quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

A "chave"!

Está, de facto, na nossa mão! Mas quem é ela? Trata-se da "chave mestra"… daquela que abre, inclusive, o coração dos outros e nos torna capazes de enfrentar o caminho, mesmo que ele seja escuro.

Vem esta conversa a propósito (talvez mais a despropósito até) de uma notícia que tem circulado por aí… a da utilização de um esquema utilizado pelos restaurantes para fugir ao pagamento de impostos: uma suposta "chave", dita "de treino" (não percebo porquê, mas tudo bem, adiante), que se introduz na máquina registadora e suspende a impressão oficial no rolo de controlo mas continua a imprimir as facturas das vendas a dinheiro como se tudo estivesse a funcionar correctamente.

Ou seja, mesmo quando o cliente pedia o recibo da caixa (pensando que assim obrigava o comerciante a declarar a compra), ele era fornecido mas não ficava qualquer registo da operação.

Segundo uma empresa de software que fornece este tipo de sistema de fuga ao fisco: cerca de 90% dos estabelecimentos comerciais servem-se deste tipo de esquemas para fazer baixar a facturação real.

Segundo a imprensa, a Polícia Judiciária e a Inspecção Tributária já descobriram cerca de 50 milhões de euros escondidos através de operações desta natureza. Tanto dinheiro que anda por aí assim a circular! Parece que são muitos os portugueses que têm orgulho, quiçá até uma certa honra, em conseguir estes feitos.

A mim, revolta-me, enoja-me mesmo, atitudes como estas. Porque, é por causa de comportamentos destes que, depois, o Estado acaba por ir aos bolsos dos trabalhadores por conta de outrem, em particular dos funcionários públicos, porque esses não podem fugir às suas responsabilidades. Por isso acho muito bem que o Governo aposte na luta contra a fraude e evasão fiscais. Doa a quem doer.

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