os seus argumentos e exigem alterações pontuais do traçado inicial);
d) reuniões dos órgãos autárquicos (do município ou de freguesia), onde são apresentadas moções que resultam das reflexões partidárias nem sempre explicadas convenientemente;
e) inúmeras conversas de café, os cidadãos dão expressão à sua perplexidade perante uma série de interrogações para as quais não encontram explicação (desde o atraso nas obras, ao traçado das linhas, preço dos bilhetes ou ao problema do estacionamento, etc.).
Por isso, não vos vou aqui maçar com grandes explanações sobre o assunto. Apenas quero deixar as minhas dúvidas, que irei colocar em jeito de perguntas e para as quais muito gostaria de receber o vosso contributo.
Nesta data, estão decorridos treze meses sobre a data em que o MST deveria estar a funcionar no concelho de Almada, e temos já contabilizados cerca de três anos de atraso geral. Uma situação bastante conveniente para a empresa concessionária, ou não venha ela a embolsar uma estimada indemnização de 68 milhões de euros que serão pagos com dinheiro dos contribuintes (isto é, dos meus e dos vossos bolsos!). De quem é, afinal, a responsabilidade pelo impasse na continuação das obras? Da autarquia? Do Estado? Meu não é com toda a certeza, nem dos almadenses que aguardam pela conclusão deste projecto, idealizado há cerca de vinte anos…
Mas, pasmem (se conseguirem!)… o prejuízo é muito mais elevado: porque temos de acrescentar a diferença de mais 16,6 milhões de euros referentes à renegociação dos arranjos exteriores e que serão suportados pelo Estado. Mas quem é que negoceia estas condições? Além daquilo que parece ser uma flagrante incompetência técnica para elaborar o cronograma dos custos e programar a evolução das obras no terreno, não haverá aqui uma intenção deliberada em favorecer uma das partes (ou várias “sub-partes” para não lhes chamar outra coisa)?
Contudo, não ficamos por aqui… temos mais: o protocolo outorgado com a concessionária prevê, também, que o Estado pague uma compensação em caso de défices de tráfego (e esta nem sequer aparece quantificada, porque será?).
Então, vale ou não vale a pena celebrar contratos destes? E, sobretudo, é óptimo que se atrase o seu cumprimento… e, de preferência, que venha a ser utilizado por um número inferior de utentes ao previsto (como quem diz… avança-se com uma previsão que, de antemão, se sabe ser impossível de acontecer! Pois, pois, que se façam projecções por baixo… é o ideal!).
Digam lá se não é caso para dizer: mas que RICO negócio (aliás, rico é pouco, milionário será a palavra mais adequada), hem?
“Impasses e atrasos do Metro Sul do Tejo vão custar mais 68 milhões” – era este o título, com referência na 1.ª página, do artigo do jornal Público. (porque será que não fiquei surpreendida com tal destaque?).
Sobre o assunto muito já se tem falado, seja em:
a) sessões públicas promovidas pela autarquia (ainda ontem se realizou – que coincidência! – uma delas no auditório dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas), que mais parecem comícios da CDU do que aquilo que, supostamente, deveriam ser: debates de esclarecimento;
b) notícias na comunicação social (com apresentação de dúvidas e algumas suspeitas que geram ainda mais confusão);
c) acções reivindicativas de comissões de moradores (que tentam expor os seus argumentos e exigem alterações pontuais do traçado inicial);
d) reuniões dos órgãos autárquicos (do município ou de freguesia), onde são apresentadas moções que resultam das reflexões partidárias nem sempre explicadas convenientemente;
e) inúmeras conversas de café, os cidadãos dão expressão à sua perplexidade perante uma série de interrogações para as quais não encontram explicação (desde o atraso nas obras, ao traçado das linhas, preço dos bilhetes ou ao problema do estacionamento, etc.).
Por isso, não vos vou aqui maçar com grandes explanações sobre o assunto. Apenas quero deixar as minhas dúvidas, que irei colocar em jeito de perguntas e para as quais muito gostaria de receber o vosso contributo.
Nesta data, estão decorridos treze meses sobre a data em que o MST deveria estar a funcionar no concelho de Almada, e temos já contabilizados cerca de três anos de atraso geral. Uma situação bastante conveniente para a empresa concessionária, ou não venha ela a embolsar uma estimada indemnização de 68 milhões de euros que serão pagos com dinheiro dos contribuintes (isto é, dos meus e dos vossos bolsos!). De quem é, afinal, a responsabilidade pelo impasse na continuação das obras? Da autarquia? Do Estado? Meu não é com toda a certeza, nem dos almadenses que aguardam pela conclusão deste projecto, idealizado há cerca de vinte anos…
Mas, pasmem (se conseguirem!)… o prejuízo é muito mais elevado: porque temos de acrescentar a diferença de mais 16,6 milhões de euros referentes à renegociação dos arranjos exteriores e que serão suportados pelo Estado. Mas quem é que negoceia estas condições? Além daquilo que parece ser uma flagrante incompetência técnica para elaborar o cronograma dos custos e programar a evolução das obras no terreno, não haverá aqui uma intenção deliberada em favorecer uma das partes (ou várias “sub-partes” para não lhes chamar outra coisa)?
Contudo, não ficamos por aqui… temos mais: o protocolo outorgado com a concessionária prevê, também, que o Estado pague uma compensação em caso de défices de tráfego (e esta nem sequer aparece quantificada, porque será?).
Então, vale ou não vale a pena celebrar contratos destes? E, sobretudo, é óptimo que se atrase o seu cumprimento… e, de preferência, que venha a ser utilizado por um número inferior de utentes ao previsto (como quem diz… avança-se com uma previsão que, de antemão, se sabe ser impossível de acontecer! Pois, pois, que se façam projecções por baixo… é o ideal!).
Digam lá se não é caso para dizer: mas que RICO negócio (aliás, rico é pouco, milionário será a palavra mais adequada), hem?
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