Titulei este artigo com a expressão "sem papas na língua" mas seria mais acertado "sem rodeios na escrita". Mas a primeira hipótese aplica-se na perfeição se pensarmos que Fernando Pena é, sem dúvida, o único deputado municipal que, neste mandato, tem a coragem suficiente para, presencialmente, olhos nos olhos, dizer à senhora Presidente o que escreveu neste artigo. Assim mesmo, de forma frontal, sem mascarar qualificativos. Mais gente houvesse a ousar enfrentar, sem medo, a senhora Presidente da Câmara, e decerto teriamos órgãos autárquicos menos subservientes... ganharia a democracia local, a cidade e, afinal, todos nós.
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8 comentários:
Sim senhora.
O senhor "Sôfrego", como se titulava, retirou o seu comentário (que ficou registado, como todos os outros, eliminados do blogue ou não por quem os faz, no e-mail associado a esta conta).
Espero que não seja para vir aqui depois dizer que fui eu a fazer censura.
É pena ser só um deputado a questionar e a tentar fazer valer os direitos dos cidadãos.
Estranhamente todos os partidos estão calados perante a nova maioria PCP/BE...porque será?
Carlos Alberto:
Concordo consigo.
É lamentável que o comportamento generalizado dos membros da Assembleia Municipal seja tão passivo.
Quanto a sua pergunta final, parece-me que não o farão por falta de argumentos.
O que é ser de esquerda hoje. Para mim tem uma atitude mais de esquerda o Fernando Pena do que a Emilia
Anónimo das 21:53h
Ora aí está uma ideia interessante para reflectir, seriamente.
começo por informar que não sou de almada.. nem tenho qualquer ligação com os visados, da câmara de almada, nem tão pouco com grupos parlamentares da AM de Almada. Mas acho muito estranho que uma cidadã se dirija à AM para colocar uma questão sobre a situação profissional de um funcionário. Tratando-se de uma questão do foro interno da Câmara deveria ser colocada a questão em sede de reunião de câmara e só no caso de não haver resposta, encaminhar a situação para órgão deliberativo que fiscaliza a acção da Câmara
Anónimo das 00:22h
Primeiro: o assunto que está na base do problema em causa já vem sendo abordado em diversas instâncias (até Tribunal).
Segundo: a intervenção veio na sequência de um artigo no jornal denunciando a situação e das declarações do vereador responsável à jornalista, as quais tinham sérias e graves imprecisões que importava esclarecer.
Terceiro: no dia em que foi publicado o referido texto a reunião da Câmara Municipal já se realizara dois dias antes.
Quarto: naquele mesmo dia, iria realizar-se uma reunião da Assembleia Municipal. Considerando a urgência em clarificar as afirmações do vereador, foi decidido que não se podia perder a oportunidade e, publicamente, solicitar esclarecimentos a quem de direito.
Quinto: acresce ainda o facto de Câmara Municipal de Almada não fazer actas das suas sessões (contrariamente ao estipulado pela lei) pelo que as intervenções do público e os esclarecimentos prestados nunca ficam registados para memória futura. Ao contrário, as actas da Assembleia Municipal são a transcrição “ipsis verbis” das gravações áudio e, portanto, uma garantia de que o que ali se disser fica oficialmente registado.
Sexto: e no ponto em que as coisas estavam, era importante levar oa conhecimento dos membros do órgão deliberativo o que se estava a passar para que estes pudessem, efectivamente, exercer a função de fiscalização que lhes compete e da qual, a maioria, tem andado alheados.
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