Na sequência das declarações
prestadas na Assembleia Municipal de Lisboa do passado dia 5 de maio sobre a
Assembleia Distrital, considerando que havia algumas incorreções a corrigir por
não corresponderem à verdade, foi enviada
uma mensagem através de correio eletrónico à senhora Presidente Arq.ª Helena
Roseta, como já aqui noticiei tendo por base a informação fornecida na
página oficial daquela entidade.
À semelhança do que já
acontecera o ano passado com uma ocorrência idêntica a resposta da
presidente da Assembleia Municipal não se fez esperar e foi do mesmo teor:
A condenação expressa pela
comunicação efetuada alegando, em síntese, que não cabe à Assembleia Distrital
nem aos seus trabalhadores fiscalizar a atividade da Assembleia Municipal, e
muito menos corrigir as suas intervenções, cujos membros “bem como os
vereadores da Câmara Municipal, desempenham os seus cargos e funções de forma
livre, consciente e responsável, podendo e devendo expressar-se como
entenderem, dentro dos limites impostos pela Constituição, pela Lei Ordinária e
pelos Regimentos.”
A missiva termina com um
conselho: que “[q]ualquer pessoa, incluindo a Dr.ª Ermelinda Toscano, poderá,
no entanto e caso queira, inscrever-se para intervir, publicamente, numa sessão
ordinária ou extraordinária desta Assembleia com vista à apresentação de
assuntos de interesse municipal, bem como à formulação de pedidos de
esclarecimento dirigidos à Mesa, nos termos do disposto nos artigos 83.º e 84.º
do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa.”
Esta reação da Presidente da
Assembleia Municipal de Lisboa não deixa de ser interessante não só porque a
intervenção no período do público não é a única forma (muito menos exclusiva e
obrigatória) de participação podendo os(as) cidadãs(os) expressar livremente a
sua opinião, nos termos da lei, através de outros meios ao seu dispor, como
tendo sido provadas que haviam sido prestadas informações incorretas, não há
uma única palavra sobre o assunto.
E repito o que disse no artigo
anterior:
“Talvez não estejam habituados a
ser observados e a ver os seus discursos analisados ao pormenor e muito menos
que possam ser contestados de forma fundamentada.
Talvez se julguem protegidos pela
indiferença da maioria dos munícipes e isso os faça sentir inatingíveis ou,
quiçá, pensem que a Assembleia Municipal é apenas o palco para representar um
papel que pode ser observado mas nunca avaliado.
Se pensam assim, estão muito
enganados. E se estão incomodados com a atenção que estamos a dispensar ao
funcionamento deste órgão colegial, paciência.”
E podem ter a certeza que em tudo
o que diga respeito à Assembleia Distrital de Lisboa continuarei a estar muito
atenta e a cada mentira que for dita não deixarei de a denunciar publicamente e se for caso disso solicitar, por escrito, os esclarecimentos
necessários, tal
como o fiz agora e já o tinha feito no passado não necessitando de ir à
Assembleia Municipal de Lisboa intervir até porque quaisquer respostas ali
obtidas seriam sempre do estilo das que têm vindo a ser proferidas.
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