Sou uma pessoa de hábitos. Há
rotinas diárias de que não prescindo. Elas dão-me segurança, fazem-me sentir
domínio sobre o quotidiano.
E são coisas tão simples como
acordar todos os dias às 6h30 min, o que faço desde criança… (a minha avó
paterna, camponesa ribatejana, costumava dizer: “gaiata, tu acordas antes das
galinhas”).
Ou, ler enquanto bebo um café
(sempre sem açúcar), depois do pequeno-almoço… E este tanto pode ser na
pastelaria perto da paragem do autocarro, na proximidade do meu local de
trabalho ou, agora, em casa onde tenho o privilégio de me poder sentar na
varanda e observar o nascer do sol sobre o estuário do Tejo.
Embora me adapte facilmente à
mudança, quebrar rotinas que me satisfazem assusta-me. Por isso, prefiro
complementá-las. E para aproveitar o cenário extraordinário que tenho da minha
janela gostava de “aprender a fotografar como uma profissional”.
Por outro lado, para potenciar as
manhãs domingueiras em que me dedico à arte culinária e faço da família as
minhas cobaias das experiências que ouso confecionar, gostava de “aprender a
cozinhar pratos novos”.
Mas porque tenho gostos
literários muito seletivos, talvez o maior desafio fosse mesmo aceitar “ler um
livro de um autor recomendado por um desconhecido”.
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