Começamos o episódio de hoje recordando os vários erros cometidos pela Câmara Municipal de Almada (entenda-se: os serviços administrativos, “a mando” do júri por “orientação” do poder político) e por nós denunciados nos capítulos anteriores:
1) Alteração dos critérios de avaliação depois das provas escritas já corrigidas;
2) Aplicação de critérios diferenciados para cada candidato;
3) Não cumprimento do direito de participação dos interessados;
4) Deliberações do júri sem fundamentação;
5) Erro na avaliação das entrevistas;
6) Falta de isenção do júri.
E lembro, mais uma vez, são tudo “falhas” detectadas apenas num concurso de pessoal realizado em 2008.
Vejamos agora, tal como prometido, quais foram os argumentos da CMA:
O VALOR DA PERGUNTA FOI ALTERADO porque, tendo o júri considerado que “era nas respostas às questões 4a e 4b que os candidatos melhor revelariam as suas aptidões para desempenhar as funções dos postos de trabalho que estavam a concurso” … ”na eventualidade de não serem aprovados alguns candidatos que revelassem melhores aptidões para o concreto posto de trabalho (face ao que então era dado a ver ao júri) não estaria a ser devidamente salvaguarda a satisfação do interesse público, o qual exige a escolha dos que melhor possam desempenhar as funções”. Por que razão não o fizeram logo a quando da elaboração da prova e definição do esquema de avaliação, tendo-o comunicado a todos os candidatos antecipadamente, antes da prova realizada e, sobretudo, antes da sua correcção?
Admitem que alteraram a valoração de uma pergunta, depois de conhecerem as respostas, para favorecer os “candidatos que revelassem melhores aptidões” mas ainda assim dizem que não houve a APLICAÇÃO DE CRITÉRIOS DIFERENCIADOS e “todos os candidatos, incluindo aqueles que então trabalhavam” para a Câmara Municipal, “foram avaliados rigorosamente segundos os mesmos critérios, no respeito pelos princípios da imparcialidade e da igualdade de condições e oportunidades” – no entanto, ao admitir saber quem eram os candidatos que tinham um vínculo laboral com a autarquia não estaria já o júri a violar os princípios que diz ter respeitado? É que, supostamente, a quando da correcção das provas não deveriam saber quem eram os candidatos pois este são identificados com um código.
A AUDIÊNCIA ESCRITA DOS CANDIDATOS NÃO FOI CUMPRIDA, apesar de ser um imperativo legal, porque: “o concurso em apreço teria forçosamente que ser concluído até final de 2008, sob pena de caducidade” … “por isso, quando terminou a aplicação dos métodos de selecção (já em meados de Dezembro de 2008), era absolutamente necessário acelerar o andamento do mesmo concurso, nomeadamente a fase de audiência dos interessados, para que, como ficou dito, ficasse concluído até ao fim desse ano. Tal seria impossível se os candidatos se pronunciassem por escrito … em tais circunstâncias, era fácil de prever que a audiência escrita dos candidatos … comprometia a utilidade da decisão de homologar a lista de classificação final (cfr. art. 110.º, 3, da Lei n.º 12-A/2008), pelo que a audiência de interessados não teria que ter lugar (art. 103.º, 1, a) e b) do CPA).”
Quanto às DELIBERAÇÕES DO JÚRI SEM FUNDAMENTAÇÃO “relevará dizer que isso constitui obviamente um lapso, lapso esse que é completamente irrelevante, pois bastará ao A. aplicar a fórmula usada pelo júri…” foi a resposta obtida, muito embora a legislação refira o contrário. Isto é: todos os actos e decisões devem ser devidamente fundamentados, de forma clara e objectiva.
O ERRO NA AVALIAÇÃO DA ENTREVISTA não é explicado e a FALTA D ISENÇÃO DO JÚRI muito menos. Mas há documentos que provam o inverso até porque um dos membros do júri é, precisamente, a subscritora de uma declaração de avaliação de um dos candidatos (a quando de um estágio profissional efectuado sob sua direcção) que ia apensa ao seu currículo e que o júri admite ter ponderado.
Continua
Quanto vale uma “boa cunha” – parte 1
Quanto vale uma “boa cunha” – parte 2
Quanto vale uma “boa cunha” – parte 3
10 comentários:
A actuação da CMA, em matéria de gestão de Recursos Humanos é vergonhosa e afrontadora das liberdades conquistadas em 25 de Abril de 1974!
