Foto de Giancarlo Duarte no Unsplash
Introdução:
Rita Costa é jurista na câmara
municipal X desde 2012. De sólidos princípios éticos, não tolera oportunistas,
como a sua colega Joaquina Maldonado, com quem tem discussões quase diárias.
No exercício das suas funções, depara-se
com vários casos de favorecimento de empresas e de candidatos para ocupação de
lugares técnicos e até cargos dirigentes.
Os indícios que foi recolhendo comprometem
o seu chefe, José Vidal (amante de Joaquina), o vereador Rui Antunes (que detém
os pelouros da contratação pública e o dos recursos humanos) e até a própria presidente
da autarquia, Fátima Balula, ambos do partido Y.
Desenvolvimento:
Com o apoio da amiga Dulce Paiva,
deputada municipal da oposição, Rita decide apresentar denúncia ao Ministério
Público.
Embora na autarquia todos pensem
que foi Dulce Paiva a autora da queixa, Joaquina suspeita que foi a colega quem
forneceu as provas e resolve vingar-se. Para conseguir os seus intentos, e de
conluio com o amante, acusa Rita de difamação e calúnia levando a que lhe seja
instaurado um processo disciplinar que, no entanto, acaba arquivado.
Não contente com esse desfecho, Joaquina
faz várias denúncias anónimas ao tribunal acusando a colega da prática de
diversos crimes (peculato, violação de correspondência, recebimento indevido de
vantagem, entre outros). Rita acaba constituída arguida, com termo de identidade
e residência.
Com medo de represálias, os
colegas do departamento deixam de lhe falar. Nas redes sociais é alvo de
ofensas sistemáticas e na rua sente-se perseguida. Pensa mudar de casa e trocar
de emprego, mas o seu pedido de mobilidade para outra autarquia não é aprovado.
Conclusão:
Após terminar a investigação, o
Ministério Público avança com o processo para tribunal acusando o chefe do
departamento jurídico (José Vidal), o vereador Rui Antunes e a presidente da
câmara, Fátima Balula, de vários crimes que indiciam a prática continuada de
corrupção.
A notícia sai em todos os jornais
locais e nacionais causando indignação na assembleia municipal onde ocorrem
acesas discussões entre a bancada que apoia o executivo e os deputados da
oposição.
O partido Y retira a confiança
política aos seus dois militantes envolvidos no escândalo. O Vice-presidente da
câmara assume o cargo de presidente e um novo vereador toma posse.
José Vidal perde a comissão de serviço acabando por ter de voltar ao lugar de origem, numa autarquia vizinha, e Rita Costa é nomeada, em regime de substituição, para ocupar esse lugar.
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