Madrugadora, às 5h30 min Maria já está a levantar-se da cama.
Em gestos calmos, faz a higiene pessoal e veste a roupa escolhida na véspera.
Pega no livro (nunca sai sem um) e na mala, mas antes de sair cumpre o seu ritual diário… dirige-se à janela da varanda e olha o panorama: o sol rompendo por entre as nuvens ensonadas, os reflexos que incendeiam o céu e cobrem o leito do rio Tejo de uma policromia tremeluzente.
É nesta paisagem que busca ânimo para enfrentar as agruras do quotidiano e o sorriso tímido que lhe aflora ao rosto, acompanhado pelo leve franzir dos olhos, demonstra-o.
No autocarro em direção a Lisboa, lê compenetrada. Faz uma única conceção: sobre o tabuleiro da ponte admira o despertar da capital e deleita-se com a sumptuosidade da paisagem estuarina.
Já perto do escritório,
senta-se na esplanada de sempre (é uma mulher de hábitos) a beber, descansada,
o café da manhã (sem açúcar) e a ler até às 7h45 min.
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