Os comunistas são bem piores, em tudo, que eram os FASCISTAS!
ABAIXO O PCP E OS SEUS CACIQUES BURGUESES
Não me digam que é outra vez a história do homem do mobbing?
Já mete nojo
O anónimo "burro" de 4 de Novembro de 2011 19:05, ainda não percebeu que este caso aconteceu na CMA...
Deve ser mais um comunista irado por ver desmontada e publicitada a HIPOCRISIA, CORRUPÇÃO e NEPOTISMO reinante, na gestão ruinosa do PCP, na CMA!
Os comunistas de almada são piores que os fascistas. A actuação dos recursos desumanos da CMA é pior que no tempo do Dr. salazar. Abaixo o fascismo na Cãmara de Almada
Anónimo cavalo (sempre é mais alto) das 19:45
Aí o homem do mobbing não é de Almada?, então desculpe lá.
Vai daí os SMAS são do Montijo e andamos aqui todos enganados!
Já agora podia perguntar lá à guru da seita, se isto das cunhas é exclusivo da CMA?, se nas outras câmaras, ministérios, e mesmo empresas de Portugal não acontecem cunhas?
E já agora peça-lhe para explicar como é que foi parar a directora da cultura dum organismo inútil?
Porque se a alternativa à milinha for isto estamos mal.
Beijinhos e boa noite
Ora aqui está uma intervenção com jeito e maneira.
Como a "cultura da cunha" é algo enraizado no nosso país, façamos dela (da corrupção, entenda-se, pois é do que sae trata) o meio de acesso a bens e serviços, assim como a lugares na Administraç~ºao Pública.
Pior vai ser quando por causa dessa forma ilícita de aceder às coisas, os prejudicados passarmos a ser nós próprios e aí, aquilo que se tolera nos outros passa a ser um escândalo, não é?
É por estas e por outras que o país está como está. Por haver gentinha que pensa assim: deixá-los, se nos outros lados também fazem, para quê denunciar? Na próxima fazemos nós o mesmo... mas se não tiver oportunidade? se forem sempre os mesmos a conseguir? se pouco importa as suas qualificações e vê os incompetentes subirem na vida sem esforço, continuará a ficar satisfeito?
Cambada de gente ignorante. Ignorante sim! pois que prefere pactuar com os corruptos à espera que lhe chegue uma milhaga. Oportunistas.
E depois vêm falar em democracia, liberdade e igualdade de oportunidades. Estavam bem era a viver no tempo do fascismo. Devem estar com saudades de Salazar ou de outros facínoras como Staline e mais daqueles que sob a capa do comunismo ainda maltraram mais o seu povo do que o ditador português.
Anónimo revoltado
Finalmente estamos a chegar a algum lado. Esta merda de democracia que uns capitães otários fizeram em 74 foi a nossa desgraça.
Pior que isso foi a tomada do poder pelos cunhais, soares, vascos, otelos e outras personagens, absolutamente incapazes, que destruíram tudo o que existia.
Apesar de toda a intoxicação, quem quiser pensar pela sua cabeça pode ver que os anos 60 foram a unica década nos ultimos séculos em que nos aproximamos de facto dos países evoluídos.
Daí para cá fomos tomados por um bando de ex_estudantes da união soviética, que não evitaram eliminar o Carneiro que se lhes atravessou na frente, e que às tantas começaram eles próprios a ficar capitalistas, e ainda andam por aí.
Chegados aqui estamos entregues à ganância, que contrapõe com a utopia da luta pela luta, com a histeria colectiva que o PCP tão bem sabe fazer, e que de destruição em destruição vai fazendo mais que uma bomba atómica, deixando um rasto de empresas falidas que nos levam a todos ao fundo.
Querem exemplos, vejam se é possível estar no Parlamento a pedir menos cortes, e em simultâneo estar a organizar uma manifestação para construir um hospital de muitos milhões no Seixal, fazendo mais divida em cima da que já existe e não conseguimos pagar.
E depois ter a cara de pau de vir dizer que a culpa da situação é dos outros!
Salazar, como sempre, cheio de razão !
Ao anónimo de 4 Novembro 19;05
O homem do mobbing é um osso duro de roer, estão sempre a falar nele curioso é que os pitbulls do PCP Almada não o conseguem roer., e a camanada Luisa já não tem dentes de tanto mentir....
a camarada Luisa gastou os dentes noutras actividades
por exemplo, a dar dentadas nos dinheiros públicos ...
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